Azevedo deverá ter o apoio do PP na disputa de 2020
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O ex-prefeito Capitão Azevedo diz que a disputa entre as áreas de marketing e de coordenação de campanha, por vaidade, causou a sua derrota em 2012, quando tentou a reeleição. Azevedo perdeu para Claudevane Leite (Vane do Renascer) por uma diferença de 1.107 votos (45.623 a 44.516). Pré-candidato pelo PL, Azevedo concedeu entrevista ao PIMENTA e diz que errou ao não adotar critério técnico na formação da equipe de governo em 2009, quando assumiu a Prefeitura de Itabuna.

Hoje, Azevedo diz ter um grupo novo e que governará ouvindo todos os setores da sociedade. Para ele, a vitória em 2008 oxigenou a política de Itabuna ao interromper a polarização entre os grupos de Fernando Gomes e de Geraldo Simões. Atribui a si o título de recordista na captação de recursos e execução de grandes obras, embora fosse de um partido de oposição aos governos estadual e federal à época.

Na última semana, parte da entrevista já havia sido publicada, quando Azevedo respondia se aceitaria ser vice de Fernando Gomes. Diz que sua condição não será outra que não a cabeça de chapa. Também fala que, se eleito, vai “destravar a cidade” apostando em mobilidade urbana. E diz ter sido frustrado pelo ex-governador Jaques Wagner, que prometeu duplicar o trecho da BR-415 que vai da Nova Itabuna até Ferradas. Abaixo, confira a íntegra da entrevista que abre a série com pré-candidatos.

Blog Pimenta – O senhor terminou a disputa de 2016 em 4º lugar. Por que a decisão de se candidatar novamente a prefeito?

Capitão Azevedo – Agora ficou mais claro para a população que os meus sucessores [Vane do Renascer e Fernando Gomes] não tiveram a mesma capacidade para captar recursos e executar obras. Sem apoio político, nós captamos R$ 98 milhões e executamos grandes obras, como a cobertura do Canal Lava-Pés, na Avenida Amélia Amado. Lembra como era aquilo quando chovia? Demos outra cara àquela região. Ali passam 90% dos ônibus de Itabuna.

Pimenta – Essa seria a razão principal?

Azevedo – Olha, nós trabalhamos nos bairros direitinho, fazendo esgotamento sanitário, asfaltando, construindo casas dignas. São Pedro, Manoel Leão, Santa Clara, Maria Pinheiro, Zizo, Daniel Gomes, Pedro Jerônimo. No Maria Pinheiro, existia uma rua que chamavam de Rua da Bosta. Esse era o nome real. O esgoto corria pela rua. Hoje isso é passado. Bairros que não eram vistos pelo poder público. Atacamos a infraestrutura, investimos nas pessoas.

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Existiam ali, [na eleição de 2012], a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro.

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Pimenta – O senhor diz que fez captação recorde de recursos, executou grandes obras. A que o senhor atribui a não reeleição?

Azevedo – Eu atribuo a erros dentro da equipe. Na véspera do pleito, no sábado, fizemos a maior caminhada da história de Itabuna. Os adversários filmaram tudo e tomaram providência para agir na virada da noite, foram para o voto útil. Veja só: perdi a eleição de forma apertada, por 1.107 votos.

Pimenta – E o “racha” interno…

Azevedo – Exatamente. Existiam ali a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro. Isso, realmente, cria embaraços, é até comprometedor.

Pimenta – O que o senhor não repetiria em um eventual governo?

Azevedo – Não repetiria o critério de formação da equipe. Hoje, temos que ter técnicos para dar os resultados que a sociedade precisa. Estamos buscando a inteligência das universidades daqui, ouvindo todos os setores. Vamos ouvir o empresariado, trazer grandes investimentos para gerar emprego que é o que nossa juventude precisa.

Pimenta – Com quem o senhor está conversando em relação a alianças?

Azevedo – Estamos conversando com todo mundo. Temos que sair dessa briga ideológica, partidária. Só traz atrasos. A cidade vem perdendo terrivelmente competitividade. O momento exige alguém sem barreiras ideológicas, partidárias, que seja suprapartidário. Quando prefeito, nós quebramos a polarização que existia em Itabuna. A cidade respirou.

Pimenta – O senhor disse que está aberto, vai procurar todo mundo. O senhor procuraria o prefeito para novamente formar chapa?

Azevedo – Eu nem sei se o prefeito é candidato. Isso é lá na frente que vai se ver. Eu estou decidido. Não abro mão da cabeça de chapa.

Pimenta – O senhor não aceitaria composição sendo vice?

Azevedo – Em hipótese alguma. Isso está descartado. O projeto nasceu, está aqui na minha mente. Vamos colocar nossa proposta para a sociedade, com um novo modelo. A gente realmente reconhece os erros que tivemos no governo e eles devem ser corrigidos. Além do lado da resposta do desenvolvimento socioeconômico da cidade, temos que buscar respostas para cuidar da dignidade humana.

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A gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, tendo que se deslocar pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho, criança morrendo em porta de hospital.

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Pimenta – O senhor tem sido cuidadoso nas críticas ao governo de Fernando. Isso se deve a quê? É pensando em aliança?

Azevedo – Nós temos que respeitar as pessoas. Sou amigo de Fernando, mas quando chega na questão administrativa, a gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, se deslocando pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho. Criança morrendo em porta de hospital. A gente não pode aceitar isso. Veja, faço crítica construtiva, para melhorar.

Pimenta – O senhor faria composição com o prefeito Fernando Gomes?

Azevedo – Fernando Gomes tem a linha dele e eu tenho a minha. Eu estou decidido a ser cabeça de chapa e ir até o final… Agora, não podemos rejeitar apoios. Quem quiser me seguir…

Pimenta – E partido, o senhor vai para a disputa no PL mesmo?

Azevedo – Pelo PL, 22.

Pimenta – Está fechado?

Azevedo – (risos) Está, e com garantia.

Pimenta – Com a garantia de quem?

Azevedo – Do presidente, José Carlos Araújo.

Pimenta – E essa disputa de Araújo com o João Bacelar, que é ligado a Fernando Gomes, não pode deixar o senhor sem legenda?

Azevedo – O presidente me garantiu. Confio na palavra dele. Ele disse “eu sou homem e enfrentei o maior chefe de quadrilha desse país, o Eduardo Cunha. Eu garanto o partido”. Ali, ele demonstrou o perfil de homem determinado…

Pimenta – O PL é da base. O senhor buscará os partidos da base do governo estadual?

Azevedo – Eu não tenho restrições. Hoje a nossa base é Itabuna. Queremos criar o momento. Quando o político se elege, ele tem que procurar o governador, o presidente. A gente não tem como fugir disso aí. Eu era prefeito pelo Democratas e consegui recursos no Estado e na União em governos que eram do PT, com [Jaques] Wagner e Lula. Quebramos esse paradigma. Agora, eu tive sanções, né? Na saúde, a gente não recuperou a gestão plena [perdida no governo de Fernando Gomes, em novembro de 2008, e só recuperada em 2013, com Vane do Renascer].

 

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Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde. Quanto mais muda de secretário, complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

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Pimenta – O senhor acha que escolheu os melhores quadros para a Saúde?

Azevedo – Olha, a saúde é uma pasta complicada. Dr. Antônio Vieira contribuiu bastante. Depois, entendemos que deveríamos ter um alinhamento político, havia boicote em algumas áreas, e nomeamos um outro secretário, [Geraldo Magela, hoje secretário de Ilhéus]. Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde.

Pimenta – É uma crítica indireta a Fernando Gomes, que está no sexto secretário de Saúde desde 2017?

Azevedo – É dizer que é uma área complicada e só foram dois, né? Acho que quanto mais muda de secretário há solução de continuidade, complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.Leia Mais

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Letícia foi assassinada no início do mês

A Polícia Civil acredita ter desvendado o mistério em torno da morte de uma mulher e o sequestro de um bebê em Eunápolis, no extremo-sul da Bahia, no início deste mês. De acordo com a polícia, Sílvia Letícia Araújo Pacheco, de 26 anos, foi assassinada por uma amiga.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 4 deste mês já em estado de decomposição, no interior da casa onde morava com a criança.A acusada seria Helainne Alves, de 32 anos, que estaria foragida desde que a história foi descoberta.

Segundo as investigações, Sílvia Letícia foi assassinada pela amiga que havia inventado uma gravidez e queria roubar o filho da vítima para apresentá-lo como filho dela. Conforme a Polícia Civil, a mulher planejou os crimes: a morte da vítima e sequestro do bebê, que na época tinha dois meses de idade.

A polícia descobriu que a mulher decidiu roubar o bebê para enganar um namorado, que tinha deixado o município, mas seguia com relacionamento a distância. A acusada informou para o namorado que estava grávida e exigiu que ele retornasse para cidade por causa do falso bebê.

Como não estava grávida, a suspeita teria decidido a roubar a criança para apresentar o namorado como se fosse filho dele. A criança foi localizada semanas depois e entregue para parentes da vítima, que moram em Porto Seguro, também no extremo-sul do estado. A acusada está sendo procurada pela polícia.

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Governo do estado vai duplicar ponte e avenida em Jequié

O governador Rui Costa assina, nos próximos dias, em Jequié, no sudoeste da Bahia, ordem de serviço para a duplicação da ponte sobre o Rio de Contas e a requalificação e duplicação da Avenida Toti Lomanto, que liga a BR-116 ao Centro da Cidade. Antiga reivindicação dos moradores, as intervenções vão desafogar o trânsito em dois pontos de grande movimentação.

No caso da ponte, a ideia é fazer fluir o tráfego de veículos e garantir maior segurança a pedestres e ciclistas que diariamente fazem a travessia do Rio de Contas, que separa o Centro da cidade do populoso bairro Mandacaru e do Centro Industrial de Jequié.

Realizada com recursos do Estado e orçada em R$25,6 milhões, a obra contempla a construção da ponte em pré-moldado de concreto, com ciclovia e passeio, e a articulação viária de todo o entorno, o que significa a requalificação das vias adjacentes com praça, equipamentos públicos, passeio e nova pavimentação.

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Hospital faz 45 mil atendimentos emergenciais

O setor de Emergência do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, registrou 44.895 atendimentos no ano passado. A unidade de saúde atende pacientes de 70 municípios e beneficia cerca de 1,7 milhão de pessoas do sul e baixo-sul da Bahia, sendo considerado um dos maiores hospitais do Estado.

O diretor assistencial do HRCC, Almir Gonçalves, explica que o hospital reduziu de maneira significativa o número de óbitos na urgência e emergência, ao mesmo tempo elevou e qualificou o atendimento do setor. “Em relação os anos anteriores, em 2019 reduzimos o número de óbitos, conforme levantamento epidemiológico sobre mortalidade institucional. O acompanhamento é feito pela Comissão de Revisão de Óbitos”, conta.

Para o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, a redução das taxas de mortalidade nesses procedimentos emergenciais é reflexo dos investimentos realizados pela gestão do governador Rui Costa em toda a malha hospitalar no estado. “É uma estrutura que, além de contar com equipamentos de ponta, buscamos atrair equipes mais preparadas e dedicadas para o setor público baiano. A Bahia é o estado que mais investe em saúde pública em todo o país”, diz o secretário.

A paciente Júlia Cardoso Soares, de 27 anos, moradora de Ilhéus, faz um relato emocionado sobre seu acolhimento no HRCC. “Tive um problema e fui levada a UPA da zona sul e, depois para cá, onde cheguei tremendo, quase convulsionando, pressão alta. Eu seguia para uma hospital de Itabuna, conveniado ao meu plano de saúde, mas minha mãe pediu para parar aqui, porque eu poderia não aguentar chegar até lá. Aqui, meu atendimento foi rápido, de imediato. Foram correndo me estabilizar e controlar minha pressão. Devido à excelência do atendimento, qualidade da assistência e medicamento disponível, ficamos aqui no SUS”, relembra.

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PRF apreende carro roubado

Policiais rodoviários federais apreenderam, na madrugada de quinta-feira (30), na BR-101, no sul da Bahia, um veículo Fiat Strada, prata, que pode sido utilizado num suposto sequestro de um homem em Itabuna. O crime teria ocorrido na noite de quarta-feira (29), quando pelo menos dois homens cercaram um terceiro, que foi obrigado entrar no veículo. A ação foi filmada por câmeras de seguranças do bairro.

Os agentes apreenderam o veículo depois de uma perseguição pela BR-101. Os bandidos descumpriram uma ordem dos policiais, quando trafegavam em frente à Delegacia da PRF, e iniciaram uma fuga em alta velocidade pela rodovia. De acordo com os policiais,  o motorista transitou em velocidade incompatível, sem observar as normas gerias de circulação e conduta prudente no trânsito, bem como desrespeitou às sinalizações dos trechos, colocando em risco a segurança de todos.

A caminhonete só parou após o condutor perder o controle da direção e colidir com uma defensa metálica às margens da rodovia.Os suspeitos abandonaram o carro e fugiram pelo matagal. Após  consulta ao sistema de dados da PRF, os agentes descobriram se tratar de um automóvel roubado em 6 de janeiro do ano passado, em Itabuna.

O veículo apreendido foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Itabuna para os procedimentos cabíveis e posterior devolução ao proprietário. Nenhum dos suspeitos foi preso até o momento. Também não há informações sobre o paradeiro do homem que teria sido sequestrado no Zildolândia.

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Aumenta o número de pessoas na informalidade 

A taxa média de desocupação baixou de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019, a segunda queda anual consecutiva, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A pesquisa revelou um contingente de 12,6 milhões de pessoas desocupadas, no ano passado, 1,7% a menos do que em 2018. Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos.

A soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar – atingiu 41,1% da população ocupada, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016, apesar da estabilidade em relação a 2018. “Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas”, avalia a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

O Brasil conta com 11,6 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, exceto empregados domésticos – expansão de 4% em relação a 2018 e o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012. O número de trabalhadores por conta própria atingiu o maior nível da série, subindo para 24,2 milhões, sendo que a maior parte (19,3 milhões), sem CNPJ. O número também representa um acréscimo de 3,9 milhões de pessoas desde 2012. Na comparação com 2018, a expansão foi de 4,1% (958 mil).

Esses dados mostram que apesar da ligeira melhora no número de trabalhadores com carteira assinada, com a expansão de 1,1% pela criação de 356 mil vagas – interrompendo a trajetória descendente entre 2015 e 2018 –, ela não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade na passagem de 2018 para 2019. Do acréscimo de 1,8 milhão no número de ocupações, 446 mil foram vagas sem carteira assinada; e a maior parte, 958 mil, são ocupações de trabalhadores por conta própria, dos quais 586 mil sem CNPJ.

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Coronel convida Rui para o PSD para disputar a presidência da República

O senador Ângelo Coronel (PSD) convidou publicamente o governador Rui Costa (PT) para se filiar ao PSD para ser candidato a presidente do Brasil. “O PT nacional não quer Rui Costa como candidato a presidente do país em 2022, por isso acredito que ele venha para o PSD e seja candidato a presidente do país”, disse ele ao Políticos do Sul da Bahia.

O convite ocorre em um momento em que Coronel tem criticado tanto Rui como Jaques Wagner, porque a dupla estaria estimulando a candidatura de Major Denice, da Ronda Maria da Penha, à Prefeitura de Salvador. Para Coronel, Rui estaria discriminando as pré-candidaturas masculinas. Coronel é um dos nomes na disputa na capital baiana.

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Walmir Rosário

 

Perdemos nós as suas ideias – extravagantes, para alguns pobres de espírito – e que nos faz falta pela alegria contagiante. Hoje, em seu aniversário, será tudo diferente do que ele faria: não teremos bolo, não teremos champagne, nem cantaremos parabéns.

 

Hoje, 31 de janeiro, comemoramos o aniversário de Carlos Henrique Brito do Espírito Santo, o fenomenal Charles Henri, itabunense que conquistou o Brasil com sua irreverência e modo de viver. Na minha humilde concepção, morre o homem mas fica a fama (melhor seria conceito), daí considerar a data como dia de comemoração. Fui alertado pelo Facebook, apontando, que se vivo estivesse, completaria hoje 72 anos.

Confesso que não sou bom (péssimo, aliás) para lembrar os aniversários dos amigos e familiares, o que considero de minha parte uma falta de educação ou reciprocidade com pessoas da minha estima. Muito sabem disso e nem por isso nossa amizade fica estremecida. Em nome dessa legião cito como um bom exemplo o amigo Rui Carvalho, sempre o primeiro a me felicitar, embora a recíproca não seja verdadeira. Deixa pra lá.

Charles Henri continua merecendo todas as honras no dia do seu aniversário e fora dele pelo que representou para o jornalismo itabunense e regional. Além de mudar o vocabulário que nem todos os leitores de jornais entendiam, viveu com intensidade a vida social(?), promovendo festas monumentais com todos requintes dos grandes centros do Brasil e do mundo.

Mas falar de Charles Henri referindo-se apenas às festas que promovia é uma atitude mesquinha e que não condiz com a grandeza de suas atitudes quando o assunto era a sociedade. Não me prendo à alta sociedade comumente compreendida pelos frequentadores assíduos das colunas sociais escritas por Charles e tantos outros que se dedicaram a este segmento do jornalismo.

Destaco o Charles Henri destemido que assumiu o Itabuna Esporte Clube após ter sido abandonado pelos cartolas devido aos altos investimentos que nem sempre alcançavam os resultados pretendidos. Mostrou ser possível formar uma grande equipe investindo dedicação, unindo forças antagônicas em torno de um ideal. Com a mesma determinação que solicitava recursos aos cacauicultores, reivindicava a construção do estádio.

Quando dado como “morto” o Sindicato de Jornalistas do Sul da Bahia, Charles Henri partiu para mais uma ressurreição e se lançou candidato à presidência da entidade, vencendo mais uma peleja. Suas empreitadas não tinham limite e sempre foram vencedoras por atuar com foco e denodo, conseguindo reunir pessoas diversas num mesmo ideal.

Com a mesma dedicação que organizava um evento para uma autoridade pública, para uma pessoa de posses (financeira), com todo o requinte promovia um encontro com amigos despossuídos. Muito comum receber dele o convite para participar de um almoço, jantar, enfim, qualquer evento para homenagear uma pessoa de sua (nossa) convivência dentro dos padrões do custo 0800.

Charles Henri desfilando no carnaval do Rio de Janeiro pela Escola Beija-Flor

Charles Henri vivia, de forma macro, a sociedade 24 horas por dia. Com o mesmo destaque desfilavam por suas colunas pessoas poderosas, bem como as desconhecidas do high society. Viveu todo o luxo e riqueza da época áurea do cacau, acudiu instituições no período do debacle (vacas magras), atravessou com galhardia o período de recuperação econômica com o mesmo fôlego e galhardia em que desfilava como um dos principais destaques da Escola de Samba Beija-Flor no carnaval carioca.

Em novembro de 2018 Charles Henri muda de projeto, nos deixa neste mundo e parte para o além ou qualquer lugar neste universo. Perdemos nós as suas ideias – extravagantes, para alguns pobres de espírito – e que nos faz falta pela alegria contagiante. Hoje, em seu aniversário, será tudo diferente do que ele faria: não teremos bolo, não teremos champagne, nem cantaremos parabéns.

Nos basta a lembrança desta magnífica figura humana.

Walmir Rosário é jornalista, radialista e advogado, além de editor do Cia da Notícia.

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Prazo de adesão e para quitar dívida acaba nesta sexta

Termina nesta sexta (31) o prazo para o pequeno e micro empresário continuar no regime de tributação do Simples Nacional. Para quem ainda tem dívida ou pendência com estado, município ou União, é necessário comprovar a quitação do débito para poder continuar no Simples Nacional. O prazo também se aplica a empresários interessados em aderir ao regime pela primeira vez. Quem perder o prazo, terá que aguardar até o ano que vem para pedir adesão.

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos para micro e pequenas empresas. Dentre suas vantagens está o de agregar oito impostos e contribuições de estados, municípios e da União em uma única arrecadação, facilitando a burocracia do pequeno empresário.

Além disso, de acordo com Carlos Melles, presidente do Sebrae, o regime do Simples Nacional prevê alíquotas menores: de 4,5% para o comércio e 11% para os outros setores.

“A previsão é de impostos muito mais baixos, ou seja, que vão de 4% a 4,5% para o comércio até 11% ou 11,5% para outros setores, contra uma carga tributária de 36%, que é a carga tributária do empresariado brasileiro.”

Até o momento, foram realizadas 534.794 solicitações para o Simples Nacional, sendo que dessas foram deferidas mais de 190 mil.

Para obter mais informações, basta acessar o portal do Simples Nacional no site da Receita Federal.

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Ônibus destruiu guarita e parte de moto na entrada da garagem, em Itabuna

Um ônibus desgovernado destruiu a guarita da sede da Rota Transportes, no Bairro Santo Antônio, em Itabuna, na manhã desta sexta-feira (31). O veículo estava deixando a garagem, quando ocorreu o acidente. O ônibus foi fabricado em 2005 e é usado em linhas que serve os municípios de Ilhéus, Itabuna, Itajuípe e Buerarema.

Não se sabe se o acidente foi causado por falha mecânica. A empresa ainda não se posicionou. Ninguém ficou ferido, apesar da cena de destruição no local. Uma moto também foi atingida pelo ônibus.

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Valderico, também conhecido como Júnior Reis, era do Podemos, mas migrou para o DEM

O empresário Valderico Júnior está se articulando nos bastidores para não deixar o Podemos escapulir do seu arco de alianças que está sendo desenhado para a candidatura a prefeito de Ilhéus.

A ameaça de perda de controle do partido surgiu após o filho do ex-prefeito Valderico Reis decidir deixar a base de Rui Costa e migrar para o DEM do oposicionista ACM Neto. Emissário de Mário Alexandre procurou a cúpula do Podemos para que a sigla apoie a reeleição do prefeito ilheense.

Na missão para manter o Podemos na sua aba, Valderico Júnior conta com ajuda do advogado Michel Reis.

A ameaça, aliás, não é tão levada a sério. Em Itabuna, o Podemos apoiará Dr. Mangabeira, que, apesar de estar no PDT, é oposição a Rui Costa.

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Capitão Azevedo durante entrevista em que falou de passado e alianças para 2020

O ex-prefeito Capitão Azevedo diz que a disputa entre as áreas de marketing e de coordenação de campanha, por vaidade, causou a sua derrota em 2012, quando tentou a reeleição. Azevedo perdeu para Claudevane Leite (Vane do Renascer) por uma diferença de 1.107 votos (45.623 a 44.516). Pré-candidato pelo PL, Azevedo concedeu entrevista ao PIMENTA e diz que errou ao não adotar critério técnico na formação da equipe de governo em 2009, quando assumiu a Prefeitura de Itabuna.

Hoje, Azevedo diz ter um grupo novo e que governará ouvindo todos os setores da sociedade. Para ele, a vitória em 2008 oxigenou a política de Itabuna ao interromper a polarização entre os grupos de Fernando Gomes e de Geraldo Simões. Atribui a si o título de recordista na captação de recursos e execução de grandes obras, embora fosse de um partido de oposição aos governos estadual e federal à época.

Na última semana, parte da entrevista já havia sido publicada, quando Azevedo respondia se aceitaria ser vice de Fernando Gomes. Diz que sua condição não será outra que não a cabeça de chapa. Também fala que, se eleito, vai “destravar a cidade” apostando em mobilidade urbana. E diz ter sido frustrado pelo ex-governador Jaques Wagner, que prometeu duplicar o trecho da BR-415 que vai da Nova Itabuna até Ferradas. Abaixo, confira a íntegra da entrevista que abre a série com pré-candidatos.

Blog Pimenta – O senhor terminou a disputa de 2016 em 4º lugar. Por que a decisão de se candidatar novamente a prefeito?

Capitão Azevedo – Agora ficou mais claro para a população que os meus sucessores [Vane do Renascer e Fernando Gomes] não tiveram a mesma capacidade para captar recursos e executar obras. Sem apoio político, nós captamos R$ 98 milhões e executamos grandes obras, como a cobertura do Canal Lava-Pés, na Avenida Amélia Amado. Lembra como era aquilo quando chovia? Demos outra cara àquela região. Ali passam 90% dos ônibus de Itabuna.

Pimenta – Essa seria a razão principal?

Azevedo – Olha, nós trabalhamos nos bairros direitinho, fazendo esgotamento sanitário, asfaltando, construindo casas dignas. São Pedro, Manoel Leão, Santa Clara, Maria Pinheiro, Zizo, Daniel Gomes, Pedro Jerônimo. No Maria Pinheiro, existia uma rua que chamavam de Rua da Bosta. Esse era o nome real. O esgoto corria pela rua. Hoje isso é passado. Bairros que não eram vistos pelo poder público. Atacamos a infraestrutura, investimos nas pessoas.

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Existiam ali, [na eleição de 2012], a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro.

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Pimenta – O senhor diz que fez captação recorde de recursos, executou grandes obras. A que o senhor atribui a não reeleição?

Azevedo – Eu atribuo a erros dentro da equipe. Na véspera do pleito, no sábado, fizemos a maior caminhada da história de Itabuna. Os adversários filmaram tudo e tomaram providência para agir na virada da noite, foram para o voto útil. Veja só: perdi a eleição de forma apertada, por 1.107 votos.

Pimenta – E o “racha” interno…

Azevedo – Exatamente. Existiam ali a equipe de marketing e a coordenação, que estavam tendo desentendimentos e aquilo prejudicou. Foi vaidade. Cada um querendo ser melhor que o outro. Isso, realmente, cria embaraços, é até comprometedor.

Pimenta – O que o senhor não repetiria em um eventual governo?

Azevedo – Não repetiria o critério de formação da equipe. Hoje, temos que ter técnicos para dar os resultados que a sociedade precisa. Estamos buscando a inteligência das universidades daqui, ouvindo todos os setores. Vamos ouvir o empresariado, trazer grandes investimentos para gerar emprego que é o que nossa juventude precisa.

Pimenta – Com quem o senhor está conversando em relação a alianças?

Azevedo – Estamos conversando com todo mundo. Temos que sair dessa briga ideológica, partidária. Só traz atrasos. A cidade vem perdendo terrivelmente competitividade. O momento exige alguém sem barreiras ideológicas, partidárias, que seja suprapartidário. Quando prefeito, nós quebramos a polarização que existia em Itabuna. A cidade respirou.

Pimenta – O senhor disse que está aberto, vai procurar todo mundo. O senhor procuraria o prefeito para novamente formar chapa?

Azevedo – Eu nem sei se o prefeito é candidato. Isso é lá na frente que vai se ver. Eu estou decidido. Não abro mão da cabeça de chapa.

Pimenta – O senhor não aceitaria composição sendo vice?

Azevedo – Em hipótese alguma. Isso está descartado. O projeto nasceu, está aqui na minha mente. Vamos colocar nossa proposta para a sociedade, com um novo modelo. A gente realmente reconhece os erros que tivemos no governo e eles devem ser corrigidos. Além do lado da resposta do desenvolvimento socioeconômico da cidade, temos que buscar respostas para cuidar da dignidade humana.

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A gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, tendo que se deslocar pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho, criança morrendo em porta de hospital.

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Pimenta – O senhor tem sido cuidadoso nas críticas ao governo de Fernando. Isso se deve a quê? É pensando em aliança?

Azevedo – Nós temos que respeitar as pessoas. Sou amigo de Fernando, mas quando chega na questão administrativa, a gente não pode aceitar que uma mãe não possa ser atendida na hora do parto, se deslocando pra Ilhéus, Jequié ou outra cidade para ter filho. Criança morrendo em porta de hospital. A gente não pode aceitar isso. Veja, faço crítica construtiva, para melhorar.

Pimenta – O senhor faria composição com o prefeito Fernando Gomes?

Azevedo – Fernando Gomes tem a linha dele e eu tenho a minha. Eu estou decidido a ser cabeça de chapa e ir até o final… Agora, não podemos rejeitar apoios. Quem quiser me seguir…

Pimenta – E partido, o senhor vai para a disputa no PL mesmo?

Azevedo – Pelo PL, 22.

Pimenta – Está fechado?

Azevedo – (risos) Está, e com garantia.

Pimenta – Com a garantia de quem?

Azevedo – Do presidente, José Carlos Araújo.

Pimenta – E essa disputa de Araújo com o João Bacelar, que é ligado a Fernando Gomes, não pode deixar o senhor sem legenda?

Azevedo – O presidente me garantiu. Confio na palavra dele. Ele disse “eu sou homem e enfrentei o maior chefe de quadrilha desse país, o Eduardo Cunha. Eu garanto o partido”. Ali, ele demonstrou o perfil de homem determinado…

Pimenta – O PL é da base. O senhor buscará os partidos da base do governo estadual?

Azevedo – Eu não tenho restrições. Hoje a nossa base é Itabuna. Queremos criar o momento. Quando o político se elege, ele tem que procurar o governador, o presidente. A gente não tem como fugir disso aí. Eu era prefeito pelo Democratas e consegui recursos no Estado e na União em governos que eram do PT, com [Jaques] Wagner e Lula. Quebramos esse paradigma. Agora, eu tive sanções, né? Na saúde, a gente não recuperou a gestão plena [perdida no governo de Fernando Gomes, em novembro de 2008, e só recuperada em 2013, com Vane do Renascer].

 

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Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde. Quanto mais muda de secretário. Complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

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Pimenta – O senhor acha que escolheu os melhores quadros para a Saúde?

Azevedo – Olha, a saúde é uma pasta complicada. Dr. Antônio Vieira contribuiu bastante. Depois, entendemos que deveríamos ter um alinhamento político, havia boicote em algumas áreas, e nomeamos um outro secretário, [Geraldo Magela, hoje secretário de Ilhéus]. Olha, no meu governo só foram dois secretários de saúde.

Pimenta – É uma crítica indireta a Fernando Gomes, que está no sexto secretário de Saúde desde 2017?

Azevedo – É dizer que é uma área complicada e só foram dois, né? Acho que quanto mais muda de secretário há solução de continuidade. Complica. E os efeitos são terríveis para a sociedade, para quem mais precisa.

Pimenta – Com quem o senhor já conversou? Com quais partidos está fechado?

Azevedo – Esse é o momento da busca, do namoro. Hoje, tem o aspecto da proporcional [vereadores], que não tem mais coligação. Cada partido quer candidato a prefeito forte para fazer vereador. Nós estamos com o PL e dialogando com os demais, de centro, de direita, de esquerda.

Pimenta – Como o senhor vai trabalhar para atingir as várias faixas e perfis do eleitorado, da direita à esquerda, e não apenas os mais pobres, foco na campanha de 2016?

Azevedo – Você observa que eu falo o pensar Itabuna livre. É para termos liberdade e melhor forma de agregar esse eleitorado. Nós temos que buscar esse universo, buscar quem pensa Itabuna, livre dessas amarras ideológicas e pensando no desenvolvimento da cidade. Temos que apresentar plano de governo para a sociedade itabunense. Sinto que podemos conquistar o maior universo de eleitores.

 

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Nós vamos destravar a cidade, destravar Itabuna. Vamos criar a maior política de mobilidade da história de Itabuna.

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Pimenta – O senhor vai para a terceira disputa a prefeito. É bem conhecido do eleitorado. O que levará de diferente para conquistá-lo?

Azevedo – Começa pela formação da equipe. Estamos vivendo outro momento, outra equipe planejando a cidade. Não são planos mirabolantes. Você tem que rasgar grande avenidas. Eu tenho uma queixa de [Jaques] Wagner, que garantiu na TV que duplicaria aquele trecho da Nova Itabuna até Ferradas da BR-415. Prometeu. Não saiu. Olha, isso seria um vetor de desenvolvimento. Feira e Conquista se desenvolveram porque pensaram. Estão no topo.

Pimenta – E Itabuna?

Azevedo – Nós vamos destravar a cidade, destravar Itabuna. Vamos criar a maior política de mobilidade da história de Itabuna. Vamos construir um trevo em cima dessa rótula do São Caetano, tirar aquela complexidade de trânsito que é a Manoel Chaves com a Princesa Isabel.

Pimenta – Há um gargalo naquela região, que é a rótula da ponte do São Caetano. Qual seria a solução?

Azevedo – Ali, podemos construir um viaduto para melhorar o sistema viário.

Pimenta – Na campanha, o senhor chegou a mostrar projeto de ponte estaiada, ligando a Amélia Amado com o Conceição. Sairia mesmo ou era apenas factoide de campanha?

Azevedo – Nós tínhamos R$ 90 milhões para aquela ponte, lá no Ministério das Cidades.

Pimenta – Esse projeto seria factível hoje?

Azevedo – Sim, tranquilo. Vamos apresentar à União. Projeto que não tem malandragem, os técnicos analisam e dão resposta.

 

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Iremos fomentar não apenas o Interbairros [de Futebol]. Nós vamos fomentar os jogos estudantis, outras modalidades esportivas. O basquete, o vôlei, futebol, vôlei, futsal… Praticamente, o esporte foi extinto do planejamento do poder público em Itabuna.

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Pimenta – O senhor tem falado em recriar a Secretaria de Esporte. Vai ter verba para várias modalidades ou só futebol?

Azevedo – Nós temos que resgatar o esporte e envolver esses jovens, que são mais vulneráveis à violência. A partir do momento que a gente oferece infraestrutura, campos, quadras, Vila Olímpica, estádio, com auxílio para quem não tem condições de comprar chuteira, tênis, uniforme, a gente estimula esses jovens, coloca num bom caminho. E vamos fomentar não apenas o Interbairros [de Futebol]. Nós vamos fomentar os jogos estudantis, outras modalidades. O basquete, o vôlei, futebol, vôlei, futsal… Praticamente, o esporte foi extinto do planejamento do poder público em Itabuna.

Pimenta – O que o senhor pensa em relação à área social?

Azevedo – Nós fizemos, com recursos próprios, o Bolsa-Renda. Nós realmente tiramos os barracos de madeira, construímos casa com quarto, sala, cozinha… Olha, eu fui rápido e enxerguei que tinha o Minha Casa Minha Vida. As empresas começaram a aparecer querendo áreas para construir casas. Vi que precisavam de incentivo e que ia contemplar famílias de 0 a 3 salários mínimos. Fiz anteprojeto de lei e dei incentivo às empresas para construir.

Pimenta – Quais incentivos?

Azevedo – Isentei as empresas de pagar ISS [Imposto sobre Serviços]. Com a isenção de 5%, foram R$ 100 milhões para construir esses apartamentos, com Pedro Fontes I e II, Jardim América I e II, o Itabuna Parque, o Vida Nova, Gabriela, Jubiabá e São José. São fruto da política pública que eu crie. Isso, realmente, atrai as empresas a fim de construir esses apartamentos e tiramos esse déficit terrível. Todas essas pessoas que moram nesses apartamentos sabem que foi Capitão Azevedo que criou essa lei.

Pimenta – Os condomínios enfrentam problemas de segurança, com a presença e controle do tráfico. Como muda isso?

Azevedo – Você sabe que alguém fala em polícia. Sim, é válido. Mas temos que criar programas sociais, trabalhar pesado o social, com esporte, lazer, cultura. Eu pretendo criar um grande empreendimento na área da formação técnica profissional, com a realização de cursos para motos, caminhões…

 

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No planejamento, se houver ingerência política, joga-se tudo por água abaixo. Tanto que, seja na União, Estados ou municípios, há carência terrível de planejamento.

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Pimenta – Quem o senhor tem como referência em gestão pública no Brasil?

Azevedo – Jaime Lerner, de Curitiba, que foi vereador, prefeito, governador. Em 2012, estivemos lá para conhecer o que foi feito, e como foi feito, por Lerner. Cidade planejada que tem perspectiva de desenvolvimento, mobilidade urbana… Curitiba, com Lerner, virou referência. Ele planejou, executou.

Pimenta – Planejamento é um desafio na gestão pública, que se torna ainda maior quanto menor é o município. Como mudar essa mentalidade?

Azevedo – No planejamento, se houver ingerência política, joga-se tudo por água abaixo. Tanto que, seja na União, Estados ou municípios, há carência terrível de planejamento. Interesse político era para construir quadra. Aí vem o político e diz “não, aquela quadra, não. Quero campo do lado de lá.”. Por interesse político, vai e cede para atender corrente. Você tem que estudar de forma científica os anseios da população. Por exemplo, hoje, o que é que a população mais precisa? Saúde, emprego, segurança pública. Para termos estes dados, precisamos pesquisar, pesquisar a real da situação, saber o que está acontecendo. Nosso planejamento vai cuidar disso aí. Saber o desejo da comunidade. Na medida que consulta toda a sociedade, tem um diagnóstico mais perfeito.

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Placa com padrão Mercosul entra em vigor hoje (31) em todo o país

Após sucessivos adiamentos, começa a valer nesta sexta-feira (31) o prazo para uso obrigatório da placa do Mercosul em veículos de todos os estados. A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.

A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.

Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.Leia Mais

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Com oportunidades para vários níveis de escolaridade, as unidades de Itabuna e Jequié ofertam total de 38 vagas de emprego nesta sexta-feira (31). A unidade itabunense têm 35 ofertas hoje, enquanto Jequié disponibiliza outras 3.

Os candidatos precisam apresentar carteiras de Trabalho e de Identidade, CPF e comprovantes de escolaridade e de residência para fazer cadastro no SineBahia. Clique em Leia Mais e confira todas as oportunidades para hoje em Itabuna e Jequié.Leia Mais

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Por 10 votos a 2, o Conselho Municipal de Saúde decidiu que a Prefeitura de Itabuna terá que repassar à Santa Casa de Misericórdia os R$ 25,5 milhões que o Ministério da Saúde enviou para realização de 1.000 cirurgia bariátrica. O governo municipal reteve o dinheiro, prejudicando obesos e a Santa Casa. A manobra motivou denúncia do deputado federal Jorge Solla contra o prefeito Fernando Gomes.

Apesar da decisão do Conselho Municipal desta quinta-feira (30), há resistência do secretário de Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento, em fazer o repasse integral à Santa Casa. Ele foi o autor de proposta de retear a “bolada”, com a Prefeitura ficando com R$ 17,5 milhões dos R$ 25,5 milhões, deixando apenas R$ 5 milhões para a Santa Casa e outros R$ 3 milhões para a Fundação Fernando Gomes, que mantém a Maternidade Ester Gomes (Maternidade da Mãe Pobre).

Cada cirurgia bariátrica custa, em média, R$ 25 mil. A verba foi obtida por um esforço da ONG do Obeso e do médico especialista Fabrício Messias em Brasília. Deputados também se mobilizaram para garantir os R$ 25,5 milhões, ainda no final de 2019. O dinheiro chegou em Itabuna e ficou retido.Leia Mais