Tempo de leitura: 2 minutos

Trabalhadores dormiam em "camas" sem forro ou travesseiro e não recebiam salário (Foto MT).
Trabalhadores dormiam em “camas” sem forro ou travesseiro e não recebiam salário (Foto MT).
Auditores Fiscais do Trabalho encontraram ontem (09) à tarde, oito trabalhadores, mantidos em condições análogas a escravo no município de Ilhéus. As vítimas trabalhavam na construção do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEU), obra financiada pelo Governo Federal e pela prefeitura ilheense e tocada pela Construtora São Miguel Ltda.

Em depoimento, os trabalhadores relataram que vieram da cidade de Serrinha, localizada na região nordeste da Bahia, com promessa de trabalho em Ilhéus. Porém, desde que iniciaram as atividades no local, há dois meses, não recebiam salário, sem possibilidade de retornar para casa e não tinham a carteira de trabalho assinada.

CEU está sendo construído no Nossa Senhora da Vitória (Foto Secom-PMI).
CEU está sendo construído no Nossa Senhora da Vitória (Foto Secom-PMI).
Segundo o auditor fiscal Daniel Fiuza, no local da obra não havia banheiro em condições de uso, refeitório adequado para que os trabalhadores fizessem as refeições nem água potável. Além das condições precárias, os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes, dormindo em mesas, camas improvisadas, sem colchões e travesseiros.

Durante a ação, os trabalhadores paralisaram as atividades e hoje (10) foram resgatados da casa em que eram mantidos e levados ao alojamento do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

“A primeira providência foi alojar os trabalhadores de forma digna. Agora vamos tentar, junto ao empregador, a assinatura da carteira de trabalho dos trabalhadores que estavam sem a formalização do vínculo, o pagamento das verbas rescisórias e o retorno ao local de origem”, informou Fiuza.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *