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Jorge Barbosa

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A luta dos trabalhadores é por dignidade e não piedade. A nossa luta é por melhores salários e condições dignas de trabalho e de vida. É bom esclarecer que a categoria bancária possui, de acordo com a CLT, uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. Porém, na prática, poucos trabalham seis horas por dia, devido à cobrança pelo cumprimento de metas abusivas e a própria necessidade do atendimento à clientela.

Esses são os principais motivos para que tenha, entre seus efetivos, diversos colegas afetados por lesões por esforços repetitivos (LER/DORT), doenças psicossomáticas e neurológicas.

Argumentamos também que defendemos o desenvolvimento econômico com a valorização do trabalho. Nesse sentido, não é possível que empresas do porte do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú/Unibanco, que lucraram apenas no primeiro semestre do corrente ano de 2009, respectivamente, mais de 4 bilhões de reais, paguem um piso salarial que depois do último reajuste oscila de um mil a um mil e quatrocentos reais (em números redondos).

Quem concorda com tal prática demonstra claramente um posição ideológica favorável ao capital financeiro e diametralmente contrária aos interesses da classe trabalhadora.

Nossa convenção coletiva nacional e nossos acordos coletivos específicos e complementares são exemplos para as demais categorias. Além disso, buscamos a consciência de classe e a solidariedade (inclusive aos docentes) entre aqueles que vivem de vender o seu labor.

Só a luta conquista direitos, pois ela é o motor da história.

Jorge Barbosa é presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região

0 resposta

  1. Jorge,
    O professor Gustavo relatou como a maioria da sociedade ver a classe dos bancários na atual conjuntura, não houve nehum exagero em seu comentário partindo deste presuposto, a realidade desesperadora dos bancários é ver sua “profissão” caminhando para beira da extinção, basta comparar; na decada de 80 eram mais 1 milhão de bancários e hoje provalvelmente não passa dos 450 mil, e a tendência é diminuir ainda mais, os banqueiros vem sorrateiramente decentralizando os serviços bancários, através da internet, correpondente bancários (casa loterica, farmacia, padaria, etc…) e massificação da automação bancaria, e até as operações de créditos já estão sendo terceirizado, a realidade nua e crua é que não ha necessidade de contratação de pessoal neste segmento, quando os anafalbetos e semianalfabetos se familiarizarem com o autoatendimento (é uma questão de tempo) havera um ajuste natural de pessoal, portanto o sindicato dos bancários tem que efetivamente fazer uma reflexão sobre a atual realidade, e encontrar uma nova formula de protestar pois as greves que voçes fazem atualmente, atigem apenas os menos favorecidos. É claro que fazer mudanças em sindicatos não é fácil por que culturalmente estão ainda conectado no passado, mais infelizmente tem que ajustar inclusive o quadro de diretores do próprio sindicato é obsoleto, e ninguém tem coragem de mexer.
    Saudações,
    José Camilo Parente

  2. Sr Camilo

    “A maioria da sociedade” … o sr tem pesquisa séria de opinião pública para comprovar isto? A sociedade tem é aversão aos banqueiros… isto sim… gostaria que provasse o contrário… soltar palavras sem fundamentação é fácil.
    Fique então satisfeito em pegar filas em correspondentes sem estrutura, segurança e com grandes índices de erros/fraudes. Está então satisfeito com os banqueiros e suas formas de aumentar os lucros…então ótimo…
    Nós os bancários não… não temos medo algum da sua teoria de extinção… lutamos e vamos lutar mais…para não ficar como professores ganhando miséria, e sem direitos complementares, enfrentando gangues em escolas públicas.
    Sou bancário há muitos anos…ganho bem mais hoje e pude melhorar muito minha qualidade de vida… não foi de graça não…foi com luta…e continuarei lutando…mesmo que isto lhe cause dissabor e o faça eleborar teorias conspiratórias.

  3. Sr. Kiko,
    Os sindicatos tem esses números e pode esclarecer melhor quanto vem perdendo ano após ano a quantidade de sindicalizados, não é teoria conspiratória não, é a realidade, e olhe que todo dia os banqueiros abrem novos ponto de atendimento no país. Quero que fique bem claro, tenho o maior respeito e admiração pelos bancários, o que acho que tem que mudar é a forma de protestar, as greves que voçes fazem atualmente não atigem as pessoas que tem acesso a internet, por exemplo (é o meu caso)pessoas que podem formar opinião a favor da classe, elas atigem o trabalhador rural aposentado normalmente analfabeto e semianalfabeto que não tem o senso critico da situação e por não poder sacar o seu salário, crucificam justamente o bancário e são essas pessoas que imaginam a categoria como burguesia operária, citado no comentário do professor Gustavo. Por ultimo, Sr Kiko é lamentavel o senhor dizer que vai lutar para não ser comparado com um professor, uma das mais nobre profissões, que tanto contribuem para prosperidade humana.
    Saudações,
    José Camilo Parente

  4. Sr Camilo

    Você errou novamente…

    1. Quero ver a pesquisa idônea que prove suas estatísticas…dizer que alguém tem não serve…tem que mostrar onde está a tal pesquisa..
    2. Não rebaixei a posição de professor, falei da miséria que ganham…e, todos que conheço, dão total apoio às lutas dos bancários…
    3. Toda greve causa transtorno…de qualquer categoria. Os bancários conseguiram unificar nacionalmente suas demandas e possuir um acordo coletivo único, com particularidades nos bancos oficiais… é um mérito deles e não uma agressão ou uma “burguesada”. Foi fruto da luta. Se você não sabe, os bancários da CAIXA não eram reconhecidos como tal…tinham jornada de 40 horas, enquanto os demais de 30…a CAIXA adorava de nos chamar “economiários”… na greve de 86, após 33 dias de luta, o TST mudou a história e hoje temos os direitos equiparados… Por sua falação, nós deveríamos continuar como “economiários”.

    Se alguém acha que ser bancário é ser “rico” … ora siga esta carreira. Não sei como os bancos privados selecionam empregados, mas nos públicos é por concurso público de livre acesso às pessoas acima de 18 anos e que possuam o segundo grau completo.

  5. Sr. Kiko,
    1- Não é pesquisa não, é fato real, na decada de 80 existiam mais de 1 milhão de bancários sidicalizados, hoje esses números não passam de 450 mil.
    2- Os trabalhadores que não possuem dominio do autoatendimento e nem capacidade e acesso a internet para realizar suas transações bancária e necessitam sacar o salário para honrar seus compromissos, com certeza não vão apoiar as lutas dos bancários.
    3-Não me causou nehum transtorno a greve de voçes, fiz todas transações normalmente através da internet, recebi salário, paguei minhas contas, utilizei o débito automático, apliquei em fundos, aliás, há mais de 5 anos não sei o que é fila de banco, e poderia contratar seguro, comprar capitalização, fazer consórcios e recentemente foi criado o DDA débito direto autorizado, nada mais é do que a integração da cobrança virtual entre bancos, alem disso poderia efetuar empréstimo consignado em qualquer esquina da cidade, enfim estou me colocando como exemplo para sintetizar o que está ocorrendo com o relacionamento entre bancos e milhares de clientes, e os avanços tecnológicos alcançaram proporções que a “profissão” de bancário ou economiário como queira será extinta, pois até a abertura de conta corrente já pode ser realizada virtualmente.
    4- Pergunte a qualquer jovem inteligente na faixa de 18 anos, se ele quer ser, alfaite, sapateiro, maquinistas, são profissões que em um determinado tempo sofreram os efeitos da evolução da tecnologia e não vai demorar os bancários irão figurar nesta lista.
    Agora, aqui vai um recado para os sindicatos, procurem ajustar o quadro de pessoal vinculado ao sindicatos, logo, logo os orgãos reguladores, vão perceber que tem gente sobrando para pouco serviço.
    Saudações,
    José Camilo Parente

  6. Sr. Camilo Parente

    Concordo com Kiko, mostre os números e a fonte de sua informação.
    Por conta da automação bancária, realmente houve uma forte redução do número de bancários, mais isso se deu durante os anos 90, aliada a farra do neoliberalismo econômico e a tal reengenharia nas empresas, inclusive das instituições financeiras.
    Ainda houve redução do número de bancários, por causa da fusão, incorporação e liquidação de instituções financeiras, o BRADESCO engoliu aproximadamente 50, entre bancos e financeiras.
    Convido o senhor a visitar uma agência bancária e procurar conhecer o seu funcionamento. Ficará surpreso com a quantidade de atividades desempenhadas pelos bancários, que não se resume apenas ao recebimento de depósitos e pagamento de saques (os Terminais de Auto Atendimento e correspondentes executam isso também, ainda que parcialmente e com limitações). Não possuo dados do Sistema Financeiro Nacional, no Banco do Brasil, 95% dessas transações são realizadas por canais alternativos (TAA, WEB, Central de Atendimento -telefone, correspondentes bancários, cartão de crédito, …) e estamos trabalhando na conscientização e educação dos nossos clientes e usuários para que utilizem tais canais, no intuíto de melhorar as nossas condições de trabalho e o atendimento prestado aos mesmos. Embora no caso dos correspondentes bancários, como relatou Kiko, tem a questão da falta de segurança, menor qualificação dos funcionários e risco de quebra destes, situação recorrente nos últimos tempos e da Internet o risco da invasão da sua conta, causando enormes transtornos.
    Quanto aos “anafalbetos e semianalfabetos se familiarizarem com o autoatendimento (é uma questão de tempo)”, não os penalize, pelo grande número de bancários, inclua aí, os médicos, os professores, os comerciários, os idosos, dentre outras categorias, que igualmente têm “dificuldades” com a miserável da máquina tanto a física, quanto a virtual, e necessitam de orientação para lidar com àqueles “monstros”.
    Lembre-se que os bancos aqui no Brasil, operam, além da carteira comercial, a de investimentos, financeira, leasing/arrendamento, consórcio, seguros, habitação, distribuição e corretagem no mercado de valores mobiliários (ações, debentures, swap, derivativos, câmbio).
    O total de crédito no país, mesmo com o governo do Presidente Lula, só agora atingiu 45% do PIB, contra 90% dos paises desenvolvidos, no início de 2003 era de aproximadamente de 27% do PIB. Boa parte da nosso população não é bancarizada, até porque, só agora estamos tendo a oportunidade melhorar a renda e reduzir, ainda que timidamente, a concentração de renda e da riqueza no país.
    Quanto a luta para melhores salários e condições de trabalho considero que deva ser uma atitude de todo trabalhador, independentemente de possíveis conquistas serem consideradas superiores em comparação a outras categorias. Se tivermos que igualar, que seja por cima, e não nos limitar a fazer críticas a quem vai em busca de maiores conquistas.

  7. Sr. Emanoel,
    Não estou contra as suas reivindicações, que são justas e legitima, o que estou falando é a forma de protesto (greve) que voçes fazem atualmente está ultrapassada para o segmento bancario, que 90% de suas transações podem ser efetuada virtualmente, e é uma questão de tempo os clientes e usuários do banco não irão necessitar da orientação do funcionário do banco, basta ver nossos filhos e netos já nascem com celular no ouvido e no outro pen drive, este pessoal quando for bancarizavel vai achar que fila de banco é conto da carochinha. Agora, aqui vai uma critica construtiva, o que voçes tem pensar urgentemente é uma nova fórmula de protesto e que possa atingir este universo virtual, e é ai que está o xis da questão. Na realidade voçes estão comendo bola dos banqueiros, está é a grande verdade.

  8. Você é redundante, não responde ao que pergunto:
    Em que pesquisa séria você fundamenta suas estatísticas de apoio e rejeição à greve dos bancários?
    Acho que você que transformar suas opiniões em regra de pensamento de todos. Você está redondamente enganado e fundamenta todos seus argumentos na areia movediça.
    Quanto a não ser incomodado durante a greve…ótimo…os bancários implantaram os sistemas, orientaram os clientes sobre os sistemas, manteve equipes para funcionar os sistemas durante a greve, inclusive viabilizaram o funcionamento dos correspondentes… pois não é de interesse dos bancários maximizar os prejuízos à população e sim reduzí-los no que for possível.
    Quanto a sua teoria da extinção, da qual nenhum bancário tem medo dela…só resta dizer: O último que sair que apague a luz !!!
    Mas… enquanto não chegamos lá, digo: Enquanto a carruagem passa os cães ladram.

  9. Sr Camilo…

    Leia a reportagem da Folha de S Paulo abaixo… acho que sua teoria da conspiração anda de perna curta…

    A reportagem mostra que o número de bancários saiu de 390.000 em 2001 para 460.000 em 2009, com indicativo de expansão.

    A redução feita pela tecnologia já se esgotou… a redução feita pelas fusões também já se esgotou…agora existe é a proibição do TST da festa de terceirizados…a A Caixa tinha mais de 20.000 em 2008 e foi obrigada a tirar todos… por isto ela tem que contratar mais funcionários… 5.000 novos este ano e mais 5.000 até 2011 etc…
    Existe a tendência, como nos EUA, de expansão do número de agências e aumento do horário de atendimento, em estudo no BACEN.
    Sua teoria tá travada amigo… sua torcida não está dando resultados não… lamentavelmente…

    Banco do Brasil e Caixa prometem contratar 13 mil
    Eduardo Cucolo, da Folha de S.Paulo, em Brasília

    O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal vão contratar cerca de 13 mil novos trabalhadores nos próximos dois anos. O aumento no quadro de pessoal faz parte do acordo parcial fechado nesta semana com os sindicatos de bancários na tentativa de encerrar a greve da categoria.

    No caso do BB, já está definida a abertura de 10 mil novas vagas para agências, o que representa um aumento de 11% em relação ao número total de funcionários. Em relação à Caixa, o banco propôs a ampliação de 3.000 postos de trabalho (avanço de 4%), mas os funcionários reivindicam um número maior. No acordo fechado entre bancos e funcionários do setor privado não houve promessa de novas contratações.

    No ano passado, Caixa e BB aumentaram o quadro em 10 mil funcionários, enquanto os sete maiores bancos privados abriram 6.000 novas vagas.

    Os bancários do setor privado encerraram ontem a paralisação, que já durava 15 dias. No BB, a volta total dos trabalhadores só acontece na próxima terça-feira. Na Caixa, no entanto, as agências permanecem fechadas em todo o país. Nova assembleia será realizada somente após o feriado.

    Além das questões relativas a reajuste salarial e plano de carreira, a proposta oficial do BB é a de aumentar o número de funcionários em 5.000 até junho de 2010 e contratar mais 5.000 pessoas até 2011.

    Será dada prioridade àqueles que já prestaram concurso e fazem parte do cadastro de reserva do banco. Ainda será feito um levantamento para saber quantas pessoas estão nessa fila e onde serão feitas as novas contratações. Também será avaliada a necessidade de abertura de novos concursos públicos em algumas regiões do país.

    Os últimos concursos do BB foram feitos em 2008. A assessoria do banco não informou qual será o impacto das contratações na folha de pagamento nem se já há autorização do Ministério do Planejamento.

    De acordo com o sindicato da categoria, o acordo se refere à ampliação no número de vagas existentes. Isso significa que a saída de funcionários que se aposentarem ou deixarem a instituição no período vai exigir contratações extras.

    De acordo com dados do Ministério do Trabalho divulgados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, desde 2001, o número de trabalhadores no setor bancário cresceu 15,5% em todo o país, o equivalente à abertura de 60 mil novos postos de trabalho.

    Entre 1989 e 1999, o número de trabalhadores nessa categoria caiu de 800 mil para cerca de 390 mil. Em 2001, esse número voltou a crescer, até chegar aos atuais 460 mil.

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