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Os empresários do setor da moda estão cautelosos com o movimento de retomada da economia. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, a grande maioria reduziu o volume de compras ou desistiu de adquirir novas coleções para a próxima temporada, em comparação com 2019 (20% não compraram e 39% reduziram o volume de compras acima de 30%).

Para esses empreendedores, os maiores desafios para a retomada e sobrevivência do negócio são capital de giro (50%), planejamento de compras e giro de estoques (27%), o fato dos produtos e serviços de moda não serem vistos como essenciais (25%) e os controles financeiros pós-pandemia (23%).

O levantamento, finalizado em 9 de setembro, mostrou que 84% das empresas da moda já retomaram as atividades (resultado pouco acima da média do conjunto da economia – 81%). Apesar disso, essas empresas (em sua maioria, pequenos negócios), ainda sofrem uma perda ligeiramente maior de faturamento (-42%), quando comparado ao período antes da crise. Na média de todos os setores, a perda de faturamento é de 40%.

As reduções de faturamento mais expressivas estão nos segmentos de moda praia (-76%), moda sustentável ou agênero (-48%) e moda infantil e uniformes/fardamento (-46%). Na situação oposta, os segmentos de moda lar (-23%) e moda íntima (-25%) foram os que registraram o menor nível de perdas, em comparação com o período pré-crise.

ESTRATÉGIAS

De acordo com a pesquisa, o investimento nas plataformas digitais (50%) e no delivery (20%) foram as principais estratégias adotadas pelas empresas da moda para reduzir as perdas de faturamento.

Os empresários entrevistados informaram que, nos próximos seis meses, as principais estratégias que eles pretendem implementar são: ampliar as ações de vendas digitais (44%), rever a gestão dos estoques (21%), adequar a empresa aos protocolos (20%), investir em mudar o visual da loja (16%) e mudar a gestão do negócios (12%).

CRÉDITO

Ainda segundo o levantamento, 50% dos empresários da cadeia produtiva da moda buscaram empréstimos desde o início da pandemia. A exemplo do que ocorreu em outros segmentos da economia, a minoria deles (24%) tiveram o pedido de crédito aprovado pelas instituições financeiras. De acordo com os empresários, o CPF negativado (12%) e o registro negativo no Cadin/Serasa (5%), foram as principais alegações apresentadas pelas instituições financeiras para a rejeição dos empréstimos.

NÚMEROS DA PESQUISA

(Confira números da pesquisa clicando em “leia mais”, abaixo)

* Dois terços (2/3) do setor é formado por Microempreendedores Individuais.

* Com a reabertura, 84% dos negócios estão em funcionamento.

* As perdas mais expressivas estão nos segmentos de moda praia (-76%), moda sustentável ou agênero (-48%) e moda infantil e uniformes/fardamento (-46%).

* Já o menor nível de perdas foi registrado nos segmentos de moda lar (-23%) e moda íntima (-25%).

* Em comparação com 2019, 20% dos empresários não compraram coleções para a próxima temporada e 20% reduziram em mais de 50% o volume de compras.

* Apenas 5% dos empresários aumentaram o volume de compras para a próxima temporada.

* Os Maiores desafios para os empresários da moda são: capital de giro (50%), planejamento de compras e giro de estoques (27%), produtos e serviços de moda não são vistos como essenciais (25%) e controles financeiros pós-pandemia (23%).

* O incremento das ações no meio digital (50%) e no delivery (20%), foram as principais estratégias adotadas para melhoria das vendas.

* Nos próximos seis meses, as principais estratégias que esses empresários pretendem implementar são: investir em ações de vendas digitais (44%), rever a gestão dos estoques (21%), adequar a empresa aos protocolos (20%), investir em mudar o visual da Loja (16%) e mudar a gestão do negócios (12%).

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