Acusada de diversos crimes, dentre os quais falsificação de documento público, a escrevente do Tabelionato de Notas de Canavieiras, Alexandra Campos Vasconcelos, foi denunciada pelo Ministério Público da Bahia à Justiça. A mulher foi presa em flagrante durante uma operação policial no dia 16 de janeiro.
Segundo a promotora de Justiça Mayanna Ribeiro, investigações constataram que a escrevente fez a transmissão irregular de imóveis usando cobranças, a título de tributos, sem recolher os impostos e taxas aos cofres públicos. Ela também é acusada inserir dados falsos em documentos públicos e receber vantagem indevida para providenciar escrituras públicas, conforme o MP-BA.
Além disso, falsificou e realizou montagens de escrituras e ocultou folhas soltas de livros contendo matrículas de imóveis em benefício dela ou de outras pessoas, segundo a promotora de justiça. Alexandra Vasconcelos foi denunciada ainda por falsidade ideológica, supressão de documento público, peculato, corrupção passiva e crime contra a ordem tributária.
MANDADO DE PRISÃO
A escrevente está presa desde o dia 16 de janeiro, quando foi dado cumprimento a mandado de prisão temporária, posteriormente convertida em preventiva, e realizada ação de busca e apreensão na residência dela. Alexandra Vasconcelos foi flagrada com escrituras públicas e folhas soltas de livros contendo matrículas de imóveis registrados no cartório.
O Ministério Público, explica Mayanna Ribeiro, manifestou-se pela prisão temporária em razão de recebimento de notícia crime dando conta da falsificação de três escrituras. Depois, também se manifestou pela preventiva. Nesta segunda-feira (4), foi indeferido o pedido de revogação da prisão de Alexandra.
A escrevente chegou a confessar as práticas delituosas à Polícia, afirmando que, desde 2013, fez inserir em documentos públicos dados errados, falsificando escrituras públicas e apropriando-se de valores, deixando de recolher aos cofres públicos o valor dos tributos. Também confessou que levava matrículas originais para casa e as ocultava, utilizando depois os dados para falsificar documentos.