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O comando de campanha de José Serra à Presidência vai explorar a quebra do sigilo de sua filha, Veronica, no programa eleitoral.
Na tentativa de chegar ao segundo turno, a intenção é, mais uma vez, apresentar a eleição de Dilma Rousseff (PT) como uma ameaça às instituições, e Serra, como vítima de armação.
As cenas, com manchetes de jornais, devem ir ao ar já no programa de hoje.
No PSDB, a descoberta de violação do sigilo de Veronica reacendeu a esperança de segundo turno, a exemplo do que aconteceu em 2006, em meio ao escândalo dos aloprados. A aposta é que a exposição de manchetes e da procuração falsa abale o eleitor de Dilma.
Serra é tão ligado à filha que, segundo seus interlocutores, a quebra de sigilo deu gana ao candidato. Informações da Folha.

11 respostas

  1. por Rodrigo Vianna
    A melhor ferramenta para desarmar o discurso desesperado de Serra, nesse episódio da Receita Federal, é ler com calma uma declaração do próprio candidato, durante evento nessa quarta-feira, em São Paulo:
    “A candidatura da Dilma está querendo fazer comigo a mesma coisa que o Collor fez com o Lula em 1989, quando o Collor ganhou eleição, pelo receio de que nós ganhemos a eleição”.
    Faz algum sentido? Claro que não. Serra tem hoje, segundo levantamento do IG/Band/Vox, menos da metade das intenções de voto de Dilma. O PT estaria desesperado para conter o avanço de Serra? Só na cabeça do candidato tucano.
    Em 89, às vésperas do segundo turno, Lula subia nas pesquisas, estava a menos de 5 pontos de Collor. O ataque de Collor a Lula – utilizando depoimento escabroso da mãe de Lurian e ex-namorada de Lula – foi um ato desesperado. E deu resultado.
    Agora, quem está desesperado é Serra, não Dilma.
    Ouros fatos chamam atenção. Vamos a eles.
    1) O vazamento de dados sigilosos precisa mesmo ser investigado, é fato grave, mostra a fragilidade do sistema da Receita. Negar esse dado da realidade, em nome da defesa da candidatura de Dilma, é negar-se a ver a realidade.
    2) O contador que levou a procuração (falsificada) até a delegacia da Receita em Santo André tem amplo histórico de falcatruas. Chama a atenção que diga: “Voto no Serra, sou eleitor dele”.
    3) Por hora, não há qualquer indício de que o PT tenha atuado para obter os dados de Verônica. Cá entre nós: se existe o tal “Estado policial” a que se referem os tucanos, para que ir até uma delegacia da Receita e levantar o sigilo fiscal da filha de Serra? Bastaria ao malvado diretor da Receita obter os dados, que são registrados em computadores e podem ser acessados de Brasília, por exemplo. Pra que ir até o ABC paulista , e deixar tudo registrado (como registrado ficou, convenientemente, para a campanha tucana)?
    4) Quem são os petistas envolvidos nisso? Como associar Dilma e sua campanha? A quebra de sigilo ocorreu ano passado, quando nem havia campanha. Se houver gente do partido de Dilma envolvida, deve haver punição a quem praticou a ilegalidade – como a qualquer outro cidadão. É óbvio. Mas isso tudo não faz sentido: que vantagem teria Dilma em quebrar sigilo numa eleição praticamente ganha?
    5) O sigilo fiscal foi quebrado em setembro de 2009. De novo, convenientemente, só veio à tona um ano depois, às vésperas da eleição, num momento em que Serra despenca nas pesquisas, contrata um guru indiano, muda slogan e tenta relançar a campanha. Detalhe: a primeira informação sobre o episódio saiu na “Folha” – amiga do peito dos tucanos. O “escândalo” tem toda a pinta de um factóide lançado na mesma esteira da “renovação” da campanha serrista, agora nas mãos do tal guru.
    6) O “Painel” da “Folha” dá hoje uma nota que é quase uma confissão da tática tucana: “Os tucanos garantem que os episódios de violação de sigilo não param nos já investigados“. Ou seja, outros factóides virão por aí, os tucanos já sabem, a “Folha” já sabe. Virão a conta-gotas, conforme interesar possam à candidatura de Serra.
    7) É evidente a diferença de tratamento para o caso nos diferentes portais da internet. Acabo de conferir: UOL (do grupo “Folha”) mantém a história na manchete principal (com um viés politizante, que interessa à campanha de Serra); Terra e IG tratam do tema com mais cuidado, abrindo o leque para todas as possbilidades; o G-1 (da Globo), supreendentemente também é cuidadoso, e trazia na quinta-feira (2 de setembro) pela manhã manchete sobre o crescimento da produção industrial no Brasil.
    O que isso tudo quer dizer?
    A “Folha” é a mais desesperada e a mais serrista. Na Globo, a turma de Ratzinger deve estar à espera das pesquisas. Se sentirem que o episódio tem alguma chance de ajudar Serra, entrarão no jogo dos tucanos, com matérias diárias no “JN”, durante um mês. Se o indício for de que Serra está mesmo perdido (como tudo indica), a Globo deve tirar o pé, e acompanhar o caso com mais parcimônia. Deixará ao “O Globo” a tarefa de bater pesado (os leitores tucanos do jornal, na zona sul do Rio, querem ver sangue).
    Em 2006, a família Marinho e Ratzinger farejaram que o caso dos “aloprados” podia garantir segundo turno. E partiram pra cima de Lula. Eu trabalhava na Globo, e vi tudo de perto. Farão o mesmo agora? Saberemos em breve…
    Vale lembrar que o caso da Receita, ainda que não consiga reverter a tendência pró-Dilma, talvez tenha força para conter parte da onda vermelha que se avoluma em todo Brasil. Serra ainda pensa em ganhar a eleição. “Folha”, UOL e as viúvas de FHC, a essa altura, querem evitar que o lulismo ganhe também em São Paulo e faça uma bancada muito forte no Senado. Vão jogar tudo nisso agora.
    Por último, queria lembrar que há um mês escrevi aqui sobre o excesso de confiança de alguns eleitores de Dilma. Lembrei do passado de Serra, do desespero de um candidato que, derrotado, perderá Brasil e São Paulo (Alckmin, se ganhar, não dará moleza para o serrismo); um candidato capaz de qualquer coisa. Os alidos dele – no Jardim Botânico, na Barão de Limeira e às margens fétidas da marginal – também são capazes de qualquer coisa.
    Desprezar o adversário é um erro grave. E a volúpia com que eles avançam nessa caso – pra lá de esquisito, com dados de um ano atrás, e relançado às vésperas da eleição – mostra que não há limites nessa guerra.
    Serra não tem pudores de usar nessa guerra a própria filha – sócia da família de Daniel Dantas, é bom lembrar. Na verdade, é Serra que se parece com Collor na estratégia despudorada de usar a família em campanha.
    Estratégia, além de tudo, golpista. O tucano, primeiro foi aos militares falar em República Sindicalista. E o PSDB agora pede a cassação de Dilma. Com qual indício? Não precisa. Eles querem sangue. Estão desesperados.
    Numa entrevista recente, fui perguntado sobre a possibilidade de golpe no Brasil, como em 64. Expliquei que as coisas mudaram, e que golpe, se houver, será na linha hondurenha: com apoio da Justiça e aparência de legalidade. Sobre isso, falei aqui.
    É para esse caminho que se dirigem agora os desajuizados tucanos paulistas. Terão sucesso? Tudo indica que não. Mas a atitude mostra como será tratada Dilma num provável governo.
    Lula terá que entrar em campo, com cada vez mais força.
    http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/o-escandalo-fabricado-como-em-2006.html#comment-12217

  2. Merval e Nascimento:
    vocês podem tirar a emissora do ar
    Publicado em 02/09/2010 Compartilhe | Imprima | Vote (+17)
    Nascimento, você quer tirar o Silvio do ar, Nascimento ?
    O amigo blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, me telefona para manifestar indignação diante do papel anti-ético do Carlos Nascimento, no SBT, durante entrevista com Dilma Rousseff, e Merval Pereira, no Jornal das Dez, da Globo News.
    Guimarães já entrou na Justiça para impedir que emissoras que exploram um bem público – Nascimento, você sabia que o SBT é uma concessão pública ? – tomem partido em eleições.
    Agora, ele precisa que você, amigo navegante, assine a moção que está no site dele – com nome e sobrenome – e reforce a campanha do “Cala a boca, Nascimento”, e “Cala a boca, Merval” !
    Será que o Silvio viu ? Será que o Luiz Gonzaga Mineiro, respeitável diretor de jornalismo do SBT, viu o que o Nascimento fez ?
    Já imaginou se o SBT sai do ar, Mineiro, sob a sua responsabilidade ?
    Mineiro, cuidado: o Guimarães já ganhou uma na Justiça.
    Ele é incansável.
    Leia, amigo navegante, o que o Guimarães escreveu:
    Tem início, neste post, a nova campanha do Movimento dos Sem Mídia por adesões à Representação que a ONG fará à Justiça Eleitoral brasileira contra o desafio da lei que regula as eleições no país, desafio esse representado pela prática ILEGAL de concessões públicas de rádio e tevê manifestarem opinião favorável a pelo menos um candidato no processo eleitoral de 2010.
    O que é mais grave nessa prática é que o candidato favorecido pelas concessões públicas em tela disputa a Presidência da República, o que torna inaceitável que possa ter êxito em alcançar cargo dessa importância valendo-se de favorecimento ilegal por meios que pertencem a toda a sociedade e não, apenas, a grupos políticos amigos e/ou aliados dos concessionários.
    Após debates e estudos, a Presidência e a Diretoria Jurídica do Movimento dos Sem Mídia compuseram minuta da Representação que será feita em benefício de eleições livres, limpas e democráticas, sem concurso de estratégia ilegal como é o uso de uma concessão pública em benefício de interesses particulares de grupos políticos e de empresários do setor de comunicação.
    Trata-se de um documento preliminar que abro para contribuições, alterações e supressões por parte dos leitores deste blog durante o processo de finalização da medida a ser encaminhada à Procuradoria Geral Eleitoral em Brasília no menor prazo possível. Abaixo, a minuta da Representação.
    *
    Representação do Movimento dos Sem Mídia – MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal – PGE sobre possível atuação ilegal de órgãos de mídia no atual processo eleitoral.
    A Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, regula o processo eleitoral deste ano no Brasil e dispõe, em seu artigo 45, sobre condutas vedadas aos veículos de mídia, visando o respeito à lei de propaganda eleitoral permitida e garantir as condições de igualdade e isonomia entre os candidatos que disputam o pleito.
    Determina o artigo 45 da Lei :
    – A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
    III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
    IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
    Ocorre que, neste ano, a campanha eleitoral de 2010, como já havia ocorrido na de 2006, foi fartamente discutida pela sociedade brasileira. Vários órgãos de mídia, principalmente redes de televisão e rádio, podem estar avançando e extrapolando os limites da legalidade fixados na Lei 9.504/97 no que diz respeito a tratamento igualitário aos candidatos que disputam estas eleições. Pela cobertura e abrangência que possuem sobre o território brasileiro, esses meios de comunicação podem influir decisivamente na vontade soberana do eleitorado distorcendo e influindo ilegalmente no resultado do pleito que se avizinha, ao arrepio do que determina a lei eleitoral supracitada.
    A questão das redes de televisão e rádio é muito grave e afeta diretamente o interesse público, pois essas empresas somente funcionam porque exploram concessões públicas, outorgadas pelo Estado brasileiro. Portanto, exploram um bem que pertence a todos os cidadãos, o chamado espectro eletromagnético, através do qual transmitem e retransmitem programação para todo o território nacional, de maneira que essa programação não pode ser usada para incentivo, defesa ou promoção de grupos políticos determinados, pois constitui infração do que determina a legislação eleitoral vigente.
    Sem a autorização do Governo Federal para funcionarem nos termos da lei que regula a matéria, as emissoras de TV e rádio não podem efetuar a transmissão de suas programações no território nacional e, assim, essas empresas de comunicação, mais do que qualquer outra organização ou entidade juridicamente constituída perante as leis brasileiras, têm que se ater aos termos das prerrogativas contidas nas concessões públicas que detêm e também devem obedecer rigorosamente a quaisquer restrições legais que se interponham.
    Não obstante a legislação eleitoral, como mero exemplo do que vem ocorrendo relata-se aqui que certas redes de televisão e rádio podem ter extrapolado os limites da lei no que diz respeito a tratamento igualitário que devem dispensar aos candidatos que disputam o cargo de Presidente da República, sendo fato amplamente comentado pela população e por blogs e sites na internet que está havendo favorecimento ao candidato do PSDB, José Serra. São anomalias como as de 1º de setembro último, por exemplo, quando um apresentador e um comentarista de telejornais da Globo e do SBT, os senhores Carlos Nascimento e Merval Pereira, entre outros, apoiaram abertamente acusação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à candidata do PT, Dilma Rousseff, de que ela e sua campanha teriam ordenado o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal concernentes à filha daquele candidato, senhora Verônica Allende Serra.
    A cobertura enviesada e parcial de redes de televisão e de rádio sobre fatos e ações políticas das candidaturas no atual processo eleitoral pode constituir verdadeira “propaganda eleitoral negativa” contra uma candidatura e, no caso em tela, vitimização da outra, violando os dispositivos da lei 9.504/97, de maneira que deve ser objeto de investigação e coibida pela Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. E o que é pior: sem que exista uma única prova que sustente a acusação comprada, in limine, pelos concessionários públicos supracitados.
    A ONG Movimento dos Sem Mídia – MSM, diante de resultados díspares entre os quatro maiores institutos de pesquisas eleitorais do País no início deste ano, propôs, de forma republicana, Representação perante a douta Procuradoria Geral Eleitoral – PGE “pedindo investigação sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas”. A Representação foi aceita, estando em curso Inquérito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF para investigar a denúncia. Mais uma vez, frente a fatos e ações de órgãos de mídia que revelam indícios de tentativas de influenciar ilicitamente o processo eleitoral, o Movimento dos Sem Mídia – MSM, organização da sociedade civil, na defesa dos interesses maiores da República, da Democracia e do Estado de Direito, prepara nova Representação. A manifestação do MSM à Justiça Eleitoral será aberta a apoio de todo e qualquer cidadão brasileiro a inve stigação da atuação de redes de televisão e rádio que pode estar tentando influir indevidamente na vontade soberana do eleitorado, podendo vir a distorcer os resultados da eleição presidencial vindoura.
    São Paulo, 1º de setembro de 2010
    Movimento dos Sem Mídia – MSM
    Eduardo Guimarães
    Presidente
    Antonio Donizeti
    Diretor Jurídico
    Clique aqui para acessar o post no Blog da Cidadania.

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/02/merval-e-nascimento-voces-podem-tirar-a-emissora-do-ar/

  3. Maria Inês Nassif: Serra em novo papel na campanha, a vítima
    Oposição a Lula virou amizade, quase amor
    Maria Inês Nassif, no Valor Econômico
    02/09/2010
    Sem bater em Lula, o marketing de Serra tenta transformá-lo em vítima de Dilma
    Em 1989, Fernando Collor de Mello, ex-governador do Estado mais pobre da Federação, Alagoas, assumiu um discurso ofensivo – no sentido também de ofender -, selecionou uma série de desaforos destinados a abalar um governo caindo de impopularidade e partidos em crise, e definiu bordões para causar pânico em torno do candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal concorrente. Collor venceu atirando para todos os lados. Levou junto um partido que inventou antes das eleições, o PRN, que morreu junto com o seu curto reinado.
    A eleição de Collor foi a consagração do marketing político como arma eleitoral. Os alvos do candidato eram escolhidos em pesquisas qualitativas, que definiam os inimigos a combater para alcançar popularidade e as fragilidades do principal concorrente. Pegou um país saído do massacre ideológico do discurso anticomunista da ditadura e que vivia uma hiperinflação. Atacou o governo José Sarney pela incompetência administrativa e Lula pelo temor da classe média. Além do horário eleitoral gratuito, tinha o apoio de uma mídia que estava sem candidatos, sofria com a hiperinflação e preferia que o PT ficasse longe do poder.
    Foi o início e o auge da influência do marketing político. E o marketing foi tão eficiente porque não brigou com os fatos: o governo era impopular mesmo e seu candidato não subia nas pesquisas; a classe média e as elites tinham medo real de Lula, eram maleáveis a um discurso moralista e de direita e faziam a cabeça dos de baixo. O PMDB, o grande partido do momento, vivia a crise do governo José Sarney e a compartimentação dos interesses de seus líderes regionais e abandonou aos lobos o seu candidato a presidente, Ulysses Guimarães.
    Os marqueteiros de Collor trabalharam em terreno fértil – e sua agressividade foi guindada à condição de ira divina. Um impeachment e quatro eleições depois, todavia, a eficiência desse modelo é questionável. Simplesmente porque vai contra a realidade.
    Em 2006, nas eleições pós-mensalão, a oposição tentou reeditar o discurso de Collor. Os alvos eram um governo que os partidos adversários consideravam acabado e um partido, o PT, que tinha por decadente. Na cabeça dos partidos oposicionistas, Lula era um Collor pré-impeachment ou um José Sarney em final de mandato: estava condenado a deixar o poder. O modelo do discurso agressivo, beirando as bravatas machistas do Collor presidente, foi o escolhido para derrubar Lula – ou pelo impeachment, em 2005, ou pelo voto, em 2006. Um senador, no plenário, chegou a ameaçar bater em Lula.
    O erro de avaliação foi fatal para a oposição. A popularidade de Lula nas pesquisas subiu rapidamente após a ofensiva dos partidos oposicionistas no Congresso. Em 2006, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, chegou a ter mais votos no primeiro do que no segundo turno. A avaliação da oposição, sobre a qual o discurso político foi construído, não levou em conta mudanças que estavam se produzindo no país. Os programas de transferência de renda, em especial o Bolsa Família, despiram as classes média e alta do papel de mediadores de voto das classes menos favorecidas. Lula tinha um patrimônio eleitoral próprio. A agressividade do discurso da oposição, em vez de desgastar o presidente que disputava a reeleição, vitimizou-o. Produziu solidariedade, em vez de provocar aversão.
    Da vitória de Lula em 2006 para cá, o modelo Collor de marketing político teria que ter passado por grandes mudanças. Elas foram apenas cosméticas. O marketing de Serra, nos primeiros dias de propaganda eleitoral gratuita, optou por não comprar briga com Lula e não negar a sua popularidade. O problema é que o discurso soou falso. Desde 2005, a oposição aparece na mídia em confronto radical com o presidente que agora é tratado com condescendência, quase amor. No último round eleitoral, Serra tem se apegado às quebras de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele. As acusações recaem sobre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e sobre o seu partido, e não sobre o chefe de um governo cuja Receita Federal deixou vazar sigilos.
    Enquanto o marketing de Dilma a une a Lula, o de Serra tenta separá-los. Os índices de pesquisa acabam mostrando que a eficiência do marketing é tão maior quanto mais próxima da realidade. As estratégias de campanha de Dilma deslizam numa realidade em que o eleitor tende à continuidade, gosta do presidente e incorporou naturalmente o trabalho de identificação feito entre a candidata e o seu padrinho. As estratégias eleitorais de Serra nadam contra a corrente de um eleitorado majoritariamente governista e da identificação da ex-ministra com o governo que é amplamente aprovado pela população.
    A saída de Serra é tentar ser, ele próprio, a vítima. A algoz tem que ser Dilma, porque Lula não tem colado nesse papel. Como a prancha de Serra está contra a onda, no entanto, o marketing teria que conseguir uma sintonia muito fina. É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.
    ————–
    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-ines-nassif-serra-a-vitima.html

  4. Os Tucanos estão mesmo DESESPERADOS!!!
    Quem é essa tal filha de Serra?
    Que dinheiro essa criatura tem?
    Nem rosto mostrou? Um FACTÓIDE?
    QUERER NESSA ALTURA PEGAR UMA TAL “VERÔNICA” ( me sinto tão só, verônica, eu não sei viver.KKKKKKKKKKKKKK) pra disputar com a competência, carisma e histórico de LULA?
    São 79% ( setenta e nove por cento) de APROVAÇÃO!!!
    Lembram-se do Golpe de Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB) contra Roseana Sarney, quando mandou a Polícia estourar a casa dela e do marido com dólares, etc, etc, etc….???
    Vão tomar uma surra nas urnas!!!

  5. josé serra esqueceu que em 2002 ele usou esse artificio para destuir a pré candidatura de roseana sarney e depois com ciro gomes,macaco não olha pro rabo.

  6. AI QUE CHATO IRANI!!!!!ZZZZZZZZZZZZ
    PELO AMOR DE DEUS!!!! FAZER COMENTARIO NÃO É ESCRAVER UM LIVRO!!!!
    AGORA SINCERAMENTE, A IMPRENSA TRATAR DO EPISODIO COMO APENAS GUERRA DE VERSÕES…
    QUEBRARAM O SIGILO DA FILHA DE SERRA, DO EDUARDO JORGE E DE MAIS QUATRO PESSOAS LIGADAS AO PARTIDO DE OPOSIÇÃO AO GOVERNO!!
    ANTES DISSO JA FOI PROVADO QUE DADOS SIGILOSOS DA CASA CIVIL FORAM VAZADOS E A ENTÃO MINISTRA DILMA DEU UMA DE DESENTENDIDA!!
    ANTES DISSO O ENTÃO MINISTRO PALOCCI SE ENVOLVEU NA QUEBRA DO SIGILO BANCARIO DE UM CASEIRO(FATO PROVADO)
    NA CAMPANHA DE SÃO PAULO OS ACESSORES DE MERCADANTE FORAM PEGOS 1,600,000,00 EM DINHEIRO VIVO!!!TEM FOTO!!!ATE LULA RECONHECEU O ERRO E OS CHAMOU DE ALOPRADOS!!!!
    O QUE MAIS IRANI QUER???????
    VC NÃO ACHA QUE JA É GRANDINHA PRA ACREDITAR EM PAPAI NOEL???

  7. Ah, que chato, “Mascarado” fazer comentários, demente, não é copiar as indecências que você lê na imprensa oligárquica, e despejar aqui no Pimenta, como se o blog fôsse as cloacas por onde deslizam seus olhos.

  8. Miro: barrar o golpismo
    de Serra e da mídia
    Publicado em 02/09/2010 Compartilhe | Imprima | Vote (+12)
    Miro: o PiG é e sempre será golpista
    Extraído do Blog do Miro, presidente do Instituto Barão de Itararé:
    Nesta quarta-feira, dia 1º, a coligação de José Serra (PSDB, DEM, PPS) ingressou com pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O motivo alegado é o da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao grão- tucano. Desesperado com a queda vertiginosa nas pesquisas, a direita quer implodir a eleição presidencial. Rechaçado pela sociedade, Serra tenta evitar sua derrota no tapetão, envolvendo o TSE numa trama golpista.
    Nesta tramóia antidemocrática, o comando serrista conta com o respaldo da mídia tradicional. A ação encaminhada à Justiça está baseada nos factóides difundidos pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.P. Ela acusa a candidata pela “prática ilegal de quebra de sigilo fiscal” e “abuso de poder”, mas não apresenta qualquer prova concreta para sua acusação leviana. Mesmo assim, colunistas da mídia, como Merval Pereira, Carlos Nascimento e outros, amplificam as calúnias.
    A quem interessa a quebra de sigilos?
    A ação golpista já foi rechaçada, como veemência, por Dilma Rousseff. Ela garantiu que nem ela nem seu comando de campanha estão metidos na quebra de sigilos. Também solicitou apuração rigorosa do nebuloso episódio, com a punição dos culpados. Incisiva, Dilma condenou a postura irresponsável do comando serrista. Conforme argumentou, quem tem interesse em tumultuar a eleição, com quebra de sigilos e dossiês, é a oposição demotucana, que definha nas pesquisas.
    Inúmeros fatos confirmam esta leitura. O sigilo da filha de José Serra, por exemplo, foi quebrado em setembro de 2009. A própria Receita Federal apurou o crime num inquérito administrativo, numa prova de total transparência. Os factóides da mídia agora têm, portanto, evidente interesse eleitoreiro. O deputado Brizola Neto chega a levantar a suspeita que essa operação criminosa é “armação” dos tucanos. “Sabemos que eles são capazes disso e, depois do que já vimos na campanha de Serra, não se pode ter dúvidas de que possam apelar para este tipo de ação”.
    Os objetivos da nova conspiração
    O golpismo da aliança Serra/Mídia tem, basicamente, dois objetivos. O primeiro é aterrorizar os eleitores, principalmente da classe média, empurrando a eleição para o segundo turno. Até agora, porém, a manobra não surtiu efeito. O tracking da IG-Band-Vox, que acompanha diariamente a reação dos eleitores aos chamados “fatos novos”, mostrou ontem que Dilma ampliou a vantagem (51% a 25%), sinalizando que o estardalhaço da mídia demotucana sobre a quebra do sigilo não pegou.
    O segundo objetivo, tramado pelos setores mais fascistóides da coligação de Serra, é implodir a eleição. Já que não dá para ganhar nas urnas, tentam envolver o STF na trama golpista, cassando a candidatura de Dilma Rousseff. É improvável que o tribunal cometa esta loucura, que colocaria o país em polvorosa. Mesmo assim, é bom ficar em estado de alerta. Nada como uma intensa mobilização, nas ruas e na luta de idéias, para barrar qualquer maluquice golpista.
    Ensinamentos do nefasto episódio
    Para finalizar, vale refletir sobre os ensinamentos deste episódio. Em primeiro lugar, fica patente que a direita não suporta a democracia. Ela só serve quando é funcional para seus interesses – foi assim no golpe de 1964, é assim hoje. Nesse sentido, a tentativa de cassar a candidatura de Dilma Rousseff desmascara os tucanos, que ainda enganam muita gente com a sua falsa retórica sobre a democracia. Os tucanos representam a nova direita brasileira; são os neo-udenistas.
    Além disso, o caso escancara o verdadeiro papel da mídia hegemônica. Ela sempre foi golpista e sempre será. No caso das emissoras de TV e rádio, elas usam um bem público, uma concessão, para atentar abertamente contra a democracia. Seus colunistas abusam da propriedade cruzada, destilando veneno em programas de rádio, televisão, em jornais, revistas e internet. Seria muito útil que a eleição de 2010 servisse para mostrar a urgência do novo marco regulatório no setor, que enfrente a concentração e estimule a diversidade e a pluralidade informativas.
    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/09/02/miro-barrar-o-golpismo-de-serra-e-da-midia/

  9. Um dito popular judaico-cristão: “QUEM COM TAPETÃO TAPETEIA COM TAPETÃO SERÁ TAPETADO”
    Outro dito popular: “NÃO SE CHUTA CACHORRO MORTO”
    De já esse filme de FH a GS, geralmente não termina bem para o diretor.

  10. Entopeta de informação Irani.
    Tem gente preguiçosa até pra navegar na Net.
    Ficam discutindo sem base porque não fazem uso adequado dessa escelente ferramenta de tecnologia e informação.

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