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A invasão de smartphones, tablets e outros bibelôs eletrônicos às salas de aula é vista de forma diversa por educadores. Para uns, os brinquedinhos atrapalham as aulas e tiram a concentração dos alunos; para outros, os dispositivos são importantes auxiliares no processo pedagógico.

Apimentando a polêmica, tramita na Assembleia Legislativa da Bahia o projeto de lei 16.724/2007, do deputado João Carlos Bacelar (PTN), que proíbe o uso de eletrônicos nas escolas, a menos que seja para fins estritamente pedagógicos.

Alguém poderia imaginar que os professores diriam “ufa, Deus ouviu nossas preces!”, mas não foi isso que ocorreu. Na verdade, educadores baianos consideram a proposta de Bacelar equivocada e elaboraram uma carta aberta na qual condenam a iniciativa do parlamentar. O documento será encaminhado aos 63 membros da Assembleia.

A professora Lynn Alves, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), participou da elaboração da carta. Segundo ela, é preciso esclarecer que “os dispositivos móveis representam espaços de aprendizagem”. A educadora diz que o projeto de Bacelar “representa uma restrição dos limites do que é pedagógico”.

Outro professor que também participou da construção do documento foi Marcos Paulo Pessoa, que atua em instituições privadas de ensino básico e superior. Ele acredita na possibilidade de se discutir uma limitação do uso dos eletrônicos em sala de aula, mas defende que isso seja estabelecido por meio do diálogo entre professores e alunos.

“A proibição é polêmica. Creio que vai na contramão das evoluções do ensino. Acredito que devemos sempre estabelecer o diálogo com nossos estudantes. Não é proibindo que vamos garantir que os aparelhos sejam usados para os devidos fins pedagógicos”, pondera Pessoa.

Os que concordam com os educadores podem assinar a petição eletrônica contra o projeto de Bacelar. O manifesto está disponível neste link.

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