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O que não faltou hoje foi político querendo posar ao lado de Jaques Wagner, na ligeiramente tumultuada visita do governador a Itabuna.
Na hora dos flashes, Geraldo Simões, deputado federal, posicionou-se rente ao homem. O deputado estadual Capitão Fábio se assanhou e colou no enquadramento, ajeitando a mecha de cabelo que caía na testa. Ficou juntinho de Geraldo.
No momento em que Fábio encostava, Geraldo chamou: “Juçara, Juçara, vem pra cá”. E abraçou a esposa e ex-candidata a prefeita de Itabuna, devidamente posicionada entre ele e o capitão.

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A Rádio Nacional de Itabuna  informava ontem com grande estardalhaço que hoje o vereador Ruy Machado faria um comentário de alto poder destrutivo contra o governo Azevedo.  A bomba seria detonada no programa Cacá Ferreira.
Hoje, Ruy Machado entrou no ar e o que se anunciou como uma bomba, não passou de um traque de bater. Sem dizer como nem por que, o vereador anunciou que a Câmara vai pedir o afastamento do prefeito Capitão Azevedo.
Membros da casa ouvidos pelo blog negaram a história, que não passa de factóide produzido por um vereador esnobado pelo governo do qual desejava ser líder.

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A Casa Civil decidiu mudar o roteiro da visita do governador Jaques Wagner a Itabuna. Primeiro, ele entrega o novo Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Calixto Midlej Filho, no centro. Lá, ainda concede coletiva no auditório Paulo Bicalho. Depois, parte para visita às novas unidades de referência para o tratamento a vítimas da dengue (no antigo Sesp e no Hospital São Lucas).

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Gustavo Atallah Haun| g_a_haun@hotmail.com

Duas coisas ocupam meu pensamento com admiração e espanto sempre renovados e crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim.”

IMMANUEL KANT

Depois das últimas eleições em 2008, dá para perceber que o PT não tinha o direito de errar na esfera nacional e que transferência de votos não funciona por aqui. Após a conquista da presidência com a grande onda da mudança, na verdade o que fez foi aprofundar tristezas e desilusões Brasil afora.

O PMDB, partidão hoje sem ética nem ideologia, muito longe do da época de Ulisses Guimarães, foi o grande vencedor das disputas municipais do ano passado, e já ameaça arregaçar as manguinhas para o pleito presidencial de 2010, mesmo não tendo nomes de peso que ultrapassem as fronteiras das suas neo-oligarquias estaduais, caso do Rio de Janeiro, Maranhão, Alagoas, Bahia, entre outros.

A verdade, porém, é que o Partido dos Trabalhadores está tomando uma surra política dos peemedebistas, visto as derrotas sucessivas na Câmara, no Senado e nas comissões de ambas as casas, embora o presidente da república dos bananas esteja batendo recordes sucessivos de avaliação positiva. Nesse caso, é sempre bom lembrar o velho reaça, Nelson Rodrigues, que alardeava: “Toda unanimidade é burra!” O Lula é sim popular, dizem todas as pesquisas de opinião, mas não a sua agremiação política, tida como revanchista e perseguidora, com índice de rejeição alto.

Isso se deve, principalmente ao fato de que um partido que se vangloriava de ser o mandatário da ética, da moral, dono da verdade, da boa administração, do pensamento socialista, como o PT, não podia ter financiado a corrupção, não podia ter feito alianças com raposas políticas que combatia antigamente, não devia meter as mãos na lama para garantir a suposta “governabilidade”, não podia ver seu nome envolvido em assassinatos de correligionários, não devia se valer de dossiês (prática usada e aprendida com ACM), não podia e não devia aprofundar o sistema econômico da era Malan e a sua farsa do real.
Ora, nas atuais circunstâncias, o PT colhe aquilo que plantou, fazendo ressuscitar monstros outrora sepultados, como Collor, Sarney e Quércia, e nascer novas aberrações, como Kassab e Yeda Crusius. O sonho de Trotsky, de juntar intelectuais e operários em um mesmo partido político, acabou virando chacota e ôba-ôba no Brasil de Lula-lá. O PT ficou e permanecerá no descrédito popular, com grande ojeriza, como o Dunga na seleção brasileira: pode até vencer ou fazer boas ações algumas vezes, mas vão enxergar sempre o lado podre da coisa por ter negado a sua história e ideologia quando estava no poder.
É uma pena. É uma pena, pois se com o PT de Luís Inácio não deu certo, pelo atual cenário político brasileiro que se vislumbra, nenhum valerá a pena também, salve algumas legendas como o PCdoB, PSol e PSTU, que não têm as mínimas condições de se elegerem no país dos picaretas e do disseminado caixa-dois!
Não à toa os partidos de esquerda estão mortos na Europa. Não à toa a ultradireita governa países como França e Itália. O fracasso das políticas socialistas naquele continente fez ruir o sonho de uma justeza global, de uma fraternidade maior, de uma igualdade social. Apenas no sul da América alguns persistem, contra tudo e contra todos, para o escárnio da Veja e da Globo. E tais governos latinos estão ainda no poder porque quase todos os países saíram recentemente de longas ditaduras dos anos 70, 80 ou 90.
Quando mais cedo ou mais tarde começarem a meter os pés pelas mãos, como sói acontece no nosso aprazível torrão, os antigos donos do poder irão voltar cheios de glória, de brios, renovados de promessas e roupagens, combatendo, inicialmente, a utopia de que o mundo pode ser um lugar melhor, um lugar mais humano de se viver, e depois destruindo o pouco de bom que os governos mais à esquerda conseguiram construir!

Gustavo Atallah Haun é professor

Gustavo Atallah Haun é professor