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Por 10 votos a 2, o Conselho Municipal de Saúde decidiu que a Prefeitura de Itabuna terá que repassar à Santa Casa de Misericórdia os R$ 25,5 milhões que o Ministério da Saúde enviou para realização de 1.000 cirurgia bariátrica. O governo municipal reteve o dinheiro, prejudicando obesos e a Santa Casa. A manobra motivou denúncia do deputado federal Jorge Solla contra o prefeito Fernando Gomes.

Apesar da decisão do Conselho Municipal desta quinta-feira (30), há resistência do secretário de Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento, em fazer o repasse integral à Santa Casa. Ele foi o autor de proposta de retear a “bolada”, com a Prefeitura ficando com R$ 17,5 milhões dos R$ 25,5 milhões, deixando apenas R$ 5 milhões para a Santa Casa e outros R$ 3 milhões para a Fundação Fernando Gomes, que mantém a Maternidade Ester Gomes (Maternidade da Mãe Pobre).

Cada cirurgia bariátrica custa, em média, R$ 25 mil. A verba foi obtida por um esforço da ONG do Obeso e do médico especialista Fabrício Messias em Brasília. Deputados também se mobilizaram para garantir os R$ 25,5 milhões, ainda no final de 2019. O dinheiro chegou em Itabuna e ficou retido.

A ideia é que as cirurgias de pessoas vítimas de obesidade – um sério problema de saúde pública – comecem tão logo a verba seja repassada à Santa Casa pela Prefeitura.

Claro, tudo dependerá da ordem do prefeito Fernando Gomes e do secretário da Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento. Pela decisão do Conselho Municipal, o prefeito e o secretário vão incorrer em ilegalidade se não fizer o repasse e optar pela distribuição.

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