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O cientista político César Romero coordena um estudo que examina a “geografia do voto” nas eleições presidenciais de 1989 a 2006 e uma das suas conclusões desmente a história de que o voto no PT é o dos pobres do Norte e Nordeste, beneficiados pelo Bolsa Família, enquanto os do PSDB são os dos ricos do Sul e Sudeste.
A divisão não se dá exatamente dessa forma e o estudo de Romero aponta a existência de uma “cadeia de interesses” a determinar o rumo do eleitor em cada região.
No Nordeste, por exemplo, o voto petista não seria predominantemente do pobre, mas também dos ricos e “remediados”, que se beneficiam indiretamente da política de combate à pobreza. Isto porque os pobres recebem a ajuda financeira, compram no comércio e isso produz um ciclo virtuoso nas economias locais.
Já no Sul, o estudo aponta uma insatisfação do grande empresário exportador, que vê com maus olhos a valorização do real frente ao dólar, causadora de alegados prejuízos às exportações.
E tudo, como sempre foi na história da humanidade, se explica a partir de questões de ordem econômica.

2 respostas

  1. OS EMPRESÁRIOS DO SUL DO PAIS, NUNCA MUDOU ESTA CULTURA DE QUANTO MAIS TEM, MAIS QUÉR. MAS ELES VÃO TER QUE APRENDER A VIVER COM AS POLITICAS PUBLICAS DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO GOVERNO FEDERAL. E COM A ELEIÇÃO DA EX. MINISTRA DILMA A PRESIDENCIA DO PAIS, ELES VÃO TER QUE VIVER COMO O RESTANTE DO NOSSO POVO BRASILEIRO.
    -= OBS: É POR ESTE MOTIVO QUE UM CERTO -¨RODACUME¨- VIVE ACESSANDO ESTE BLOG E FAZENDO CRITICAS AO GOVERNO FEDERAL.
    É PROFESSOR, PELO JEITO O SENHOR VAI TER QUE IR EMBORA DO BRASIL. PORQUE DILMA É 13, E O BRASIL VAI CONTINUAR 13.

  2. Faz muito sentido esta análise. É verdade que os setores exportadores e a indústria mais especializada têm sofrido bastante, ultimamente, com o fim da competitividade auferida pela desvalorização do Real ocorrida em 2002-2003.
    É a principal crítica que se pode fazer ao governo Lula, o de não ter se livrado do rentismo incrustrado no BC desde a época do Gustavo Franco. Juros internos (bem) mais altos que os externos sobrevalorizam o Real e erodem a competitividade nacional. Mandam nosssos recursos para especuladores externos (e internos).
    Necessário destacar que os juros (reais ou nominais) do período FHC eram bem maiores ainda, e outros efeitos ruins desta máquina perversa de fazer dinheiro (para quem não trabalha). Talvez o principal seja o crescimento absurdo da dívida pública.
    Muitos argumentam que uma desvalorização abrupta e um corte abrupto nos juros poderiam causar inflação, e é claro que este ajuste poderia ser feito aos poucos, mas não trata-se de uma desvalorização propriamente dita, pois o Real está sobrevalorizado e os juros são os maiores do planeta, numa economia que honra seus compromissos e é, hoje, credor líquido. Não faz sentido.
    Resultado: Se Dilma conseguir manter os programas de Lula e equacionar o problema juros-câmbio, a oposição terá que mudar muito para conseguir algum voto que o valha em 2014.
    Isso é bom, pois continuam deitados em berço (ex-)esplêndido, achando que vão conseguir vencer apenas pela falta de memória do povo. Vão ter que criar novas lideranças que mostrem algum trabalho em prol do país. Ou se adaptam a um povo que já provou um gostinho de liberdade ou vão entrar em extinção, e não é bom para o país ter uma oposição tão pífia.

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