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Depois de um 2009 de ameaças e tropeços, o polo de informática de Ilhéus pode ganhar um bom refresco caso tornem-se reais as projeções do mercado. As vendas em 2010 devem chegar a 14 milhões de computadores, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que projeta aumento de 30% nas vendas neste novo ano.

Caso a estimativa se confirme, o país passaria a terceiro maior fabricante mundial de computadores, superando até Japão e Alemanha. Como o polo de Ilhéus responde por até 15% do mercado formal brasileiro de PCs, agora é só melhorar questões de infraestrutura (pior é que aeroporto com alfândega tá longe de acontecer antes de 2020…).

8 respostas

  1. Ainda bem que vocês próprios reconhecem as fraquezas, as falhas, as trapalhadas, de quem deveria dar incentivo, apoio, condições, …!!!

    Só há uma solução à vista, …, MUDAR, …!!!

    O ano é esse, …!!!

    A oportunidade é agora, …!!!

    Questão de lógica, …!!!

  2. Pimenta:

    Em termos de Brasil, a ABINEE projeta um aumento de 30% nas vendas de computadores em 2010, o que realmente deve acontecer, inclusive pelas medidas governamentais de incentivo à Inclusão Digital.
    De forma muito simplista você assumiu que este acréscimo da produção se daria de forma linear em todo o país, e assim sendo as Empresas de Ilhéus teriam também um acréscimo de produção deste percentual.
    Pena que as coisas não funcionem desta forma. Se medidas sérias não forem tomadas, corremos o risco de apesar do aumento global da produção, experimentarmos um decréscimo da produção nas Empresas instaladas no Pólo de Ilhéus, com todos os reflexos negativos na geração de emprego e renda na nossa região.
    Pois é Pimenta, o Brasil pode vir a ter um aumento de 30% na produção de computadores, como previsto, mas Ilhéus pode continuar a perder empresas, empregos e até a pequena esperança que o Pólo representava para todos nós.

    Carlos Mascarenhas

    Da Redação: Mascarenhas, difícil acreditar que, de alguma forma, o polo de informática não vá se beneficiar desta expansão nas vendas – caso ela, realmente, ocorra. Quanto às dificuldades estruturais e de mercado, incrível como o sul da Bahia, em várias questões, mostra não ter força para sensibilizar o governo do estado, por exemplo.

  3. Sérgio Oliveira:

    Um dos mais brilhantes comentários que já li neste site.2010 é a hora da mudança.Tiveram quatro anos para azeitar a máquina,mas não o fizeram.Parabéns pela arguição.

  4. Completando:
    Ou seja, que todas as empresas e Pólos Industriais apresentem este crescimento, e acrescento:
    Microcomputadores se dividem em equipamentos de mesa (desktops) e portáteis (notebooks e netbooks). Para o ano de 2010 já é esperado que a representatividade dos notebooks e netbooks no universo de microcomputadores comercializados no Brasil seja de 45%, o que representaria seis milhões e trezentas mil unidades, se considerarmos um mercado de 14 milhões de unidade. Participam deste mercado de notebooks e netbooks algumas marcas que ainda não possuem unidades industriais no Brasil, entre elas a ACER e ASUS, sendo que a ACER em 2008 foi a marca mais vendida no país. Especula-se que a partir de 2010 tanto a ACER quanto a ASUS e SAMSUNG constituam unidades industriais no Brasil, mas por enquanto só especulação.
    O percentual de 15% de participação no mercado nacional atribuido ao Polo de Informatica de Ilheus refere-se tão somente à produção de Desktops, no ano de 2009 a participação do Polo de Ilheus no total de Notebooks produzidos no país é muita baixa, não temos neste momento como mensurar mas certamente está muito abaixo daqueles 15%, que aliás para o ano de 2009 deverá ser reduzido a menos de dois dígitos de participação no mercado de desktops.
    Isto se deve a dois fatores: Facilidade de importação dos notebooks e netbooks em relação aos desktops (estamos falando de mercado formal)e dificuldade das empresas locais em competir com os grandes fabricantes do país neste segmento, devido a legislação relativa a incentivo fiscal do IPI por cumprimento do Processo Produtivo Básico – PPB.
    Para ser competitivo produzindo no Brasil é necessário o incentivo do IPI, para obte-lo é obrigatorio que a placa-mãe, entre outros componentes, seja produzido no país, acontece que placa-mãe para notebook ou netbook são específicas para cada modelo de equipamento, fato que não ocorre com os desktops. Os fabricantes de placas ficam sem condições de produzir para estoque, tendo em vista a especificidade do produto, assim resta aos integradores de notebooks importar os componentes para producao das placas e aí começam os problemas – alto capital de giro para aquisição de lotes não inferiores a 3.000 (tres mil) placas, formação de parceria no exterior com fornecedor da tecnologia, transito marítimo acrescido de desembaraço e produção da ordem de 90 a 120 dias, entre outros elementos que juntos contribuiram e contrubuem para que o Pólo de Ilhéus não acompanhe este crescimento do mercado de informatica.
    Caminhos precisam ser encontrados senão podemos estar perdendo o rumo do crescimento e da atualização tecnologica!!!

  5. É sempre bom termos perspectivas animadoras, e forma global. Para o Pólo de Ilhéus, particularmente, não é suficiente termos um ambiente bom “lá fora”. Outros lugares estão investindo em melhorias, tanto em sua infra-estrutura quanto em sua forma de organização e cresceram mesmo durante a crise.

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