Economia da Bahia registra crescimento no segundo semestre || Foto Divulgação
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O Produto Interno Bruto baiano cresceu 2,7% no segundo trimestre de 2023 na comparação ao mesmo período do ano anterior, acumulando, no primeiro semestre, expansão de 1,8%. Em relação ao 1º trimestre de 2023, houve crescimento de 1,0%.  Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

No 2º trimestre de 2023, o PIB baiano totalizou R$ 113,9 bilhões, sendo que R$ 104,5 bilhões são referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 9,4 bilhões, aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. No que diz respeito aos grandes setores, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 17,8 bilhões, a Indústria R$ 23,6 bilhões, e os Serviços R$ 63,0 bilhões.

Quando analisados os resultados acumulados no 1º semestre de 2023, o PIB baiano totaliza R$ 228,9 bilhões, sendo que R$ 207,2 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 21,6 bilhões aos impostos. A Agropecuária apresenta Valor Adicionado de R$ 24,3 bilhões, a Indústria R$ 57,4 bilhões, e os Serviços R$ 125,6 bilhões.

SETORES COM RESULTADOS POSITIVOS

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB da Bahia apresentou resultado positivo de 2,7% no segundo trimestre de 2023. O Valor Adicionado apresentou variação de 3,2% enquanto os impostos registraram queda de 2,4%. Dentre os grandes setores, dois registraram expansão: agropecuária (+4,0%) e serviços (+4,9%). Já o setor industrial registrou queda de 1,2%.

O crescimento em volume do setor agropecuário baiano no segundo trimestre foi de 4,0%, sendo particularmente influenciado pela expansão no cultivo da mandioca, milho e soja. A queda do setor industrial foi determinada pela retração nas atividades da indústria de transformação (-2,6%), das indústrias extrativas (-13,8%) e da construção civil (-0,6%).

Apenas a atividade de eletricidade e água apresentou um resultado positivo no período (+7,9%), em função tanto do aumento da geração elétrica, particularmente de fontes eólicas, quanto do consumo.

O crescimento no setor de serviços foi determinando pelo bom desempenho das atividades do comércio com taxa de 8,9%. Também contribuíram com o crescimento as atividades de transportes (+6,9%), administração pública (+2,9%) e as atividades imobiliárias (+2,5%). O segmento outros serviços registrou crescimento de 4,7%..

A economia baiana, no acumulado de janeiro a junho de 2023 registrou expansão de 1,8% em comparação com o mesmo período de 2022. A agropecuária variou 4,1%, a indústria -1,8% e os serviços cresceram 3,5%.

O destaque positivo no semestre ficou por conta do setor de serviços, puxado pela acentuada expansão do comércio (+5,6%) e dos transportes (+8,2%). Por outro lado, o setor industrial baiano registrou queda de 1,8% no mesmo período com destaque para as retrações: 4,5% na indústria de transformação; 6,9% na extrativa; 1,0% na construção. A  atividade a registrar foi eletricidade e água (+9,5%).

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Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo.

 

Nérope Martinelli || [email protected]

Na década de noventa, Itabuna era a terceira cidade em índice populacional e de desenvolvimento na Bahia. Ficávamos apenas atrás de Salvador e Feira de Santana. Infelizmente, hoje somos a sexta cidade e logo seremos a décima. Precisamos urgente de projetos de desenvolvimento. Tivemos o êxodo rural devido à podridão parda e à vassoura-de-bruxa. Com a economia parada, estamos hoje com o êxodo urbano – Itabuna hoje é um canteiro de placas de aluga-se e vende-se.

No ano de 1915, a cidade de Enterprise, no Estado do Alabama, Estados Unidos, tinha uma economia forte, graças à monocultura do algodão. Veio a praga do Bicudo, devastando as plantações e a economia, como exatamente aconteceu na região cacaueira, com as pragas sucessivas da podridão parda e a vassoura-de-bruxa, que os fazendeiros convivem com elas até hoje, por conta do descaso dos órgãos públicos e orientação técnica equivocada das entidades responsáveis.

As lideranças políticas e empresariais de Enterprise foram em busca de novas alternativas agrícolas e industriais, conseguiram erradicar a praga e criar novas culturas agrícolas e industriais, tornando-se, assim, uma cidade pungente e próspera em apenas quatro anos. E, como resultado, em 2019 construíram um monumento ao besouro Bicudo, considerado o responsável pelo novo desenvolvimento da região.

Precisamos urgente de novas lideranças empresariais e políticas que defendam os interesses da comunidade de Itabuna nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

SUGESTÕES DE “BICUDOS” PARA A REGIÃO DE ITABUNA

Agricultura Com os novos clones, a produção de cacau voltou a ser rentável. O problema é que os proprietários de terra estão descapitalizados e negativados, precisando de anistia e incentivos. Temos também a opção das áreas já desmatadas para o plantio de café, que, além de rentável, utiliza muita mão de obra, com alguns produtores regionais colhendo mais de duas mil sacas de café por safra. Pode-se também aproveitar as áreas para a pecuária de corte e leite.

Infraestrutura Duplicação urbana das BRs 101 e 415 e conclusão das três pernas que faltam do Semianel Rodoviário, abertura de novas avenidas como vetores de desenvolvimento, a exemplo das ligações da antiga estrada de Buerarema, no final do bairro São Caetano até a BR 101, e outra avenida do Hospital de Base até Ferradas, na BR-415. Todas essas opções com infraestrutura de asfalto, água e energia – possibilitando a chegada de empresários com indústrias, concessionárias de veículos, grandes redes varejistas e atacadistas etc.

Aeroporto Revitalização do Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho e urbanização do bairro Bananeira, com abertura do aeroporto para voos domésticos e comerciais (transporte de carga), podendo absorver passageiros de toda região cacaueira – porque todos passam por Itabuna, com exceção de Canavieiras, Una e Uruçuca.

Logística Com a chegada da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul –  como Itabuna é servida por duas rodovias federais, BRs 101 e 415 – temos que construir com urgência um polo de logística visando a exportação de grãos, gado, madeira, cacau, minério etc.

Zona Azul A cidade de Itabuna precisa urgente da implantação da zona azul, antes das atividades do Natal. Todas as vagas de estacionamento são ocupadas por profissionais liberais, empresários, comerciantes, comerciários, bancários, ambulantes e etc. os compradores motorizados circulam atrás de vagas para estacionar e não encontram, seguem para o Shopping (menos mal) ou voltam par a casa e compram pela internet.

Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo. Precisamos com urgência do apoio da união de lideranças política e empresariais, profissionais liberais e população em geral. Essa luta é de todos empresários, profissionais liberais, trabalhadores e população em geral.

Nérope Martinelli é empresário e pensador regional.

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É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas.

 

Rosivaldo Pinheiro || [email protected]

Hoje, trago à discussão algumas observações em relação ao município de Itabuna, que completará, neste mês, 112 anos de emancipação político-administrativa. Nossa cidade tem como carro-chefe da sua economia o comércio e os serviços, sendo, inclusive, polo regional de saúde e educação. O setor industrial é incipiente, mesmo tendo gás natural, poliduto e sendo cortada por duas importantes rodovias, a BR-101 e a BR-415.

Ao longo desse pouco mais de um século, por aqui também tivemos importantes iniciativas de turismo de negócios e entretenimento, mas sem continuidade. Esse registro aponta a necessidade de trabalharmos essas atividades. A cidade precisa melhor entender os impactos positivos gerados por esses segmentos sobre as demais atividades econômicas, inclusive para buscar a implantação de um centro de convenções, num modelo que melhor atenda às demandas locais – a área do Parque de Exposições pode ser uma opção –, além de reabrir o aeroporto para o pouso de aeronaves particulares de pequeno porte, serviços de saúde, serviços de valores, serviços de segurança (Base do Graer) e voos comerciais em trechos alternativos para aeronaves com menor número de passageiros.

Ainda no campo do entretenimento, o último São Pedro realizado pela gestão municipal, por meio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), é prova inequívoca da atração do público local e regional e traz de volta ao centro do debate esse importante setor econômico, colocando a cidade no calendário turístico.

É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas a partir de parcerias com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Como podemos observar, temos um longo caminho a percorrer e grandes desafios no percurso, e só através dessa configuração faremos Itabuna melhorar os indicadores socioeconômicos. Esse desafio é da sociedade local: dos poderes públicos à iniciativa privada, passando pela academia. Só assim continuaremos avançando na qualidade de vida da nossa cidade.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento e Gestão de Cidades (Uesc) e comunicador.

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Precisamos trabalhar para evitar que os mais vulneráveis, deixados à própria sorte, acabem presos em permanente dificuldade, sem perspectivas que os permitam acessar bens e serviços disponíveis no sistema.

Rosivaldo Pinheiro

A meritocracia, tão comentada e defendida por setores da sociedade, acaba sendo uma espécie de selo de controle para favorecer indivíduos ligados historicamente à classe dominante. Esse mecanismo, disfarçado de preocupação pela busca por excelência, esconde uma espécie de filtro social em favor das classes sociais mais abastadas, reduzindo as chances dos que compõem as classes menos estruturadas economicamente. O discurso meritocrático acaba por tratar indivíduos em posições socioeconômicas desiguais de forma igual.

As políticas sociais visam, justamente, reduzir as distâncias existentes entre as categorias sociais que compõem um país, estado e cidade, possibilitando, por meio delas, oportunidades para os mais vulneráveis, para que possam ter acesso pleno ao saber e consigam melhorar sua condição socioeconômica.

Se deixados à própria sorte, indivíduos com menor condição econômica e social estarão presos ao “ciclo da miséria” e pouquíssimas chances terão para competir com aqueles que nasceram em famílias pertencentes aos grupos com melhores níveis de renda e acesso às estruturas do conhecimento, alimentação, educação, esporte, lazer… Só através das políticas públicas os mais vulneráveis conseguirão alcançar mudanças na sua condição econômica e social.

Se não tivermos essa visão, acabaremos por construir sociedades segmentadas com os setores dominantes historicamente sempre ocupando os postos de comando, restando para os demais os chamados “chãos de fábrica”.

A defesa da meritocracia não resolverá os nossos desafios enquanto nação, exigirá a estruturação de um conjunto de investimentos que possibilite oportunidades para todos. Para isso, implantar políticas públicas que busquem a produção de indivíduos capazes de ter visão crítica, empreender e romper com o “ciclo da miséria” é algo urgente. Precisamos trabalhar para evitar que os mais vulneráveis, deixados à própria sorte, acabem presos em permanente dificuldade, sem perspectivas que os permitam acessar bens e serviços disponíveis no sistema.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Representantes de Sebrae e Prefeitura de Itabuna em assinatura de termo de adesão
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Itabuna foi a primeira cidade baiana a assinar o termo de parceria para o programa Cidade Empreendedora ciclo 2021. O prefeito Augusto Castro recebeu em seu gabinete o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, que participou do evento de forma remota, e, presencialmente, os representantes do Sebrae que atuam na região Sul, a gerente Claudiana Figueiredo e o gerente adjunto, Michel Lima, para assinatura do termo de adesão.

O ato de assinatura do convênio contou, ainda, com a participação da gestora estadual do programa Cidade Empreendedora, Cecília Miranda, através de vídeochamada, das secretárias municipais de Planejamento, Sônia Fontes e de Educação, Janaína Araújo, do coordenador geral de Comunicação, Afonso Dantas e do diretor de fomento à Indústria e Comércio, Othon Dantas.

Em sua fala, Khoury destacou a importância da atuação dos municípios para a economia do estado, além de reforçar o compromisso da entidade no apoio através das ações do programa. Na oportunidade, também foram apresentados os desafios do projeto para este ano, com base nos eixos temáticos de Educação Empreendedora, Desburocratização, Compras Públicas, Inovação e Sustentabilidade e Gestão Municipal.

Já o prefeito Augusto Castro afirmou que vai unir forças com o Sebrae para desenvolver o ambiente de negócios na cidade. “Foi promessa de campanha transformar Itabuna em um lugar para empreender, e vamos cumprir”, finalizou.

O PROGRAMA

O Cidade Empreendedora tem como objetivo engajar a gestão municipal e as lideranças locais na melhoria do ambiente de negócios, promovendo políticas públicas que beneficiem as pequenas empresas e contribuam para o desenvolvimento econômico local, com a intenção de tornar o município um melhor lugar para empreender.

O programa sugere alguns caminhos e propostas para que, juntos, Sebrae e municípios, possam transformar a Bahia em um lugar melhor para viver porque, quando temos um ambiente melhor para fazer negócios, temos mais geração de renda e oportunidades.

Desde o início do programa, em 2018, 149 cidades baianas já implementaram o programa e capacitou mais de três mil gestores públicos, com mais de seis mil horas de consultoria gratuita para os representantes das prefeituras participantes. Neste ano, 53 municípios foram selecionados para formalizar a parceria com o Sebrae Bahia no programa Cidade Empreendedora.

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Atuando hoje nas mais diversas áreas do conhecimento, a Uesc volta seu foco de ação para os municípios regionais, notadamente para o enfrentamento à pandemia da Covid-19, incluindo aí os planos de abertura econômica, que pode ser – ou não – referendado pelos prefeitos.

Walmir Rosário || [email protected]

Na noite desta quarta-feira (9) tive a grata satisfação de assistir a uma live organizada pelo Laboratório de Ensino de História e Geografia (Lahige) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Em pauta, os Impactos nas Cidades e na Economia no Contexto da Pandemia da Covid-19, debatidos pelo Magnífico Reitor Alessandro Fernandes e o vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal.

Finalmente, tivemos a felicidade de constatar que há inteligência no planeta cacau, embora a prática e a execução nem sempre chegue ao destinatário, o cidadão, que paga a conta e não recebe os benefícios. Desta vez, espero que mudem-se os comportamentos e a Uesc possa interagir com a sociedade, como reclamava o ex-professor de Economia José Adervan de Oliveira, desde os tempos de cuspe e giz.

Em duas horas e meia, o reitor Alessandro Fernandes discorreu sobre como fazer ciência na academia e repassar esses conhecimentos às instituições políticas para a aplicação nas diversas cidades da região. Sei que não é fácil esse intercâmbio, haja vista os interesses díspares entre a academia e a política. Se hoje a Uesc faz tudo para sair do Salobrinho, a realidade entre os políticos se volta para o carcomido modelo do clientelismo.

Dentre os políticos do planeta cacau destaco – sem medo de cometer qualquer pecado ou injustiça – o vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal, como o único que caminha com desenvoltura por entre as instituições, sempre em busca do conhecimento para aplicar em sua cidade. Não existe em qualquer cidade do sul e extremo-sul da Bahia alguém que estude Ilhéus e região e tenha os conhecimentos acumulados como ele.

Se sobram conhecimentos a Nazal, falta-lhe a caneta, como frisou durante a live, fornecendo dados contundentes, a exemplo dos arquivos digitais de aerofotogrametria do município de Ilhéus, guardados sem que prefeitos demonstrem o menor interesse sobre eles, essenciais para organizar a cidade, prospectar investimentos. É o mesmo que comprar livros de capas duras e coloridas, guardá-los numa vistosa biblioteca, não lê-los, como se ganhasse conhecimento pelos simples olhar e, quem sabe, a osmose.

A Uesc – mais uma grande criação de José Haroldo Castro Vieira – toma seu lugar no mundo da ciência e passa a administrar parte do acervo e serviços prestados pela Ceplac, igualmente criada por José Haroldo. Esse legado também será dividido com a Embrapa e a UFSB, após a decisão da morte por inanição da maior instituição de pesquisa, ensino e extensão da cacauicultura.

Atuando hoje nas mais diversas áreas do conhecimento, a Uesc volta seu foco de ação para os municípios regionais, notadamente para o enfrentamento à pandemia da Covid-19, incluindo aí os planos de abertura econômica, que pode ser – ou não – referendado pelos prefeitos. Embora as prefeituras sejam as maiores empregadoras em seus municípios, nem sempre contam com pessoal qualificado.

E nesta realidade, a Uesc é um campo fértil para as prefeituras, que por falta de bons projetos, nem sempre conseguem prospectar recursos disponíveis em bancos de desenvolvimento e no governo federal. Outro “calcanhar de Aquiles” das prefeituras é a áreas de compras – licitações –, na qual os servidores municipais poderiam “beber em fonte limpa”, e acabar com dissabores da rejeição de contas – junto com a área contábil –, caso queiram trabalhar com técnica e lisura.

Durante a live, muitas questões sobre a região cacaueira foram levantadas, sendo uma delas a realização de um amplo diagnóstico socioeconômico – nos moldes do realizado no início da década de 1970 –, em parceria com os municípios. Como suscitou Nazal, um trabalho dessa envergadura colocaria a região numa situação privilegiada para colocar o trabalho de baixo de braço – ou mandá-la por meio digital para investidores, se transformando em recursos garantidos para investimentos variados.

A esmagadora maioria dos sul-baianos não tem a menor noção do que representa o Complexo Intermodal do Porto Sul em termos de investimentos, crescimento e, possivelmente, desenvolvimento regional. Bilhões de reais serão investidos neste projeto, e o melhor: em diversas cidades, produzindo riquezas de forma solidária à população por meio da geração de emprego e renda.

Como bem disse Nazal, a qualquer dúvida sobre Ilhéus e região ele sai em busca soluções para os problemas apresentados junto aos produtores de conhecimento, notadamente determinadas áreas dos governos federal, estadual e as universidades (Uesc e UFSB). Esse seria um bom caminho a ser trilhado pelos políticos – parlamentares e gestores municipais –, que preferem o discurso vazio eleitoreiro, daí nosso estado de pobreza.

Por tudo isso e muito mais, rogo ao Magnifico Reitor Alessandro Fernandes e aos professores Humberto Cordeiro e Gilsélia Lemos que colaborem – ainda mais – com a região, disponibilizando no site da Uesc ou outro meio de comunicação as lives produzidas. Por certo, contribuirá para melhorar o nível de informação e de interesse sobre o desenvolvimento regional.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Antonio Zugaib || [email protected]
 

A regulamentação de uso da indicação geográfica, obtida pela Associação Cacau Sul Bahia, é um instrumento valioso para se conseguir uniformidade na qualidade, necessária para uma boa comercialização do produto, principalmente no mercado externo.

 
A cacauicultura do sul da Bahia já passou por diversas ondas de desenvolvimento. Primeiro foi a onda de desenvolvimento agrícola, quando os produtores de cacau – baianos, árabes e sergipanos – substituíram as plantações de cana-de-açúcar, com seus diversos engenhos, espalhadas neste rica Capitania de São Jorge dos Ilhéus, por plantações de cacau. Com suor e luta, os produtores de cacau implantaram nesta região um sistema denominado Cabruca, sistema este admirado no mundo inteiro, pois consegue extrair da terra seu valor econômico, conservando e preservando a mata atlântica.
Neste sistema de produção de cacau existente há cerca de 250 anos, a cacauicultura do sul da Bahia despertou o mundo produzindo uma quantidade significativa de cacau estimulando o interesse de exportadores e processadores a se localizarem na região, dando início a segunda onda de desenvolvimento, que chamamos de industrialização. Vieram os Kaufmann, implantando inicialmente o Chocolate Vitória, os Wildberger trazendo as empresas exportadoras e, posteriormente, as indústrias Barreto de Araújo, a Berkau, a Cargil, a Chadler, a ADM Cocoa, a Nestlé, assim como, através da organização dos produtores locais, a Itaísa. Neste ciclo de desenvolvimento produzimos líquor, torta, manteiga e pó de cacau. Iríamos chegar a cobertura do chocolate quando uma série de fatores conjunturais e estruturais desagregaram a economia cacaueira, culminando com a chegada da vassoura-de-bruxa, provocando um retrocesso sem precedentes dessa economia, com fechamento de fábricas e descapitalização dos produtores.
Atualmente, estamos voltando a um estágio de desenvolvimento muito mais forte, porque não estamos com a visão só na matéria-prima, nem tampouco em um chocolate de cobertura ou chocolate de massa. Estamos entrando em uma terceira onda de desenvolvimento que estou chamando de “Customização”. Customização é um substantivo feminino que remete para o ato de customizar e significa personalização ou adaptação.  
A customização consiste em uma modificação ou criação de alguma coisa de acordo com preferências ou especificações pessoais. Assim, customizar é alterar alguma coisa segundo o seu gosto pessoal. É isto que está acontecendo na cacauicultura do sul da Bahia. Os consumidores estão experimentando o chocolate segundo seu gosto pessoal. E a maioria dos consumidores deste produto que é preferência nacional já decidiu saborear um chocolate com alto teor de cacau.
Experimentos são realizados por meio de novas variedades desenvolvidos pela Ceplac e parceiros, onde é feita uma análise sensorial do chocolate sobre variáveis importantes, como aroma, sabor, derretimento, dureza, amargor e acidez, sem deixar de lado a localização, o porte, o tamanho dos frutos, o peso total das sementes secas por fruto, nem tampouco a produtividade do cacaueiro.
O chocolate é visto como um produto especializado que precisa de profissionalismo para ter sucesso no empreendimento. Para isso, a regulamentação de uso da indicação geográfica, obtida pela Associação Cacau Sul Bahia, é um instrumento valioso para se conseguir uniformidade na qualidade, necessária para uma boa comercialização do produto, principalmente no mercado externo. Porém, obtido esse profissionalismo estaremos no topo do mercado, obtendo um preço mais compensador, pois estaremos agregando valor ao nosso produto. Com uma boa política de crédito rural, os produtores poderão transferir toda a tecnologia gerada pela Ceplac, através de clones de alta produtividade e poderão reviver momentos felizes novamente.
Antonio Zugaib é engenheiro agrônomo, mestre em Economia Rural, técnico em Planejamento da Ceplac e professor da Uesc.

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Josias GomesJosias Gomes 

 

Hoje, ainda que o processo da completa recuperação regional ainda demande tempo e esforço, podemos afirmar que o sul da Bahia caminha para um novo e duradouro ciclo de desenvolvimento.

Durante décadas, o sul da Bahia, tendo Ilhéus e Itabuna como as duas maiores cidades, foi uma espécie de locomotiva do Estado, com a lavoura do cacau gerando receitas suficientes para impulsionar o desenvolvimento de outras regiões, chegando a representar 60% do PIB baiano.

Sucessivas crises, que culminaram no final da década de 80 e início dos anos 90 com a chegada e expansão da vassoura de bruxa, que em seu período mais crítico dizimou cerca de 80% da lavoura, fizeram com que a região mergulhasse numa profunda crise, com a explosão do desemprego e queda acentuada em todos os índices socioeconômicos.

Durante quase duas décadas, justamente no momento em que a região mais precisou de apoio para se reerguer, governantes insensíveis e sem compromisso com o sul da Bahia, se mostraram omissos, agravando ainda mais a situação e afetando milhões de pessoas. Práticas equivocadas de renovação da lavoura, por exemplo, levaram produtores a um endividamento brutal, tornando-os incapazes de investir na retomada da produção.

Hoje, ainda que o processo da completa recuperação regional ainda demande tempo e esforço, podemos afirmar que o sul da Bahia caminha para um novo e duradouro ciclo de desenvolvimento. E isso se deve, em grande parte, ao apoio efetivo do Governo do Estado, iniciado na gestão de Jaques Wagner e que vem se consolidando com o governador Rui Costa.

O início das obras de duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna, sonho de décadas que se torna realidade, é um exemplo da presença marcante do Governo do Estado. Mas não é o único. Outras obras importantes como o Hospital Regional da Costa do Cacau, as duas primeiras em fase de conclusão, a terceira em ritmo acelerado, terão impactos positivos em toda a região. A viabilização da construção do Porto Sul e da Ferrovia Oeste Leste, já garantida por meio de parcerias com empresários chineses, permitirá a atração de grandes empreendimentos e geração de milhares de empregos.

O Governo do Estado também tem investido na cadeia produtiva do cacau, com o cultivo de amêndoas de qualidade e a produção de chocolates, e fortalecido a agricultura familiar e os pequenos produtores, que hoje representam 80% da produção rural na região.

São obras e ações que garantirão a retomada do desenvolvimento, tendo como resultado principal a melhoria da qualidade de vida da população e tornando o sul da Bahia novamente protagonista do Estado.

É necessário destacar o papel do governador Rui Costa nesse novo momento da região e, mais do que isso, reconhecer a necessidade de que esse modelo de gestão democrática e com foco no desenvolvimento de todas as regiões do Estado e não apenas da capital, deve ser mantido.

Josias Gomes é secretário de Relações Institucionais da Bahia e deputado federal pelo PT.

 

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Josias: obras reposicionam sul da Bahia || Foto Pimenta
Josias: obras reposicionam região || Foto Pimenta

Obras executadas pelo governo estadual vão reposicionar o sul da Bahia com atração de novos investimentos e geração de mais empregos no sul da Bahia, na opinião do secretário de Relações Institucionais (Serin), Josias Gomes. Deputado federal licenciado, ele cita obras como a ponte estaiada centro-Pontal, em Ilhéus, a Barragem do Colônia, o Hospital Regional da Costa do Cacau e a duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna, cuja ordem de serviço deverá ser assinada em 9 de outubro, segundo o governador Rui Costa.

– A Barragem Rio Colônia, que tantos prometeram e Rui Costa executou, vai reduzir o impacto das estiagens que têm atingido a região e garantir o abastecimento de água em Itabuna pelos próximos 50 anos – diz o titular da Serin, apontando o poder de atração de investimentos da obra para a região beneficiada, Itapé e Itabuna.

Josias ainda aponta a construção do Porto Sul e a conclusão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, “que estão sendo viabilizadas após gestões do governador Rui Costa junto a empresários chineses”. Para ele, o governo baiano toca “um volume de obras e ações que terão impactos positivos em vários setores da economia e que vão recolocar o sul da Bahia como um dos grandes polos de desenvolvimento do Estado”.

Rui Costa ao lado dos prefeitos Jadson Albano e Tonho de Anízio, de Coaraci e Itacaré, e Jerônimo Rodrigues, da SDR
Rui Costa ao lado dos prefeitos Jadson Albano e Tonho de Anízio, de Coaraci e Itacaré, e Jerônimo Rodrigues, da SDR, durante anúncio de obras em Itacaré, no sábado (23).
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Adervan faleceu ontem, no Calixto Midlej Filho.
Adervan faleceu ontem, no Calixto Midlej Filho.

A contribuição do jornalista José Adervan de Oliveira, 74 anos, para a região cacaueira sul-baiana foi destacada, hoje (13), pelos prefeitos Mário Alexandre, “Marão”, de Ilhéus, e Moacyr Leite, de Uruçuca, além do vice-prefeito ilheense José Nazal. Ambos emitiram nota de pesar pela morte de um dos fundadores do Jornal Agora, ocorrida ontem à tarde, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna, após resistir, bravamente, contra câncer de próstata.

O prefeito Moacyr Leite Júnior ressaltou a importância de Adervan para o sul da Bahia. “Deixa uma lacuna não apenas na comunicação regional, mas no bom debate de ideias no campo da política e do desenvolvimento socioeconômico regional. Era, reconhecidamente, uma pessoa caridosa e que tinha devoção e amor pelo sul da Bahia”. Moacyr decretou três dias de luto em reconhecimento a Adervan.

Em nota, Marão e José Nazal, observaram, em nota, que o jornalista “José Adervan exerceu um papel de destaque no contexto da comunicação no Sul Bahia, nas últimas décadas, sendo um incansável defensor dos interesses da Região e do Município de Ilhéus”.

O presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Daniel Leão, lamentou a perda. “Seu desaparecimento causou grande consternação à classe jornalística e a FICC expressa seus maiores sentimentos ao seu grande número de amigos, admiradores e familiares”.

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

A participação de Adervan nas questões regionais e a preocupação com o desenvolvimento foram citadas pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (Acei), Ronaldo Abude. “Um dos seus legados [deixados pelo jornalista], o Jornal Agora repercutiu as suas preocupações com os problemas da região cacaueira, como também transmitiu muitas conquistas.

O corpo de Adervan está sendo velado no SAF de Itabuna, na Juca Leão, ao lado do Grapiúna Tênis Clube. O enterro será às 16 horas, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna.

SINAPRO

A morte do jornalista também foi lamentada pela direção do Sindicato das Agências de Propaganda da Bahia (Sinapro-Bahia). “Fundador do jornal Agora, José Adervan era amante da política e mantinha uma coluna diária no jornal que fundou e do qual foi administrador. À família e aos amigos enlutados, o Sinapro-Bahia envia sinceras condolências”, destaca nota do sindicato.

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AndirleiAndirlei Nascimento | [email protected]

 

Itabuna precisa se reencontrar, no caminho do desenvolvimento político, cultural e social. O nosso voto é o maior instrumento que temos e poderemos mudar, mais uma vez, a história desta terra.

 

Em 28 de julho de 1910, foi emancipada a nossa cidade, do município de Ilhéus, com o registro de Pedra Preta, depois, como Itabuna. Revendo a história da nossa cidade, contada em versos, prosas e romances, verificamos que a mesma se originou de árabes e principalmente de sergipanos, que saíram das suas terras em busca do eldorado, já que a seca no Nordeste, naquele momento, fazia flagelos. Por aqui, aqueles que chegavam, alguns se preocupavam em ser caixeiro-viajante, enquanto que outros se dedicavam à agricultura, no desbravamento de terras para o plantio de cacau, e, também, em serem “jagunços”.

Como se tratava de zona fronteiriça, a exemplo do ocorre em qualquer lugar do mundo, foram travadas muitas lutas e muita violência, onde prevalecia a Lei do Mais Forte, com invasões de terras e muitas mortes em busca do ouro branco chamado cacau.

Mas, ao longo da história da nossa cidade, tivemos personalidades que até hoje devem ser lembrados pelo respeito a este pedaço de chão. Homens públicos que com suas administrações, marcaram o nosso município. Devido ao comprometimento administrativo deles, Itabuna passou a ser a terceira cidade do Estado, em termos de desenvolvimento socioeconômico. Itabuna era orgulho dos itabunense.

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rpmRosivaldo Pinheiro | [email protected]

 

Temos respirado o ar da esperança na última década, fase posterior à queda da nossa principal cultura econômica, duramente atingida pela crise imposta pela vassoura-de-bruxa.

 

O sul da Bahia há muito alega que ao longo das últimas décadas não recebeu a atenção devida do Estado. A região cacaueira apresenta argumentos consistentes: custeou por extenso período a folha de pagamento estadual e ajudou a financiar a estruturação do Centro Industrial de Aratu e do Polo Petroquímico de Camaçari, mas não recebeu em contrapartida tratamento à altura dessa contribuição. O modelo econômico adotado pelo governo estadual sempre privilegiou Salvador e seu entorno.

Para uma corrente que reclama da desatenção dos governos estadual e federal, a raiz do problema está na falta de representatividade política.  O fato de elegermos baixo número de candidatos locais fragiliza a representação e dificulta as nossas reivindicações junto aos governos; perdemos na correlação de forças e, consequentemente, somos superados por regiões com maior representatividade política.

Outra corrente fundamenta que a não organização da cadeia produtiva acaba colaborando para a não implantação de mudanças estruturais necessárias diante dos poderes centrais, estado e União. A verdade é que as argumentações se fundem e, de fato, constatamos que a nossa região não recebeu, ao longo da sua existência, investimento proporcional ao grau de colaboração disponibilizado para o estado e para o país. A Ceplac é a clara materialização desse processo: nasceu a partir da articulação do capital produtivo lastreado na cacaicultura e sofre gradativo sucateamento em função da falta de força política necessária para o embate.

Temos respirado o ar da esperança na última década, fase posterior à queda da nossa principal cultura econômica, duramente atingida pela crise imposta pela vassoura-de-bruxa. O cacau, que já foi o principal gerador de renda do estado, responsável por quase 60% de toda a sua arrecadação, hoje dá sinais de recuperação, face à obstinação da classe produtora e ao implemento de ciência e tecnologia baseadas na pesquisa do cacau e na política de fabricação de clones com alto padrão genético pelo Instituto Biofábrica.

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WALMIR~1Walmir Rosário | [email protected]

 

Desenvolvimento, e não o simples crescimento baseado em alguns números e estatísticas, é o que nossas cidades precisam para promover oportunidades a todos os segmentos sociais. No caso de Canavieiras, o turismo que se avizinha é o da melhor idade e ecumênico, bastando, apenas que a cidade ofereça todas os serviços que esses turistas se sintam em casa.

 

Em tempo de recursos cada vez mais escassos, só resta aos municípios brasileiros buscar novos paradigmas de administração pública. Há muito não se consegue junto aos governos Federal e estaduais recursos suficientes para atender as necessidades mais prementes dos municípios, com responsabilidades crescentes no atendimento à população.

Aquele modelo de simples crescimento, calcado na implantação de obras sem planejamento não mais funciona hoje. A população, embora cada vez mais pobre e sem perspectivas, possui modernos instrumentos de comunicação rápidos e eficientes: as chamadas redes sociais, disponíveis em qualquer smartfone conectado a internet.

E o avanço tecnológico provocou uma mudança comportamental em toda a população, sem distinção da sua estratificação econômica e social. Determinada pessoa pode até não saber analisar determinada situação de forma pedagógica, mas tem o conhecimento do fato e sua metodologia de discernimento é o caixa do supermercado.

Daí, o cuidado redobrado do governante em mudar seus conceitos: ao invés do simples e atrasado crescimento, terá que perseguir o desenvolvimento, adotando o planejamento municipal e não só o das finanças, como sempre aconteceu. Qual a cidade que queremos, quais os recursos que dispomos e quais as nossas prioridades?

Tudo isso deverá estar contemplado no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) como linha mestra a ser seguida. Para elaborá-la, ou reformá-la, precisamos do apoio de técnicos especialistas em cidades e vontade política de executar suas recomendações, transformadas em lei balizadora do zoneamento urbano.

Agora, passados 10 anos da aprovação do Plano Diretor Urbano Municipal, é hora de recolocar Canavieiras no caminho do desenvolvimento, com propostas dentro de novas perspectivas. Para tanto, é primordial instrumentalizar o processo com uma política urbana concreta, baseada na vocação econômica e nas possibilidades futuras.

E parceiros para essa monumental empreitada não faltam. Temos hoje na região a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), com conhecimento acumulado sobre nossos municípios, e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), com uma proposta acadêmica diferenciada, o que a permite atuar de acordo com a realidade local.

Abrindo um parêntese, essa é a segunda grande oportunidade de Canavieiras integrar o rol dos municípios turísticos de fluxo perene. O primeiro foi o Projeto Canes (Complexo de Atividades de Natureza Econômica e Social), elaborado em 1990 pelos urbanistas André Sá e Francisco Mota e o economista Paulo Gaudenzi.

Nas ações complementares ao projeto Canes, a desapropriação de áreas no centro e na Ilha da Atalaia, para a implantação de hotéis, pousados e cabanas de praias padronizadas, bem como unidades residenciais. O Projeto Canes foi o primeiro grande vetor do desenvolvimento turístico de Canavieiras, proposta era a de transformá-la numa cidade que conseguisse reunir todas as condições de oferecer ao turista uma hospitalidade de primeira linha.

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Reunião na Secretaria da Fazenda, onde ocorreu a assinatura do contrato do Pró-Semiárido. Na cabeceira da mesa, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório; à esquerda, representantes do Fida; à direita, o secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Wilson Britto, e o diretor executivo da CAR, José Vivaldo
Reunião na Secretaria da Fazenda, onde ocorreu a assinatura do contrato do Pró-Semiárido. Na cabeceira da mesa, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório; à esquerda, representantes do Fida; à direita, o secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Wilson Britto, e o diretor executivo da CAR, José Vivaldo

A CAR (Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional), empresa do governo baiano vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração, investirá US$ 100 milhões (equivalente a R$ 228 milhões) em ações com o objetivo de fortalecer grupos produtivos no semiárido. O investimento está relacionado ao início do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável da Região Semiárida Baiana (Pró-Semiárido).
Os recursos para o projeto são fruto de contrato assinado esta semana entre o governo do Estado e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). De acordo com o diretor executivo da CAR, José Vivaldo Mendonça, a nova operação atenderá 70 mil famílias da zona rural.
“Os recursos serão aplicados na continuidade do Projeto Gente de Valor, ampliando sua atuação, que em conjunto com as demais operações executadas pela CAR avançarão nos investimentos para transformação de vidas”, afirma Vivaldo. Ele cita entre os alvos do projeto a construção de agroindústrias, sistemas de abastecimento de água, formação técnica e atuação em redes de cooperação socioprodutiva.

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helenilson-chaves1Helenilson Chaves

Estamos, lamentavelmente, formando legiões de pessoas sem perspectivas, que não raro mergulham no caminho sem volta da marginalidade e das drogas.

O que será do Sul da Bahia daqui a 20 anos. Muitos de nossos cidadãos, após décadas de crise e diante de algumas perspectivas, vislumbram o paraíso.
Uma visão mais realista, entretanto sinaliza na direção contrária, diante da ausência de fundamentos básicos para que esse novo ciclo de desenvolvimento se consolide.
O ponto principal é a ineficiência na formação dos futuros responsáveis pela condução das ações que levem ao progresso e à distribuição de riquezas de maneira adequada. O que vemos, hoje, é a destruição do futuro.
Observemos que a formação de nossas crianças e adolescentes, através do ensino fundamental e médio, deveria promover uma educação que efetivamente capacitasse e incutisse a noção de cidadania plena.
Esses propósitos não tem sido realizados pelos responsáveis por essas ações. As escolas de ensino fundamental e médio encontram-se numa situação que as torna incapazes de exercer o papel que lhes cabe.
Aqui no Sul da Bahia temos cidades em que o ano letivo nem começou ou começou com atraso considerável, cargas horárias ineficientes, exigências absurdas de material escolar, pais sendo obrigados a comprar fardamentos e merenda deficiente, além da estrutura precária.
Como se estivéssemos pintando o quadro de horror, essa geração que é o futuro não conseguirá exercer adequadamente profissões nem atender demandas que possam resultar na criação e distribuição de riquezas regionais.
Estamos, lamentavelmente, formando legiões de pessoas sem perspectivas, que não raro mergulham no caminho sem volta da marginalidade e das drogas. E o futuro, que poderia ser brilhante, torna-se uma opera canhestra, numa sinfonia desafinada.
Sejamos,  porém, otimistas. É possível sim reverter esse quadro. E só há  um único caminho: a Educação de qualidade, em todos os níveis e acessível a todos. Porque sem Educação no presente, simplesmente não hvará futuro.
Helenilson Chaves é presidente do Grupo Chaves.