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Rosival e Marabá (Foto Hebert Jofre).

Do A Região
O vice-prefeito e ex-secretário de Finanças, Rosival Oliveira Bispo, o “Ró”, e o ex-secretário de Transportes, Jorge Marabá, são suspeitos de ter causado um rombo de cerca de R$ 1 milhão no curto período em que ocuparam os cargos na prefeitura de Itacaré.
Os dois foram exonerados pelo prefeito Antônio de Anízio e montaram uma indústria de dossiês e denúncias contra o atual gestor da cidade.
O secretário de Governo de Itacaré, Joselito Reis Vieira, “Litinho”, substituiu Jorge Marabá na secretaria de Transportes. Ele conta que uma auditoria interna identificou uma grande quantidade de compras de peças de automóveis para a secretaria e, mesmo assim, a frota continuou sem condições de uso.
De acordo com as investigações, os equipamentos eram desviados para uso na empresa de ônibus Araújo Transportes, que seria de propriedade de Jorge Marabá. Um dos exemplos comprovados foram pneus adquiridos para o micro-ônibus da prefeitura.
Além dos rombos, Joselito aponta outro fato em comum que unia Marabá e Ró: era fácil encontrá-los nas noites de Itacaré. “Eles eram os principais clientes da Boite Califórnia, conhecida casa noturna de shows de striptease da cidade”.
O secretário conta que tudo era muito fácil, pois o secretário de Finanças, Rosival, detinha as senhas de acesso no Banco do Brasil e podia fazer transferências bancárias. “Ele adorava aquele notebook e sempre estava no site do banco”, conta o secretario de Governo.

Joselito explica que a população começou a questionar como um município encontrado em grave crise financeira, deixada pela administração do DEM, tinha secretários esbanjando tanto dinheiro público.

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A se confirmarem os rumores sobre documentos “cabeludos” em posse do ex-chefe do setor de Recursos Humanos da Câmara de Vereadores de Itabuna, Kleber Ferreira, realmente o legislativo municipal irá desmontar e poucas peças restarão em pé.
O que não pode é Ferreira manter a bomba guardada, sem detoná-la de uma vez por todas. Se o ilustre portador do explosivo quer fazer a coisa certa, basta revelar o que sabe. O ex-chefe do RH da Câmara inclusive já deu entrevista em jornal, limitando-se a comentar que naquela casa “apenas” foram cometidos “excessos”. Não contou como, onde nem quanto  a atual Mesa Diretora e seus acólitos se excederam (ou, em português claro, até onde foram além do que deveriam).
Em suma, Ferreira não disse absolutamente nada, constrastando com a condição de quem supostamente sabe muito. Só precisa soltar a bomba, ou o verbo, sob pena de deixar claro que não está interessado em esclarecer a rapinagem ocorrida no legislativo municipal, mas tão somente em amedrontar os eventuais envolvidos para salvar a própria pele.
Nesse caso, o homem da nitroglicerina se beneficiaria do excesso de telhados de vidro existentes na Câmara. E, se até os membros da Comissão Especial de Inquérito ficarem com medo de estilhaços, o que o ex-chefe do RH vai fazer? Desativar a bomba para sempre ou falar que estava apenas de brincadeira e o que tinha era só um traque?
Vai ser difícil convencer.

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Cheiro de pizza?Os membros da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigam escândalos de corrupção na Câmara de Itabuna e suposta existência de “quadrilha” na Casa vão ouvir o presidente da Mesa Diretora, o vereador Clóvis Loiola (PPS), nesta sexta, 10, às 15 horas.
Que nenhum cidadão se assanhe a ponto de ir ao legislativo para assistir ao depoimento de Loiola. A comissão decidiu que a oitiva será a porta fechada. É incompreensível o motivo que teria levado a comissão a “segredar” o depoimento de Loiola.
O réu confesso ocupa espaços em emissoras de rádio, nos jornais e na internet, denunciando seus amigos de Casa por formação de quadrilha e por meter a mão na coisa pública (ele calcula os desvios em R$ 1 milhão). Haveria fato novo no depoimento?
Milton Gramacho (PRTB) preside a CEI. Segundo ele, o depoimento a portas fechadas é para não expor ninguém nessa etapa inicial, pois “o que existe até aqui são denúncias divulgadas na imprensa”.
– Por enquanto, não há nada de concreto. O que temos foi o divulgado pela imprensa. A partir do momento que ele reafirmar ou fazer novas citações é quando começam os trabalhos da comissão.
A oitiva, reforça Milton, determinará a lista de convidados, convocados ou intimados (a depender do grau de culpabilidade) para prestar depoimento na CEI.

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A princípio, nada de mais com a existência de 195 cargos comissionados na Câmara de Vereadores, não fosse a perversa distorção quando esse número é confrontado com o onze, que é a quantidade de servidores públicos efetivos e concursados da Câmara Municipal.

Paulo de Freitas
A descoberta dos denominados “atos secretos”, produzidos há algum tempo nos porões do Senado Federal, chamou a atenção da população brasileira para uma prática mais comum do que se imaginava: a nomeação de servidores para ocupar diversos cargos públicos sem a divulgação em diário oficial de seus nomes, negando aos mesmos a publicidade que a lei exige.
A garantia de publicidade dos atos administrativos, ainda que não seja plenamente reconhecida como condição absoluta de validade dos mesmos, é comando que a chamada Lei Maior, a Constituição Federal de 1988, fez inserir em seu artigo 37, determinando que a administração pública, seja ela direta ou indireta, de qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: “… obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, …”.
Pretendeu o legislador constituinte, acertadamente, logo no primeiro artigo do capítulo VII, que dispõe sobre a Administração Pública, garantir e propiciar a todos os cidadãos o conhecimento e, via de consequência, a fiscalização e o controle sobre todos os atos praticados pela administração. E aqui não se trata apenas da nomeação de servidores, mas uma centena de outros atos que deixam transparecer como se comportam nossos servidores públicos, principalmente aqueles que ocupam postos que trazem em si a vontade da “caneta pública” sob seu controle.
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O jornalista Ederivaldo Benedito revelou na manhã desta segunda-feira, 26, no programa Bom Dia Bahia (Rádio Nacional AM 870), o nome do vereador itabunense que é acusado de reter tickets-alimentação e cartões magnéticos de assessores, ficando com a maior parte de seus salários. Trata-se do oftalmologista Gerson Nascimento, do Partido Verde.
Os rumores sobre o desvio foram lançados pelo radialista Reginaldo Silva, tanto em seu blog quanto no programa diário que mantém na TV Itabuna. Mas Silva contou somente o “milagre”, sem declinar a identidade do “santo”. Nesta manhã, Benedito pôs fim ao mistério.
O jornalista confirmou a existência de depoimentos gravados de assessores, que denunciaram o vereador do PV ao Ministério Público.  Ouvido, Nascimento alegou inocência e disse esperar que o fato seja investigado a fundo.
Apesar da negativa, Benedito declarou que as acusações são “robustas”.

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Literalmente, o novo escândalo na prefeitura de Itabuna vai acabar em pizza. Um dos envolvidos no escândalo, por sinal, não terá problema para garantir a massa italiana. Com suco, é claro. Não foi à toa que o governo evitou dar maiores detalhes sobre o desvio de produtos enviados pelo Ministério da Agricultura. Jogou o caso para a Polícia Civil. Mas o forno está quentinho.

Em tempo: o caso se refere ao desvio de parte dos 42 mil litros de suco enviados pelo Governo Federal para o município. Parte do produto foi encontrado à venda em supermercados da cidade. Segundo afirmou o secretário de Administração, Gilson Nascimento, o caso envolve dois servidores comissionados e um efetivo. Ele prometeu, por telefone, que os nomes seriam revelados nesta segunda-feira. Não cumpriu o dito.

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Matéria detecta a presença de "gato" na Copa que ainda nem começou

Matéria da revista Veja, que circula esta semana, acusa a empresa cearense Marquise  – a mesma que opera o serviço de limpeza pública em Itabuna – de utilizar atestados fajutos para faturar uma mega-obra de R$ 452 milhões: a reconstrução do Estádio do Castelão, em Fortaleza, uma das sedes da Copa do Mundo 2014.

Segundo a matéria, o consórcio liderado pela Marquise está se valendo de atestados técnicos de uma empresa que possui experiência pífia em obras em estádios e que, ainda por cima, só detém 1% de participação no consórcio. A Veja diz que, apesar da frágil documentação apresentada, a Marquise obteve uma nota imbatível na avaliação dos quesitos técnicos, à frente da Odebrecht e da Queiroz Galvão.

 As boas relações entre um alto funcionário do governo do Ceará e o dono da Marquise, José Carlos Pontes, seriam determinantes, pelo que apurou a Veja, para o “bom andamento” da licitação.

Logo na abertura, a reportagem se vale de uma metáfora futebolística, observando que “os atacantes da corrupção estão perto de marcar o primeiro gol contra a Copa do Mundo que o Brasil sediará em 2014”. Eles só não podem se dizer beneficiados pela “mão de Deus”, pois nesse caso tudo leva a crer que se trata mesmo daquela  mão esperta, useira e vezeira em beneficiar-se de relações espúrias com o poder público para fazer grandes negócios.

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Martinho afanou mais de R$ 460 mil (Foto A Região).

A titular da Vara da Fazenda Pública, juíza Milena Oliveira Watt, aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual (MPE) e condenou o ex-prefeito de Itajuípe Paulo Martinho a pagar multa de R$ 450 mil, 50 vezes o salário que ele recebia em 2001.

A magistrada determinou ainda a suspensão dos direitos políticos de Paulo Martinho por cinco anos e o proibiu de contratar com o poder público, receber benefício ou incentivos fiscais por um prazo de três anos.

A condenação foi aplicada depois que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) encaminhou representação ao MPE. O TCM apurou que o ex-prefeito gastou, em 2001, R$ 456.763,11 e não comprovou o destino dos recursos públicos.

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Azevedo, à esquerda, observa ex-prefeito Fernando Gomes.

“A gente conhece gestores que nunca tiveram nada na vida e hoje estão milionários”.

Capitão Azevedo, nesta sexta-feira, 12, em entrevista ao programa Bom Dia, Bahia, apresentado pelo repórter Fábio Roberto na Rádio Nacional. Ele prometeu que não vai meter a mão no seu, no nosso dinheiro…

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“Venho por meio deste esclarecer que quanto às denúncias de que o nosso gabinete foi alvo da infiltração de uma possível quadrilha que fraudava a Câmara dos Deputados, através do chamado “golpe da creche” que tão logo fomos comunicados da ocorrência destes fatos procuramos exonerar os supostos envolvidos e dar total colaboração ao processo investigatório conduzido pela polícia legislativa.

Assim, reiteramos a nossa desaprovação, surpresa e perplexidade com a capilaridade e complexidade do esquema que já vinha atuando na Casa há vários anos, antes mesmo do nosso mandato, e que por infelicidade acabou atingindo o nosso gabinete.

Entretanto ressalto que tais condutas lesivas, em que buscavam auferir vantagens sobre benefícios que a Câmara paga aos funcionários é de foro exclusivo do servidor, não tendo qualquer interferência do parlamentar.

Sendo assim, é bom que fique claro que não há nos processos em questão qualquer vinculação dos crimes com o parlamentar, ao tempo em que renovo a expectativa de que as possíveis irregularidades sejam punidas.

Raimundo Veloso, Deputado Federal (PMDB-BA).”

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Pode ser um pequeno desvio, mas quando se trata de coisa pública, nunca é demais coibir esse tipo de prática. Na Prefeitura de Ilhéus, alguns detentores de cargos de confiança abusam da autorização que têm para a compra de garrafões de água mineral.

Em tese, a água é para abastecer as repartições. Na prática, o que se tem visto em determinados casos é gente desviando garrafões para as próprias residências. Uma demonstração cabal de que, quando se trata de abastecer-se às custas do erário, nem água a turma dispensa.

Um dia essa fonte seca.

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Do Blog do Gusmão

Um alto “figurão” da prefeitura de Ilhéus afirmou ao Blog do Gusmão que “os homens do palácio” e um vereador de forte influência desencadearam uma grande manobra para tentar anular o relatório do Conselho Municipal de Saúde, aprovado no dia 1º de setembro, que pediu ao ministério público estadual e federal, investigação sobre diversos indícios de irregularidades na contas da saúde.

Prestadores de serviços, donos de laboratórios e uma articulação envolvendo um partido de esquerda, que tem ligações com a secretária de Saúde, Marleide Figueiredo, conseguiram mudar o voto de quatro conselheiros, que assinaram a aprovação do relatório no dia 1º, e depois voltaram atrás no dia 22, através da tese de que a gestão não teve direito de defesa.

Ao contrário do que afirma a secretária, o documento que também foi enviado à CGU (Controladoria-Geral da União) não foi anulado. O Ministério Público fará a investigação normalmente, porque a denúncia já foi protocolada.

Entenda o caso

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Aliado do governo de Capitão Azevedo, o radialista Val Cabral denunciou há pouco que a licitação de R$ 5 milhões para a construção de 239 casas na comunidade da Bananeira, em Itabuna, estaria mais do que viciada. Ele afirmou que duas das construtoras que disputam a obra ofereceram R$ 240 mil a seis outras concorrentes para fazer combinação de preços.

Caso as empreiteiras aceitassem a negociata, cada uma levaria R$ 40 mil. O radialista não afirma se alguma das seis empresas acietou a proposta. Na prática, as seis concorrentes apresentariam propostas superiores às da “Terta Ltda” e “Solobrax Ltda”.

A denúncia acaba de ser feita, ao vivo, no programa que o radialista apresenta, diariamente, na rádio Difusora, de propriedade do ex-prefeito Fernando Gomes. Val Cabral, que é dirigente do PV em Itabuna, disse que está levando todos os documentos da negociata para apresentar ao prefeito Capitão Azevedo.

Os recursos para a construção das casas da Bananeira são oriundos do Governo Federal, através do Ministério das Cidades. Resta, agora, apuração da denúncia.