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Branca Magalhães
Um grupo de mais de dez pessoas, dentre elas uma criança de três anos, vive em condições precárias, debaixo da Ponte Nova, às margens do Rio Cachoeira, em Itabuna. Segundo Jilvan Soares, de 30 anos, todos estão neste local há oito meses. Viraram moradores de rua, após desentendimento com familiares e o uso constante de drogas e bebidas.
Sem ter para onde ir, abrigaram-se debaixo da ponte, onde já serviu de moradia para outras pessoas que se encontravam nas mesmas condições. Improvisaram um barraco no local com algumas tábuas e dividem o lugar com porcos e ratos, e sofrem com esgoto a céu aberto, fome e frio, que tem sido cada vez mais intenso.
Jilvan diz, ainda, que passou um período com um parente próximo, mas, segundo ele, em um determinado dia, o mesmo vendeu a casa e desapareceu. Todos que dividem o espaço sobrevivem de doações e reciclagem, tirando uma média de R$ 30,00 por mês. O dinheiro é gasto com bebidas e drogas, que conseguem comprar a R$ 5,00 nos bairros Califórnia e Santa Inês.
A esposa de Jilvan, Ediléia Maria, disse que funcionários da Secretaria de Assistência Social de Itabuna já estiveram no lugar. Houve promessa de solucionar o problema. Porém, nunca mais retornaram, revelando o despreparo dos órgãos públicos para o enfrentamento de problemas sociais e urbanos.
Branca Magalhães é estudante de Jornalismo da Unime Itabuna.

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