"Zé Pereira" volta às ruas do Pontal após dois anos || Foto Clodoaldo Ribeiro
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Joana não lembra exatamente o ano em que os foliões do antigo Clube Social do Pontal, em Ilhéus, decidiram esticar a festa depois do baile de Carnaval. “Tem mais de 40 anos. Não sei o ano certo, porque começou como uma brincadeira de família. Minha família é muito festiva”, recordou, nesta sexta-feira (17), em conversa com o PIMENTA. Nascia ali o Bloco Zé Pereira, que voltará hoje às ruas do Pontal, após dois anos de recesso pandêmico.

A origem do nome também se perdeu no tempo. “Não sei por que Zé Pereira, só sei que surgiu”, disse Joana Angélica Dias da Silva, 58. Nos primeiros anos, eram só a família Silva e os vizinhos mais próximos. Depois, vieram os instrumentos e a banda de marchinha. “A gente mesmo tocava, os vizinhos, amigos. Aí foi crescendo, crescendo e hoje está assim, desse tamanho, dessa dimensão”, emendou.

Outro folião de décadas do Zé Pereira é Jorge Luiz Oliveira Ribeiro, 53. Ele também não lembra o ano de fundação do bloco. “Eu era pequeno ainda, foi em 1978, 1980, por aí. A gente brincava batendo nas latinhas como se fosse uma bateria”, contou o dono do Bar do Jorginho, que há 22 anos organiza o Carnaval Cultural do Pontal.

Joana, Marilene e Jorginho vão matar as saudades do Zé Pereira

Atualmente, cerca de 60 membros da velha guarda ainda estão vivos e curtem o bloco. Uma das fundadoras ainda na ativa é Marilene Silva, mãe de Joana.

Apesar da abstinência de Carnaval, quase o Zé Pereira não sai em 2023. Segundo Joana, colocar o bloco na rua foi decisão de última hora, porque foram vendidas poucas camisas. “O pessoal não compra a camisa, sabe que vai brincar e ainda leva o cooler”, lamentou. A venda das camisas paga os custos do bloco, inclusive o contrato da banda. Quem quiser comprar, ainda dá tempo, basta entrar em contato pelo telefone (73) 9 9961-5482.

A concentração do Zé Pereira será na Praça São João Batista. À meia-noite, quando o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), chegar ao local, o bloco sairá pela Rua Juca Pinto (antiga D. Pedro II) em direção à Travessa do Bonfim, ao lado do Colégio da Polícia Militar. Na volta, a multidão seguirá até a Passarela do Álcool, última estação da folia.

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