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Lançamento de campanha da CNBB || Foto Marcelo Camargo/AB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, nesta quarta-feira (14), a Campanha da Fraternidade 2018, com o tema Fraternidade e Superação da Violência. O documento aponta formas e tipos de violência no Brasil, dando destaque às praticadas contra os negros, os jovens e as mulheres. “Os grupos sociais vulneráveis são as maiores vítimas da violência”, disse o presidente da entidade, cardeal Sérgio da Rocha.
“A Igreja sempre tem alertado sobre a perda de direitos sociais. Não podemos admitir que os mais pobres arquem com sacrifícios maiores. Precisamos de políticas públicas para nos ajudar a superar e a assegurar os direitos fundamentais que as pessoas têm”, defendeu o cardeal.
Durante o lançamento da campanha, o presidente da CNBB listou também como prática violenta, a corrupção. “A corrupção é uma forma de violência, e ela mata”, disse o cardeal. Segundo ele, “ao desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os políticos acabam promovendo uma outra forma de violência contra o ser humano, a miséria”.
“Queremos superar também formas de violência como as representadas pela miséria e pela falta de vida digna”, argumentou o religioso, que criticou também os políticos que vêm adotando em seu discurso o uso da violência como forma de combate à violência. Segundo o cardeal, a Igreja Católica vem atuando no sentido de esclarecer seus seguidores sobre o risco desse tipo de política. “É um equívoco achar que superaremos a violência, recorrendo a mais violência. [Nesse sentido,] a igreja está orientando os eleitores, ajudando-os a formar sua consciência e a identificar quais candidatos estão comprometidos com a paz”, disse.
Ainda pontuando as formas de violência, ele citou o uso das redes sociais, onde, segundo ele, identifica-se “um triste crescimento da agressividade”. O cardeal disse, ainda, que os meios de comunicação “são vitais para a superação da violência”. Ele, no entanto, criticou as programações violentas em busca de audiência. “Quanto mais filmes violentos assistirmos, mas violentos nós seremos”.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em declaração durante o lançamento da campanha, disse que a iniciativa dá a “tônica à imperativa mudança que se impõe, de que o irmão é um aliado”.
“Precisamos caminhar de mãos dadas, e não de punhos cerrados. Essa é a melhor forma de lidarmos com essa campanha. Minha mãe dizia, quando eu era criança, que se tivesse algum problema era para eu procurar um adulto por perto. Hoje vejo mães e professores desconfiarem e temerem adultos que chegam próximo às escolas. Quem se aproxima pode ser inimigo. Estamos fazendo do outro não um irmão, mas um inimigo a se combater”, argumentou a magistrada.
O coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção à Violência e Redução dos Homicídios, deputado Alessandro Molón (Rede-RJ), disse que a campanha da CNBB aborda uma das grandes preocupações do país, em função do enorme número de homicídios aqui praticados. “Foram mais de 60 mil homicídios em 2017, e foram 61 mil em 2016. Se considerarmos que a bomba de Nagasaki [explodida no Japão pelos norte-americanos ao fim da 2ª Guerra Mundial] matou instantaneamente 80 mil [pessoas], podemos dizer que a cada ano morre, no Brasil, o equivalente a uma bomba de Nagasaki”, disse o deputado.

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  1. Os negros(as) os jovens e as mulheres fazem parte do povo brasileiro e ninguém é
    imune a violência uma vez que,os mesmos praticam a violência. São vulneráveis são as nossas crianças,morrendo por projétil “perdido” e sendo estuprada e sendo obrigada a se prostituir para ganhar dinheiro e sustentar a própria família e nem falo no trabalho análogo de escravidão.
    Única política pública eficaz é dando trabalho e nunca criar cota para isso,para aquilo,é uma maneira de discriminação,mas grave é dando esmola ensinar a pescar é eficaz e num país comunista governado por ditadores e de economia fechada só faz aumentar a miséria e agressão aos direitos humanos.
    O que o PT fez nestes Últimos 14 anos,aumentou a miséria no Brasil e tentou se perpetuar no poder via corrupção e sustentada com uma forte propaganda fascista e nazista forjando e comprando até organização de “respeito” ONU a propagar farsa,aqui no Brasil,a grande mídia serviu até quando o PT pagava bem.
    Um negro vindo da miséria,hoje é uma voz de respeito no mundo,o mesmo é contra
    cota para negros entrar numa universidade,na Índia não deu certo criado por Indira Gandhi, nos Estados Unidos nação capitalista as possibilidades são para todos.
    Pensar que criar universidades e encher de cotistas que melhora o pais até mesmo
    as pessoas é um erro,precisa investir nos ensinos primário,médio e no ensino profissionalizantes,encanador,eletricistas,mecânico e outros ofício.
    Para ficar bem de vida não precisa ensino superior,o homem mais rico do mundo
    não tem ensino superior,Bill Gates,o finado Steve Jobs e aqui no Brasil,Lula da Silva,bilionário e se acostumou viver no luxo. Riqueza fruto de corrupção,vai perder tudo. Será?
    País mais feliz do mundo é Suécia,investe na família,aqui no Brasil as grandes
    vítimas são aqueles que não as têm,são criado nas ruas,já aqueles que possuem
    famílias não deixa de ser vulnerável a corrupção.
    “O difícil vai ser ensinar a grande população o certo e o errado ou formar uma consciência de saber votar” Autor desconhecido

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