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Um grupo de ciclistas fez reparo na ciclovia integrada à Ponte Jorge Amado, em Ilhéus, no sul da Bahia, nesta sexta-feira (17). Os voluntários removeram uma elevação da pista, formada pela falta de espaço suficiente para a dilatação das placas do piso, conforme disse Julio Gomes, membro do coletivo, ao PIMENTA. “O concreto levantou e fez uma rampa muito perigosa”, acrescentou.

Nos últimos dez dias, segundo ele, ao menos dois acidentes aconteceram naquele ponto da ciclovia, próximo à cabeceira da ponte, no Centro. “No último deles, o cidadão foi parar no Hospital Costa do Cacau, com a clavícula toda arrebentada, arrebentou a cabeça também”, declarou, antes de enviar foto que mostra o sangue da vítima no local do acidente.

Sangue de vítima de acidente provocado por defeito na ciclovia

Ciclista experiente, Julio explica que aquele ponto da ciclovia é especialmente perigoso. “Aqui é o seguinte. Se a pessoa cai em cima da ciclovia, se lasca. Mas, se cai em cima da pista de asfalto, tá morta, porque os carros descem aqui a 60km/h, em cima de uma curva”.

A mensagem do ato voluntário é a de que Ilhéus não pode mais perder vidas por atropelamento, negligência ou problemas nas vias, concluiu Julio. “Chega! Já perdemos Ranitla. Perdemos também, nessa semana, outro senhor, atropelado na Avenida Ubaitaba, no Malhado. Chega de morte e de tristeza”.

Ele também gravou vídeo no local da ação, cobrando que o poder público assuma, efetivamente, a responsabilidade de manter as vias em condições adequadas. Assista.

Marão também anunciou ciclovia interligando as zonas norte e sul da cidade || Foto Reprodução/Facebook
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Nesta quarta-feira (9), o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), deu detalhes dos projetos de requalificação das zonas norte e sul de Ilhéus, que foram objeto de reunião no Centro Administrativo da Conquista, sede do governo municipal.

Segundo o prefeito, além da nova etapa da duplicação da BA-001 – obra do governo estadual -, 31 barracas de praia da zona sul serão revitalizadas. A via de barro que fica entre a BA-001 e os estabelecimentos à beira-mar vai receber calçamento, com novos passeios, banheiros públicos e área de estacionamento.

Imagem do projeto de requalificação da zona sul de Ilhéus || Foto Reprodução/Facebook

“Já o projeto da nova zona norte prevê a requalificação de 9km da via, saindo do Parque Infantil até o distrito industrial, no Iguape, com execução de todo serviço de drenagem, novo asfalto com sinalização, com iluminação em Led, ciclovias, calçadas e requalificação de 04 praças com quiosque, banheiro, paisagismo, parquinho infantil, pergolado, academia ao ar livre, banco, lixeira e bicicletário”, escreveu Mário Alexandre em publicação numa rede social.

CICLOVIA NORTE-SUL

Marão também anunciou a implantação de uma ciclovia ligando as praias do norte, desde o limite do território municipal com o município de Uruçuca, ao litoral sul, alcançando o Cururupe. “Uma das maiores da Bahia, proporcionando segurança para os ciclistas e, com isso, diminuir o fluxo de carros na rua”, concluiu.

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Ciclovias estimulam pessoas a aderir a modalidade de transporte (Foto Marcelo Camargo/A. Brasil).
Ciclovias estimulam pessoas a aderir a modalidade de transporte (Foto Marcelo Camargo/A. Brasil).

A recente instalação da malha cicloviária na capital paulista pode ter elevado consideravelmente o número de ciclistas na cidade. É o que aponta pesquisa Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), realizada em parceria com a ONG Transporte Ativo, Observatório das Metrópoles, e com apoio do banco Itaú.

O levantamento, que será lançado na íntegra na noite de hoje (21), mostra que cerca 40% dos ciclistas da cidade começaram a pedalar há menos de um ano; 29% dos entrevistados pedalam há mais de cinco anos, enquanto 19% há menos de 6 meses.

A pesquisa mostra também que 70% dos ciclistas usam a bicicleta pelo menos cinco vezes por semana; 62% afirmaram pedalar mais de cinco quilômetros no principal deslocamento feito por bicicleta no dia, e 50% dos entrevistados sugeriram a implantação de mais vias exclusivas para ciclistas na cidade. Já entre os entrevistados que disseram nunca usar ciclovias em suas viagens, 80% estão na periferia.

Com relação à renda, cerca de 40% dos ciclistas da capital paulista disseram ganhar entre zero e dois salários-mínimos (R$ 1.576). Aproximadamente 40% dos ciclistas têm entre 25 e 34 anos. Ciclistas entre 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais presente, com cerca de 27%.

Para a fazer a pesquisa foram aplicados 1.804 questionários in loco, entre 10 e 28 de agosto de 2015. Os entrevistados eram pessoas que estavam andando de bicicleta, abordadas em todas as regiões da cidade, em vias contempladas por ciclovias ou ciclofaixas e em ruas ainda sem infraestrutura, mas usadas com frequência por ciclistas.