Engraçado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando diz que “sem uma oposição forte, o Brasil corre o risco de se transformar em uma democracia popular e Lula de adquirir o perfil de um caudilho”.
Ora, foi FHC, hoje marginalizado pela campanha do tucano José Serra, que, legislando em causa própria, quebrou a alternância do poder através de um projeto de emenda constitucional para permitir sua reeleição.
Na época, o noticiário político falava até em R$ 200 mil para cada voto congressista a favor da emenda da reeleição. E mais: no governo FHC, a oposição, tendo a frente o PT, ficou isolada. O Plano Real elegeu quase todos os candidatos ao governo dos Estados.
FHC não pode se queixar da “onda vermelha”. Se Lula fosse caudilho, com o governo sendo aprovado por quase 90% dos brasileiros e a popularidade lá no céu, teria feito a mesma coisa do ex-presidente: mudaria a Constituição para se candidatar a uma re-reeleição.
PDT ITABUNENSE
O Partido Democrático Trabalhista de Itabuna, o PDT do saudoso Leonel de Moura Brizola, ferrenho defensor da educação como “prioridade das prioridades”, não existe para a Justiça Eleitoral.
O prazo da comissão provisória acabou. O comando estadual, tendo a frente o bom gaúcho Alexandre Brust, não está satisfeito com o rumo que o partido vem tomando na eleição de 2010.
Os ex-dirigentes do partido estão divididos em relação à sucessão estadual: a metade faz campanha para Paulo Souto e a outra para Geddel . A legenda integra a base política do prefeito Azevedo, que é do Partido Democratas (DEM).
O MESMO
Fernando pensa em voltar (Foto Arquivo).
O ex-prefeito Fernando Gomes (PMDB), um dos coordenadores da campanha do candidato Geddel Vieira Lima ao Palácio de Ondina, não muda mesmo. Continua o Fernando Gomes de sempre.
A última do ex-alcaide sobre seus adversários: “Capitão Fábio é laranja, Juçara Feitosa é a bruxa e Geraldo o ficha suja”. Fernando Gomes, de olho na sucessão do Capitão Azevedo, busca a polarização com o já prefeiturável Geraldo Simões (PT).
A eleição de 2012 vai ser marcada pela volta do duelo entre FG e GS. O fernandismo querendo comandar a prefeitura pela quinta vez e o geraldismo atrás do terceiro mandato para Geraldo Simões.