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Nazal diz que há interesse da prefeitura.
Nazal diz que há interesse da prefeitura.

O secretário de governo de Ilhéus, José Nazal, afirmou ao Pimenta que o município não descartou o projeto de construção de um heliponto no município (confira). Uma conversa preliminar de Wagner Osório com o governo municipal ocorreu na última quinta, 22, no Palácio Paranaguá, quando foi revelado o interesse de um grupo mineiro pelo investimento em Ilhéus.

A principal justificativa para construir um heliponto e a sua viabilidade  foi a burocracia [para operações com helicóptero] e os custos da utilização do aeroporto Jorge Amado, segundo Nazal, que sustenta ter considerado o projeto interessante. “Porém, o senhor Wagner propôs que a prefeitura disponibilizasse, em curto prazo, 2 mil metros quadrados na Avenida Soares Lopes para a construção do heliponto”.

O secreetário diz ter informado ao representante do grupo mineiro que a concessão da área não depende apenas da prefeitura, mas do governo federal, e que estão em andamento estudos para uso da área atrás da Concha Acústica para o porto de Ilhéus e construção de um shopping center – “que se arrasta desde 2006”.

Um pleito dessa natureza, ponderou o secretário, não seria rapidamente liberado, conforme a proposta apresentada. De acordo com Nazal, uma aerofoto de Ilhéus foi mostrada ao investidor e apontada como área possível para o projeto a zona norte. “O assunto não foi encerrado e tomei como surpresa a notícia de que Ilhéus está disputando com Itabuna o projeto”.

Na quinta-feira, disse Nazal, o prefeito Newton Lima estava em viagem e não houve tempo para que a ideia fosse levada ao chefe do executivo. O secretário também rechaça disputas em torno do projeto. “Temos que trabalhar pensando nos problemas comuns. Se o heliponto for melhor ser construído em Itabuna, que seja”.

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Ilhéus faz beicinho e Itabuna quer heliponto.
Ilhéus faz beicinho e Itabuna quer heliponto.

Itabuna entrou na disputa e pode tirar de Ilhéus investimento de seis milhões de reais e contar com uma base para pousos e decolagens de helicópteros (heliponto). O empresário Helenilson Chaves está entre os interessados no projeto de um grupo mineiro ligado à área de táxi aéreo.

O alvo principal da empresa é o município de Ilhéus, pela sua localização, mas esbarrou na falta de interesse do Palácio Paranaguá pelo projeto. Wagner Osório, um dos investidores da empresa, teve reunião com o Executivo. As negociações, no entanto, não avançaram. Não passaram da primeira conversa, aliás.

O projeto significa a garantia de 20 empregos diretos e outros 30 indiretos para o município onde for instalado o heliponto.

A melhor localização para o empreendimento é a área central de Ilhéus. Uma das propostas era a avenida Soares Lopes, o que foi prontamente descartado pelos homens do Palácio Paranaguá, que indicaram áreas no lado norte do município.

Wagner, no entanto, observa que este tipo de empreendimento deve ser instalado em área central para facilitar o deslocamento e atrair o interesse privado. Inicialmente, o investimento contará com um helicóptero para serviço de táxi aéreo. O impacto seria mínimo.

A empresa mineira está de olho no mercado que se abre para o sul-baiano com a atração de grandes investimentos para a região, notadamente o Porto Sul e a demanda gerada pela Petrobras nos últimos meses – e principalmente com a perspectiva de exploração de petróleo da camada pré-sal na região de Canavieiras e Una.

A Infraero cobra taxas pesadas e comunicação com antecedência de 24h para pouso e decolagem de helicópteros em aeroportos. A própria Petrobras enfrenta dificuldades para deslocamentos na região cacaueira devido à falta deste tipo de aeronave. O investimento é mais que necessário.

A área necessária para o empreendimento, segundo conta Wagner, é de dois mil metros quadrados, que pode ser cedida em regime de comodato. Hoje, aeronaves deste tipo mais próximas, e disponíveis, estão em Porto Seguro, observa. O deslocamento até Ilhéus custa cerca de R$ 3 mil.

Afora o interesse por Ilhéus, Wagner afirma que pelo menos uma base funcional seria instalada em Itabuna para atender ao mercado local.