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O Bahia bateu o Flamengo por 3 a 0 na Fonte Nova, há pouco, e assumiu para a vice-liderança do Brasileirão 2013, com 19 pontos. Já o Flamengo, caiu na zona de rebaixamento. Está em 17º lugar com 10 pontos.

A rede balançou aos 29 minutos do primeiro tempo. Hélder chutou de longa distância e o goleiro do Flamengo, Felipe, bateu roupa. A bola sobrou nos pés de Fernandão, que chutou cruzado para ampliar.

Aos 47 minutos do primeiro tempo, após cobrança de falta, Felipe rebateu e Wallyson chutou da entrada da área. Bahia 2 x 0. O auxiliar de arbitragem marcou impedimento, mas Héber Roberto Lopes validou gol em que houve impedimento em dois lances – cobrança da falta e no rebote.

O gol que fechou o placar na Fonte Nova foi de Marquinhos Gabriel, aos 32 minutos da etapa final. Raul cruzou e Marquinhos chutou de primeira e estufou a rede adversária.

Por ter uma partida a mais, o Bahia volta a jogar só no próximo dia 7, às 21h, na Vila Capanema, contra o Atlético Paranaense. O Flamengo joga no domingo, às 16h, contra o Atlético Mineiro, no Estádio Mané Garrincha.

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São Pedro e Conceição fizeram jogo equilibrado na abertura do Interbairros (foto Gabriel Oliveira)
São Pedro e Conceição fizeram jogo equilibrado na abertura do Interbairros (foto Gabriel Oliveira)

À la Rogério Ceni, o goleiro Éverton, do São Pedro, fez o gol que deu a vitória à sua equipe  sobre o time do Conceição, no jogo de abertura da 15ª edição do Campeonato Interbairros de Futebol. A partida foi disputada neste domingo, 28, no estádio Luiz Viana Filho.

O Conceição mostrou bom futebol no primeiro tempo e dava pinta de que venceria o confronto, principalmente depois que o São Pedro, campeão de 2012, teve um atleta expulso no comecinho da segunda etapa. Mas foi com um a menos que o time do goleiro-artilheiro se superou, conquistando o resultado com um gol marcado em cobrança de falta, restando um minuto para o final do tempo regulamentar.

A próxima rodada do Interbairros será no dia 11 de agosto, Dia dos Pais. O torneio tem a participação de 54 equipes e os jogos, como é tradição, serão disputados em campos nas próprias comunidades.

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Marquinhos Gabriel marcou os 2 gols do Bahia na vitória sobre o Goiás (foto A Tarde)
Marquinhos Gabriel marcou os 2 gols do Bahia na vitória sobre o Goiás (foto A Tarde)

O Bahia mostrou força na Arena Fonte Nova e venceu o Goiás em jogo disputado neste domingo, 28. A partida terminou em 2 x 1 para o time da casa, com o primeiro gol marcado aos dois minutos do primeiro tempo em jogada armada por Anderson Talisca que terminou com Marquinhos Gabriel mandando a bola para o fundo da rede.

Diante de um Bahia que mostrava grande poder ofensivo, o Goiás tentava partir pra cima, mas se arriscava com os contra-ataques do tricolor. Foi em um deles que, aos 32 minutos, Fernandão tocou para Marquinhos Gabriel mais uma vez marcar.  Um minuto depois, Thiago Mendes diminuiu para o Goías, definindo o placar final.

Na capital paranaense, o Vitória empatou com o Coritiba em 1 x 1. O rubro-negro abriu o marcador, com Max Biancucchi, e o Coxa deixou tudo igual com um gol assinalado por Alex em cobrança de falta.

Os resultados alteraram as posições dos times baianos no Brasileirão. O Bahia, que era o oitavo, soma 16 pontos e agora está em quinto lugar, entrando definitivamente na briga por uma das vagas no G-4. Já o Vitória, com 15 pontos, perdeu uma posição e agora está em sexto

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RátisDa Tribuna

Precisamente 15 dias depois de assumir o cargo de interventor do Esporte Clube Bahia, o advogado Carlos Rátis pediu nessa terça-feira à tarde ajuda à SSP – Secretaria de Segurança Pública para desvendar os segredos administrativos do clube. Alguns funcionários continuam sem se apresentar para trabalhar e a polícia vai entrar para investigar e ter acesso aos computadores e abrir portas que estão lacradas nas sedes do Tricolor.

Carlos Rátis esteve nesta terça-feira à tarde na sede da SSP para pedir ajuda, apoio da polícia especializada para descobrir senhas de computadores e ter acesso á documentação administrativa do Bahia, principalmente nos setores de informática e Recursos Humanos. O interventor tem autorização da Justiça para adotar as medidas que forem necessárias, inclusive acionando a polícia.

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copaA Fifa anunciou nesta sexta-feira, 19, que a Copa de 2014 terá o ingresso mais barato de toda a história da competição, referindo-se ao valor de R$ 30,00, que será cobrado para o acesso à categoria 4 (geralmente atrás dos gols) na primeira fase do torneio.

Mas esse preço será apenas para pessoas que comprovarem ter mais de 60 anos de idade, além de estudantes e beneficiários do Bolsa Família. Os demais pagarão R$ 60,00 pelo mesmo ingresso, mas os valores podem ser maiores, a depender do setor da arena e da fase da Copa. Na final, que será disputada no dia 13 de julho no Maracanã, o preço do ingresso chegará a R$ 1980,00.

A venda no dia 20 de agosto, pelo site da Fifa. Segundo a entidade, 500 mil ingressos estão reservados para brasileiros. Cinquenta mil serão doados aos operários que trabalharam na construção das arenas e a mesma quantidade vai para o governo federal, que distribuirá os ingressos entre beneficiários de programas sociais.

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Alexandre Lyrio | Correio

A Bahia esportiva engasgou com o almoço naquele dia. O radialista França Teixeira, que morreu ontem aos 69 anos, abriu o programa com uma bomba. O ano era 1971 e o Bahia estava contratando Pelé. O próprio “Negão”, assim o Brasil chamava o Rei, confirmava no ar. Como bem assinalou o colega Hailton Andrade, era como se hoje o principal programa de esportes na TV anunciasse a chegada de Messi para fazer dupla com Fernandão no tricolor. Tudo armação.

“E o negão disse que tava já mantendo as negociações com Osório (Vilas Boas, ex-presidente do Bahia). A gente armou tudo com ele”, confessou Teixeira. “Foi uma brincadeira que fizemos, porque eu estava sempre na Bahia nessa época”, lembrou o próprio Pelé. Mais difícil que o Bahia contratar Pelé, dizem os mais antigos, era encontrar um aparelho de rádio na cidade que, na Resenha do Meio-Dia, não estivesse sintonizada nos quilohertz da Rádio Cultura da Bahia.

Da rua, a partir das janelas dos casarões e prédios sem garagem, na Salvador do final dos anos 60 e início de 70, era possível ouvir quase em eco o vozeirão com o seu mais célebre bordão: “É ferro na boneca, minha cara e nobre família baiana”, largava França, cheio de gosto, antes de falar de esporte e depois de colocar o Hino ao Senhor do Bonfim. Nos casos que marcaram sua carreira, muita polêmica e, principalmente, irreverência.

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Blatter ficou com medo das manifetações
Blatter ficou com medo das manifetações

Em entrevista a uma agência de notícias da Alemanha, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 pode ter sido um erro. A avaliação está relacionada aos protestos que ocorreram no país, simultaneamente à realização da Copa das Confederações, em junho.

O posicionamento de Blatter provocou reação imediata do Ministério do Esporte, que divulgou nota defendendo as condições do país para a realização do evento do próximo ano e ressaltando que o sucesso na Copa das Confederações provou a capacidade do Brasil para promover competições grandiosas. Na mesma nota, o órgão federal afirma que as manifestações ocorreram porque o Brasil é um país democrático.

“O sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o Brasil é um país democrático, que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão”, diz a nota do Ministério do Esporte. Com informações da Agência Brasil

 

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Ramiro AquinoRamiro Aquino | aquino05@uol.com.br

Guardo de Yedo o exemplo que ele deixou para a minha geração e de quantas ele alcançou, da integridade e da amizade.

Quantas e quantas vezes ouvi esta saudação proferida pelo comentarista de rádio Yedo Torres Nogueira, que nos deixou no domingo, 7, aos 88 anos. Aposentado de suas atividades comerciárias e de imprensa por mais de 30 anos, Yedo já vinha sofrendo seguidos problemas de saúde, o que restringia as suas aparições em nosso meio, recluso que ficava apenas no aconchego da família.

Há algum tempo não ficava mais sentado à porta de sua casa, na Ruffo Galvão, acompanhado da mulher Gilka, companheira de tantas jornadas. Na verdade ele era meu primo por afinidade, haja vista ser casado com a minha prima carnal Gilka Nunes de Aquino, filha do meu tio Ramiro.

No rádio passei a conviver com Yedo mais diretamente a partir de 1963, quando iniciei minhas atividades como repórter. O trio das transmissões esportivas da Rádio Clube era formado por Geraldo Santos (que viria a ser meu compadre, pois batizei seu filho Gustavo), como narrador, Yedo Nogueira, o comentarista e eu como repórter de pista. Éramos literalmente uma família.

Respeitado e premiado, Yedo conquistou uma legião de fãs e de amigos no rádio. Todos esperavam ansiosamente quando Geraldo anunciava nas transmissões: “e com vocês Yedo Nogueira, o seu comentarista de futebol”, pois sabiam que de sua boca sairia um comentário preciso, equilibrado, mesmo quando jogava o Clube Recreativo Flamengo, seu time do coração.

Para não me estender muito narro um fato que atesta a sua imensa credibilidade. Em determinada época Yedo foi juiz de futebol, dos mais sérios, compenetrados e respeitados, até pelos adversários. Um belo dia, apitando um clássico Fla x Flu (fora escolhido com aquiescência do Fluminense por sua retidão) ele marcou uma falta contra o Fluminense, quando ouviu do dirigente do Flu, Frederico Midlej: “você é um ladrão…”. Aquilo era demais. Yedo dirigiu-se até onde estava o diretor, entregou-lhe o apito e disse apenas: “agora vai você apitar o jogo…”

São muitas histórias que o espaço não me permite mais. Guardo de Yedo o exemplo que ele deixou para a minha geração e de quantas ele alcançou, da integridade e da amizade.

Ramiro Aquino é radialista e jornalista.

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O Itabuna começa a decidir hoje, às 16h, o seu futuro no futebol baiano em partida contra a Catuense. Válida pelas semifinais da Segundona, a partida será disputada no Estádio Antônio Carneiro.

Dono da melhor campanha da fase de classificação, o Azulino decidirá a vaga na final em casa, no dia 14, às 16h, no Estádio Luiz Viana Filho (Itabunão). Os dois finalistas ascendem à “elite” do Estadual.

Porém, o time sul-baiano poderá enfrentar batalha nos tribunais esportivos. Após anunciar desistência, o Colo-Colo, de Ilhéus, decidiu ingressar com recurso contra o Itabuna. O Azulino chegou a jogar com patrocínio da Rádio Difusora na Segundona (relembre aqui).

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CUIDADO COM A LEITURA QUE “CONTAMINA”

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br
1Homem lendo jornalQue não sejam tão puristas e chatos os que se comunicam com a população, mas mantenham um mínimo de cuidado com a linguagem. Fazer isto é respeitar o leitor/ouvinte e (por que não?) ser didático, ensinar: já vimos nesta coluna que o jornalista e advogado Ricardino Batista, de Itabuna, dizia ter aprendido a ler não propriamente na escola, mas tentando decifrar os textos do jornal A Tarde. Hoje, considerando certas coisas que vejo publicadas, tal experiência resultaria em completo desastre. Há de se tomar cuidado para não se “contaminar” com certos escritos que por aí desfilam sua irresponsabilidade, impunemente.

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Vereador quer “encontrarem” soluções
 
Penso no bom Ricardino ao ler nota da assessoria do vereador ilheense Rafael Benevides, um atentado violento ao pudor do texto. Diz que o edil tem ouvido os “reclames” da população, “à cada dia” melhora seu desempenho, e (com outros poderes) procura “encontrarem” soluções para “às várias” necessidades do município. Por fim, a cereja do bolo da incompetência: há “problemas em que a todos preocupam de que, deverasmente, macula à imagem do município”, mas ele vai “enveredar” esforços para resolvê-los. Chuta-se a gramática, viola-se a concordância, constrange-se a regência. Pressionado por tão desmesurada insensatez, calo-me.
 
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SALDANHA, A CONVENIÊNCIA E A ALIENAÇÃO

3SaldanhaNestes bicudos tempos de questionável futebol internacional no Brasil, enquanto multidões incendeiam as ruas (às vezes literalmente), me vem à lembrança a perfeita associação de futebol e política, que foi o jornalista João Saldanha (julho, 1917 – julho, 1990). Em meio ao alheamento da crônica esportiva (parte por conveniência dos veículos, parte por alienação mesmo), Saldanha, politizado, militante do PCB, saberia dar seu recado sobre o esporte sem esquecer o clamor das ruas, que, certamente, estaria apoiando. Tem sido difícil aguentar os comentários ufanistas, quando o povo sofre e protesta contra tudo e contra todos.
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Os ônibus são para prestar serviço”O João sem Medo sempre encontrava o viés político, como neste trecho de crônica publicada no extinto JB, em 1988: “Os ônibus são para prestar serviço e não para dar lucros fantásticos, como o que estes indivíduos, seus proprietários, abocanham. Eles dizem abertamente: ´Com mais de oito cadáveres já estou no lucro´. E os cadáveres somos nós. Corrompem o poder público, andam por onde querem, violentam o trânsito, e os seus prepostos são os que fixam os preços e itinerários. Ninguém sofre mais do que o pobre coitado que se atreve a ir a um jogo noturno. Fica horas sentado num meio-fio à mercê da intempérie e do assaltante”.
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JOVENS, BONS MODOS E “ESQUISITICES”

5RestauranteCometi, há dias, um gesto de gentileza com uma (não muito) jovem senhora e ela, correspondendo, disse que eu era “das antigas”. Acreditem, isto foi um elogio, que me fez pensar se os bons modos são coisa de velhos, vedada aos jovens. Penso que dizer “obrigado”, “desculpe”, “por favor” e outras esquisitices deveria fazer parte da educação básica de todos – mas parece que esta é uma típica ideia de ancião. As adolescentes são, em geral, lindas, mas algumas delas deveriam ficar de boca fechada. Ser jovem, para muita gente, significa dizer palavrões, desdenhar dos “coroas”, empurrar, em vez de pedir licença. Talvez seja a este meu pensar que chamam “choque de gerações”.
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A rapidez do mundo muda os conceitos
Pois até o conceito de “choque de gerações” já não é mais o mesmo. Se antes esse “antagonismo” se dava entre pessoas de 40 anos e de 20, por exemplo, agora as de 18 já “encaram” as de 25 como se estas fossem figuras fugidas do museu. É a rapidez com que o mundo gira, a poder de chips, parafusos, teclas e botões. Há meio século, “coroa” era quem tinha 60 anos, enquanto hoje já ganha este epíteto quem passa dos 30. Mas, nem pensem, não é meu caso: já tenho outonos bastantes para ser chamado de coroa, pé-na-cova, sobrevivente – ou o que mais queiram inventar para caracterizar um tipo “das antigas”. Digo que gostei do que a gentil senhora me disse. “Das antigas” é estranho, mas, para o caso, serve.

A MÃO DIREITA QUE “TOCAVA” A ORQUESTRA

7Count BasieSe acaso existiu algum chefe de orquestra modesto terá sido Count Basie (1904-1984), na foto, com Frank Sinatra. Poucos merecem tanto a denominação de bandleader: sem gritar nos ensaios, sem gesticular exageradamente nos shows, discreto, ele “se esconde” atrás do piano e dali lidera seus músicos. Não faz grandes solos, apenas “ponteia”, dá sinais, abre caminho para o grupo. “Basie não toca o piano, toca a orquestra”, resumiu um crítico de quem já não me lembra o nome, talvez seja Bruno Schiozzi. Não é à toa que Basie era tido como exclusivamente “mão direita”: sem floreios harmônicos da mão esquerda, ele não permitia excessos a seu piano, mais para reger do que para tocar.
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Sem piano, não havia família “chique”
O piano teve grande influência na cultura do Brasil antigo. Pois saibam todos que a mesma coisa se deu nos Estados Unidos. Nos anos vinte, lá como aqui, toda família “chique” tinha piano. A house is not a home without a piano (“uma casa sem piano não é um lar”), diziam os americanos ligados a costumes europeus. Ao escolher o piano como seu instrumento de jazz, Basie se submeteu à formação clássica, até encontrar o próprio caminho: “amputou” a mão esquerda, e simplificou tudo. Aqui, um raro momento de solo do maestro, quando ele “provoca” o baixo de Cleveland Eaton e o trombone de Booty Wood, em Booty´s blues. O show, de 1981, foi no lendário Carnegie Hall.
 
 

O.C.

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Ramiro AquinoRamiro Aquino | aquino05@uol.com.br

Não vou cometer a hipocrisia de dizer “que vença o melhor”, pois o que quero dizer mesmo é “que vença o Brasil, vamos baixar a crista dessa fúria”, com todo respeito, é claro, ao time de Casillas, Xavi e Iniesta.

 
1982. Copa do Mundo na Espanha. Estávamos lá, numa loucura arquitetada por mim e pelo José Adervan, representando a Rádio Clube de Itabuna, fazendo parte, como repórter, da equipe do pool formado pelas rádios Jornal do Comercio (PE), Clube (BA) e Sociedade (Feira). Foi a maior experiência de minha vida como comunicador.
A Espanha é um país notável para receber turistas e no ano anterior tinha recebido 45 milhões de visitantes, quase o dobro de sua população de 25 milhões de almas à época.
Primeiro Sevilha, cidade tradicional, católica, cheia de igrejas, mulheres pudicas andando de vespa com os vestidos amarrados, sem mostrar sequer um pedacinho de coxa. Passamos bem, dando show de bola. Depois veio a cosmopolita Barcelona. Bairrista ao extremo, pois o Catalão só olha para o próprio umbigo. Um companheiro nosso foi dizer a um motorista de táxi que catalão, basco, andaluz, era tudo uma “mierda” só e quase dá morte. Não havia em Barcelona nenhuma seta ou sinal de trânsito que indicasse a saída para a cidade vizinha (e para Madrid, nem pensar). Passada a fronteira, 50 metros adiante tinha uma seta indicando Girona.
Mas o que tinham de bairristas eram fantásticos para receber bem o visitante. Diferentemente de Sevilha, no Hotel Expo, onde ficamos, a piscina no terraço expunha a beleza de europeias, asiáticas, africanas, fazendo topless. Mas elas perderam o charme quando chegaram duas mulatas da Beija-Flor de Nilópolis. Peitinhos empinados para a alegria dos fotógrafos estrangeiros. Mas não foi por isso que perdemos a Copa para a Itália depois da lavada de alma contra a Argentina. Tínhamos a melhor seleção do planeta, mas não soubemos jogar uma decisão.
Em Barcelona escolhemos um restaurante que ficava perto do hotel para fazer as nossas refeições. De propriedade de uma família catalã, todos os garçons, cozinheiros e auxiliares eram aparentados. Quando o nosso grupo chegava, era uma festa. Entrávamos na cozinha, preparávamos comida brasileira para servir a outros fregueses e tivemos a ousadia de preparar uma sangria (bebida típica espanhola) que virou opção da casa como a melhor sangria que eles já tinham bebido.
Após a nossa derrota para a Itália cheguei sozinho ao restaurante, praticamente vazio àquela hora. Fui cercado e consolado pelos novos amigos, que tinham passado a torcer por nós após a desclassificação da Espanha. Chorei de emoção com tanto carinho e aconchego. Fizeram uma comida especial para mim e jantamos juntos umas seis pessoas (garçons, auxiliares e eu). Ao me despedir outra surpresa: o jantar era cortesia da casa.
Escrevo tudo isso, a pedidos dos amigos do Pimenta, nos momentos que antecedem a nossa partida contra os espanhóis, hoje a melhor seleção do mundo (embora não seja imbatível), decidindo a Copa das Confederações. Não há nenhum conflito de consciência. Torcerei ardentemente pelo Brasil, mas não posso deixar de lembrar de momentos tão gratificantes dos meus 50 anos de comunicação.
Não vou cometer a hipocrisia de dizer “que vença o melhor”, pois o que quero dizer mesmo é “que vença o Brasil, vamos baixar a crista dessa fúria”, com todo respeito, é claro, ao time de Casillas, Xavi e Iniesta.
Ramiro Aquino é jornalista.

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Da coluna Radar (Veja)
O espaço dado pelas emissoras às manifestações superou o da cobertura da Copa das Confederações. Uma pesquisa inédita feita pelo Controle da Concorrência, especializado na análise do mercado de TV, revela que os cinco principais canais abertos dedicaram, entre 17 e 26 de junho, 138 horas aos protestos. O futebol foi assunto por 92 horas. A Band foi a única emissora a dedicar mais tempo à Copa – 56 horas. Já a Record, que praticamente ignorou a competição, foi a campeã  de cobertura das manifestações (47 horas). Na líder Globo, os protestos triunfaram sobre o futebol: 33 horas contra 27 horas.

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O Itabuna garantiu classificação às semifinais da Série B do Baiano de Futebol, há pouco, ao derrotar o Astro de Feira por 3 a 0, no Estádio Luiz Viana Filho. De quebra, o time ainda garantiu a primeira posição do Grupo 2 e a melhor campanha da fase de classificação da Segundona, com 15 pontos em 8 jogos.
O placar foi aberto pelo estreante Pedrão, aos 27 minutos de jogo. No início do segundo tempo, Cleiton ampliou. 2 a 0 aos 8 minutos. Considerado xodó da torcida, Luizinho decretou números finais. Aos 39 minutos da etapa final, fez 3 a 0.
O Azulino vai enfrentar a Catuense na semifinal. O adversário classificou-se em segundo lugar do Grupo 1, com 13 pontos. Acabou garantindo a vaga por ter melhor saldo de gols do que o Camaçari. O grupo da Catuense terminou com três times com a mesma pontuação.
O jogo de ida da semifinal será no próximo domingo (7), às 16h, no Estádio Antônio Carneiro. A decisão da vaga na final será no Itabunão, no dia 14. O outro confronto será entre Galícia e Fla de Guanambi. O primeiro jogo será no sudoeste baiano, também às 16h.
COLO-COLO GOLEIA, MAS NÃO LEVA
O Colo-Colo conseguiu aplicar sonoros 5 a 0 no Jequié, no Mário Pessoa, em Ilhéus, mas não conseguiu a classificação. Dependeria de uma derrota ou empate do Itabuna, que fez a sua parte e aplicou os três no time feirense. Atualizado às 18h36min

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Um dos cartazes mais frequentes nas manifestações de protesto que varrem o país é o que, em inglês, convida a Fifa a arrumar as malas e voltar para casa. É o “Fifa go home”.
De fato, chegou-se a cogitar que a entidade que controla o futebol mundial e organiza as Copas das Confederações e do Mundo atenderia ao comando da revolta popular, que tem como um de seus principais motivos de indignação os elevados gastos com a construção de estádios suntuosos.
De acordo com a Lei Geral da Copa, a Fifa pode cancelar o evento que esteja realizando, caso o país-sede não garanta condições de segurança. Como nesta quinta-feira, 20, o hotel que funciona como “quartel-general” da entidade em Salvador foi apedrejado por manifestantes, especulou-se imediatamente que a Copa das Confederações seria interrompida. E até que o Brasil deixaria de sediar a Copa do Mundo.
Hoje pela manhã, a Fifa desmentiu as duas possibilidades.

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walmir rosárioWalmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

O brasileiro está cansado de ser tratado com desdém quando precisa dos serviços de saúde, educação, moradia digna e com toda a infraestrutura necessária, e ainda ouvir que não existem recursos suficientes para tanto.

Na década de 1960 – ainda no século passado – a loja Grauçá Modas promovia uma interessante campanha publicitária em Ilhéus e Itabuna. Dizia a peça mais ou menos assim: “Baixamos as calças para você”. Essa campanha foi veiculada no rádio, serviços de som e peças impressas em cartazes e jornais. Foi uma das grandes sacadas de Antônio Badaró naquela época e que serve muito bem para ilustrar o Brasil de hoje.
Pois bem. Cerca de 50 anos após, os brasileiros estão indo em direção contrária à promoção por demais criativa de Badaró para a loja Grauçá Modas vender mais. De forma soberana, vão às ruas para exigir: “Levanta as calças, Brasil”. É a maior manifestação pública cidadã realizada no Brasil depois da “Campanha das Diretas Já” e do “Fora Collor”, todas com a vontade de recolocar o Brasil nos trilhos. E sem vender a dignidade e a alma.
A maior lição que deveremos tirar dessas manifestações é que não queremos continuar com o atual modelo corrupto de governar, concedendo nossa autonomia à Fifa. Rasgamos a Constituição Cidadã, jogamos nossas leis na lata do lixo para que possamos participar de uma Copa do Mundo, restabelecendo o modelo ufanista para colocar o futebol, esporte maior de nossa mania em detrimento das nossas necessidades mais prementes.
O que o brasileiro mostra nas ruas é que o aumento no preço das passagens dos transportes público foi apenas o fio da meada de um sistema que opera nas trevas. Toda a transparência se limita apenas tão somente às altas esferas do poder públicos e aos donos das empresas. No meio, para referendar as ações, um conselho municipal de transporte (geralmente), que dá o aval necessário à política de aumento de preços.
Acredito que os protestos contra o aumento nos preços das passagens dos transportes urbanos das cidades e regiões metropolitanos tenha sido apenas um pano de fundo para o povo “botar o bloco nas ruas”. Numa estratégia de marketing, o povo foi instigado, compareceu e, aos poucos, o movimento foi ganhando proporções gigantescas. Sem os partidos políticos, é claro, pois estão metidos até o pescoço neste mar de corrupção.
O brasileiro quer o futebol como mania nacional, mas que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo sejam realizadas dentro das possibilidades do nosso bolso. Ora, se antigamente gritávamos palavras de ordem contra entregar nossa autonomia ao famigerado Fundo Monetário Nacional (FMI), cujos protestos eram alimentados com as frases de efeito ditas pelos ainda então partidos de esquerda: “Fora FMI”.
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