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A Polícia Rodoviária Federal apreendeu em Itapebi, no extremo sul, o carro usado pelos bandidos que assassinaram Rafael Almeida Sena, de 18 anos. O crime ocorreu por volta das 23h30 de domingo, no bairro Mangabinha, em Itabuna.

O Peugeot preto, de placas JSD-5052, pertence ao procurador da Secretaria da Fazenda da Bahia Paulo César Ribeiro. O carro estava com o filho dele, Patrick Ribeiro, de 25 anos, quando três bandidos renderam o rapaz e levaram o veículo.

O carro foi encontrado durante uma fiscalização de rotina. Quando viram os policiais rodoviários, os bandidos abandonaram o veículo e fugiram a pé pelo matagal para o lado da barragem do Rio Jequitinhonha.

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Daniel Thame | danielthame@gmail.com

Para quem já teve o carro roubado, a casa arrombada, o celular levado de assalto, um filho ameaçado por traficantes ou, pior, um parente ou amigo brutalmente assassinado a resposta para a pergunta acima, que deve causar ojeriza aos defensores dos direitos humanos, é: sim!

Não é de se estranhar, portanto, que em meio ao foguetório junino e às comemorações da suada vitória do Brasil sobre os EUA pela Copa das Confederações, em alguns bairros da periferia de Itabuna a pirotecnia somou-se a euforia pela eliminação de alguns bandidos que aterrorizavam moradores, mortos em confronto com a polícia.

Deve ser mesmo um alívio para quem convive com a violência, respeitando a “lei do silêncio”, submetidos a um mal disfarçado toque de recolher e reclusos em suas residências enquanto os bandidos transitam e barbarizam livremente; saber que marginais foram eliminados pela polícia ou mesmo tombaram na guerra sangrenta entre eles próprios.

A periferia de Itabuna vive uma guerra sangrenta, potencializada pelo tráfico e consumo de drogas (uma coisa está atrelada a outra) e ampliada pela ausência dos serviços públicos, que faz da criminalidade o único caminho para dezenas, centenas de jovens.

Uma violência que, até pela necessidade de expansão, rompe os limites periféricos e chega ao centro da cidade, na forma de assaltos, arrombamentos e roubos de veículos. A cadeia produtiva do crime, que é se que pode chamar assim, não obedece a limites sociais ou geográficos.

Está em todas as partes. Aterroriza a todos, sem distinção.
A morte em série de marginais, como ocorreu neste final de semana em Itabuna, com cinco homicídios ligados aparentemente ao mundo do crime, passa a sensação de que a polícia está agindo com o necessário rigor e que tem que ser assim mesmo. Reforça-se aqui a tese do “bandido bom é bandido morto”.

Quando a violência excede todos os níveis do suportável, não se pode esperar mesmo que a policia trate com afagos e salamaleques bandidos que não hesitam em matar.

Mas, a questão não é tão simplória assim, como se matando em larga escala resolvesse o problema da violência. Está mais do que provado que não resolve. Violência gera violência, que gera mais violência, que gera ainda mais violência, num moto continuo banhando em sangue e dor.

Melhor seria se tivéssemos um sistema de segurança pública que efetivamente garantisse a segurança da população, com prevenção no lugar de repressão.

Melhor ainda seria se crianças, adolescentes e jovens tivessem acesso à educação, esporte e trabalho, oferecendo outra oportunidade de vida.

Em suma, matar a violência no gene, para depois não ter que matar gente.

Ninguém nasce bandido. E, é forçoso dizer, que muitos descambam para a criminalidade por conta de bandidos de alto calibre, que saqueiam os cofres públicos e desviam recursos que seriam destinados a quem precisa.

A resposta (ou a ausência dela) para a pergunta que abre esse texto talvez esteja na foto abaixo, de autoria de Oziel Aragão, publicada no Diário da Bahia.

A dor de um pai que chora diante da morte inevitável do filho, algoz e vitima dessa violência insana, fala mais do que mil palavras.

É a dor de todos aqueles que ainda acreditam (ou sonham?) com uma cidade menos violenta e onde não seja necessário chorar tantas e tantas mortes, sejam as vítimas anjos ou demônios.

Do Blog do Thame

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Prefeito é obrigado a realizar concurso.
Prefeito é obrigado a realizar concurso.

O prefeito Newton Lima, de Ilhéus, tem até o dia 2 de setembro para publicar edital de abertura de inscrições em concurso público para a contratação de servidores, segundo decisão da juíza da 3ª Vara do Trabalho de Ilhéus, Maria Luiza Ferreira Passo. As provas deverão ser realizadas, no máximo, em dezembro.

A juíza julgou ação de execução de título extrajudicial, movida pelas procuradoras Elisiane dos Santos e Maria Roberta Melo Rocha, do Ministério Público do Trabalho. A prefeitura deverá substituir servidores temporários, prestadores de serviço ou “outra modalidade irregular de contratação” por concursados.

Pela decisão, Newton Lima está proibido de fazer qualquer contratação de servidor sem concurso público, a não ser em casos emergenciais. No caso dos agentes de endemias e os comunitários de saúde, deverá comprovar que os já contratados foram por meio de seleção pública. Novas contratações também deverão ser feitas apenas por meio de seleção pública.

A multa diária por descumprimento da sentença é de R$ 500,00, limitada ao valor de R$ 500 mil, a cada situação descumprida ou trabalhador irregular encontrado. As procuradoras do Trabalho Elisiane Santos e Maria Roberta Melo Rocha observaram que, desde 20 de novembro de 2007, o prefeito vem descumprindo termos de ajustamento de conduta para a contratação de servidores aprovados em concurso realizado naquele ano.

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A votação de uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2010 acabou em agressão física na Câmara de Vereadores de Buerarema, na noite desta terça (30). A confusão envolveu os vereadores João Bosco e José Eduardo e o presidente da CDL local, Samuel Chaves dos Santos.

Samuel saiu do plenário da Câmara direto para a delegacia da cidade, onde prestou queixa contra José Eduardo, a quem acusou de agressão física. “Zé Eduardo partiu para cima de mim e me deu um tapa no pescoço”, contou o presidente.

O suposto agressor contesta: “Isso não houve. Ele que me agrediu moralmente, me chamando de safado e vagabundo. Eu bati no ombro dele e disse pra ele falar isso de novo lá embaixo [do lado de fora da Câmara]”.

A confusão toda começou porque o presidente da CDL e comerciantes queriam ver aprovada uma emenda à LDO para garantir verba orçamentária às campanhas promocionais de São João e Natal, promovidas pela entidade lojista. O vereador oposicionista Roque Borges foi o autor da emenda.

A bancada governista foi contra e justificou argumentando que a emenda somente poderia ser incluída na lei orçamentária, não na LDO. A revolta do dirigente da CDL se deu porque o vereador João Bosco, que também é comerciante, foi contrário ao projeto. “Pedi apoio e ele disse que daria. Depois [na hora da votação], retirou”, lamenta.

Com a posição do vereador, Samuel o interpelou: – Bosco, valeu, o comércio lhe espera.

Segundo o presidente da CDL, Bosco teria reagido, chamando-o de analfabeto. “Não ouvi mais nada porque Zé Eduardo partiu para cima de mim”, conta Samuel. Foi quando houve a sessão de tapas. Ou ‘batida’ no ombro, a depender da versão.

Ao final, a emenda foi rejeitada por 5 votos a 3.  Nos bastidores, a versão é de que a iniciativa foi rejeitada porque o seu autor, Roque Borges, é da oposição. “Zé Eduardo me disse que tinha que procurar a bancada [governista]”.

Zé Eduardo é lider do governo e tem fama de não levar desaforo para casa. Ao Pimenta, disse que entendia o “barulho” da oposição e do presidente da CDL. “Querem criar ato político”.