Marco Wense
O comando nacional do PSDB fez de tudo para que Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB ao governo da Bahia, apoiasse o tucano José Serra à presidência da República.
Como o tucanato jogou a toalha em relação ao apoio de Geddel a Serra, o deputado federal Jutahy Júnior, um dos tucanos mais próximos do presidenciável governador de São Paulo, mudou de discurso.
O parlamentar baiano, se referindo a Dilma Rousseff, diz, agora, somente agora, que “quem tem dois palanques não tem nenhum”. E finaliza: “Isso gera um conflito que não raro inviabiliza a própria ida do candidato ao Estado”.
Pois é. Esses políticos, hein! Só enxergam o próprio umbigo. Quando o tiro dos seus interesses sai pela culatra, mudam de opinião sem nenhum constrangimento. Depois ficam se queixando dos votos brancos e nulos.
JABES RIBEIRO
Para que Jabes Ribeiro se torne um forte candidato a prefeito de Ilhéus na sucessão de 2012, enfrentando um provável concorrente do PT, a eleição para a Assembleia Legislativa do Estado é fundamental.
Elegendo-se deputado estadual, Jabes e o jabismo se fortalecem, criando um salutar contraponto à neoaliança envolvendo o prefeito Newton Lima (PSB) e o Partido dos Trabalhadores.
A inusitada parceria entre o prefeito e o PT é circunstancial. Se é duradoura ou não, sincera ou não, se é um engodo ou não, só o tempo, como senhor da razão, é que vai dizer.
O PT, agora, tem telhado de vidro. Não é mais franco atirador. Passa a ser co-responsável pelo governo. Participa da administração sabendo das dificuldades. Não pode, depois, alegar que a tal da “herança maldita” impediu o trabalho dos petistas.
Sinceramente, não acredito que Jabes, secretário estadual do PP, partido da base aliada do governo Wagner, esteja torcendo pela desgraça da atual administração. Seja adepto da nefasta política do “quanto pior, melhor”.
A sucessão do Palácio Paranaguá caminha para uma acirrada disputa entre o ex-prefeito Jabes Ribeiro e um petista. Um outro nome para enfrentar o jabismo e o petismo só se o próximo governador da Bahia for Paulo Souto (DEM) ou Geddel (PMDB).