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“Psiu!” é interjeição que invoca silêncio e também o nome de um bar situado à margem da BA-001, trecho Ilhéus-Canavieiras. É neste local de nome sugestivo, por remeter a discrições e segredos, que estão reunidos seis vereadores e outros dois interessados na formação da próxima mesa diretora da Câmara de Vereadores de Itabuna.
Chegaram primeiro os vereadores Milton Cerqueira, Ruy Machado e Claudevane Leite, além do secretário da Administração de Itabuna, Gilson Nascimento, o sargento. Em seguida, apareceram os vereadores Wenceslau Júnior, Ricardo Bacelar, Didi do INSS e o ex-diretor da Biofábrica, Moacir Smith Lima, o “xerife”, que deverá ser o novo diretor administrativo da Câmara, se Machado for eleito presidente.
A conversa, como não poderia deixar de ser, se dá à chamada boca pequena. Mas um mosquitinho de ouvido afiado nos revelou que, no momento, o assunto é o adiamento, sine die, da eleição da nova mesa, que aconteceria nesta terça-feira, 30.
O grupo tem o comprovante de que a chapa foi protocolada na Secretaria Parlamentar e acha que não tem como mudar a data. Com um sargento e um xerife à mesa, o espírito é de partir para o ataque.

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Mudança no ninho tucano em Ilhéus. Em uma manobra que contou com o apoio do presidente do diretório estadual do PSDB, Antônio Imbassahy, o deputado eleito Augusto Castro tirou o comando do partido na Terra da Gabriela, das mãos do médico e vice-prefeito Mário Alexandre.
Segundo informações, a cúpula tucana está há muito tempo insatisfeita com a condução de Marão, como o ilheense é conhecido. A dubiedade política do grupo do vice-prefeito, que é filho da deputada estadual Ângela Sousa, é o maior motivo das queixas.

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Editorial do Jornal Bahia Online:
A jovem Letícia Lázaro, a ex-amante do secretário afastado Augusto Macedo, não era apenas servidora do Bolsa Família em Ilhéus. Era beneficiária do programa, destinado pelo governo federal para aqueles que vivem em situação de extrema pobreza, o que não vem a ser, nem de longe, o caso de Letícia. Seria apenas mais um exemplo de descontrole público e de desrespeito aos que mais precisam, não fosse um instigante detalhe. Letícia é estudante. Cursa uma universidade pública – portanto, paga por todos nós -, Ciências Sociais. Estuda todos os dias os aspectos sociais da vida humana e se prepara para atuar e refletir criticamente sobre os problemas da realidade social, sobretudo a brasileira.
Ao que parece, Letícia não tem aprendido a lição. Prefere, na prática, exercer o papel inverso daquele herói mítico inglês que teria vivido no século XIII que, para uns, nada mais era do que um fora-da-lei. E, para outros, um dos maiores heróis da Inglaterra. Robin Hood, roubava dos ricos para dar para os pobres. Era ajudado por seus amigos “João Pequeno” e “Frei Tuck”, entre outros moradores de Sherwood. Trazendo a “realidade” do interiorzinho da Inglaterra, para a não menos provinciana Ilhéus, enriquece-se esta história virada ao avesso adicionando uma pitada quente de uma relação afetiva que, ao seu fim, revelou trocas de acusações e farpas e uma população que já não sabe mais em quem acreditar. E nem o que fazer.
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O grandalhão Moacir, ao lado amigo Ruy Machado

Caso o vereador Ruy Machado (PRP) seja eleito presidente da Câmara de Itabuna, já está definido o nome do próximo diretor administrativo da casa. Será o ex-diretor da Biofábrica de Cacau, Moacir Smith Lima, amigo de Machado e do deputado federal Geraldo Simões (PT).
Lima foi secretário de Governo da Prefeitura de Itabuna na segunda gestão de Simões. Foi também por indicação do petista que ele assumiu a Biofábrica e, recentemente, a coordenação da campanha do deputado estadual Fábio Santana (PRP), que não conseguiu a reeleição.
O nome de Moacir Smith Lima teria obtido consenso entre os vereadores que apoiam Ruy Machado. Acredita-se que a ligação do indicado com a esquerda favorece a imagem do candidato a presidente do legislativo, cuja conduta política não inspira muita confiança.
Entre esquerda e direita, Machado sempre optou pelo “depende”…

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Milton Cerqueira é assediado por Roberto de Souza

É possível que a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Itabuna não aconteça nesta terça-feira, 30. Diante da possibilidade de derrota para o grupo que se uniu em torno do vereador Ruy Machado (PRP), o bloco afinado com o líder do governo, Milton Gramacho (PRTB), opera para mudar a data da votação. A intenção é ganhar tempo para as cooptações.
No momento, um dos vereadores mais assediados pelo grupo de Gramacho é Milton Cerqueira (DEM). Ele fechou com Machado e diz que não volta atrás, mas até a presidência da mesa já lhe foi oferecida para que reconsidere a decisão. A oferta foi feita pelo novo (e inimaginável) bloco que se formou na Câmara: Gramacho, mais o presidente Clóvis Loiola (PPS) e o primeiro-secretário Roberto de Souza (PR).
Roberto apoiaria Machado, mas pulou do barco quando lhe negaram a permanência na primeira-secretaria, o cargo mais importante depois do presidente e que Roberto tem mantido há bastante tempo sob seu controle. Neste domingo, 28,o vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) confirmou o rompimento com o colega do PR e deixou claro o motivo: “ele exigia a primeira-secretaria, mas ninguém pode ter cadeira cativa na mesa diretora”.
O caldo entornou e, isolado, Roberto de Souza foi apegar-se ao “inimigo” Loiola, de quem passou a ser amigo “desde criancinha” e agora dispara contra os ex-aliados Wenceslau Júnior, Ricardo Bacelar e Claudevane Leite.
O grupo que apoia Machado também tem seu lado dentro do governo municipal. Seu padrinho é o secretário da Administração, Gilson Nascimento. Já a chapa encabeçada por Gramacho foi montada no gabinete do prefeito, com pinceladas de sua secretária particular, Joelma Reis. Esta já teria feito as indicações para os cargos mais importantes na administração da Câmara.

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Da esq. p/ dir.: Wenceslau, o secretário da Administração, Gilson Nascimento (que apoia o grupo) e Ruy Machado

Verdadeira convulsão política na Câmara de Vereadores de Itabuna. Na disputa pela mesa diretora da casa, que terá eleição nesta terça-feira, 30, aconteceu o inimaginável: Roberto de Souza (PR) acaba de se tornar aliado do presidente Clóvis Loiola (PPS), de quem até poucos dias atrás era arqui-inimigo.
Souza rompeu com os ex-aliados Wenceslau Júnior (PCdoB), Ricardo Bacelar (PSB) e Claudevane Leite (PT), que estão apoiando a eleição de Ruy Machado (PRP) para a presidência, tendo Didi do INSS (PDT) como primeiro secretário. Segundo Machado, o próprio Roberto de Souza foi quem o incentivou a ser candidato, mas exigia a primeira-secretaria.
Há pouco, o PIMENTA finalmente conseguiu fazer contato com os vereadores Claudevane Leite, Wenceslau Júnior e Ricardo Bacelar. Eles confirmaram o apoio a Ruy Machado e o rompimento com Roberto de Souza, por iniciativa deste.
“Ninguém pode ter a pretensão de possuir cadeira cativa na mesa diretora”, declarou Wenceslau, criticando a postura do vereador do PR. Segundo o comunista, a partir do momento em que a oposição perdeu a maioria política, foi necessário iniciar a discussão de alternativas. Além de Machado, os nomes de Milton Cerqueira (DEM) e Milton Gramacho (PRTB) foram cogitados.
POUCO CONFIÁVEL
Gramacho teria sido descartado por causa da pouca confiança junto aos demais vereadores. “Ele não cumpre acordo”, afirmou Wenceslau, acrescentando que “dar a presidência a Gramacho seria o mesmo que entregar a Câmara ao Executivo” (como está, com Loiola).
O vereador Ricardo Bacelar assegurou que não existe “acordão” com o Executivo. Segundo ele, Machado assumiu compromisso com “a moralização e a independência da Câmara”. Segundo ele, com Gramacho presidente, os cargos do legislativo já estariam loteados pela secretária particular do prefeito, a poderosa Joelma Reis. A diretoria, por exemplo, seria de Otaviano Burgos, filho do secretário da Fazenda da Prefeitura, Carlos Burgos.
“Você vai ver, nosso diretor será um nome respeitado pela esquerda e que é consenso (entre os vereadores que apoiam Machado)”, disse Bacelar, acrescentando que o candidato a futuro diretor teve passagem no governo do ex-prefeito Geraldo Simões (PT). Ele só não quis antecipar o nome.

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Em conversa com o PIMENTA, o vereador Claudevane Leite declarou ter sido autorizado pelo deputado federal Geraldo Simões (PT) a desconsiderar uma resolução do diretório municipal do partido. Na sexta, a presidente local do PT expediu o documento, que orientou o vereador a não apoiar Ruy Machado para a presidência da Câmara e determinou que ele lançasse candidatura própria.
“Geraldo (Simões) me telefonou e disse que eu estou no caminho certo, que relevasse a resolução do PT”, declarou o vereador. Para Claudevane Leite, a opção por Ruy Machado seria “a menos grave”.
Sobre a não-entrega do relatório da Comissão Especial de Inquérito da Câmara de Vereadores ao Ministério Público, Claudevane Leite informou que o documento ainda não foi encaminhado por causa de obstáculos criados pelo presidente da do legislativo, Clóvis Loiola. Ele estaria utilizando prerrogativas regimentais para impedir o encaminhamento do relatório e dos autos da investigação.
“Loiola quer entregar o relatório e os autos somente após a eleição da mesa (na próxima terça-feira)”, declarou o petista.

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Ricardo Ribeiro | [email protected]
O vereador Claudevane Leite (PT) é dos poucos integrantes do legislativo itabunense pelos quais este blogueiro sempre nutriu admiração. Sóbrio, tranquilo, de uma humildade franciscana, Vane (assim ele é carinhosamente chamado por todos) jamais ofereceu qualquer chance para que duvidassem de seu caráter.
Alguns podem dizer que, no momento em que o petista passou a se relacionar bem demais com o governo do DEM, ele já dava mostras de certa “flexibilidade”. Mas, na dúvida, pesou mais a boa fama do vereador que, como tantas outras pessoas, considerava oportuno dar um voto de confiança à nova gestão (quando ela ainda era nova). Petista heterodoxo, Vane chegou a ser alertado pelo seu partido quando a afabilidade com o os democratas ficou exagerada.
Veio a Comissão Especial de Inqúerito da Câmara de Vereadores e o petista foi escolhido relator. As denúncias eram cabeludas e pareciam indicar a existência de uma quadrilha no legislativo, com ramificações de extensão indefinida. Acreditava-se que a CEI não só confirmaria as suspeitas de sempre, como também destruiria reputações até então tidas como inabaláveis.
Sessenta dias de trabalho e Vane se mostrava inquieto. Revelou que era pressionado a cobrir o relatório da CEI com mussarela, presunto e molho de tomate, mas garantiu que estava firme e iria até o fim. Mesmo antes de ler o parecer em plenário, o petista demonstrava a intenção de levá-lo ao Ministério Público, sendo impedido pelo presidente da Câmara, Clóvis Loiola (PPS), hoje tutelado pelo Executivo.
Lembro-me de Vane na sala das comissões técnicas da Câmara, diante de alguns profissionais de imprensa, mostrando-se decepcionado por não ter conseguido – naquela ocasião (o dia era 5 de novembro) – protocolar o relatório da CEI no Ministério Público. Ele repetia a orientação da Secretaria Parlamentar, informando que somente poderia apresentar o documento ao MP após a leitura do mesmo em plenário, o que dependia de autorização de Loiola.
O relatório da CEI foi lido finalmente no dia 16 e esperava-se que, logo em seguida, o documento chegasse ao MP. A pressa demonstrada por Vane fazia todos crerem que, imediatamente após a leitura em plenário, o vereador sairia em disparada até o escritório da Promotoria, situado a poucos metros da sede do Legislativo.
A pergunta é: por que Vane não foi ao MP? Essa é a indagação que tentamos fazer ao vereador desde sexta-feira (26), mas seu telefone celular encontrava-se desligado em todas as tentativas. Também perguntaríamos se o petista manterá a disposição de votar em Ruy Machado (PRP) para a presidência da Câmara, mesmo com a recomendação em sentido contrário feita pelo PT. Infelizmente, Vane parece não estar com muita vontade de dar explicações. Por que será?
A atual situação da Câmara de Itabuna aguça desconfianças. Sabe-se que uma apuração rigorosa dos malfeitos daquela casa pouparia pouquíssimas cabeças, o que talvez explique o acordão feito entre governistas e oposicionistas para mudar o regimento e eleger uma nova mesa diretora presidida pelo vereador Ruy Machado.
De mãos dadas, governo e oposição tentam flutuar na lama, enquanto a parcela atenta da sociedade acompanha tudo estarrecida.
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros responsáveis pelo PIMENTA e também escreve no Política Etc.

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Walmir Rosário | [email protected]
Para “destronar” a oposição da Câmara de Itabuna, o prefeito Capitão Azevedo determinou que fossem utilizados os meios disponíveis para “tomar de assalto” o legislativo itabunense. Recursos esses materiais ou humanos, não importando os custos da operação.
Inicialmente, autorizou o secretário da Fazenda, Carlos Burgos, a contratar um escritório de advocacia que tivesse experiência em ações contra o legislativo, com o compromisso de estudar quais as possibilidades de evitar a posse do atual primeiro-secretário, Roberto de Souza, na presidência da Câmara.
Na primeira investida, Burgos trouxe um advogado tido e havido como “caçador de vereadores”, cujo currículo constava a anulação de três eleições de mesas diretoras em municípios baianos. Aqui, estudou o caso em questão, afirmou a viabilidade da empreitada, cobrou o preço que julgou merecer.
Aprovado por Carlos Burgos, o preço, entretanto, foi considerado proibitivo pelo prefeito Azevedo. Ficou o dito pelo não dito, e o competente profissional voltou ao seu escritório sem atuar em Itabuna. Mas, antes de sair, deixou claro que daria conta do serviço e fez as recomendações.
Recomendações essas que foram aproveitadas por gente da casa, o advogado Sargento Raimundo, nomeado para proceder ao “despejo” de Roberto de Souza e seus aliados. Na operação inicial, uma turma foi destinada a realizar os trabalhos no âmbito do legislativo, tentando criar uma cisão entre os vereadores. E conseguiram.
Os antes denominados “independentes”, diante das propostas tentadoras do Executivo, foram cedendo às tentações e ampliando a base parlamentar do executivo. Descoordenada, a reação ordenada pelo prefeito descambou para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), cujo estrago maior atingiu em cheio um dos aliados: o presidente Clóvis Loiola, “pau-mandado” da dupla Azevedo/Burgos.
A segunda alternativa foi patrocinar um projeto de lei esdrúxulo que cancelasse a eleição anterior, responsável pela eleição de Roberto de Souza presidente da Câmara, em junho do ano passado, por unanimidade. A maior aberração jurídico-parlamentar contou com a aprovação da maioria dos vereadores, entre eles, claro, os eleitores da chapa encabeçada por Roberto de Souza.
Dos 12 vereadores presentes à chicana jurídico-parlamentar, nove votaram a favor da anulação do pleito anterior, inclusive vereadores que compõem a mesa diretora. Quer dizer, votaram contra eles mesmos, atendendo a uma determinação do prefeito capitão Azevedo e do secretário Burgos, numa atitude de desprendimento invejável a mais pobre dos franciscanos.
Destruída a primeira estratégia e como a segunda não tem como resistir uma análise perfunctória de qualquer juiz ou promotor, não restou alternativa ao “grupo palaciano” que não ingressar na justiça para tentar anular a eleição. E qual escritório de advocacia patrocina a causa? O do advogado Carlos Burgos, naturalmente.
E quais os vereadores que contrataram o escritório? Ruy Machado e Rose Castro. Enquanto o primeiro foi o idealizador do projeto de destituição de Loiola da presidência da Câmara, a segunda é irmã do deputado eleito Augusto Castro, cujo escritório de advocacia em que trabalha (mesmo não sendo ele advogado) tem como um dos principais clientes a prefeitura de Itabuna.
Coincidência ou não, na Câmara de Itabuna não existe vereador com vocação para Irmã Dulce, o que deixa subtendida a ideia de que existem “mais acordos pela governabilidade e pelo bem de Itabuna” do que se consegue imaginar. Agora, só resta aguardar quais são os candidatos da dupla Azevedo-Burgos que resolvem protagonizar mais uma farsa.
Como se diz vulgarmente, tanto não presta quem compra voto, como que os vende. Mas essa frase merece ser ampliada: Quem vende o voto não merece o que recebeu.
Não importando se na transação foi uma simples compra e venda cuja moeda de troca foi o real ou um escambo qualquer, como a troca de favores, na maioria das vezes nem sempre bem recomendados.
Esse é o presente de Natal que Itabuna recebe dos seus políticos, no ano do seu Centenário.
Walmir Rosário é jornalista, advogado e editor do site Cia da Notícia.

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Político experimentado e sabido que só ele, o ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, vê na situação caótica da política local uma chance de surfar na onda (de lama). Nesta sexta-feira, 26, na Rádio Nacional, um repórter fez a seguinte pergunta ao antecessor de Azevedo:
– Se o senhor tivesse duas bombas, onde as usaria?
Fernando Gomes não titubeou:
– Uma seria para a Câmara de Vereadores e a outra para a Prefeitura de Itabuna. Tá tudo uma bagunça!
Em tempo de guerra, os oportunistas sempre tentam faturar de alguma maneira. E o ex-prefeito, que não é menino, já percebeu que o mar está para peixe que sabe nadar em água suja.

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Segundo nota publicada no blog O Trombone, o vereador Claudevane Leite, do PT de Itabuna, faz um voo solo em seu apoio ao colega Ruy Machado (PRP) para a presidência do legislativo municipal. Machado, que é governista, encabeça chapa que terá votos tanto da oposição quanto da situação. A eleição será na próxima terça-feira, 30.
A única voz dissonante, por enquanto, é a do vereador Roberto de Souza (PR), insatisfeito por não ter entrado na composição da futura mesa, onde pretendia manter o cargo de primeiro-secretário.
Nesta sexta-feira, 26, o PT local emitiu uma resolução, na qual afirma “não referendar o voto e/ou apoio favorável do vereador do PT, Sr. Claudevane Moreira Leite, a qualquer composição para a nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Itabuna, conforme veiculação da imprensa”.
O partido sugere posicionamento de independência, a fim de não comprometer seu discurso em 2012. E recomenda que Claudevane Leite, conhecido como Vane, lance candidatura própria, deixando uma ameaça nas entrelinhas da resolução: “qualquer decisão do vereador, diferente do que está elencado nesta Resolução, é de sua inteira responsabilidade”.
Vane teria dito que apoia Machado por ele ser “a opção menos grave”. As alternativas são o líder do governo, Milton Gramacho (PRTB) e o vereador Milton Cerqueira (DEM).

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Ricardo Ribeiro | [email protected]
É costume chamar a Câmara de Vereadores de “Casa do Povo”, por estarem nela aqueles que, numa democracia representativa, cumprem o mandato popular para ser a voz dos que os elegem. A casa é do povo porque é deste que, como diz a Constituição, o poder emana e em seu nome é exercido.
Na teoria, perfeito. Na prática, a Casa do Povo muitas vezes vira casa de uma mãe só, a Joana. Casa de falcatruas, escândalos, privilégios e abusos, onde se trai o mandato popular sem a menor cerimônia e se gasta mais energia em artimanhas na luta do poder pelo poder do que em projetos que beneficiem a população.
A Câmara de Vereadores de Itabuna é uma que há muito tempo não funciona como autêntica Casa do Povo. E o eleitor, que em grande parcela ainda desconhece o valor do voto e a necessidade de participar do processo político, tem sua dose de culpa se muitos dos que estão no legislativo usam a função pública com o único e exclusivo fim de atender interesses privados.
Salvam-se poucos vereadores e, ainda assim, os que não se envolvem diretamente em maracutaias respondem, no mínimo, por sua omissão. Há um clima de conivência no ar, uma sensação de que existe um medo de efeito dominó, em que a queda da primeira peça desencadeará um desmoronamento sucessivo de uma estrutura corroída, que, se fica de pé, é porque a safadeza tem raízes profundas.
No legislativo itabunense, acostumou-se de tal maneira às práticas escusas, que elas passaram a integrar a práxis da casa. É hábito conhecido, por exemplo, o de vereadores que contratam funcionários e ficam com os cartões bancários e senhas dos que aceitam a desonrosa função de laranja. Além de abocanhar boa parte do salário do indicado, o vereador ainda costuma utilizar seu limite de crédito no banco e firmar empréstimos usando o nome da “fruta cítrica”. Tem gente que trabalhou em outras legislaturas e ainda hoje está como o nome sujo na praça.
A imprensa conhece o que se passa na Câmara de Itabuna e grande parte da sociedade também sabe. O mesmo vale para o Ministério Público, que acaba de receber um azeitado relatório da Comissão Especial de Inquérito e talvez só precise de pouca coisa para formatar uma ação penal. A partir daí, é torcer para que as denúncias sejam apuradas e os responsáveis, punidos exemplarmente.
Por falar em punição, o que falar da situação do morador de rua Carlos André dos Santos, que acabou no Conjunto Penal de Itabuna por ter roubado dois quilos de jabá? É sintomático que a sensibilidade de nossas autoridades se aguce mais com um furto de bagatela na Cesta do Povo que com a pilantragem institucionalizada na “Casa do Povo”.
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros responsáveis pelo PIMENTA e escreve também no blog Política Etc.

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A propósito da reunião desta sexta-feira, 26, para definir qual será a composição da chapa governista na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Itabuna (ver nota abaixo), a grande dificuldade reside no seguinte ponto: nenhum dos postulantes está a fim de desistir do cargo de presidente. E aí se junta apego ao poder com a desconfiança existente entre os ilustres membros da “batucada” (apelido da bancada do prefeito).
Por falta de harmonia, a batucada pode sair do tom e o enredo desandar de vez.
De qualquer forma, caso a arbitragem da secretária particular do prefeito resolva o conflito, o ex-quase-futuro presidente, vereador Roberto de Souza (PR), promete fazer um manifestação na próxima terça-feira, 30, data da votação.
Souza também preparou munição para entrar na justiça, questionando a dissolução da mesa eleita em junho de 2009 para assumir no próximo ano. Ele entende que a emenda ao Regimento Interno, aprovada nesta quarta-feira, 24, só vale “para frente”.

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O presidente do PT de Ibirataia, Hideraldo Lima, defende o médico Bruno Araújo, recentemente filiado ao partido. O novo petista é filho do prefeito de Ipiaú, Deraldino Araújo (PMDB) e acusado de irregularidades no Hospital Antônio Firmo Leal, onde é diretor clínico.
Apesar de Bruno Araújo ser alvo de uma investigação do Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde, Lima não o considera inapto a se filiar. “Não existe condenação contra ele, mas sim uma denúncia e nós não podemos impedi-lo de entrar no partido”, disse ao PIMENTA o presidente do PT de Ibirataia.
Lima salientou que, até uma eventual condenação, o médico é inocente. “Bruno Araújo nos procurou, manifestando o interesse de se filiar, assegurando que o estatuto do PT coincide com o pensamento dele”, declarou o presidente.
O blog apurou que a filiação,  que enfrenta resistência de um grupo do PT de Ibirataia, contou com as bênçãos do deputado federal Geraldo Simões e do estadual Jota Carlos.

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Não se sabe quais foram os argumentos, mas o fato é que se operou uma metamorfose na votação da executiva do PT de Ibirataia que aprovou o ingresso do médico Bruno Araújo no partido. Inicialmente, a votação estava em 3×3 e o presidente da executiva, Hideraldo Lima, teria ficado com a responsabilidade pelo voto de minerva.
Ocorre que, de acordo com o presidente, essa votação nem chegou a ser consignada em ata. Armado o impasse, houve um ”freio de arrumação”, a turma parou para conversar e a votação foi reiniciada. Novo resultado: 6 x 0 a favor da filiação. Não se sabe exatamente como se processou a mudança, mas Hideraldo Lima dá a entender que os membros da executiva consideraram a “presunção de inocência” do novo correligionário.
Ah bom!