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Consumidor promete muita pesquisa para evitar falsas ofertas

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que, neste ano, quatro em cada dez (39%) brasileiros só pretendem adquirir algum produto durante a 10ª edição da Black Friday se as ofertas valerem a pena.As promoções em todo o país estão previstas para sexta-feira (29).

O levantamento indica que nove em cada dez (91%) entrevistados planejam pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para confirmar se os produtos realmente estão na promoção, ou seja, com preços mais baixos do que o normal (54%).

Considerando aqueles que pretendem buscar informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços a menos de 30 dias da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de antecedência e 11% até dois meses  antes. Outros 13% só devem verificar preços no dia do evento. Os meios mais utilizados apontados para fazer a pesquisa são sites e aplicativos que fazem comparação de preços e produtos (55%), sites das lojas (52%) e portais de busca (42%).

OPORTUNIDADE

Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 76% consideram a data uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Além disso, 32% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas promoções e 17% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem necessidade de comprar algo no momento.

Em relação aos que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (35%), prioridade em pagar dívidas (18%) e falta de necessidade de comprar algum produto (16%). Também há aqueles que não acreditam na veracidade dos descontos oferecidos, que somam 15% da amostra.

Considerando os que realizaram compras no ano passado, 35% esperam adquirir mais produtos em 2019, 23% planejam comprar menos e 20% a mesma quantidade. Quanto à intenção de gastos, os entrevistados estão divididos: 32% pretendem desembolsar mais este ano e outros 32% menos.  Por outro lado, 24% devem gastar o mesmo valor.

Entre os que têm intenção de gastar mais, 31% justificaram que vão às compras por precisarem adquirir mais produtos. Mesmo percentual (31%) pode ser observado entre os que afirmaram que pretendem comprar mais por terem economizado ao longo do ano para desembolsar na data.

Em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar R$ 1.132. No entanto, 40% dos entrevistados ainda não definiram o quanto pretendem gastar. De acordo com o levantamento, a expectativa dos consumidores para este ano é de que haja um desconto médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

VENDAS ONLINES 

As lojas on-line (77%) mantêm a preferência dos consumidores. Na sequência, aparecem as lojas físicas (54%), como os shopping centers (33%), as lojas de rua e de bairros (28%) e os supermercados (16%). Outro dado aponta que 68% estão evitando algum tipo de compra em outubro e novembro para aproveitar as ofertas da Black Friday. Além disso, quatro em cada dez (44%) consumidores pretendem comprar na semana do evento, enquanto 27% irão às compras no dia e 13% pretendiam ir na primeira quinzena de novembro.

Somente 18% devem madrugar na porta das lojas físicas para garantir as compras, enquanto 73% não têm essa intenção. Ao mesmo tempo, 61% dos que trabalham esperam se manter conectados durante o expediente para ficar sabendo das melhores ofertas e 40% devem passar a madrugada conectados à internet para garantir a compra dos produtos.

Na lista de itens mais procurados, as roupas lideram a lista de compras dos consumidores, com 36% das menções. Os eletrodomésticos aparecem em segundo lugar no ranking (31%), representando um aumento de 6 pontos percentuais na comparação com 2018. Calçados ocupam a terceira posição (29%), enquanto celulares e smartphones vêm na sequência (28%) entre os produtos que devem ser mais adquiridos nesta Black Friday.

De acordo com o levantamento, sete em cada dez (72%) entrevistados querem pagar pelas compras à vista — crescimento de 7,3 pontos percentuais em relação a 2018 —, principalmente em dinheiro (48%) e no cartão de débito (34%). Ao mesmo tempo, 73% mencionaram optar pelo crédito, em especial a modalidade de cartão de crédito parcelado (45%) e cartão de crédito em parcela única (26%). No caso dos consumidores que irão pagar de forma parcelada, a média será de seis prestações.

Questionados sobre a experiência com a Black Friday 2018, 81% dos que fizeram compras consideram que valeu a pena. Para a maioria (91%), os descontos anunciados pelas lojas foram reais e 86% não encontraram problemas com as compras. Apenas 12% enfrentaram algum tipo de contratempo, especialmente com os descontos não aplicados ao efetuar o pagamento (4%). Entre os que tiveram problema na edição passada, 60% destacam que conseguiram resolvê-lo, embora 40% não tenham conseguido.

A pesquisa revela que um em cada cinco entrevistados admite que costuma gastar mais do que pode com as compras na Black Friday (22%). Ainda mais preocupante é o fato de que 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para aproveitar as ofertas, e muitos desses potenciais compradores estão inadimplentes (22%).

Apesar de seis em cada dez entrevistados (57%) terem planejado a maioria das suas compras no evento do último ano, 42% reconhecem ter comprado por impulso e 11% ficaram com o nome sujo. Dentre os consumidores que ficaram negativados por causa de compras feitas no período, 8% já limparam o nome e 3% ainda estão com restrição no CPF.

 

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