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produzido na fase de testes da fábrica.

Ibicaraí inaugura neste sábado, 18, às 9h30min, a primeira fábrica de chocolate fino oriundo da agricultura familiar no país. O pesquisador Raimundo Mororó trabalhou desde o início da formulação do conceito da indústria que terá capacidade para produzir cerca de 600 quilos diários de chocolate.
Mororó diz que o mercado para este tipo de produto tem de ser construído. Um dos primeiros passos, a marca, já foi definida: Bahia Cacau. Uma agência de propaganda desenvolverá as ações de marketing para o produto. A indústria tocada por agricultores familiares semeia um novo conceito de sustentabilidade para o negócio cacau no sul da Bahia, segundo Mororó.
O novo conceito pode ser traduzido em números, cifras. O cacauicultor recebe, na média, R$ 5,33 pelo quilo de amêndoas comercializado. Já o quilo do chocolate produzido na indústria em Ibicaraí sairá por volta de R$ 40,00. O produtor que vende o cacau à nova indústria também terá participação nos lucros do negócio chocolate.
E o cacauicultor ganha antes mesmo da amêndoa virar chocolate, pois o cacau processado na indústria ibicaraiense será selecionado e orgânico. O produtor receberá, pelo quilo, em torno de 40% a mais do que o valor pago pelo mercado, que não aceita diferenciar a amêndoa comum da selecionada.
A fábrica será inaugurada pelo governador Jaques Wagner, o prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, e dirigentes da cooperativa de agricultores familiares que administrará o negócio, além do secretário Edmon Lucas, do Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).

4 respostas

  1. Quando o cacau tinha realmente força aqui na Bahia, deveriam ter pensado em processar parte da produção para agregar valor. Se realmente o associativismo funcionasse por estas terras, talvez a situação fosse outra. Nunca é tarde. Parabéns Ibicaraí
    pelo presente de Natal.

  2. Aproveito a matéria do Pimenta na Muqueca para parabenizar Raimundo Mororó pelos brilhantes resultados em seus trabalhos…fruto de muita dedicação e seriedade.
    Reforço aqui o meu orgulho e amor quanto filha.

  3. Walmir do Carmo, o associativismo e cooperativismo desta região foram dizimados por uma praga chamada Fernando Rios do Nascimento.
    Ele não só matou a Coopercacau e a Itaisa, como matou o ideal cooperativista nestas terras.

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