João Matheus Feitosa | [email protected]
A cidade precisa de um gestor que possa projetá-la para o futuro, alguém que tenha condição de pensar Itabuna com projeto de desenvolvimento.
Neste momento pré-eleitoral em Itabuna vários possíveis candidatos colocaram seus nomes à disposição de partidos políticos. O objetivo é tentar consolidar uma candidatura a prefeito na sucessão de 2012.
Mas o que chama atenção é que nenhum desses pré-candidatos teve a preocupação de realizar um estudo para diagnosticar os principais problemas da cidade. O que se percebe é discurso superficial e altamente demagogo. Itabuna é uma cidade que necessita de um choque de gestão, mas a maioria dos pré-candidatos não está preparada para isso.
Um pré-candidato a prefeito de Itabuna tem que ter como prioridade neste momento o desenvolvimento de um projeto para a cidade. Para isso, é essencial estruturar uma equipe técnica composta essencialmente de, no mínimo, 12 integrantes. Todas as áreas da agenda municipal têm de ser contempladas.
Essa equipe tem que fazer um diagnóstico completo de todos os problemas da cidade, bem como identificar quais são as principais carências da população e o que causa mais desconforto a Itabuna. Concluindo esse diagnóstico, tem que passar à segunda etapa, que é a discussão das alternativas e soluções para os problemas de Itabuna.
Também é importante os pré-candidatos procurarem dialogar com autoridades técnicas fora de Itabuna. Esse diálogo é importante para buscar experiência em outras cidades do mesmo porte ou até mesmo maior. É importante se conscientizar de que para administrar Itabuna a pessoa tem que ser realmente preparada.
A situação de Itabuna é bastante delicada, por isso, será necessária uma solução bastante criativa na sua administração, e também de novas práticas de gestão. Itabuna precisa de projetos revolucionários e inovadores. A cidade não pode ficar no trivial, tem que sair da mesmice e para isso é necessário esse trabalho de elaboração técnica pensando no plano de desenvolvimento, de tal forma que a cidade seja projetada para o futuro.
O plano de governo do candidato não tem que ser feito pelo “marqueteiro” da campanha. Esse não tem capacidade técnica para tal. Se assim o for, o plano de governo será altamente demagógico. Depois de eleito, esquecido, e as promessas de campanha não serão cumpridas, mas na campanha poderão causar impactos positivos nos eleitores.
Os pré-candidatos têm que saber que jamais podem delegar a parte intelectual, sobretudo o seu plano de governo, para “marqueteiro”. Isso já aconteceu em algumas cidades e o resultado foi a população decepcionada com a opção feita na eleição.
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