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Barbosa durante coletiva hoje à noite (Foto Carla Ornelas).
Barbosa durante coletiva hoje à noite (Foto Carla Ornelas).

O secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, concedeu coletiva nesta noite e disse que, na reunião de hoje à tarde com representantes das associações, foram incluídos novos itens além dos propostos pelo governo:
–  Um documento foi assinado por mim, pelo comandante-geral e por um dos líderes das associações. Ficou decidido que estas propostas seriam assumidas pelo governo. Durante a deliberação da categoria, recebi uma ligação desta liderança, informando que estava tudo acertado para a aprovação do que havia sido acordado. Ainda assim, foi decretada a greve – disse Maurício Barbosa.
Barbosa disse que novos itens foram atendidos pelo governo hoje, antes da decretação da greve. Entre eles, estão o reajuste da gratificação de Condição Especial de Trabalho (CET), a rediscussão do novo código de ética da categoria, a ser construído entre as associações e área sistêmica; e demais propostas apresentadas pela categoria até agora.
TROPAS FEDERAIS
O governo baiano recorrerá à Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que tropas federais assumam a segurança enquanto durar a greve da PM.
– Não sabemos a proporção do movimento paredista. Só podemos contar com as Forças de Segurança Pública do Estado e da União. Temos a convicção que vamos contar com o bom senso dos policiais de saber que, independente das questões salariais, remuneratórias e etc, temos o dever de proteger a sociedade. Da nossa parte, tínhamos atendido tudo o que foi colocado, prometendo até voltar a revisar tudo o que o governo já tinha proposto ao grupo de trabalho – disse o secretário.
Barbosa também mostrou acordo assinado pelo dirigente da Aspra, Marco Prisco, no qual o governo assegura atender a pontos sobre remuneração dos policiais. Com a deflagração da greve, o acordo acabou sendo descumprido.
Atualizado às 23h20min
 

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Os policiais militares decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado na Bahia. A decisão foi anunciada pelo policial e líder do movimento, Vereador Prisco, do PSDB, que também comanda a Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares (Aspra).
As principais reivindicações dos policiais estão relacionadas à remuneração, plano de cargos e salários, aposentadoria de policiais femininas com 25 anos de serviço, revisão do Código de Ética.
O plano de modernização apresentado pelo governo, na quinta-feira passada (relembre aqui), foi considerado “insuficiente” pelos policiais. As propostas foram discutidas durante nove meses entre governo e representantes das polícias.
MOBILIZAÇÃO
O comando de greve está convocando os policiais para que se reúnam em pontos específicos e deixem os postos de trabalho. Em Salvador, Prisco, que comandou a greve de 2012, pediu aos colegas para concentrar no local onde foi decidida a greve, no Wet´n Wild, na Paralela.
Atualizado às 21h30min

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Marcada para as 15 horas, no Wet´n Wild, em Salvador, a assembleia dos policiais militares ainda não começou. Há pouco, policiais relataram que o local ficou às escuras.
Os policiais aguardavam até há pouco a chegada de um dos líderes do movimento, o vereador Marco Prisco (PSDB). O governo estadual ainda negocia para tentar evitar uma greve.
Diante da iminência de uma paralisação geral da polícia militar, o Exército foi convocado e já está nas ruas de Salvador.

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Policiais apontados como autores de chacinas (reprodução Correio da Bahia)
Policiais apontados como autores de chacinas (reprodução Correio da Bahia)

A Secretaria da Segurança Pública anunciou a prisão do soldado da PM, Willen Carvalho Bahia, que estava foragido. Ele é apontado como autor de chacinas durante a greve da Polícia Militar, em fevereiro do ano passado. Os crimes teriam sido cometidos juntamente com os também soldados Donaldo Ribeiro,  Samuel Oliveira Menezes e Jair Alexandre Silva Santos, que estão presos desde o dia 4 de janeiro.
Segundo as investigações, o grupo de PMs realizou duas chacinas em Salvador, logo no início da greve. Em uma delas, no bairro de Engomadeira, foram assassinados Edvanildo Oliveira dos Santos e dois homens identificados apenas como Elton e Amilton. A outra ocorreu no bairro da Boca do Rio, onde os soldados mataram os moradores de rua Simone Cardoso dos Santos, Caíque Jesus dos Santos, Alan Silva Souza e um homem que até hoje não foi identificado. Os crimes foram cometidos no dia 3 de fevereiro de 2012.
Willen Carvalho, que era lotado no 16º Batalhão da Polícia Militar, em Serrinha, apresentou-se na terça-feira, 22, à Corregedoria da PM e está custodiado no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. Segundo o delegado Jackson Carvalho, da Delegacia de Crimes Múltiplos, com a prisão do soldado, o inquérito sobre a chacina de Engomadeira foi concluído e encaminhado à Justiça.
 

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Otto Alencar (centro) recebe dirigentes e promete apoio à anistia.

O vice-governador baiano, Otto Alencar, recebeu representantes da Associação de Praças da Polícia Militar (APPM) e garantiu apoio pela anistia aos militares considerados líderes da greve e que não se envolveram em episódios de violência no início do ano.

De acordo com dirigentes da APPM, Otto prometeu que “não vai medir esforços” para assegurar a anistia aos policiais. Na Bahia, cerca de 80 policiais responderam a inquéritos e a maior parte foi afastado da corporação via Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

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Sócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

O governo precisa dispor de mais esforços. Independente do fim da greve, a lição de casa é aprender como lidar com uma greve que começou com um objetivo de classe e é transformada numa disputa pelo comando do sindicato.

No dia 16 de julho, a APLB Sindicato de Jacobina anunciou o final da greve no município. Da mesma maneira de dezenas de municípios, não aderiu, portanto, a continuidade do movimento grevista, a exemplo da capital baiana. Com isso, a paralisação perdeu força e diminui os espaços de pressão no estado. O enfoque, contudo, hoje, não é a continuidade ou não da greve. Não é o mérito ou não da greve. Não é, principalmente, a força ou não da greve. O enfoque é o limite da greve, o sentido da greve, não apenas para os professores, mas, especialmente, para a população.

A população reconhece o mérito da greve dos professores. Aliás, qualquer reivindicação da categoria é encarada de maneira positiva pela população. A educação é e será – permanentemente – um fator de reivindicação encarado de maneira legítima e indelével pelas pessoas. Portanto, não é o mérito da greve dos professores que é avaliado. Não seria justo.

Só que não é possível convencer a sociedade de uma luta – por intermédio do uso da greve – apenas sob o olhar dos professores. A greve é um instrumento de manifestação pública construído pela classe trabalhadora. Sendo assim, possui domínio de toda a classe trabalhadora.

Isso significa que o bom ou o mau uso da greve por professores, médicos, jornalistas ou operários, influencia positivamente ou negativamente em toda e qualquer manifestação que faça uso deste instrumento de disputa da sociedade. A greve dos professores da rede estadual de ensino, portanto, é de todos nós. Para o bem ou para o mal, a greve dos professores é de toda a classe trabalhadora.

Mas, se a greve dos professores é de todos nós, a continuidade ou não dela também é de responsabilidade de todos nós. É uma decisão de todos nós. Estudantes, motoristas, cozinheiros, comerciantes, todos nós. Nós devemos estabelecer o limite da greve. E, o limite da greve, não é – simplesmente – o limite do professor. Não é até quando o professor aguenta viver sem salário, sem dinheiro, sem alimento. O limite da greve é o limite da população.

Recentemente, a Bahia viveu a greve da PM. Esta greve não terminou simplesmente porque os policiais militares resolveram descruzar os braços. A greve cessou porque a população resolveu encerrar o apoio dela.

Todo sindicalista reconhece a frase: “Um passo em frente, dois passos atrás”. Isso representa a hora de avançar e recuar. Avançar com a aprovação de 10% do PIB para a educação, aprovado com 100%. Avançar com a criação de universidades federais na Bahia, tendo como protagonista da expansão universitária no país um governo petista, bem como, avançar com o aumento do piso salarial dos professores no Brasil.

Mas é preciso recuar também quando rotulam (e nós deixamos) o uso da greve como uma válvula de escape esquerdista, por mais justa que seja. O parâmetro da greve não está no caráter dela. Por princípio, toda greve é justa. Infelizmente, uma parcela significativa da sociedade encara toda e qualquer manifestação grevista como o império da baderna. Alguns veículos de comunicação, por sinal, classificaram a Bahia como “A república sindical, a república da greve”. Ou seja: demonizam o uso da greve e satanizam os sindicatos, confrontando os trabalhadores contra outros trabalhadores. Este é o jogo traiçoeiro da oposição.

Mas é preciso deixar claro também que o limite da greve não é o limite do orçamento do governo. O fato de ter sido eleito e composto majoritariamente por trabalhadores requer deste governo mais disposição para dialogar, mais vontade política para equacionar o orçamento segundo o anseio da classe trabalhadora. Isso significa que o governo precisa dispor de mais esforços. Independente do fim da greve, a lição de casa é aprender como lidar com uma greve que começou com um objetivo de classe e é transformada numa disputa pelo comando do sindicato.

Sócrates Santana é jornalista.

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Relatório é desfavorável aos soldados PMs do 15º Batalhão, em Itabuna.

Os seis policiais militares considerados líderes da greve no 15º Batalhão da PM em Itabuna estão apreensivos. Processo administrativo disciplinar (PAD) aponta que eles teriam impedido a “saída de viaturas da sede do 15º BPM para a área operacional” e articulado a paralisação em Itabuna.

O relatório do processo administrativo foi elaborado por três oficiais da Corregedoria-Geral da PM e concluído após quatro meses de diligências. O documento será levado ao comandante-geral da PM, Alfredo Castro, e ao governador Jaques Wagner.

Com base no relatório, o comandante e o governador decidirão pela anistia ou demissão dos soldados José Januário Félix Neto, Márcia Batista de Oliveira, José Roberto dos Santos, Renata Tereza Brandão, Valéria Rodrigues e Wadson Pereira de Andrade. A decisão sai em até 30 dias. Outros 83 PMs no Estado também correm risco de expulsão.

PROMESSA DE WAGNER É LEMBRADA

A cobrança agora é para que o governador Jaques Wagner cumpra o prometido e anistie os soldados apontados como líderes da greve em Itabuna. No pico da paralisação, ocorrida entre janeiro e fevereiro deste ano, Wagner disse que não haveria punição aos militares onde não houve greve com características de “crime de mando, quadrilha, ostentação de arma ou violência”, caso de Itabuna.

Policiais lembram que a paralisação em Itabuna foi pacífica e teve acompanhamento de sindicatos e entidades como a OAB. Outro ponto é que áreas como presídio, hospitais e módulos policiais não ficaram sem segurança durante o movimento.

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Seis policiais militares grevistas presos em Itabuna estão sem água e comida, denunciou uma das vítimas em entrevista ao Diário Bahia. A alimentação é fornecida pelos familiares e amigos durante as visitas. Os policiais estão presos no 15º Batalhão da PM, no bairro Jaçanã, desde o dia 14 (relembre aqui).
– Estamos nos sentindo esquecidos. O Judiciário nos prendeu e nos abandonou, mas nós não cometemos crime nenhum contra a sociedade – disse um dos policiais ao jornal.
A greve dos policiais em Itabuna foi encerrada no final da tarde do último dia 11 e as prisões ocorreram no dia 14, à noite. A prisão dos militares foi decretada pelo juiz militar Paulo Roberto da Silva Oliveira, que não havia retornado ao trabalho até ontem, quinta (23), conforme advogados de defesa dos policiais.
Leia também:
DEFESA NEGA RETALIAÇÃO E DIZ QUE POLICIAIS PRESOS TÊM “TRATAMENTO HUMANITÁRIO”

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Os alunos de escolas públicas e particulares e das faculdades Unisa, FTC e Unime retornam às aulas nesta segunda-feira (13). Os estabelecimentos de ensino sofreram atraso de uma semana no ano letivo por causa da greve da Polícia Militar. A greve começou no dia 31 de janeiro e acabou no último sábado (11). Faculdades e escolas vão definir como repor os dias perdidos.
A paralisação na PM não chegou a afetar a rede municipal em Itabuna, que programou o início das aulas para esta segunda (13). Na última sexta (10), o secretário municipal de Educação, Gustavo Lisboa, até baixou portaria suspendendo as aulas, porque temia a continuidade da greve dos militares. Com o fim do movimento, as aulas da rede começam hoje.

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O ajudante de pedreiro Arlécio Carlos de Oliveira, 33 anos, acabou assassinado no bairro São Caetano, nesta madrugada de sábado. Foi o quinto homicídio registrado em Itabuna desde o anúncio oficial de greve na Polícia Militar no município, ocorrido na noite da quinta-feira (2).
Arlécio foi assassinado a golpes de faca e teve o pescoço quase degolado. O corpo do ajudante de pedreiro está no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Ocorreram quatro homicídios nas primeiras 12 horas após a deflagração da greve dos militares em Itabuna.
O sexto homicídio ocorreu há pouco na região da Califórnia. O homem ainda não foi identificado. Ele foi morto em frente à central de mototáxi onde trabalhava. Populares aguardam a chegada da polícia técnica para fazer o levantamento cadavérico.

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Viatura da Cipe-Cacaueira (Caerc) é retomada pelo comando.

O comando da Cipe-Cacaueira (antiga Caerc) confirmou – há pouco – que policiais militares grevistas retiveram uma viatura por volta das 18h, em Ilhéus. A viatura fazia ronda em Ilhéus, segundo o Major Rivas, quando foi cercada por, aproximadamente, 400 grevistas e familiares.
Segundo o major, “buscando evitar confronto com possíveis baixas fatais”, uma das guarnições deixou que os manifestantes “recolhessem a viatura para o pátio do 2º Batalhão”, em Ilhéus.
A viatura foi recuperada duas horas depois, conforme o comando da polícia especializada. Em Ilhéus, a polícia está em greve desde a quarta-feira (1º).

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O prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, enviou ofício ao governador da Bahia, Jaques Wagner, e autoridades da área de segurança, solicitando o envio de homens da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas para o município. Azevedo salienta que Itabuna sofre prejuízos com a greve da Polícia Militar, que levou ao fechamento de grande parte do comércio nos últimos dois dias.
O gestor municipal instalou um “gabinete de crise”, formado por secretários e assessores do governo nas áreas jurídica e de comunicação.

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Um comboio da Cipe Cacaueira (antiga Caerc) saiu há pouco da base da companhia, na zona norte de Ilhéus, com destino a Itabuna. Ainda na via principal do bairro Savóia, as quatro guarnições foram interceptadas por policiais grevistas, mas não houve confronto entre os dois grupos.
A maior parte do contigente da Cipe permanece aquartelada, aguardando definições do comando. As guarnições enviadas para Itabuna têm um total de 16 policiais e é possível que ainda enfrente outras barreiras feitas pelos grevistas.
Um integrante da companhia informa que Itabuna teve prioridade no envio de policiais porque a situação na cidade é considerada mais grave. Em menos de 24 horas, houve quatro homicídios em território itabunense.

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A direção do Sindicato dos Comerciários de Itabuna está cobrando do sindicato patronal que as lojas fechem mais cedo devido à greve dos policiais militares. “Estamos preocupados com a exposição dos trabalhadores sem que haja nenhuma segurança nas ruas. Funcionar até as 18 horas é perigoso”, afirma o presidente do sindicato, Gilson Araújo.
O sindicalista diz que o sindicato patronal (Sindicom) deverá ser responsabilizado por qualquer ocorrência com comerciários. Segundo ele,  existe um clamor dos comerciários para que as lojas fechem mais cedo.
– O psicológico dos trabalhadores está no chão. E quem vai garantir que haverá transporte quando eles saírem do trabalho? – questiona o dirigente sindical.
O sindicalista criticou o fato de não ter recebido resposta por parte do sindicato patronal à proposta de fechar mais cedo. “Não houve retorno”.
SINDICOM DEFENDE FUNCIONAMENTO ATÉ AS 18H
José Adauto Vieira, do Sindicato do Comércio de Itabuna (Sindicom),  confirmou que houve contato dos representantes dos empregados, mas não considera necessário fechar as portas antes das 18h. “Nós estamos atentos e orientamos os lojistas a baixar as portas em qualquer ocorrência”.
Adauto disse que até agora não houve qualquer ocorrência no comércio e que já entrou em contato com a associação das empresas de ônibus. A direção da AETU garantiu que os ônibus circularão em horário normal.
Para ele, outro fator de tranquilidade é o fato de a Bahia estar no horário de verão, quando 18h ainda é dia. “Não se pode simplesmente fechar as portas e esperar acabar a greve. Nós estamos atentos [a toda movimentação]”, disse ele, acrescentando que o comércio enfrenta forte queda nas vendas desde ontem e fechar mais cedo “seria complicado”.

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Os policiais da Cipe Cacaueira ainda não saíram de sua base, na zona norte de Ilhéus. Cerca de 120 integrantes desse grupamento especializado da PM receberam ordem no início da manhã para garantir a segurança na região, mas permanecem aquartelados, segundo informa um oficial ao PIMENTA.
A razão pela qual ainda não saíram para as ruas é que um grupo de PMs grevistas se encontra amotinado em frente ao batalhão-escola (antigo 2º Batalhão), no Malhado. Eles ameaçam reter os colegas da Cipe e  esvaziar os pneus de suas viaturas.
O oficial declarou ao PIMENTA que a companhia aguarda somente uma nova ordem  para iniciar o patrulhamento.