Nas atividades da campanha de Dilma Rousseff (PT) ontem em Ilhéus e Itabuna, o governador Jaques Wagner mostrou-se confiante na eleição da presidenciável. “As pesquisas dão 12, 14 pontos de frente [para ela]. Sinto clima favorável”, disse, antecipando que Dilma estará em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, nesta terça (26), a partir do meio-dia.
Uma das coisas que mais chamaram atenção na conversa de Jaques Wagner (PT) com jornalistas, ontem, foi a incorporação de discurso ambiental para marcar a fase de aliança do PV baiano com o projeto da presidenciável petista, Dilma Rousseff.
Enquanto agradecia a votação obtida no 3 de outubro e destacava que “Dilma teria levado no primeiro turno se dependesse da Bahia”, o governador elencou grandes obras tocadas no estado, mas respeitando as questões ambientais. “Não há crescimento econômico sem olhar para a sustentabilidade”.
Logo em seguida, ele destacou o apoio majoritário do PV baiano à sua amiga e presidenciável. “A maioria do PV já decidiu [apoiar Dilma], e eu agradeço”. E emendou com elogios a Marina Silva, “ministra do Meio Ambiente do presidente Lula por quase sete anos”.
Numa referência indireta ao tucano José Serra, o petista disse não falar mal de adversário, mas crê “que tudo ficará mais fácil [para a Bahia] com Dilma na presidência”. E assegurou que projetos do Complexo Intermodal Porto Sul e a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna “foram discutidos com a equipe da Dilma”.
Os projetos de construção de novo aeroporto em Ilhéus, ferrovia e porto, afirmou, estão engatilhados. “Por isso, digo que é importante a eleição da Dilma”.
Ele desconversou sobre melhorias no aeroporto Jorge Amado, na zona sul de Ilhéus. O aeroporto praticamente não recebe mais voos noturnos ou em dias chuvosos.
ESTADUALIZAÇÃO DO HBLEM
O governador deixou claro que depende apenas do prefeito Capitão Azevedo (DEM) a estadualização do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem). A unidade médico-hospitalar enfrenta a sua crise mais aguda.
Wagner credita à falta de gestão os problemas do hospital. “Nós dobramos o valor de recursos repassados, mandamos pra cá quatro caminhões de medicamentos, mas há uma dificuldade na gestão”. O Hblem é municipal.
Por fim, o governador disse acreditar na estadualização como saída para os problemas enfrentados pelo Hblem. “Estamos prontos para assumir a gestão do hospital”, assegurou.