Uruçuca, no sul da Bahia, entrará em confinamento total por causa da covid-19
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O prefeito Moacyr Leite Júnior (UB) retomou a rotina de trabalhos da gestão, após se recuperar de problemas de saúde, e anunciou a realização da Marcha para Jesus em setembro, em Uruçuca.

O prefeito se reuniu com membros da Associação de Pastores de Uruçuca para discutir a edição da Marcha. “Estamos em fase de construção do projeto. Assim que definirmos o que for necessário, divulgaremos para toda a população”, disse.

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Bruna Karla está confirmada na Marcha para Jesus em Itacaré
Considerada dos grandes nomes da música cristã da atualidade, a cantora Bruna Karla será uma das atrações da 10ª Marcha para Jesus de Itacaré 2019, no dia 13 de julho. A realização é da Prefeitura Municipal e da Ordem dos Ministros Evangélicos de Itacaré(Omedi) e a proposta é de ser um grande momento de louvor, de orações, adoração e de muita fé.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, ressaltou a importância do evento em que todos estarão juntos, unidos e fortalecidos nesse momento de louvor, orações e de alegria para ressaltar o nome de Deus. De acordo com ele, a Marcha para Jesus é importante não somente pelas atrações que virão exaltar o nome de Jesus, mas também pela oportunidade de moradores de diversos bairros e comunidades da cidade e turistas estarem juntos pedindo paz, alegrias, bênçãos e orações para o município e para todo o Brasil.

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Karoline VitalKaroline Vital | karolinevital@gmail.com

Penso que as ações diárias são mais eficazes, têm um poder de convencimento muito maior sobre os contrários, pois são provas concretas de que aquilo que é defendido com tanto fervor funciona na prática e harmonicamente com a sociedade como um todo.

Em tempos atuais, Bolinha e sua turma não se limitariam a um simples cartaz pregado na porta de seu clubinho com a frase “menina não entra”. Para reforçar sua aversão à companhia das garotas, provavelmente ele e seus coligados fariam placas e marchariam pelo bairro, com alguém berrando seus ideais a bordo de um trio elétrico.
E, para reforçar ainda mais sua filosofia de vida, o Clube do Bolinha realizaria essas caminhadas anualmente, procurando superar a adesão de simpatizantes das edições anteriores, conquistar apoio de alguma celebridade para legitimar a causa e um político para assegurar recursos a fim de deixar a manifestação ainda mais grandiosa e aproveitar o ensejo para uma autopromoção.
Hoje em dia é assim. Não basta participar de um clube, igreja, ou qualquer tipo de agremiação. Para mostrar a força de seu grupo social é preciso encher as ruas, fazer muito barulho, causar engarrafamentos, sujar as ruas com panfletos e demais materiais de divulgação e tentar arrumar uma “pontinha” do poder público para bancar a manifestação do pensamento de um grupo comum. E, é claro, sobrepujar aqueles que pensam diferente, demonstrando alto poder de mobilização, contabilizado nas matérias do dia seguinte divulgadas em meios de comunicação cuja parceria foi especialmente financiada ou coagida por algum peixe grande envolvido na organização do evento.
Honestamente, não acredito que marchas e paradas disso ou daquilo sirvam efetivamente para quebrar preconceitos, conscientizar e promover a cidadania da maneira que apresentam em seus discursos. Quem tem aversão ao grupo organizador da iniciativa dificilmente vai aderir ao movimento. Boa parte dos participantes não corporativos é neutra ao assunto, é do “tanto faz como tanto fez”. Se jogam na multidão para se incluir no fovoco e só. Nada além disso.
Acredito que ideias precisam ser defendidas diariamente e aqueles que têm preconceito contra algo ou alguém devem ser convencidos através de testemunhos positivos habituais daqueles que levantam alguma bandeira. Penso que ações agressivas como as marchas e as paradas são semelhantes ao caso da cidade que decidiu remover uma baleia morta encalhada na praia explodindo o imenso cadáver. Quem não conhece a história ou assistiu ao vídeo, imagina o que aconteceu. Um estrondo imenso seguido de uma chuva de pedaços da baleia sobre os que assistiam a ação. Ao invés de resolver o problema de uma maneira mais lenta e eficaz, retirando o bicho apodrecido por partes, optou-se por algo mais radical e grandioso, causando ainda mais dor de cabeça.
Seja na marcha para Jesus, pela paz, das vadias, contra a corrupção, da maconha ou na Parada Gay, duvido muito que a parcela de pessoas tocadas pela causa levantada seja maior que a fatia descontente com as ruas interditadas, o som alto e demais transtornos que afetam o cotidiano. Penso que as ações diárias são mais eficazes, têm um poder de convencimento muito maior sobre os contrários, pois são provas concretas de que aquilo que é defendido com tanto fervor funciona na prática e harmonicamente com a sociedade como um todo.
Karoline Vital é jornalista.