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No meio do lixo, a brincadeira traduz o sonho de uma vida diferente (foto Duda Lessa)

O fotógrafo Duda Lessa recebeu o prêmio especial do júri do concurso “Os Olhares da Cidade”, promovido pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania. A imagem que valeu o reconhecimento ao fotógrafo foi captada em meados de 2009, na comunidade da Bananeira.

Duda passava pelo local, uma das favelas mais pobres de Itabuna, quando avistou uma criança brincando com os restos de um computador e uma velha TV jogados no lixo. A cena comove e evidencia o fosso social existente entre os que vivem em relativo conforto e os que não têm nada.

A propósito, o primeiro veículo a publicar a foto foi o PIMENTA e, à época, a imagem fez gente se mexer na Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação do Governo da Bahia.

A ilheense Rúbia Carvalho, então diretora de Inovação, conseguiu inserir a comunidade da Bananeira em um projeto de inclusão digital. Mas as caixas de computadores enviadas para Itabuna ficaram retidas na Prefeitura e acabaram sendo devolvidas, porque o governo municipal não providenciou a instalação das máquinas.

É absurdo, mas foi o que aconteceu e este blog acompanhou tudo de perto. A própria Rúbia Carvalho está aí para dar testemunho do fato vergonhoso.

Ficam os parabéns do blog ao fotógrafo e as lástimas para a inoperância e insensibilidade do governo local.

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Magela reconhece voto contra Itabuna.

O secretário Geraldo Magela reconheceu, em nota ao PIMENTA, que realmente votou contra a gestão plena da Saúde, em 2008. Naquele ano, a prefeitura de Itabuna perdeu o comando dos recursos da média e alta complexidade, até hoje em mãos do governo baiano, devido a desvios milionários e sucateamento da rede de saúde.

Naquele ano, Magela era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas. Hoje, ele explica que a sua decisão foi tomada devido à “desorganização e outros fatores negativos, com fartas denúncias na imprensa, Conselho Municipal da Saúde e Comissão Intersetorial Bipartite (CIB), fatos esses que até hoje podem ser constatados”.

Magela diz que a gestão plena deveria retornar num prazo de seis meses, “tempo suficiente para a solução dos problemas”. Ele defende a volta da autonomia, “pois mais de dois anos já se passaram”. Ele nega que tenha visitado o Hospital de Base enquanto era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, em 2008.

Nos bastidores, o retorno da gestão plena da saúde para o município é tido como crucial para salvar as contas não só da saúde, como de toda a prefeitura. Um entrave para que a plena retorne é que até hoje o prefeito Capitão Azevedo (DEM) não reestruturou a rede básica nem revogou a lei que tirou a autonomia da Secretaria de Saúde para planejar e gerir os recursos da Pasta.

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Marival Guedes | [email protected]

O anfitrião se distraiu e só retornou ao entardecer. Quando abriu a marmita, encontrou apenas os ossos da penosa.

O advogado e político Raimundo Lima (19/12/1908-20/11/1987), que foi presidente da câmara e prefeito de Itabuna, gostava de pescar. Num domingo, convidou alguns amigos para seu sítio na Lagoa Encantada, Ilhéus. Cada um levou a própria marmita. Raimundo Lima preparou galinha caipira ao molho pardo. Ao meio-dia, os amigos interromperam a pescaria e foram comer.

O anfitrião se distraiu e só retornou ao entardecer. Quando abriu a marmita, encontrou apenas os ossos da penosa. Os visitantes riram, o “velho comuna” nada disse. Enfrentou as gozações, a fome e a vontade de comer com decência e serenidade.

Dias depois, convidou o grupo para a mesma programação e novamente levou a marmita com galinha caipira ao molho pardo. Foi pescar e só retornou no final da tarde. Tomou mais uma “branquinha” e abriu a marmita. Nova sacanagem, só havia os ossos.

Raimundo Lima encarou o grupo e perguntou gritando: “quem comeu o meu urubu? Quem foi o filho da égua que comeu o meu urubu?”. Berrava, encenando como se tivesse no Tribunal do Júri, onde se destacava pelo brilhantismo.

Os amigos não levaram a sério. Então ele foi ao quintal, cavou a terra e retirou os “documentos de prova”: na mão direita, as penas, na esquerda. a cabeça do bicho, exibida como se fosse um troféu.

Os companheiros ficaram perplexos, estáticos por alguns segundos. Quando conseguiram se locomover, correram ao sanitário pra “chamar raul”. O anfitrião gargalhava e tossia.

Durante algum tempo a turma deixou de cumprimentar o “cozinheiro”. Mas depois concluíram que não deveriam perder tão boa companhia.

Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas.

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A implantação do programa Pacto pela Vida em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, resultou na redução de 42,1% do número de homicídios nos dois primeiros meses de 2011. Enquanto em janeiro e fevereiro de 2010 a cidade havia registrado 38 assassinatos, neste ano foram 22 (confira aqui). A redução é atribuída ao programa que desenvolve ações integradas de segurança pública em articulação com a sociedade para prevenir e combater a criminalidade.

É essa experiência exitosa de Conquista que será trazida para Itabuna, de acordo com o delegado regional Moisés Damasceno. Ele concedeu entrevista ao repórter Oziel Aragão, da rádio Difusora, e assegurou que o Pacto pela Vida será implantado no município ainda neste semestre pelo governador Jaques Wagner.

Damasceno lembrou o número assustador de homicídios registrados no feriadão de carnaval em Itabuna, quando 10 pessoas foram assassinadas no município.

O coordenador atribui a maior parte das mortes à guerra do tráfico no município, principalmente na região do São Lourenço, Novo Horizonte, Santo Antônio e Santa Inês. Com informações do Política Etc.

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A comissão de articuladores da mobilização contra a dengue no bairro Santo Antônio, em Itabuna, promove caminhada nesta sexta-feira, 11, pelas ruas daquela comunidade. A atividade começa às 14 horas, com saída e término na praça do bairro. Segundo os organizadores, serão percorridas as avenidas Itajuípe e José Monstans.

O objetivo é manter o alerta na prevenção contra o mosquito transmissor da dengue.

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Do Cia da Notícia:

 

Walmir Rosário | [email protected]

Prometida à sociedade para o início deste ano, a reforma administrativa do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, perdeu o fôlego e o governo volta a dar sinais de fadiga. Apesar do esforço empreendido pelo prefeito no sentido de avançar, a máquina administrativa não ajuda. Pelo contrário, atrapalha.

Uma última tentativa do Capitão foi implantar o projeto “Prefeitura Móvel” nos bairros mais carentes dos serviços públicos. No bairro Lomanto Júnior, atendeu a expectativa em parte, haja vista o descompasso entre as unidades da prefeitura. Enquanto uns remam pra frente, outros, ao que parece de propósito, tentam dar ré ao barco.

Nessa história, o mais grave é que o comandante tem plena consciência de como agem os “remadores”. Num corpo humano, cada órgão “trabalha” em conformidade com outro, em ajuda mútua. De nada vale ter um coração batendo dentro da normalidade se os pulmões não oxigenam. O sangue, ao invés de alimentar o corpo, vai envenená-lo totalmente.

A Prefeitura de Itabuna, ao contrário, segue como um corpo à beira do colapso, com secretários agindo de forma individualista, como se do governo não fizessem parte.

O prefeito deve (ou pelo menos deveria) conhecer a máxima de que não é possível a alguém estar ligeiramente grávida ou, como mais se assemelha a questão, ser mais ou menos honesto. Ou está, ou não está! Ou é ou não é! E ponto final.

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Andirlei Nascimento diz que foi ofendido pelo juiz Valdir Viana

Quase dois meses após o entrevero entre o juiz Valdir Viana, da 4ª Vara Cível de Itabuna, e o presidente da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil, Andirlei Nascimento, a seccional baiana da Ordem emite posicionamento em defesa do membro da classe.

No dia 21 de janeiro, Nascimento foi solicitado pelo advogado Sânzio Peixoto, que fora impedido de retirar autos de um processo do cartório da Vara do Júri e Execuções Penais. No local, o presidente da subseção encontrou a juíza titular, Cláudia Panetta, ao lado de Viana, que é marido da magistrada. Houve uma discussão e Nascimento acusou o juiz de ter-lhe ofendido.

Para o conselheiro da OAB-BA, Carlson Xavier, o fato ocorrido no Fórum de Itabuna “é lamentável para a cidade”. Ele afirma que Nascimento foi constrangido enquanto cumpria sua função de presidente da OAB. “O advogado tem o direito de exercer sua função institucional”, sustenta Xavier. O conselheiro acrescenta que a seccional analisa o caso para a adoção de eventuais medidas judiciais.

Em entrevista concedida ao jornal A Tarde em 29 de janeiro, oito dias após o ocorrido, a juíza Cláudia Panetta declarou ter desagradado muita gente por colocar “ordem na comarca”. Disse ainda que, antes disso, “existia um ranço” e que, no cartório, advogados costumavam fazer “o que queriam, a qualquer momento”.

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Magela: favorável à perda da plena.

A presidenta do Conselho de Saúde de Itabuna, Maria das Graças Santos, lembra um fato curioso sobre a polêmica perda da gestão plena por parte do município, em 2008. Àquela época, um senhor teve peso preponderante para que o município ficasse sem a plena. Chama-se Geraldo Magela. A decisão foi importante e, diga-se, correta.

Quando o secretário de Saúde de Itabuna em 2008, Jesuíno Oliveira, argumentou que a quebra da gestão ocorria por questão política e não devido às irregularidades, Magela levantou-se e disse que não fazia parte do grupo político do governo estadual e mesmo assim era favorável à perda da plena.

Pois é. Hoje, o quadro da saúde em Itabuna em pouco difere daquele apresentado em 2008. O que mudou? Jesuíno foi defenestrado do cargo, dando lugar a Antônio Vieira. E este último abriu espaço para… Geraldo Magela.

Antes, Magela era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, cargo que o levou a integrar a Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Hoje, Magela percorre gabinetes em Brasília e Salvador para que a cidade retorne à plena. Antes, percorreu os corredores do Hospital de Base de Itabuna e ficou sensibilizado a tal ponto de defender a quebra da gestão em mãos do município.

Fala a presidenta do Conselho de Saúde, Maria das Graças:

– De lá para cá, não houve mudanças no quadro da saúde de Itabuna. O atual secretário apresentou um plano de recuperação, mas o governo municipal já fez isso outras vezes. Assinou planos, compromissos, e nada cumpriu.

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O volume de recursos para a média e alta complexidade em Itabuna cresceu 57,5% no intervalo de quatro anos, saltando de R$ 48,5 milhões em 2006 para R$ 76,5 milhões em 2010. Os números são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Além dos R$ 76,5 milhões do Ministério da Saúde, a Sesab repassou à rede credenciada de alta  e média complexidade em Itabuna, em 2010, mais R$ 19,3 milhões. Ou seja, clínicas, laboratórios e hospitais receberam um total de R$ 95,8 milhões no ano passado. Quando comparados com 2006, o crescimento é de quase 100%.

Os dados reforçam a discussão que o titular da Sesab, Jorge Solla, terá com o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, e o secretário municipal de Saúde, Geraldo Magela, na próxima segunda, à tarde, em Salvador.

Magela e Azevedo vêm defendendo a manutenção do Hospital de Base em mãos do município e, também, o retorno da Gestão Plena da saúde. Até aqui, o Conselho Municipal de Saúde resiste à ideia dos dois representantes de Itabuna, pois a prefeitura tem mostrado grandes dificuldades até para cuidar da rede básica.

No ano passado, o Hospital de Base recebeu R$ 18,2 milhões da Sesab e do Ministério da Saúde. Se fosse depender apenas dos recursos do SUS, o hospital receberia R$ 10 milhões, a título de produtividade. A Sesab complementou com R$ 8,2 milhões. Os três hospitais da Santa Casa de Itabuna receberam um total de R$ 45,9 milhões, sendo que deste valor, 18,2 milhões foram repassados pelo Tesouro estadual, também como reforço.

Um dos temores de conselheiros de saúde de Itabuna e de prestadores de serviço é que voltem a ocorrer os atrasos de até três, quatro meses nos pagamentos se a gestão retornar para o município, a exemplo do que já ocorre na relação da prefeitura com clínicas e laboratórios. Os números da Sesab sinalizam que o retorno da gestão plena significará, também, perda de dinheiro para o município.

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Buraco tem quase dois metros de profundidade

Já que a Prefeitura de Itabuna não se dispõe a tampar as bocas-de-lobo, deveria ao menos instalar placas advertindo os transeuntes para o perigo que correm ao passar em algumas ruas da cidade. No prolongamento da Alício de Queiroz, imediações do CIOMF (Centro Integrado Oscar Marinho Falcão), o bueiro desprotegido expõe motoristas, motociclistas e pedestres ao risco de despencar em um buraco, que tem cerca de dois metros de profundidade.

O governo costuma se defender, alegando que as grades de ferro que cobrem as bocas-de-lobo são furtadas e vendidas a ferros-velhos. Então, que instalem proteções de concreto, como já se faz em muitas cidades.

O que não pode é continuar do jeito que está, com as pessoas correndo o risco de sofrer um acidente.

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Hospital é referenciado para casos de urgência e emergência

O Hospital São Lucas, que integra a rede da Santa Casa de Misericórida de Itabuna, vem trabalhando com uma demanda superior à capacidade de atendimento para a qual foi estruturado. De acordo com a assessoria da Santa Casa, a estrutura existente foi concebida para 150 atendimentos diários, mas o número chega hoje a 250 pacientes por dia.

Os dados referentes aos atendimentos, segundo a assessoria, são registrados e auditados pela Secretaria Estadual da Saúde.

Em função da sobrecarga, o hospital prioriza os atendimentos de acordo com o risco. “A estruturação do pronto-socorro do Hospital São Lucas segue os critérios do Ministério da Saúde, cujo objetivo é classificar os pacientes, no ato do acolhimento, segundo o risco de morte”, explica a gerente administrativa Lânia Peixoto.

Ainda segundo a gerente, em função do critério utilizado pelo hospital,  “os atendimentos não-emergenciais poderão ter um tempo de espera indeterminado”.

Lânia Peixoto observa que o São Lucas atende exclusivamente pacientes do SUS e é referenciado para casos de urgência e emergência. “O que precisamos realmente é que as pessoas deixem de vir ao hospital em busca de atendimento ambulatorial”, orienta.

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Sandra Neilma, ex-secretária de Assistência Social de Itabuna, passou a ser nome cotado para assumir a presidência da Fundação Marimbeta (Sítio do Menor). Seria um reacomodação de nomes fernandistas no governo de Capitão Azevedo (DEM).

O prefeito, no entanto, analisa as implicações da nomeação. Um porém seria o fato de Neilma residir atualmente em Vitória da Conquista, mas esta é barreira transponível, pois o esposo, 0 ex-prefeito Fernando Gomes, voltou a fazer insistente piseiro em Itabuna.

O nome do professor Carlos Alves Marques, que atualmente dirige o Caic, foi praticamente descartado pelo governo, de acordo com um conselheiro de Azevedo. O cargo está vago desde a saída de Geraldo Pedrassoli para a Secretaria da Fazenda.

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A polícia contabiliza oito homicídios em Itabuna desde a manhã da última sexta-feira (4), quando ocorreram três assassinatos na cidade. Na madrugada de sábado para domingo, um casal de comerciantes da Califórnia foi assassinado com requintes de crueldade.

Os bandidos mataram Marinece Batista Silva, 46, e Osmário Santos, 48, a golpes de faca e colher de pedreiro. O crime chocou as comunidades da Califórnia e do Fátima. O casal possuía um açougue próximo à feira da Califórnia.

Outros três homens foram assassinados no final de semana. Um deles ainda não foi identificado. As outras duas vítimas  são Ronaldo Silva de Oliveira, assassinado a tiros na região de Mutuns, e Abílio Abdala, vítima de ataque de gangue adversária no último sábado, 5. Ele  foi levado para o Hospital de Base de Itabuna com quase 70% do corpo queimado após briga na Mangabinha. Não resistiu e morreu no hospital.

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Quem é pego distraído por um assaltante costuma mudar de comportamento. Pelo menos por algum tempo, torna-se mais cauteloso, vigilante, às vezes desenvolve um medo incontrolável e até precisa de tratamento para sair de casa. A memória do fato ruim determina atitudes e decisões. Se não fosse a lembrança, nada mudaria.

Assaltaram Itabuna no verão de 2009 e não foram (só) os gatunos que você pode imaginar à primeira impressão. Os autores do crime foram milhões (ou bilhões, sei lá) de mosquitos Aedes aegypti, que se valeram de uma comunidade descuidada para se alastrar. Quieto e sorrateiro, o insetinho contaminou mais de 13 mil pessoas e matou nove, sendo a maioria delas crianças.

Seria plausível que o poder público, alarmado por tão pavoroso e hediondo assalto, adotasse políticas severas e contínuas de combate à dengue. Mas quase todo o ano de 2009 passou e somente nas proximidades do verão seguinte o governo local surgiu com uma bateria de mutirões que, em última análise, procuram suprir sem muito sucesso a falta de uma ação regular.

Atualmente, ouve-se falar menos de óbitos decorrentes da dengue, mas não porque o governo tenha adotado uma política séria de controle. A maior parte da população, depois do “assalto”, passou a ter mais cautela e evitar a formação de focos, embora ainda haja os incautos e para eles é como se não existisse dengue.

Quais foram as nove pessoas que a dengue matou na cidade de Itabuna em 2009? Seria de grande valor que elas fossem lembradas, tivessem seus nomes e fotografias gravados em um monumento construído em praça pública. Um monumento às vítimas, para que o sofrimento delas não deixasse de nos comover e alertar.

Em tempo: naqueles mutirões realizados após a grande epidemia de dengue em Itabuna, o governo municipal prometeu cestas básicas como prêmio a moradores da periferia que não tivessem focos em suas casas. Muitas pessoas carentes contavam com a ajuda e foram estimuladas por ela a entrar na campanha, mas o governo cometeu a desfaçatez de esquecer de entregar as cestas. E lá se vão quase dois anos!

É essa a grande “contribuição” do poder público para aumentar o nível de consciência da população.

Ricardo Ribeiro
[email protected]

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Alguns dos maiores focos de dengue em Itabuna são encontrados em terrenos baldios e construções, onde a fiscalização do serviço de controle de endemias é bastante fraca. O PIMENTA já denunciou uma obra no centro da cidade, na qual a laje era um criatório de Aedes aegypti. O mesmo ocorre em toda a cidade, onde falta consciência e o cuidado para evitar a formação de focos do mosquito é praticamente nenhum.

Na foto, registrada pelo blog no bairro Castália, percebem-se dois pontos onde colunas foram batidas. Com a chuva, pequenas “piscinas” se formaram e a água está acumulada há dias, oferecendo um lugar ideal para o inseto transmissor da dengue se proliferar.

É incrível, mas alguns já esqueceram o terrível verão de 2009, quando nove pessoas (a maioria crianças) morreram nesta cidade em consequência da dengue.