Suspeito é morto (foto) e policial militar é baleado
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Um policial militar está internado em estado grave no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna,  no sul da Bahia.  O PM Lucas Mota foi baleado, na tarde deste sábado (22), em uma operação no bairro Novo Horizonte. Atingido com pelo menos três disparos, o policial está sendo submetido uma cirurgia.

Durante a operação policial, um suspeito de fazer parte de uma das facções criminosas de Itabuna foi baleado e não resistiu aos ferimentos.  Ele é conhecido como Melck. Outros criminosos conseguiram fugir do cerco policial e estão sendo procurados.

Atualização às 21h06min – A equipe médica concluiu procedimento cirúrgico, considerado um sucesso. O policial está fora de perigo.

Inscrições começam na segunda-feira (24).
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O Ministério da Educação abre, na segunda-feira (22), as inscrições no Programa de Bolsa Permanência (PBP) para 2022. O benefício, de R$ 900, é pago para estudantes indígenas e quilombolas, matriculados em cursos de graduação presencial ofertados por instituições federais de ensino superior.

De acordo com a portaria publicada na edição na sexta-feira (21) do Diário Oficial da União, as inscrições deverão ser realizadas pelo Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), no período de 24 de janeiro a 28 de fevereiro.

A análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante e a aprovação do cadastro no SISBP deverão ser realizadas pelas instituições federais de ensino superior, no período de 24 de janeiro a 31 de março.

O Programa de Bolsa Permanência foi criado em 2013 e busca enfrentar as desigualdades sociais e étnico-raciais, garantindo a permanência e diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade.

Sobrinho e tio desapareceram na terça-feira (18)
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Encontrado neste sábado (22), no mar, ao sul de arquipélago de Abrolhos, em Caravelas, no extremo-sul da Bahia, o corpo do pescador Paulo Henrique Machado Rocha, de 48 anos. Ele e a sobrinha, Laila Rocha Nascimento, 35 anos, desapareceram na terça-feira (18), quando saíram para mais um dia de pescaria.

Depois que partiram de Porto de Ponta de Areia, distrito de Caravelas, tio e sobrinha não foram mais vistos. O corpo de Paulo Henrique Machado foi encontrado por outro pescador. As buscas pelo corpo de Laila Rocha prosseguem.

A aflição da família dos pescadores aumentou depois que rádio do barco, mochila, chinelos, vasilhas com comida e uma caixa de isopor (usada para armazenar os pescados) foram encontrados no mar. O barco ainda não foi localizado.

Joana Guimarães é reitora da UFSB
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Séculos de exclusão e discriminação criaram a premissa do menor potencial. Frases como “Isso não é pra gente como nós”, “Nosso lugar é na cozinha”, entre outras, ouvidas de pessoas negras que estavam ao meu redor, acompanharam-me em grande parte da minha infância e adolescência. Mas eu me insurgi, resisti, reconfigurei a situação e cheguei até aqui. Porém, não foi fácil. E não é para nenhuma de nós.

 

Joana Guimarães

Desde que assumi o cargo de reitora na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), sempre me perguntam como é ser uma mulher negra ocupando um cargo em que tão poucas pessoas na minha condição estão presentes. Ao pensar sobre isso, vem à mente que a questão não é esse ou aquele cargo, mas a ocupação dos espaços de prestígio na sociedade que sempre foi algo de difícil alcance para pessoas negras. Estou na vida acadêmica como gestora desde 2006, quando assumi o cargo de diretora do campus da UFBA em Barreiras. Em 2011, fui para a vice-coordenação da Comissão de Implantação da UFSB. Em 2013, assumi a vice-reitoria dessa mesma universidade e, em 2018, o cargo de reitora, o qual exerço até aqui. Nessa trajetória, sempre fui a exceção que comprovava a regra do racismo.

Certamente a cor da pele define nossa posição na sociedade e como esta nos vê. Isso pode ser observado nas discussões sobre o desempenho dos cotistas na universidade. Havia e em certa medida ainda há uma preocupação com desempenho — fruto da concepção de que essas pessoas possuem dificuldades no aprendizado por conta da falta de exposição a elementos educacionais e culturais dominantes na nossa sociedade, tais como escolas renomadas, bons livros, cinema, teatro, museus — o que chamamos de capital cultural. Porém, não se levam em consideração as experiências comunitárias e culturais descentradas que também fazem com que, mesmo sem acesso a tudo isso, essa maioria minorizada desenvolva vivências que fazem com que não só tenham capacidade outras como a resiliência e um enorme potencial para agarrar as oportunidades que surgem à frente. Uma espécie de rebeldia contra a subalternidade determinada historicamente. Aliado ao fato de que pessoas negras devem estar onde estão porque esse é o seu lugar na sociedade — construiu-se a premissa dominante de que elas têm menor potencial que pessoas brancas.

No meu caso particular, quando adentrei esse mundo da gestão e, consequentemente, passei a ocupar cargos de destaque mesmo detendo todas as credenciais de uma egressa da Ivy League, não à toa, o racismo teimou em se rearticular em várias imagens de controle na tentativa de invisibilizar minha atuação como reitora e menoscabar a minha agência.

A intersecção entre racismo, machismo e pobreza inscreve, socialmente, as mulheres como pessoas com menor potencial para ocupar espaços de poder, sendo determinado a elas o cuidado com a família, com atividades relacionadas ao ambiente doméstico. Isso é, em grande medida, incorporado ao imaginário das próprias mulheres que, em muitos casos, se sentem culpadas ou impossibilitadas de investir na carreira, considerando que isso as afasta da sua função definida, historicamente, pela sociedade, que é a de cuidado com a família. Séculos de exclusão e discriminação criaram a premissa do menor potencial. Frases como “Isso não é pra gente como nós”, “Nosso lugar é na cozinha”, entre outras, ouvidas de pessoas negras que estavam ao meu redor, acompanharam-me em grande parte da minha infância e adolescência. Mas eu me insurgi, resisti, reconfigurei a situação e cheguei até aqui. Porém, não foi fácil. E não é para nenhuma de nós.

Essa breve reflexão conduz-me à resposta de que ocupar o cargo de reitora de uma universidade federal parece-me perfeitamente natural, em especial pelo fato de estar de volta, depois de 40 anos, à terra onde nasci e vivi a minha infância e parte da adolescência, onde tenho raízes familiares. Tudo isso faz com que eu tenha profunda relação com a região e compreenda a importância de uma instituição como a Universidade Federal do Sul da Bahia. Importante por saber o que teria significado para a vida de muitos dos meus colegas dos primeiros anos de estudo a existência de uma universidade pública na região, o quanto isso lhes teria impactado a vida. Além do impacto pessoal, há ainda o aspecto do desenvolvimento regional, com a possibilidade de construção de projetos de interesse da sociedade em todas as áreas do conhecimento, o que almejamos aqui na UFSB.

Para finalizar, deixo aqui o testemunho de que me sinto acolhida pelos colegas reitores e reitoras das universidades federais, por meio da Andifes, que, neste momento de dificuldade econômica, política e sanitária pelo qual passa o Brasil, agravado pelas enchentes no sul e extremo-sul da Bahia, tem se colocado firmemente numa rede de apoio, solidariedade e troca de experiências que muito tem nos ajudado a atravessar essa difícil conjuntura.

Joana Guimarães é reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Secretária Sônia Fontes explica funcionamento da coleta seletiva em Itabuna || Foto Pedro Augusto
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A cena é a mesma de milhares de cidades brasileiras. Num terreno afastado do centro comercial, acumulam-se montanhas de lixo onde humanos disputam espaço com porcos, urubus e outros animais. A chegada de nova carga de resíduos gera expectativa em que procura coisas com algum valor comercial. Com o tempo, a presença demorada acostuma o olfato aos gases da matéria em decomposição, porque o embotamento desse sentido é requisito para se adaptar ao ambiente. À noite, nos barracos perto dali, algumas horas de sono antes da próxima jornada. Resumida de grosso modo neste recorte do tempo, assim era a vida das 161 pessoas que trabalharam por anos no lixão de Itabuna, fechado pela Prefeitura no dia 4 de maio de 2021.

“Era uma vergonha do município há mais de 40 anos”, diz a secretária de Planejamento de Itabuna, Sônia Fontes, ao explicar à reportagem do PIMENTA a implementação do projeto Recicla Itabuna, que iniciará o serviço de coleta seletiva do município na próxima quarta-feira (26).

Arquiteta e urbanista, Sônia Fontes relembra que o esboço do projeto nasceu em 2020, no plano de governo do então candidato a prefeito Augusto Castro (PSD). Naquela altura, sabia-se que, dali a dois anos e meio, em julho de 2022, venceria o prazo da Política Nacional de Resíduos Sólidos para o fim dos lixões nos municípios com mais de 100 mil habitantes – a população de Itabuna é estimada em 214 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, quando assumiu a Prefeitura, o prefeito Augusto Castro elegeu a gestão dos resíduos sólidos como uma das frentes prioritários do governo, explica a secretária de Planejamento. Com a decisão, em maio de 2021, o município passou a destinar seus resíduos à Central de Valorização de Resíduos Costa do Cacau (CVR), que inaugurou aterro sanitário no mesmo ano, às margens da Ilhéus-Itabuna (BR-415).

A SAÍDA

Augusto Castro inaugura Central de Triagem de Reciclagem || Foto Roberto Santos

O fim do lixão exigiu abordagem interdisciplinar, afirma a secretária Sônia Fontes. Além da equipe de planejamento, o trabalho envolveu as secretarias de Infraestrutura e Urbanismo e de Promoção Social e Combate à Pobreza. Esta última teve papel decisivo na criação das condições para que os catadores pudessem deixar o local.

Numa parceria da Promoção Social com a CVR, de maio a novembro de 2021, todos os 161 trabalhadores receberam auxílio mensal de R$ 432,00, além de cestas básicas e recursos do Aluguel Social. Também participaram do Seminário de Capacitação de Catadores de Material Reciclável. Além disso, com auxílio da Prefeitura e sob a supervisão do Ministério Público do Trabalho e da Defensoria Pública do Estado da Bahia, formaram a Associação Itabuna Recicla para Viver Melhor. A entidade vai administrar a Central de Triagem de Material Reciclável, inaugurada na sexta-feira (21) com a presença de Augusto Castro.

Ao longo desse percurso, segundo a secretária, os catadores aprenderam nova forma de viver do lixo urbano. Na segunda (24) e terça-feira (25), antes do início da coleta seletiva, eles receberão treinamento intensivo para lidar com o maquinário da central de triagem, que foi montada com o apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) e da CVR. Os custos de manutenção, como as contas de energia e de água, ficarão a cargo da Prefeitura.

A COLETA

Nesta primeira etapa, a coleta seletiva vai absorver 3% dos resíduos produzidos no município, estima Sônia Fontes. O governo pretende avaliar o alcance e a execução do Recicla Itabuna a cada três meses.

A princípio, a separação será a mais básica, isolando o lixo orgânico, a exemplo restos de comida, dos materiais secos, como papelão, embalagens plásticas, garrafas pet, metais, vidros, latinhas, etc.

A cidade terá ecopontos permanentes nas praças dos bairros São Caetano, Mangabinha, Conceição, Santo Antônio e Califórnia, além das praças Adami e Camacan, no Centro, e na Avenida Aziz Maron.

Às segundas-feiras, a coleta porta a porta ocorrerá das 8h às 10h no Jardim Vitória; das 10h às 12h no Góes Calmon; e das 14h às 16h30min no Conceição. Moradores do bairro de Fátima serão atendidos sempre às terças, pela manhã e à tarde. Na Califórnia, a coleta será às quartas, também em dois turnos; já o Conceição será atendido às quintas. O comércio terá coleta diária. As sextas-feiras serão dedicadas aos prédios dos órgãos municipais.

No final da conversa, o PIMENTA perguntou à secretária sobre a expectativa quanto à adesão dos munícipes, que têm sido sensibilizados por campanha de educação ambiental. Conforme Sônia Fontes, o município se esforçou muito para instaurar um novo momento de cidadania, investindo recursos arrecadados de todos os contribuintes. Agora, cabe à população corresponder.

“A gente precisa que cada cidadão comece a se conscientizar de que é preciso fazer essa separação, já que o lixo reciclável é rentável e disso depende a nossa sobrevivência. A nossa sobrevivência ambiental e a sobrevivência de muitas pessoas, porque a rede de reaproveitamento é muito maior do que apenas os catadores. Inclusive, é uma cadeia muito forte no mundo e no Brasil”, concluiu a gestora.

Ciro Gomes no lançamento virtual de pré-candidatura à presidência da República || Foto Divulgação
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O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República pelo PDT com um discurso centrado em propostas econômicas, ontem (21). Sob o lema “a rebeldia da esperança”, idealizado pelo marqueteiro João Santana, ele prometeu abolir o teto de gastos para destravar investimentos públicos e revisar a reforma trabalhista.

O PDT organizou um evento para cerca de 50 integrantes da comissão da executiva nacional em sua sede em Brasília. O plano original era uma convenção com mais de 1.000 filiados, mas a direção da sigla reduziu o evento a um formato quase 100% virtual por causa do avanço da variante ômicron.

Não faltaram no pronunciamento referências ao que Ciro batizou de “projeto nacional de desenvolvimento”. O pedetista tem como bandeira a “reindustrialização” do Brasil. A política fiscal para tornar o Estado indutor desse processo passa por deixar os investimentos do governo federal livres do teto de gastos, como já afirmou ao Poder360 o coordenador da área econômica da pré-campanha de Ciro, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

A ideia é vincular a expansão dos investimentos ao crescimento da receita corrente líquida. Hoje, despesas obrigatórias –como gastos com salários de servidores e a Previdência– comprimem o espaço para esse tipo de gasto no teto.

Para aumentar a receita, Ciro defende a tributação de lucros e dividendos “dos ricos” e um corte de 15% nos incentivos fiscais. Com a 1ª medida, ele estima um ganho de arrecadação de R$ 48 bilhões e, com a 2ª, de R$ 45 bilhões. No discurso desta 6ª, ele também prometeu taxar grandes fortunas.

Outra crítica de Ciro ao teto de gastos é que ele controla só as despesas primárias, ou seja, não se aplica às despesas financeiras, com juros, amortização e rolagem da dívida pública.

“O orçamento da União é de R$ 4,8 trilhões. Mas só se discute e controla R$ 1,8 trilhão, que é o dinheiro da saúde, da educação, da infraestrutura. Já os R$ 3 trilhões de despesas com juros, amortização e renegociações correm soltos para as mãos dos banqueiros. Correm tão sem limite como a falta de vergonha dos que defendem tamanho absurdo”, disse.

Ele não explicou, contudo, como pretende mudar a gestão das despesas financeiras do governo federal. Confira a íntegra em Poder360.

Elenco do Barcelona viajou nesta sexta (21) para Feira de Santana || Foto Instagram
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O Barcelona de Ilhéus tem o mando de campo do seu segundo jogo no Campeonato Baiano de Futebol 2022, mas, com o Estádio Mário Pessoa em obras, foi obrigado a levar o duelo contra o Vitória para Feira de Santana. O confronto será às 16h deste domingo (23), no Estádio Professor Jodilton Souza, a Arena Cajueiro. O time ilheense viajou ontem (21) para a Princesa do Sertão.

Vitória e Barcelona vêm de empate na primeira rodada e ocupam a sétima e a oitava posições, respectivamente. O time da capital baiana está à frente na tabela porque marcou um gol contra a Juazeirense, enquanto a equipe ilheense não saiu do zero no duelo com o Unirb.

OUTROS JOGOS DA RODADA

A segunda rodada começou na quarta-feira (19), quando o Bahia empatou em 1 a 1 contra o Unirb, e o Atlético de Alagoinhas, que lidera a competição com seis pontos, venceu o Doce Mel por 3 a 1.

Neste sábado (22), às 16h, o Vitória da Conquista recebe o Bahia de Feira. Amanhã, no mesmo horário, o confronto entre Juazeirense e Jacuipense fechará a segunda rodada.

Segundo o regulamento do Baianão 2022, dos dez times na disputa, quatro avançarão às semifinais após as nove rodadas da primeira fase.

Reparo de estrada permite acesso livre à zona urbana de Floresta Azul || Foto Seinfra
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A passagem de veículos no acesso a Floresta Azul, no sul da Bahia, foi totalmente liberada pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), nesta sexta-feira (21), após a conclusão dos serviços emergenciais na rodovia. O tráfego no trecho estava parcialmente interrompido por conta de rompimento de aterro na passagem urbana do município durante as fortes chuvas de dezembro de 2021.

Outras duas rodovias têm desvios com o objetivo de possibilitar o fluxo de veículos. Um deles é na BA-465, próximo à ponte de São Joaquim, no acesso ao distrito de Missão do Aricobé, em Angical. Já na BA-449 o desvio é feito próximo à ponte sobre o Rio Água Piranga, entre Cotegipe e o distrito de Jupaguá. O trabalho é uma parceria da Seinfra com o Consórcio do Oeste (Consid).

Nesta sexta (21), ações de manutenção foram feitas em mais três rodovias: BR-489, entre Prado e Itamaraju; BA-972, em Coaraci, entre a sede municipal e os distritos de Itamotinga e Cafundó; e BA-262, entre Ilhéus e Uruçuca.

Conforme a Seinfra, desde dezembro, as obras emergenciais permitiram a liberação parcial ou total do trânsito em 66 dos 75 trechos de rodovias afetados durante o período chuvoso.