Suspensão de obra de ferrovia causa demissão em massa no sul da Bahia
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A suspensão da obra do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), pela Bahia Mineração (Bamin), gerou a demissão de mais de 300 trabalhadores de municípios como Itabuna, Ilhéus, Uruçuca, Ubatã, Ubaitaba, Aurelino Leal e Gandu. Os desligamentos foram iniciados na terça-feira (1º) e devem ser concluídos na próxima semana.

Responsável pela obra, a Bahia Mineração (Bamin) confirmou dificuldades para assegurar o andamento da construção do trecho da ferrovia que ligará Ilhéus a Caetité, no oeste da Bahia. Informou, por meio de nota, que o Grupo ERG, responsável pela companhia, “permanece em busca de investidores que possam apoiar a implantação desta ação”.

Os investimentos da Bahia Mineração foram descontinuados depois de a empresa ter aplicado R$ 784 milhões no trecho da ferrovia. Em dificuldades financeiras, a Bamin e o Projeto Integrado (Mina, Ferrovia e Porto) estão à venda pela Eurasian Resources Group (ERG), grupo que controla a empresa.

Obra da Ferrovia Oeste Leste no sul da Bahia é suspensa || Foto Divulgação

APURAÇÃO DA ANTT

Por meio de nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que acompanha de perto a evolução da execução físico-financeira do projeto, bem como o cumprimento das obrigações contratuais. Disse que em fevereiro deste ano notificou a concessionária sobre o desempenho abaixo do esperado no andamento das obras e que abrirá procedimento preliminar para apurar possível descumprimento contratual.

A ANTT explicou que, de acordo com o último acompanhamento do plano de investimentos, a Bamin concluiu a obra correspondente à Passagem Inferior na BA-262, localizada no km 1483+46, referente ao Lote 01F.

ANDAMENTO DO TRECHO II

A suspensão da obra no trecho Ilhéus-Caetité não deve comprometer, neste primeiro momento, o cronograma do restante de ferrovia. Em junho do ano passado, o Ministério dos Transportes emitiu ordem de serviço para conclusão do trecho II, que ligará Caetité a Barreiras.

Os investimentos são de R$ 365,2 milhões neste trecho. A empresa responsável pela obra é a Infra S.A, que informou que o trecho sob sua responsabilidade encontra-se com 69,9% de execução, com previsão de chegar a 100% de execução em 2027.

De acordo com o projeto do governo federal, a ferrovia terá cerca de 1.527 km de extensão e ligará o futuro Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis, em Tocantins, fazendo a conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Mas esse sonho parece cada vez mais longe da realidade.

Armário Cultural reúne obras literárias e jogos educativos voltados ao público infantil em Ilhéus || Foto Darana
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Após quatro anos de implantado, o Armário Cultural, da Bamin, já beneficiou 16 comunidades de Ilhéus, no sul da Bahia, onde a empresa ergue o intermodal Porto Sul. O projeto consiste em estantes com livros e jogos educativos direcionados ao público infantil. De acordo com a empresa, são beneficiadas diretamente 450 pessoas.

Os armários ficam nas comunidades de Valão, Itariri (Badameiros), Barra, Lagoa Encantada, Urucutuca, Carobeira, Castelo Novo, Sambaituba, Aritaguá, Lava-Pés, Retiro, Vila Juerana, Vila Olímpio, Itariri e Mamoan. Neles, estão aproximadamente 1.700 itens, entre livros e jogos didáticos, fornecidos pela empresa de mineração. Periodicamente, os armários passam por manutenção e têm os seus acervos revisados.

O conteúdo dos armários é definido de acordo com as necessidades apontadas em cada localidade, faixa etária do público-alvo e proposta da comunidade. Os títulos dos livros são selecionados por meio de curadoria literária, feita pela coordenação do Programa de Valorização da Cultura (PVC).

Na escolha do material didático, prioridade para o conteúdo regional, buscando assim estimular o conhecimento da própria história das comunidades. São feitas buscas por meio de editoras e livrarias dentro das áreas de atuação da empresa, garantindo que os recursos empenhados sejam injetados na economia local.

Com os mesmos critérios, são escolhidos os jogos didático-pedagógicos, que contribuem de forma lúdica para o desenvolvimento intelectual. Sempre que há uma nova entrega de armário às comunidades, são realizadas dinâmicas culturais, como contação de histórias e pocket shows, com pequenas encenações teatrais de artistas da região.

“O Armário Cultural permite a democratização e ampliação do acesso à leitura e à educação. A ação vai muito além da entrega de livros, material didático e jogos educativos, pois propõe uma transformação de hábitos e valores de consumo consciente”, defende o coordenador de Relacionamento com Comunidades da Bamin, Ramon Chalhoub.

VALORIZAÇÃO DA CULTURA

O Programa de Valorização da Cultura (PVC) foi criado pela Bamin no Porto Sul para, segundo a empresa, estimular a produção cultural da região, além de preservar as tradições locais. Para isso, também são promovidas diversas atividades, como mutirões de cultura e ações de incentivo à leitura e ao resgate das memórias culturais.

Projeto Fio será debatido em audiências públicas || Foto Divulgação
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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou a realização de audiências públicas para a concessão à iniciativa privada da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). O período para os interessados encaminharem contribuições às propostas coordenadas pelo Ministério dos Transportes vai de 7 de fevereiro a 24 de março.

Além disso, estão previstas três sessões presenciais para a coleta de sugestões dos interessados. Uma delas foi marcada para o dia 12 de março, em Salvador. As outras audiências foram agendadas para Brasília, no dia 11 de março, no Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES), trecho 03, lote 10, Projeto Orla Polo, e Cuiabá (MT), no dia 14 de março.

De acordo com o projeto do Governo Federal, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste ligará o interior da Bahia ao Porto de Ilhéus, facilitando o escoamento da produção agrícola e mineral. Já a Ferrovia de Integração Centro-Oeste conectará o Mato Grosso à Ferrovia Norte-Sul, fortalecendo a logística do agronegócio.

Está previsto a implantação de cerca de 2,7 mil quilômetros de extensão de trilhos, atravessando os estados da Bahia, Tocantins, Goiás e Mato Grosso. As estradas de ferro serão interligadas à Ferrovia Norte-Sul e à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), fortalecendo a infraestrutura logística do país e impulsionando o escoamento da produção nacional.  O informe sobre as audiência foi publicado no Diário Oficial da União.

Nos últimos meses surgiram rumores de que a Ferrovia de Integração Oeste-Leste  pode não ser concluída. A inviabilidade do projeto, conforme especulam políticos e sindicalistas do sul da Bahia, poderá ocorrer com a entrada da Vale S.A  no negócio. A empresa estaria negociando a aquisição das operações da Bamin, hoje controladas pelo Eurasian Resources Group, de origem cazaque.  O assunto tem sido debatido pelas Câmaras de Vereadores de Itabuna e Ilhéus.

 

Manoel Porfírio fala em audiência sobre destino da Bamin || Foto CMI
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O presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Manoel Porfírio, considera inadmissível a possibilidade de mudança de rota da Ferrovia de Integração Oeste-Leste. O suposto cavalo de pau nos planos da Bahia Mineração se espalhou nos rumores que se seguiram à notícia de que o Governo Lula incentiva a Vale S.A – aquela do Rio Doce – a comprar as operações da Bamin, hoje controladas pelo Eurasian Resources Group, de origem cazaque.

A Bamin é dona da mina Pedra de Ferro, em Caetité, e responsável pela construção do trecho da Fiol que vai ligar o município do Alto Sertão baiano ao distrito de Aritaguá, em Ilhéus, onde a multinacional constrói o Porto Sul. Segundo os rumores, após eventual transação mina, a Vale não teria interesse econômico em investir nos dois equipamentos de infraestrutura de transporte e buscaria outro meio de escoamento do minério de ferro.

Nessa hipótese, o Porto se tornaria “descartável” e a Fiol poderia ganhar novo traçado. Até o momento, os governos federal e estadual não se manifestaram sobre o assunto, que tem sido tema de debates em Itabuna e Ilhéus. O mais recente ocorreu na sede do Legislativo grapiúna, ontem à noite, durante audiência pública. Foi lá que Porfírio disparou:

– Não precisamos de esmola, precisamos que a Vale termine a Fiol e o Porto Sul para termos geração de emprego e renda. Vamos levar esse debate para toda a população e vamos gritar para os governos que queremos a ferrovia aqui. Precisamos dizer que o sul da Bahia é maior que a Vale.

Até o momento, os governos federal e estadual não se manifestaram sobre o assunto.

COESÃO SUPRAPARTIDÁRIA

As pessoas que lotaram a Câmara testemunharam a coesão suprapartidária entre os membros da mesa. A opinião de que a chegada da Fiol e do Porto trará mais benefícios do que ônus ao sul do estado é compartilhada por petistas e vozes da direita. Nesse debate, Manoel Porfírio, vereador mais votado da história de Itabuna, quadro do PT, se alinha ao posicionamento do porta-voz do Movimento Ivasão Zero, Luiz Henrique Uaquim, que também compôs a mesa da audiência.

O encontro também contou com a presença de outros representantes do Legislativo itabunense e de vereadores de cidades como Ilhéus e Barro Preto, além de dirigentes de entidades da sociedade civil organizada.

TAC prevê construção de Centro de Triagem de Animais Marinhos no sul da Bahia
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Um Termo de Ajustamento de Conduta prevê a construção do primeiro Centro de Triagem de Animais Silvestres Marinhos (Cetas Marinho) da Bahia – e do Nordeste – e a modernização do Cetas Terrestre, no sul do estado. Mediado pelo Ministério Público da Bahia e pelo Ministério Público Federal, o TAC envolve o Governo da Bahia e a Bahia Mineração (Bamin). A Carta Convite para a contratação dos serviços foi publicada na última sexta-feira (17), informa o MP-BA.

A promotora de Justiça Aline Valéria Archangelo Salvador e o procurador da República Tiago Modesto, responsáveis pelo projeto, atuam na condução das ações previstas pelo TAC. A iniciativa contempla a elaboração de projetos executivos, assessoria técnica, contratação de empresas para execução das obras e fiscalização das atividades, sendo coordenada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

O acordo integra o projeto TCSA Porto Sul, que busca promover uma gestão ambiental integrada na área de influência do Complexo Portuário e de Serviços Porto Sul, localizado em Ilhéus, no sul da Bahia. O objetivo é proteger a biodiversidade, assegurar os serviços ecossistêmicos e mitigar os impactos causados pela instalação do complexo portuário.

O TAC prevê medidas como planejamento territorial com a produção de dados sobre uso e ocupação do solo e vegetação, o aprimoramento do monitoramento ambiental por meio de tecnologias e serviços técnicos, a avaliação ambiental integrada para controle e fiscalização, o fortalecimento da fiscalização com aquisição de equipamentos, a estruturação de unidades de conservação, a implementação de medidas de mitigação e compensação ambiental, além da criação de um Observatório Socioambiental para fortalecer a governança ambiental.

A mina Pedra de Ferro, da Bamin, em Caetité || Foto Divulgação
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A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Itabuna promove, nesta terça-feira (21), às 9h, mesa redonda sobre a possível venda da Bahia Mineração à Vale S.A. Hoje, a Bamin é controlada pelo Eurasian Resources Group (ERG), do Cazaquistão. O debate será no auditório da OAB, na Rua Ruffo Galvão, nº 179, no Centro.

No final do ano passado, a Vale informou que avalia a possibilidade de comprar a Bamin, que é dona da mina Pedra de Ferro, em Caetité, no Alto Sertão da Bahia. O negócio também envolveria a participação da Bamin na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no trecho que ligará Caetité a Ilhéus, no sul do estado, onde será construído o Porto Sul.

O ERG afirma que, até o momento, investiu US$ 1,2 bilhão na Bamin, o equivalente a R$ 7,2 bilhões. O volume de investimentos seria um dos parâmetros para a precificação da empresa. Na mesa redonda desta terça-feira (21), os participantes vão discutir quais poderão ser os impactos de um negócio dessa magnitude para os municípios do sul da Bahia.

Adélia celebra garantia de Lula de mais R$ 4,6 bilhões para o Porto Sul e o Porto do Malhado
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Adélia Pinheiro, candidata a prefeita de Ilhéus pelo PT, comemorou, hoje (23), a notícia de que o presidente Lula, o governador Jerônimo Rodrigues e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, asseguraram investimento de R$ 4,58 bilhões do novo PAC para acelerar as obras do Porto Sul.

O martelo foi batido em uma reunião em Brasília, que também contou com a presença do deputado federal Josias Gomes e de Bebeto Galvão. “Esse investimento é mais um passo para virarmos a chave da mudança que todos nós desejamos”, celebra a professora, médica e ex-reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) por dois mandatos. “É o meu time comprometido em fazer mais por Ilhéus. E, comigo na Prefeitura, com experiência, competência, trabalho e dedicação, vamos fazer muito mais”, promete.

Também, no pacote, foi assegurado um aporte de R$ 19 milhões para dragagem e manutenção no Porto do Malhado. “Isso significa a criação de muitos novos empregos para o nosso povo, gerando mais renda para as famílias e fazendo nossa cidade voltar a ocupar o lugar de destaque no cenário nacional e internacional, como um polo de desenvolvimento e inovação”, pontua Adélia.

Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) || Foto divulgação
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A Infra S.A, empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes, emitiu ordem de serviço para a conclusão do trecho II da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol II), que liga Caetité a Barreiras. O investimento será de R$ 365,2 milhões, e a previsão para conclusão é de 26 meses a partir da assinatura da ordem de serviço.

A ordem de serviço abrange a elaboração dos projetos executivos de engenharia e a execução dos serviços remanescentes para a conclusão das obras de subtrechos, incluindo os últimos 140 quilômetros da Fiol II e a montagem de uma superestrutura ferroviária na ponte sobre o Rio São Francisco.

O novo trecho faz parte do sistema Ferrovia Centro Oeste – Ferrovia Oeste Leste (Fico – Fiol). “A ordem de serviço para a construção do último lote remanescente da Fiol 2 representa mais um passo da consolidação desse importante eixo de ligação”, afirma o secretário do PPI da Casa Civil do Governo Federal, Marcus Cavalcanti.

Cavalcanti destaca que o primeiro trecho da ferrovia, Fiol 1, está concedido a Bahia Mineração e que o trecho 2 será concluída como obra pública.  “O trecho 3 da Fiol será objeto de concessão. Estamos terminando os estudos do traçado até o mês de janeiro do próximo ano”. A Tec Engenharia será responsável pela execução do trecho II.

FERROVIA LIGARÁ A BAHIA AO ESTADO DE TOCANTINS

Com cerca de 1527 km de extensão, a Fiol ligará o futuro Porto Sul, em Ilhéus, no sul da Bahia, a Figueirópolis, em Tocantins, onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul.

A ferrovia tem o objetivo de estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância, favorecer a multimodalidade, interligar a malha ferroviária brasileira e propor uma nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola e de mineração por meio do terminal portuário de Ilhéus.

Na Bahia, a previsão é que a Fiol beneficie diretamente os municípios de Ilhéus, Uruçuca, Aurelino Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aiquara, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Barra da Estiva, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado e Livramento do Brumado.

Além de Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê, Caetité, Guanambi, Palmas de Monte Alto, Riacho de Santana, Bom Jesus da Lapa, Serra do Ramalho, São Félix do Coribe, Jaborandi, Santa Maria da Vitória, Correntina, São Desidério e Barreiras.

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Uma das áreas mais valorizadas de Ilhéus, a Praia dos Milionários, na zona sul, acaba de atrair um grande empreendimento imobiliário residencial pé na areia. Com infraestrutura de alto padrão, o Ilhéus Select será construído pelas empresas baianas Pelir Engenharia, B2 Engenharia e Portal Santo Agostinho em uma área de 15 mil metros quadrados.

São duas torres, Cravo e Canela, 88 unidades de 2, 3 e 4 suítes, com metragens de 95m² a 258m², gardens privativos, garagens cobertas e opções de personalização dos ambientes, com preços a partir de R$ 595.000,00. O projeto arquitetônico do Ilhéus Select é moderno e sustentável. Na sua concepção, reflete o carinho e o cuidado das empresas com o local.

A comercialização está sendo coordenada por Tennyson Nabuco, com a participação da Imobiliária Torres como a House do Stand, na Avenida Tancredo Neves, Rua D, no bairro Jardim Atlântico.

O EMPREENDIMENTO E A CIDADE

O empreendimento Ilhéus Select é dos exemplos do novo momento da cidade sul-baiana. Celebrizada mundialmente nos romances de Jorge Amado, com belas praias, natureza exuberante e rico patrimônio cultural e arquitetônico, Ilhéus vive um acelerado processo de retomada do desenvolvimento econômico e atrai novos investimentos.

O cultivo de cacau de qualidade superior e o impulso à produção do chocolate de origem, a consolidação do turismo e projetos importantes, como o Porto Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, têm impactos positivos no boom imobiliário que a cidade vem experimentando, especialmente no litoral sul.

AS EMPRESAS

A Pelir Engenharia nasceu, cresceu e se consolidou com o propósito de transformar sonhos em realidade. Em quase 40 anos de atuação, a empresa construiu sua trajetória no mercado imobiliário baiano e brasileiro com respeito aos seus clientes, oferecendo projetos de alta qualidade, pensados com capricho em cada detalhe para cada público. É atual vencedora do Prêmio Ademi-BA 2023 nas categorias lançamento imobiliário do ano e empreendimento do ano, além de diversos outros prêmios, como FIEB em Desempenho Ambiental e Ouro no Prêmio de Qualidade do Sinduscon-BA.
A B2 Engenharia está há quase 10 anos no mercado de infraestrutura e construção de alto padrão. E acaba de dar mais um passo importante com o lançamento imobiliário do Ilhéus Select. Sua atuação abrange a Bahia e outros estados do nordeste, tendo em seu portfólio diversos tipos de projeto, incluindo empreendimentos imobiliários, edifícios públicos, hotéis de alto padrão, galpões logísticos e industriais, dentre outros.
Nascida em Ilhéus, a Portal Santo Agostinho Engenharia é referência em ações sustentáveis e atua há mais de 20 anos no mercado. É reconhecida pela qualidade de seus projetos, seu atendimento personalizado e sua preocupação constante com o meio ambiente. Já realizou diversos empreendimentos em Ilhéus e região, sempre reduzindo o impacto ambiental desde o projeto até a entrega da obra.
EMPREGOS HOJE - SineBahia em Ilhéus funciona no SAC, que atende na Eustáquio Bastos, no Centro
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O avanço de obras de infraestrutura já impacta no volume de contratações diárias em Ilhéus. Ainda no sul da Bahia, mas em Itabuna, a área de hipermercados é responsável pela recuperação de maior volume de ofertas de empregos, com oportunidades para a área de atacarejo.

Todas as vagas têm intermediação do serviço estadual SineBahia. São 85 vagas em Itabuna, 82 em Ilhéus e 81 em Jequié, que oferta mais de 60 vagas na área industrial nesta segunda-feira (22).

Os interessados devem procurar unidade do SineBahia, até as 15h30min, nestes municípios. Os documentos necessários incluem carteiras de Trabalho e de Identidade, CPF e comprovantes de residência e de escolaridade.

ONDE FICA?

A unidade do SineBahia de Itabuna atende no segundo piso do Shopping Jequitibá, na Avenida Aziz Maron (Beira-Rio), no Góes Calmon. Em Jequié, o atendimento é feito na Avenida Rio Branco, no Centro. Quem reside em Ilhéus e quem mora em outras cidades e se interessou por algumas das dezenas de vagas na área da construção civil, devem se dirigir à Rua Eustáquio Bastos, no Centro, ao lado do Mercado do Artesanato e em frente à Praça Cairu. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas. Atualizado às 12h40min.

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Projeto indica como seria o novo aeroporto
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Não se consegue fazer e promover turismo com um aeroporto onde as pessoas correm risco de não desembarcar para aproveitar as férias e nem fazer negócios.

 

Efson Lima || [email protected]

A cidade de Ilhéus possui um aeroporto desde o ano de 1938, sendo asfaltado na década de cinquenta e de lá para cá não se registra acidente aéreo no seu perímetro. Entretanto, desde o acidente ocorrido no Aeroporto de Congonhas/SP, em agosto de 2007, diversas ações cuidadosas, porém, restritivas, foram adotadas no Aeroporto Jorge Amado em Ilhéus, conforme orientação da ANAC, entre elas, a redução do tamanho da pista em 110 metros, tornando assim custosa a operacionalização do aeroporto, especialmente, para as companhias aéreas e virando um fator de preocupação para os passageiros e familiares que precisam embarcar e desembarcar na Princesa do Sul.

O aeroporto de Ilhéus passou a ser chamado de Aeroporto Jorge Amado, em 2002, após a morte do escritor e por meio de lei federal, que estabeleceu a nova nomenclatura para homenagear o famoso prosador das terras de Gabriela. Somente em 1981, que a Infraero passou a administrar o aeroporto, permanecendo até 2017, quando o Estado da Bahia assumiu a gestão do aeródromo.

O aeroporto em Ilhéus já atendeu positivamente a demanda regional, entretanto, atualmente, a região carece de um aeroporto moderno e com condições de receber pessoas com maior conforto e que possa operar em condições climáticas adversas. Hoje, a aeronave descer no aeroporto de Ilhéus é uma aventura e significa sorte na loteria para o passageiro e familiares. Inúmeras vezes, as aeronaves retornam para Salvador e tais situações tornam as passagens aéreas caras e impactam na vida do cidadão.

Apesar disto, o aeroporto de Ilhéus é o segundo mais movimentado do interior do nordeste, ficando atrás apenas do Aeroporto Internacional de Porto Seguro. Em 2023, o aeroporto de Ilhéus teve 633.154 passageiros alcançando sua maior marca, sendo o limite de 700.000 mil passageiros e o maior número de pousos e decolagens foi realizado em 2011, com 8.556. Para se ter uma ideia, o Aeroporto de Vitória da Conquista, em 2022, teve 346.703 passageiros, sendo até então a melhor marca.

Não obstante,  no sul da Bahia está em curso um processo de atração de investimentos governamentais e também empresarial, provocando a necessidade urgente de um novo aeroporto com capacidade para atender a demanda do modal que está em processo de implantação no sul do Estado, com dois portos: Porto Sul e Porto do Malhado (1971); Ferrovia Leste-Oeste; a construção da rodovia Itabuna-Ilhéus (BA 469); a consolidação da Universidade Federal do Sul da Bahia e a própria Zona de Processamento de Exportação (ZPE), sem deixar de registrar o Polo de Informática de Ilhéus, que com o aeroporto internacional poderá  finalmente ter sua estratégia ressignificada  e alavancar a produção.

 

Parece haver pouco envolvimento dos atores locais em defesa [do novo aeroporto]. A minha felicidade aumenta quando prefeitos de cidades circunvizinhas se mostram interessados e dispostos a defenderem o novo aeroporto internacional

 

Por fim, não se consegue fazer e promover turismo com um aeroporto onde as pessoas correm risco de não desembarcar para aproveitar as férias e nem fazer negócios. A tristeza pode ser aumentada em caso de lua de mel. Portanto, a região espera contar com o olhar atento dos governos federal e estadual para confirmarem a área situada no eixo Ilhéus – Itacaré, com vistas à construção do aeroporto internacional do sul da Bahia, cujo funcionamento impactará, nas diversas cidades circunvizinhas, inclusive, alcançando o baixo-sul. A cidade de Ilhéus que sempre contribuiu para o desenvolvimento do estado, agora, espera receber essa homenagem.

Entretanto,  parece haver pouco envolvimento dos atores locais. Continuo pensando que “parece”  existir uma apatia em defesa dos novos projetos para a cidade. De todo modo, a minha felicidade aumenta quando prefeitos de cidades circunvizinhas se mostram interessados e dispostos a defenderem o novo aeroporto internacional, evidenciando que a cidadania ultrapassa a fronteira municipal e interesses coletivos podem e devem ser articulados por diferentes gestores municipais. Os cidadãos do Litoral Sul agradecem.

Efson Lima é doutor e mestre em Direito pela UFBA e membro das academias de Letras de Ilhéus (ALI) e Grapiúna (Agral).

Lula é recebido pelo prefeito Marão ao desembarcar no aeroporto de Ilhéus || Reprodução
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Do PIMENTA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está em Ilhéus, onde, por volta das 9h desta segunda-feira (3), acompanha o o início das obras do trecho final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no quilômetro 28 da BA-262, no litoral norte do município, trecho Ilhéus-Uruçuca.

O presidente chegou ao município no início da tarde deste domingo (2), quando desembarcou no Aeroporto Jorge Amado, sendo recepcionado por autoridades estaduais e locais.

DESCANSO NA ZONA SUL

Após desembarcar no terminal aeroportuário, o presidente seguiu para a zona sul do município. Até amanhã, o presidente ficará hospedado no Sítio São Paulo, um dos metros quadrados mais caros de uma emergente Ilhéus. O mandatário brasileiro ficará na residência do empresário Nilton Cruz, petista ligado a nomes tradicionais do PT baiano, a exemplo do deputado estadual e líder do Governo Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa baiana, Rosemberg Pinto.

Anfitrião do presidente, Nilton sonhava disputar a prefeitura em 2020, mas retirou seu nome na reta final e apoiou o prefeito Mário Alexandre, o Marão (PSD). O acordo foi costurado pelo deputado estadual Rosemberg Pinto.

Após as eleições municipais, Marão acabou descumprindo o acordo eleitoral com Rosemberg e Nilton Cruz. O deputado externou, publicamente, sua insatisfação diante da quebra de palavra do prefeito de Ilhéus. A relação ficou estremecida, mas houve recomposição mais de dois anos depois.

FIOL E PORTO SUL

O presidente terá compromisso público já na manhã desta segunda-feira, quando participa do início oficial das obras da ferrovia Oeste-Leste (Fiol). As obras serão tocadas pela Bahia Mineração (Bamin), que ganhou a concessão que prevê investimento de R$ 3,5 bilhões.

O leilão ocorreu no ano passado. A previsão é de que o complexo intermodal (Ferrovia e Porto Sul) esteja operando em 2027. As obras do Porto Sul também serão executadas pela Bamin. A previsão de conclusão das obras da Fiol é de três anos. A retomada das obras no trecho ocorreu no final do primeiro semestre deste ano.

Para a solenidade de amanhã, em Ilhéus, além do presidente Lula e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também estarão presentes executivos nacionais e globais da Bahia Mineração. Segundo a assessoria da Bamin, estarão presentes Benedikt Sobotka, CEO global da ERG, organização responsável pelas atividades da empresa no Brasil, Eduardo Ledsham, CEO da Bamin, e Sérgio Leite, CEO de Ferrovia da Bamin.

Políticos e empresários se reuniram para elaborar documento por novo aeroporto || Arquivo

AEROPORTO INTERNACIONAL

Amanhã, provavelmente o presidente Lula receberá documento de líderes políticos, empresariais e de organizações sul-baianas pedindo a inclusão do Aeroporto Internacional da Costa do Cacau na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nas proximidades da área da solenidade na Bamin, outdoors foram colocados cobrando as obras do aeroporto, que deverá ser construído no sítio Joia do Atlântico, numa das margens da BA-001.

Um documento deverá ser entregue ao presidente. Para elaborá-lo, houve reunião de lideranças no último dia 21 de junho (reveja aqui). “O projeto do novo aeroporto está previsto no plano intermodal do Porto Sul. Já temos iniciadas [as obras] da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul. Falta o aeroporto”, disse ao PIMENTA o prefeito de Itacaré e presidente do Consórcio Litoral Sul (CDS-LS), Antônio de Anízio. Atualizado às 19h para correção de informação.

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A Bahia Mineração (Bamin) e o Senai promoveram a aula inaugural do novo ciclo do projeto Canteiro Escola, no Centro de Visitantes do Porto Sul, em Ilhéus. Nesta etapa, são 215 inscritos divididos em nove turmas. Até o final de 2023, serão oferecidas 520 vagas em 23 cursos profissionalizantes.

O curso de Auxiliar Administrativo vai reunir 25 estudantes das aldeias Igalha, Tamandaré, Itapuã e Acuípe do Meio, todas do Povo Tupinambá de Olivença. Os jovens indígenas vão estudar na Associação Tupinambá, em Olivença. Os demais inscritos irão às aulas no Centro de Visitantes do Porto Sul, no litoral norte da cidade.

Os alunos estão distribuídos nos cursos de Auxiliar de Segurança e Saúde Ocupacional, Auxiliar de Meio Ambiente – Atividades com Fauna, Auxiliar de Meio Ambiente – Atividades com Flora, Auxiliar Administrativo, Auxiliar Civil e Eletricista Instalador Residencial de Baixa Tensão. Serão 1.272 horas de aulas para os participantes.

Na próxima etapa, também estão previstos os cursos de Soldador, Operação de Caminhão Guindauto, Pintor Industrial, Mecânico Montador, Rigger (Auxiliar de Movimentação de Cargas), Armador de Ferragens, Carpintaria de Obras, Operação de Equipamentos (rolo compactador, trator esteira e pneu) e Pedreiro de Obras de Construção Civil.

Novas turmas do Canteiro Escola serão abertas no segundo trimestre de 2023. Os detalhes e pré-requisitos para ingresso nos cursos serão divulgados em breve. O principal objetivo do projeto é capacitar moradores das comunidades da região de um influência do Porto Sul para os empregos gerados direta e indiretamente pelo empreendimento.

CVR Costa do Cacau é credenciada pelo Inema e pelo Ibama
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Única empresa do sul da Bahia credenciada pelo Inema e Ibama para destinação de resíduos sólidos, a CVR Costa do Cacau está completando dois anos de atividades. A empresa atende as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos e do Marco Regulatório de Saneamento.

Localizado numa área de 75 hectares, às margens da Rodovia Jorge Amado (Ilhéus-Itabuna), o empreendimento atua com foco na sustentabilidade, contribuindo para extinção de lixões em cidades como Itabuna, Ilhéus e Itacaré e apoiando projetos de coleta seletiva e de conservação ambiental.

Em Itabuna, a CVR Costa do Cacau apoiou a capacitação dos catadores e a construção do Centro de Triagem Reciclagem e em Itacaré, além de implantar uma Estação de Transbordo, foi parceira na construção do Centro de Triagem e Econegócios, garantindo condições dignas de trabalho a centenas de catadores, mesmo processo em execução em Ilhéus.

Também foram distribuídos ecopontos nos municípios, para incentivar população a aderir à coleta seletiva. O fim dos lixões e a destinação correta de resíduos, além da questão ambiental e da qualidade de vida da população, é considerada fundamental para atrair novas empresas e aquecer a economia sul-baiana, gerando emprego e renda.

O prefeito Augusto Castro (PSD), de Itabuna, destaca a parceria com a CVR Costa do Cacau e a importância de fazer a Lei de destinação dos resíduos sólidos. “Fomos o primeiro município no sul da Bahia a firmar contrato com a CRV Costa do Cacau e assim demos fim ao antigo lixão, onde famílias tiravam o sustento de forma subumana. Hoje, além de dar uma destinação correta aos resíduos sólidos, as pessoas que dependiam do antigo lixão agora trabalham de forma digna, através da Associação de Agentes Ambientais e Catadores de Materiais Recicláveis de Itabuna (AACRRI)”, afirma Castro.

FIM DO LIXÃO

O prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre, ressalta que a contribuição da CVR foi extremamente importante para atender as necessidades ambientais e sociais com o impacto positivo do fim do lixão. “Além da destinação correta dos resíduos, vamos investir na coleta seletiva, inserindo os catadores no mercado de trabalho em condições dignas. Isso numa cidade turística como Ilhéus é fundamental na preservação da natureza e valorizando a conservação da Mata Atlântica”, diz Mário Alexandre.

Já o secretário de Meio Ambiente de Itacaré, Marcos Luedy, destaca que o programa Lixão Nunca Mais teve o apoio importante da CVR Costa do Cacau, que atende todas as normas para a destinação correta de resíduos. “A CVR oferece aos municípios as condições de atender a região numa área fundamental para a conservação do meio ambiente, numa região que precisa valorizar os seus recursos naturais”.

Além de prefeituras, a CVR atende empresas como Shopping Jequitibá, Atacadão, Big Bompreço, Bamin/Porto Sul, OLAM Cacau e Joanes.

MEIO AMBIENTE

A conservação ambiental é um dos focos principais da CVR Costa do Cacau. Durante esses dois anos, foram distribuídas milhares de mudas para prefeituras, escolas, associações de moradores e prefeituras, para projetos de arborização e recuperação de matas ciliares. Em breve, a empresa vai implantar o Centro de Educação Ambiental, para a promoção de palestras e apresentações com uma ampla abordagem da educação socioambiental.

A estrutura do empreendimento inclui os sistemas de recepção e áreas de armazenamento de e os projetos de expansão incluem reciclagem para o beneficiamento de material com a instalação de ecoindústrias e produção de energia a partir do gás metano.

O diretor comercial da CVR Costa do Cacau, Rodrigo Zaché faz uma avaliação positiva dos dois anos do empreendimento. “A CVR se consolida como um equipamento de utilidade pública que vem prestando um serviço essencial para a região. Além do conceito ambiental, a CVR se destaca em vários projetos de inclusão social e capacitação, incentivando a coleta seletiva, fortalecendo o surgimento e ampliação de polos industriais, que também precisam atender a legislação que determina a destinação adequada de resíduos”.

MARCA AMBIENTAL

A CVR Costa do Cacau tem participação acionária do grupo capixaba Marca Ambiental, com 26 anos de experiência na construção e operação de centrais de tratamento de resíduos. A Marca Ambiental é uma empresa pioneira e a maior do Espírito Santo, atuando desde 1995 em soluções completas para resíduos, com forte impacto para a preservação ambiental e foi fundamental para que o estado atingisse a meta de lixão zero.

Trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) || Foto divulgação
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“Se a ferrovia lograr conexão com o oeste baiano, permitirá ao Porto Sul escoar a volumosa produção dessa fronteira agrícola”.

Henrique Campos de Oliveira || [email protected]

Dificilmente uma cidade na costa do Brasil irá dispensar a construção de um porto ligado a uma ferrovia que avança 1500 km em direção ao oeste no continente. Não há porto no país com essa capilaridade longitudinal.

Não é de agora que o litoral da Bahia é cobiçado para abrigar um porto que seja via de acesso a uma ferrovia que adentre o continente em direção ao pôr do sol. Vasco Neto, nos anos 1950, já apresentava tal proposta. A ideia era conseguir a sonhada conexão entre os Oceanos Pacífico e Atlântico. O porto do nosso lado seria em Campinhos, na baía de Camamu, e o do lado de lá da cordilheira, o de Iquique, no Chile. Uma obra com a mesma ambição do canal do Panamá: ligar os dois continentes e facilitar a conexão entre Ásia e Europa, tendo a Bahia e o Brasil como entrepostos.

Aquela iniciativa não foi adiante (relembre), mas a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e o Porto Sul têm o projeto de Vasco Neto como referência.

O projeto da Fiol consiste na construção de três trechos de, aproximadamente, 500 km cada. O primeiro trecho e mais avançado na execução da obra é o que liga o Porto Sul a Caetité, onde se encontra a mina Pedra de Ferro. O escoamento do minério é o principal motivador para as duas obras, bem como gerará volume de cerca de 50 milhões de toneladas/ano, que viabilizam o empreendimento.

Trecho 2 não aparece como investimento ferroviário prioritário em estudo de 2010 do Ipea

O segundo trecho definido no projeto é a ligação entre Caetité e Barreiras, na região oeste da Bahia, produtora de grãos e demais commodities agrícolas. Se a ferrovia lograr conexão com o oeste baiano, permitirá ao Porto Sul escoar a volumosa produção dessa fronteira agrícola. O preço do frete seria reduzido, tendendo a expandir a atividade e a aumentar a diversidade de operações e serviços adicionais na região onde o porto é construído.

Todavia, é o trecho que enfrenta algumas complexidades, mesmo tendo 45% das obras concluídas. O ramo entre Correntina e Barreiras tem lençol freático e sítios arqueológicos importantíssimos, que exigem significativo cuidado na execução da obra. Além disso, há a necessidade da construção de uma ponte que passe sobre o maravilhoso – e largo – leito do Rio São Franciso, na altura de Ibotirama.

O terceiro trecho seria a conexão entre Barreiras e Figueirópolis, no Tocantins, onde iria entroncar com a ferrovia Norte-Sul, que liga Santos (SP) ao Porto de Itaqui, no Maranhão. Com esses três trechos, o Porto Sul não seria somente opção para escoamento de produtos do oeste baiano, mas também do Centro-oeste brasileiro, tendo a possibilidade de ampliar sua área de influência, inclusive à parte do Sudeste e do Norte.

O trecho 1, Ilhéus-Caetité, está praticamente pronto. Aguarda apenas o porto para começar a operar. A licença de exploração foi adquirida pela Bamin, mesma empresa que é dona da mina e do terminal portuário. O trecho 3 ainda aguarda licenças ambientais.

O trecho 2, a meiota que liga Caetité ao nosso oeste e viabilizaria a ampliação de serviços e operações do Porto Sul, como já dito, apresenta sensíveis complexidades na execução da obra. Se os trechos 1 e 3 forem executados sem o 2, será o fim da possibilidade de termos tal empreendimento como alternativa para superarmos a pobreza e a desigualdade que maculam a região.

Trechos da Fiol identificados em vermelho (1), azul (2) e verde (3)

Se esse buraco na Fiol persistir, como consta no mapa do Ipea (2010), vai tonar o Porto Sul um terminal exclusivo para minério e, ao invés de escoarmos a produção do Centro-Oeste, com consolidação do trecho 3 (Barreiras-Ferrovia Norte-Sul), outros estados vão escoar os produtos do oeste baiano, tanto por portos do Sul e Sudeste como do Norte.

Portanto, além de questões de engenharia e ambientais – legítimas e fundamentais para a sustentabilidade de uma nação -, há aspectos de ordem política na disputa federativa, que afetam a integralidade da Fiol. Contornar esses obstáculos exige dos políticos baianos (Executivo e Legislativo) e, sobretudo, da sociedade civil (como associações de produtores, sindicatos e empresários) união e coordenação política para garantir a integralidade do projeto o mais rápido possível. É questão de sobrevivência!

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.