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Ygor Schimidel
schimidel@hotmail.com
Atualmente o reitor Joaquim está suando a camisa para conseguir a contratação de funcionários e professores para a Universidade Estadual de Santa Cruz depois da proibição de contratação pelo governo do estado da Bahia, através de portaria publicada no dia 7 de abril.
O problema se alastra tal qual erva daninha, prejudica estudantes universitários, cursos recémcriados, laboratórios, além da educação fundamental e básica mantidas pelo estado, onde faltam professores para todos os lados.
A justificativa para a proibição da contratação, dita pelo secretário de educação Adeum Sauer, se divide em duas questões: a primeira aponta como motivador da portaria a crise internacional, que afetou a arrecadação do estado. Contando agora com uma arrecadação menor, os 45.7% do orçamento dedicados ao pagamento de funcionários ficou pequeno para os que já existem e ainda pior para os possíveis novos servidores.
O governo afirma que se contratar gente terá problemas com o Tribunal de Contas. E esta afirmação desce a ladeira. Joaquim por sua vez também não pode contratar porque a sua folha de pessoal está estourada em 45% do orçamento. Mas diante das enormes necessidades o reitor conseguiu remanejar uma verba destinada a obras para a rubrica de contratação de pessoal. Tal pedido foi encaminhado para a Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia e apreciado pela Secretaria de Educação em 10 de setembro de 2008. Muito antes da portaria proibidora (datada de 7/4/09).
O secretário Adeum Sauer disse, para os estudantes de comunicação, em reunião na Secretaria de Educação da Bahia, que o problema dos técnicos poderia ser resolvido contratando uma empresa que fornecesse os profissionais necessários. Desta forma a verba não sairia da rubrica de contratação de pessoal e seria perfeitamente viável que estes técnicos disponibilizados por uma empresa atuassem dentro dos laboratórios do curso de comunicação. Esta foi a solução apontada por Adeum.
Em reunião com estudantes e colegiado, a reitora em exercício Adélia Pinheiro afirmou que uma licitação implicaria em deslocar os estudantes para o estúdio da empresa contratada. Para Adélia, trazer os técnicos para dentro dos laboratórios de comunicação caracterizaria contratação de pessoal, algo que poderia gerar problemas futuros com o Tribunal de Contas.
A solução apontada por Adélia foi realizar a contratação e trazer os técnicos para dentro do curso de maneira informal, dar um jeitinho, segundo a mesma. Mas nada nos garantiria que tal instrução será cumprida, exceto a boa vontade da empresa e a cumplicidade da administração da Uesc. Para uma produtora, é muito mais lucrativo e interessante usar o espaço da faculdade, entretanto qualquer imprevisto poderia redefinir isto.
Enfim… Adélia diz uma coisa, Adeum diz outra. Joaquim viaja para tentar resolver o problema que não se restringe à comunicação, afeta laboratórios de todos os outros cursos. Além do caso mais grave, que é o curso de engenharia da produção, no qual faltam professores para 23 disciplinas previstas na grade fundamental.
Vamos ver o que o Ministério Público pode fazer em função deste caso. Os estudantes de comunicação encaminharam o pedido de uma ação civil pública com tutela antecipada, mas ainda aguardam a audiência com a promotora.
Ygor Schimidel é estudante de comunicação social. Integra a comissão de mobilização do movimento Comunicação Fora do Ar.

12 respostas

  1. Não seria também mais sensato o reitor reduzir as suas viagens e de muitos professores para poder contratar mais profissionais e não prejudicar os alunos?

  2. João Ramos, por favor, não seja tão anta, leia o artigo de Ygor Schimidel de novo, talvez umas três vezes, aí vc entenderá a problemática… realmente tem gente que deveria entender de comunicação para opinar.

  3. Ygor Schimidel e T. Tavares são beneficiários de Joaquim, para defender a ‘quadra’ que está instalada há mais de 5 anos na UESC tem que ser favorecido!

  4. Beneficiário?
    Se ser impedido de cursar o ensino superior por falta de material humano pra viabilizar a prática, se funcionar como objeto de pressão da reitoria à Secretaria de Educação em Salvador,servir de pingue-pongue para Adélia que alega uma coisa enquanto Adeum garante outra, se contar com apenas expressões vazias do Governador Jaques Wagner é ser beneficiário de alguma coisa… avisa a mais de duzentos estudantes que estão gozando desse benefício.
    Porque parece que estamos na fila errada.

  5. Ô os meninos,
    Só para pontuar… Quando disse que ele está suando a camisa falei verdadeiramente. Lembro-me de tê-lo visto todo suado na secretaria de educação do estado, na noite do dia 14.04, depois de uma maratona de reuniões depois das quais a Comissão de contratação de pessoal impediu a realização do concurso que já estava encaminhado (como expliquei no artigo).
    Entretanto, não quero dizer com isto, que Joaquim não tenha a sua parcela de culpa pelos atuais problemas da universidade, pelo contrário, sei que ele tem, mas agora, como a bomba vai estourar para o lado dele, ele está definitivamente se mostrando interessado em resolver o problema, pois se os semestres atrasarem isto pode inviabilizar a abertura de vagas em alguns cursos para o vestibular 2010, o que repercute muito mal para a instituição.
    Sinceramente, apontar a culpa de Quincas agora não adianta muita coisa. E ninguém ignora os erros da reitoria em sã consciência.
    Eu defendo o colegiado do curso, que bate nesta tecla dos técnicos a muito tempo, sobre o colegiado a minha posição é de defesa sim (até agora), mas sobre Joaquim e o Governo estadual certamente não.
    Infelizmente, os Changeman’s, nem todas as explicações do mundo cabem num artigo, e foi uma opção não entrar nos (de)méritos de Joaquim naquele momento.
    É fato que o reitor encaminhou a contratação e esta parou no governo estadual por conta das restrições com relação a contratação de pessoal. Não só a educação superior, mas a fundamental também passa por sérios problemas com a falta de professores por conta do bloqueio de tais contratações.
    Agora o que queremos é que seja providenciadas as devidas contratações corretamente, como manda o figurino, assegurando o bom desenvolvimento pedagógico do curso.
    Uma coisa observada pelo amigo João Ramos é verdadeira e talvez motive ainda vários outros textos, que é a seguinte proposição: se a verba para contratação de pessoal está estourada, e ainda assim faltam tantas contratações para a universidade funcionar bem, significa que muito está sendo gasto com poucos. Isto é preocupante e a medida do Tribunal de Contas da União serve justamente para coibir tal iniciativa. Tudo indica que poucos funcionários ganham por muitos, por isto a cota de 45% não basta, mas os pormenores disto é assunto pra outra hora.
    Espero ter esclarecido alguma coisa
    Aloha!
    .

  6. aproveita e comentem dos ar-condicionados quebrados no pavilhão de direito, até alguns professores já passaram mal com o calor infernal, está insuportável assistir aula lá, os estudantes de direito estão assistindo aula no pavilhão de administração, está uma vergonha lá, o bebedouro não funciona, assim como o laboratório de informática… assim fica dificil.

  7. …e desculpa ai uns erros de português,
    eu sou semi-analfabeto, ou tenho dislexia, sei lá (isto é sério, até hoje vejo as letrinhas como desenhos).

  8. Ygor Schimidel infelizmente vc pegou o bonde andando…
    Embora vc seja estudante antigo no curso de comunicação o seu artigo nao condiz com a realidade…
    Desde o inicio do curso de comunicação da UESC (há 10 anos) que os tecnicos vem sendo contratados sem concurso. No meio do ano passado a UESC foi notificada pelo TCE. A Secretaria de Administração informou a Universidade que o processo de contratação é lento e burocratico pedindo para que seis meses antes do final do contrato dos tecnicos a universidade promovesse concurso via REDA já que não existe estes cargos como efetivos na SEC de Educação.
    Joaquim esperou o contrato dos tecnicos encerrarem e os estudantes ficarem sem aula para aí sim buscar a SEC de Educação e recebeu como resposta inicial – AGORA, te avisamos desde o ano passado.
    Agora Joaquim como de costume tenta jogar os estudantes contra o Governo do Estado.
    E a folha de funcionários da UESC está cheia devida aquela Torre Platinada que só tem macaco gordo (todos sem concurso – que durante a campanha apoiou Joaquim).

  9. não querendo me meter nessa disputa política que virou os comentários deste artigo…
    Acho que não somos tão inocentes assim para achar que o o Magnífico Reitor é um bom moço.. e as discussões acalouradas no auditório da torre mostraram claramente isso.
    como disse num email para meus colegas de curso:
    “Acho que essa confusão deixou claro que o funcionamento da UESC (que não é diferente das demais UEBAs, e porque não dizer das IES) acontece com base nos interesses políticos (pessoais) de quem a administra. Afirmação exagerada? Pode ser. Mas avaliando os nossos encontros, só vejo argumentos que reafirmam isso:
    1- O nosso reitor afirma que não vai implorar a deputados para comparecerem nas assembléias, mas o mesmo tem contato com deputados de vários partidos para financiar as obras da universidade.
    2- A comunicação está literalmente Fora do Ar entre a reitoria e a secretaria de educação, mas entre a secretaria da fazenda, há até uma certa intimidade entre os dois órgãos( porque será ?).
    3- E pra completar, a Professora Adélia, reitora em exercício, afirma que os estudantes foram encaminhados a Salvador (numa viagem desgastante, com direito a chá de cadeira e tudo mais) para fazer pressão política, porque esse nem é o Papel da reitoria. (E nesse ponto faço questão de citar o R.U., pois na primeira reunião o magnífico reitor fez questão de dizer que havia disponibilizado ônibus algumas vezes para que estudantes fossem a Salvador, estudantes esses que não foram porque tinham consciência dos interesses envolvidos).
    Esses são só alguns dos pontos que destaquei de inúmeras falhas nas falas e falas feitas. Mas para que? Para reafirmar o que a muito tempo já tem sido dito:
    – Não adianta ser um estudante que simplesmente vem a universidade, usufrui do que é oferecido e depois corre pro mercado de trabalho, porque alguma hora os problemas sairão do estado de estagnação e incomodarão de forma violenta como aconteceu agora com o curso.
    E não só por isso, mas pra lembrar que a solução oferecida até então, como foi dito na reunião, não passa de um jeitinho, e que nada garante que as empresas vão aceitar que seus técnicos se desloquem até a universidade para que as aulas aconteçam com qualidade. Também por isso, faço questão de colocar minha posição a favor da atitude dos professores em cancelar as disciplina até que os técnicos estejam na universidade de fato, pois se o governo precisa de pressão, a reitoria também. “

  10. não adianta a gente saber que Joaquim não é um bom moço..
    pra além de falas, atitudes devem ser tomadas..
    e uma boa oportunidade será na próxima segunda feira no
    Seminário Sobre Avaliação Institucional, que ocorrerá no auditório Jorge Amado – UESC.
    “A Avaliação Institucional é uma ferramenta de extrema importância para o aperfeiçoamento do desempenho acadêmico e administrativo, subsidiando o processo de planejamento e gestão da Instituição de Ensino Superior (mero discurso, não tenha dúvida).”
    Programação:
    09:00 – Abertura: Profa. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro – Vice-Reitoria da UESC
    09:10 – Apresentação: Prof. Milton Ferreira da Silva Júnior
    09:20 – Palestra: Trajetórias da Avaliação Institucional no Brasil
    Profa. Dra. Iara de Moraes Xavier – Coordenadora Geral de Avaliação Institucional
    INEP
    10:00 – Exposição dos aspectos frágeis e fortes da UESC – Membros a CPA
    11:00 – Reflexões
    fica o convite a todos que fazem parte a da comunidade acadêmica da UESC e da sociedade em geraL !
    “Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem”
    Rosa Luxemburgo.

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