Em maio faz um ano que a Prefeitura de Ilhéus conseguiu na justiça o direito de demolir o prédio onde funcionou a velha fábrica de chocolate da família Kaufmann, nas imediações do terminal rodoviário urbano.
Os motivos principais que justificaram a medida foram o perigo que o prédio, antigo e sem manutenção, representava para a coletividade, além da questão estética. A construção do início do século XX era um trambolho no centro da cidade.
Sem considerar o imbóglio jurídico que a demolição provocou, o fato é que se a velha fábrica ofendia a estética urbana ilheense, muito piores são as ruínas que ficaram no lugar do prédio. E muito mais perigosa para a coletividade é a situação de abandono daquele imóvel, onde entulho, peças de antigas máquinas e até pedaços de eletrodomésticos estão jogados, muitos servindo como focos do mosquito da dengue.
O fato demonstra que a Prefeitura pode ter agido com a melhor das intenções (ou não…), mas certamente lhe faltou planejamento. Ou a brilhante ideia era apenas substituir um trambolho por outro?
Respostas de 8
Era uma jogada que não deu certo. Lá bem no fundo da fotografia fica o predio onde o MEIRA faria seu Hiper, o terreno da fabrica seria o estacionamento.
Não sei qual a intenção da Prefeitura de Ilhéus, no entanto é bom quando o poder público toma iniciativas assim.
Em Itabuna vários imóveis abandonados, que não pagam IPTU, servem apenas como instrumento de especulação imobiliária.
Cabe ao poder público disciplinar o uso do solo urbano e impedir que coisas assim ocorram, pois deve cumprir sua função social e não apenas o interesse privado.
Vejam o caso da área em frente a prefeitura de Itabuna. Poderia o município desapropriar e fazer da região um parque municipal, uma área de uso comum de toda comunidade.
Assim, infelizmente a comunidade perde para os grandes prédios, para o concreto, o pouco de área verde que ainda resiste na região central da cidade.
Uma vergonha!
Não era um trambolho: era um prédio histórico. Muito me admira José Nazal, um defensor da nossa história (pelo menos diz que é) permitir isso.
A Prefeitura tinha de lutar era pra não demolir.
O ex-caixa do BB deve ter engolido muita mosca quando funcionário pois realmente não sabe cuidar do dinheiro alheio.
O sonho parece que acabou!!!
A fábrica de Chocolate era uma patrimonio do Brasil. Newton marca um golaço contra. Mais um.
O patrimonio não é da familia Kaufman?, então a prefeitura deve chamar a tal familia a responsabilidade, pois essa familia é fogo , tem os imoveis e não da assisTência. Em Itabuna eles tem uma area perto da prefeitura que só vive com problemas. Que familiazinha essa !!!!!!
Não estou preocupada se beneficiaria
A ou B.
O problema é que com aquele trambolho lá
quem corre riscos são as pessoas que utilizam,
diariamente,o terminal urbano.
Será que alguém parou pra pensar que se aquela
chaminé imensa cair e pender para o lado do terminal,
muitas vidas acabarão ali?…esse é que é o grande
problema.
Agora,ficar brincando de ‘gato e rato'(conforme entrevista
do advogado da antiga fábrica)é que não pode.Ele disse que ninguém pode tirar os escombros dali.
A pergunta que não quer calar:e as muitas vidas presentes
naquele lugar,todos os dias,não se conta?
Quer dizer que tem que haver sacrifícios para depois tomarem
as medidas cabíveis?
Cuidado,herdeiros da fábrica,não se pode brincar com
a vida das pessoas não…
A solução não era demolir e pronto.
Era estudar como conservar dando segurança às pessoas.
É uma ignorância simplesmente mandar demolir. Se for assim, não fica um patrimônio antigo em pé. Adeus Coliseu.
A solução seria desapropriar(pela situação seria até barato), estruturar com segurança e construir um grande atrativo turístico.
Ah…esqueci, não temos secretaria de turismo. Nem de planejamento.
Foi mal.
Desapropriação e função social da propriedade. Cito como leitura obrigatória a Constituição Federal. Desapropriação seria o caminho mais legal, mas diante dos poderes públicos de Ilhéus … Deu no que deu …
Pobre Ilhéus!
Jorge Amado divulga a cidade pelo mundo afora e os políticos destroem a fama e a beleza. Entra um e sai outro, cada qual mais ávido por deixar a cidade mais indigente! Dá vergonha ver Ilhéus tão esburada, suja e com marginalidade em alta. Recentemente se preocuparam de chamá-la cidade-romance. O título pomposo rendeu honorários aos sensíveis e criativos bolsos…