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Há quatro anos, o governador Jaques Wagner sancionou lei que tornou o Hino ao 2 de Julho oficial da data magna baiana. A letra sofreu pequenas alterações e ganhou uma interpretação especial da Orquestra Neojibá e cantor Tatau.
A data magna baiana é considerada a consolidação da independência brasileira na Bahia. Mesmo após o ato de Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, homens do exército português resistiam. Foram finalmente expulsos em 2 de julho de 1823.
Há mais de dois anos, a execução do hino é obrigatória em eventos esportivos no Estado, após sanção de lei do deputado estadual Rosemberg Pinto. Clique no play e confira a interpretação da Neojibá e Tatau para o Hino da Bahia.
Uma resposta
A pesar de a letra do Hino ao Dois de Julho conter muitas palavras de ordem contra os tiranos, a Bahia sempre teve tiranos – Os tiranos são os corruptos:
NAVIO DA CORRUÇÃO
(Zezinho Nascimento)
Ô, poeta Castro Alves,
Cantaste Navio Negreiro
Na grande reunião
De políticos, fazendeiros…
Que eram, na época, os líderes
Dos estados brasileiros.
Inspira-nos, ô poeta!
Hoje e aqui há uma festa
De líderes, músicos… de poetas
Que serão teus mensageiros.
“Falem, pois, jovens poetas,
Do Navio da Corrução.
Música ou poesia presta
Grande serviço à nação:
Lembra, orienta, adverte,
Chama o povo à atenção,
Inspira novos poetas,
Desta e das demais festas,
A cobrar ações honestas
Do político e do povão.
Nosso político é corruto
E o nosso povo também.
Parece sentir vergonha
Da Honestidade e do Bem.
Honestidade e caráter
Pouca gente hoje tem.
Ensinai a vossos filhos,
Honestidade e Fé – Brilhos.
Pois corrutos não são cílios
Pra fechar olhos que veem.
Nossos olhos veem o mundo
Com clareza e exatidão:
Quem é do Bem ou do Mal,
Quem tem ou não tem razão,
Quem trabalha honestamente,
Quem vive da Corrução –
Que destrui nossas culturas,
Cava nossas sepulturas,
Dizendo-se das alturas,
E, na verdade, é ladrão.
Cidades tão acabadas.
Segurança não se tem.
Estradas esburacadas,
Ruas e praças também.
A saúde adoentada.
Educação já não tem.
Até na rede privada
Tem escola reprovada:
O aluno não sabe nada
Nos exames do ENEM.
Acordem, jovens poetas,
Vamos fazer poesia:
Cantem, dancem ou declamem,
Discursem ou encenem poesia.
Pintem telas que retratem
Luta contra a tirania.
O que fazem estes tiranos,
Estes corrutos insanos,
Babilônicos, desumanos,
Tem nome – é covardia.”