Previsão de feriado prolongado chuvoso na Bahia || Foto
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O feriado da Semana Santa tem previsão de chuvas intensas em áreas das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão vai desta quinta-feira(6) até segunda-feira (10). Para essas regiões, o Inmet emitiu um alerta sobre a risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

No Nordeste, de acordo com o instituto, as chuvas devem se concentrar em grande parte da faixa norte, com volumes que podem ultrapassar 80 milímetros (mm) no nordeste do Maranhão, norte do Piauí, noroeste do Ceará e na divisa entre os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Já na área do Matopiba, que engloba parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, os acumulados de chuva devem ficar entre 20 e 80 mm. No litoral da costa leste, podem ocorrer baixos volumes de chuva, menores que 50 mm. Nas demais localidades, como em áreas centrais e do norte da Bahia, sul de Pernambuco e do Piauí, haverá predomínio de tempo seco.

Para a Região Norte, são previstos volumes de chuva maiores que 60 mm em grande parte do centro-sul e que podem ultrapassar 100 mm em áreas centrais do Amazonas, leste de Rondônia e sul do Pará. Há ainda a previsão de ventos intensos, que podem variar entre 60 e 100 quilômetros por hora (km/h), com o risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. Da Agência Brasil.

Governo discute em Itacaré estratégias do Bahia sem Fome || Foto Divulgação
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O Governo do Estado trabalha para fortalecer a campanha do programa Bahia Sem Fome, que visa a arrecadação de alimentos na região de Itacaré. Nesta quinta-feira (6), o secretário estadual de Comunicação, André Curvello, reuniu-se com o prefeito do município, Antônio de Anízio, e com empresários para discutir estratégias de ampliação das doações, que integram a fase inicial do programa.

Além de articular com a sociedade civil e empresariado, a prefeitura de Itacaré poderá auxiliar na triagem do público em situação de extrema vulnerabilidade social, que compõe a prioridade para recebimento dos alimentos.

O Bahia Sem Fome é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Coordenação-geral das Ações Estratégicas de Combate à Fome, que tem entre seus principais objetivos superar as situações de insegurança alimentar e nutricional da população baiana. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no site www.bahiasemfome.ba.gov.br.

Contrato prevê transformação do espaço em centro de lazer e turismo || Foto José Nazal
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A Prefeitura de Ilhéus publicou, nesta quarta-feira (5), o contrato por meio do qual a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) cedeu parte da área do antigo porto, localizado na Avenida Dois de Julho, ao município. O prazo de cessão é de 20 anos e poderá ser estendido por períodos iguais.

O contrato prevê que a área de 5.412 metros quadrados deverá ser destinada à exploração turística ou econômica, e a Prefeitura se compromete a dar início às atividades no local em até três anos. Além disso, caso a área venha a ser concedida a terceiros, a Codeba receberá metade dos valores arrecadados com a cessão onerosa.

A íntegra do contrato pode ser acessada a partir da página 83 do Diário Oficial do Município.

Sicoob é acionado pelo Ministério Público na Bahia
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O Ministério Público estadual, por meio da 4ª promotoria de Justiça do Consumidor, firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Sicoob Confederação para garantir que a instituição financeira preste informações claras e adequadas sobre os serviços de concessão de crédito aos clientes. A Sicoob deverá fornecer ao consumidor, no ato da oferta e antes da celebração do contrato, o valor contratado, o valor total a ser pago com o financiamento, taxas de juros, mora, multa, dentre outros.

No termo, assinado em 31 de março, a Sicoob também se comprometeu a incluir, na proposta de crédito, a taxa efetiva anual de juros e a informação sobre direito à liquidação antecipada com redução de juros, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Segundo a promotora de Justiça Joseane Suzart, autora do TAC, um inquérito civil do MP detectou mais de 5,6 mil reclamações sobre a Sicoob no site Reclame Aqui, englobando denúncias de prática abusiva por parte da operadora de crédito.

O acordo prevê ainda que a Sicoob crie, até 31 de dezembro deste ano, uma metodologia de cálculo do mínimo existencial, nos termos do Decreto Federal nº 11.150/2022, sobre “prevenção, tratamento e conciliação de situações de superendividamento em dívidas de consumo”, a fim de identificar o consumidor superendividado. Segundo a promotora, “bens jurídicos expressivos” estão sendo comprometidos, colocando em risco a manutenção da sobrevivência dos consumidores, uma vez que “não conseguem arcar com o custeio de bens essenciais como alimentação, água, energia, transporte”.

A Igreja de N. S. da Conceição ficava superlotada na Páscoa
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“O que sei é que nas praias de Ilhéus, Uruçuca, Itacaré, Una e Canavieiras os bares e restaurantes estão sempre cheios nessas datas religiosas.”

Walmir Rosário

Nos tempos atuais as datas religiosas não são mais guardadas ou festejadas pelos católicos com o mesmo fervor de tempos passados. Pelo que tenho observado, esses dias – transformados em feriados – são pequenas férias, nas quais as famílias se deslocam para as praias ou outros locais paradisíacos ou mesmo aprazíveis. Até a Semana Santa não parece gozar do mesmo prestígio de antes.

Nas minhas lembranças costumo rever os costumes dos tempos de infância e adolescência, nos quais muitas pessoas seguiam os ensinamentos da Igreja Católica, a começar desde o Domingo de Ramos, em que o peixe era a única “mistura” aceita e consumida por toda a família. Uns poucos católicos, mas nem tão praticantes, reservavam as quartas e sextas-feiras para comerem peixes.

E esse costume alimentar vinha agregado a outras tradições, a exemplo de se vestir de roupas escuras, predominante de cor preta, durante toda a semana. Em casa, as imagens de santos eram cobertas com um tecido roxo, como se faz até então na igreja. A partir da quarta-feira da Semana Santa se recolhiam cedo e baixavam a voz, evitando, ainda, outros tipos de diversões.

Às madrugadas a população das ruas mais próximas da igreja era despertada pelo som das matracas e hinos religiosos da Via Sacra. E ainda tínhamos a Procissão do Encontro, a linda música cantada pela Verônica, a Celebração da Santa Ceia e o Lava Pés dos Apóstolos. Na Sexta-Feira da Paixão, o silêncio era total com a celebração da paixão, julgamento e morte de Jesus Cristo, crucificado ao lado de dois ladrões.

Essas cerimônias religiosas ultrapassavam as paredes das igrejas e chegavam a todos os recantos, respeitadas inclusive pelos religiosos não católicos. Para se ter uma dimensão dos costumes, na maioria das fazendas as vacas não eram presas ao curral no dia anterior nem ordenhadas na Sexta-Feira da Paixão. Esse costume persiste até hoje na área rural em grande parte do mundo.

Na cidade, muitos ramos de negócios não abriam suas portas a partir da Quinta-Feira Santa, inclusive os bares e bordéis fechavam suas portas até o Sábado de Aleluia, após a leitura do Testamento e a queima do Judas. Nesses dois a três dias, aparecer num açougue para comprar carne ou nos bares para uma rodada de cachaça e cerveja, nem pensar, pois pesava o medo do castigo divino ao cometimento de tamanha heresia.

No bairro da Conceição, em Itabuna, a população seguia os costumes religiosos católicos por ser maioria praticante e pelo temor das cobranças feitas pelos frades capuchinhos Isaías, Justo e Apolônio. Além das promessas de arderem no fogo do inferno por tamanho pecado mortal, como pregavam nas missas, largamente irradiadas pelas bocas dos alto-falantes que circundavam a igreja.

Ao vivo e em cores, nossos zelosos homens de Deus também faziam as cobranças em domicílios, ocasião em que demonstravam total descontamento com os que infringiam os mandamentos divinos e a consequente perda da graça. E o único remédio para não continuar sob o domínio do demônio seria a iminente ida à igreja, socorrendo-se ao sacramento da confissão, cujas penitências passavam das intermináveis orações à contribuição financeira para manter viva a obra de Deus.

A partir da Quarta-Feira Santa o bairro da Conceição se recolhia ao silêncio. Músicas somente na Igreja de Nossa Senhora da Conceição e nas procissões. Pelo calendário de Afonso Fernandes, o proprietário do Bar O Guanabara, o conhecido Menino de Deus, eram calados o Serviço de Alto-falante Tabu, na quarta-feira, e no dia seguinte fechava as portas do Bar o Guanabara, com suas mesas de sinuque. Nem a sorveteria funcionava.

O Serviço de Alto-falante Tabu era o maior veículo de informação de que dispúnhamos – depois dos rádios do Rio de Janeiro e São Paulo. As duas locutoras, Jacira e Jandira, trabalhavam nos períodos matutino e vespertino, informando e animando os moradores com as músicas de sucesso do momento, que por um módico pagamento podiam ser dedicadas com muito amor e carinho a alguém que sabe, mas não posso dizer o nome.

Bom mesmo era assistir – ao vivo – a música e o jingle de abertura e encerramento do Tabu, astuciado pelo proprietário Afonso Fernandes, o Menino de Deus, para alegar os ouvintes: “Não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou, eu indo não fico aqui, mas ficando não vou lá, mas se for para ir ao Bar O Guanabara, eu aqui não fico, eu vou já, já”. E essa mensagem publicitária não sai da lembrança de Sandoval Oliveira de Santana.

Como se deduz, as distâncias de comportamento e cultura entre as duas épocas são abissais. Recuso-me a comentar qual das duas teria sido melhor, ou se no meio teria aparecido uma intermediária de bom jeito. O que sei é que nas praias de Ilhéus, Uruçuca, Itacaré, Una e Canavieiras os bares e restaurantes estão sempre cheios nessas datas religiosas, recomendadas a serem guardadas com muitas orações.

Não sei se são mudanças Canônicas ou culturais, mas elas existem.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Maria da Conceição perdeu perna em acidente e faleceu nesta quarta (5) || Foto Arquivo Pessoal
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A servidora Maria da Conceição Amorim Silva faleceu no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, na noite desta quarta-feira (5). Ela foi atropelada por um ônibus da Viametro, no último dia 15, ao descer do mesmo veículo (relembre). O acidente foi grave, e a trabalhadora teve a perna esquerda amputada.

Apesar da gravidade do caso, o quadro de saúde de Conceição foi estabilizado e ela recebeu alta, mas teve que voltar ao Hospital para fazer um procedimento e morreu. O PIMENTA entrou em contato com a assessoria da instituição, porém não obteve retorno até o momento.

Auxiliar de serviços gerais, Conceição era servidora do município de Ilhéus desde junho de 1999. Ao longo dos últimos 23 anos, trabalhou na varrição das ruas da cidade. Ela completaria 61 anos no próximo dia 8 de julho.

O corpo da trabalhadora será velado na Igreja Assembleia de Deus do Basílio e o sepultamento está previsto para as 16h desta quinta-feira (6), no Cemitério São Jorge, localizado no mesmo bairro.

MARÃO QUEBRA SILÊNCIO SOBRE O CASO E EMITE NOTA DE PESAR

O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), lamentou o falecimento da servidora. Emitida nesta quinta-feira (6), a nota de pesar foi a primeira manifestação pública do gestor sobre o caso. “Meus sentimentos aos familiares e amigos. Que Deus a acolha em paz e na sua infinita misericórdia conforte a todos”, disse o mandatário.

O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Ilhéus (Sinsepi) também se pronunciou sobre a morte de Conceição. Conforme a entidade, os colegas da trabalhadora foram tomados por uma tristeza que não cabe no peito. “Ficam as lembranças e a saudade dos bons momentos”, diz trecho da nota.

A Prefeitura de Ilhéus, por meio da Sutram, é responsável pela fiscalização do transporte coletivo, mas ainda não divulgou as providências adotadas para investigar as circunstâncias do acidente.

Técnicos avaliam gestão de resíduos e implantação de coleta seletiva
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Após iniciar processo de desativação do Lixão de Itariri, há sete meses, agora Ilhéus discute políticas públicas para gerenciamento e gestão do lixo e entulho produzido no município. Numa reunião ocorrida na terça (4), representantes da Prefeitura e CVR Costa do Cacau e técnicos em coleta seletiva discutiram próximos passos para melhorar e ampliar o serviço de limpeza pública em Ilhéus.

Foram discutidas as diretrizes para o processo de planejamento das ações, com foco na atuação articulada das instituições tanto no tratamento como reaproveitamento dos materiais. Desde setembro, o lixo orgânico está sendo coletado e tratado no aterro sanitário da CVR Costa do Cacau, localizado na Rodovia Ilhéus-Itabuna.

“A proposta é atender tanto os catadores quanto a legislação em vigor. Hoje nós estamos com um aterro sanitário particular que oferece toda uma estrutura, mas o Município não deixou os catadores abandonados. Eles estão recebendo um auxílio, por um período de 12 meses, e em parceria com a empresa CVR será oferecido treinamento para que comecem a trabalhar, fazendo a coleta seletiva que será implantada na cidade”, explicou João Aquino, titular da Secretaria de Serviços Urbanos de Ilhéus.

COLETA SELETIVA

Segundo o consultor André Dantas, a ideia consiste na inclusão socioprodutiva dos catadores através de cooperativas e associações no sentido de fazer a coleta seletiva desses resíduos sólidos que são produzidos nos domicílios, no comércio e na indústria, a fim de que eles tenham a destinação ambiental adequada, de acordo com o preconizado na Lei 12.305/10, Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Aterro sanitário da CVR Costa do Cacau, na Rodovia Ilhéus-Itabuna

“Estamos dialogando com membros da Prefeitura de Ilhéus para discutir a implementação de uma política pública que vai mudar a forma de se tratar o manejo e a gestão dos resíduos sólidos produzidos no município. De agora em diante, nós temos que pensar em outra forma de descartar os nossos resíduos e não apenas mandarmos para o lixão. Agora os resíduos terão uma destinação adequada, gerando renda e trabalho para famílias que retiram o seu sustento”, afirmou Dantas.

Maurício Sena, gerente comercial-administrativo da CVR Costa do Cacau, informou que a empresa participa efetivamente da transição dos catadores da saída do Lixão do Itariri para a composição da associação do processo de integração da coleta seletiva.

“A Central de Validação de Resíduos atende toda a região cacaueira. Os catadores serão agentes de limpeza responsáveis por todo Programa de Coleta Seletiva. Poucos municípios têm a coleta seletiva implantada e Ilhéus está um passo à frente nesse processo”, disse Maurício.

NO CURTO PRAZO

O gerente da CVR diz que, hoje, há grande quantidade de materiais passíveis de reaproveitamento e reciclagem. “A gente pretende implantar o projeto em um curto espaço de tempo e garantir um trabalho bem positivo em relação à coleta seletiva, no qual os catadores serão os principais disseminadores da educação ambiental no município”, afirmou.

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Decisão foi tomada em assembleia da categoria || Foto Adusc
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Professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, decidiram paralisar suas atividades, por 24h, na próxima quarta-feira (12). A decisão foi tomada em assembleia, na terça-feira (4). Segundo a Associação dos Docentes da Uesc (Adusc), essa é uma forma de cobrar ao Governo do Estado a abertura de diálogo com a categoria, que está em campanha salarial.

De acordo com o Sindicato, que citou dados do Dieese, os professores das quatro universidades estaduais da Bahia acumulam perda salarial de 53,33%, considerando a inflação acumulada nos últimos oito anos. Nesse período, o Estado concedeu apenas um reajuste de 4%, em 2022, acrescido de reposição escalonada.

Ainda conforme a Adusc, o escalonamento violou o Estatuto do Magistério Superior, e a reposição de 4% sequer cobriu a inflação do ano passado. Além disso, acrescenta a entidade, o Estado impôs aumentos da contribuição previdenciária dos servidores.

MOBILIZAÇÃO

O movimento dos educadores da Uesc é articulado com a mobilização dos docentes das demais universidades do Estado. No dia 12, a categoria fará ato unificado na Secretaria da Educação da Bahia, em Salvador. Na véspera, haverá panfletagem e café da manhã coletivo no campus da Uesc.

Crianças participam de oficinas gratuitas de ovos da Páscoa
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A programação da Chocolândia, a Doce Trajetória do Chocolate, do Shopping Jequitibá, traz atividades especiais nesta quinta-feira (6). O Centro de Economia Solidaria (Cesol) Litoral Sul e a Biofábrica de Cacau promovem Oficinas de Chocolate, a partir das 16h. A ação inclui a participação solidária na produção de ovos da Páscoa e a distribuição de mudas.

No sábado e no domingo (8 e 9), a Chocolândia terá oficinas de chocolates e atividades recreativas com a Turma do Tio Kathynho Carvalho. Para encerrar os dois dias da Chocolândia, atividades recreativas com a Juca Kids e seu lindo coelho e a apresentação da peça teatral Alice no Pais dos Coelhinhos, com a Turma Teatro e Fantasia.

A Chocolândia também oferece aos clientes do Shopping Jequitibá a oportunidade de fazer uma viagem pela história do cacau e do chocolate no sul da Bahia, por meio de totens instalados em frente à loja Carmen Steffens Maison.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Na Sexta-Feira Santa (7), a Praça de Alimentação, o Fino Grão e restaurantes Ise e Five e a Zig Zag Play abrem das 12h às 21h. O supermercado funcionará das 8h às 21h. As drogarias das 10h às 21h. As Lojas Americanas, Kopenhagen e Bahia Cacau atendem das 12h30min às 20h. As demais operações estarão fechadas. Mais informações podem ser consultadas em www.shoppingjequitiba.com.br.

Política de repressão a drogas atinge mais jovens negros, segundo pesquisadora || Foto Agência Brasil
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Daniel Mello || Agência Brasil

Mulheres presas acusadas de tráfico de drogas são na maioria negras e com poucas oportunidades de estudar, diz a pesquisadora Dina Alves que analisa as condições de mulheres encarceradas.

“A política de drogas é instrumento de extermínio da juventude negra. Porque são jovens e são negras. São mulheres que nem sequer tiveram a oportunidade de acessar a universidade”, enfatiza.

Para a pesquisadora, a forma como está estabelecido o combate aos mercados ilícitos de drogas é uma maneira de perseguir populações sem oportunidades. “Se as mulheres negras que estão encarceradas compõem o mesmo perfil de mulheres negras fora do sistema prisional que estão desempregadas, que são mães com mais de um, dois ou três filhos, que exercem função muitas vezes de subemprego – de empregada doméstica, de babá, de faxineira ou de vendedoras ambulantes – elas já estão em um lugar de vulnerabilidade”, aponta.

PERSEGUIÇÃO A NEGRAS E PERIFÉRICAS

Essas mulheres são atingidas ainda, segundo Dina, pela forma como as ações que têm como pretexto o enfrentamento ao tráfico de drogas são direcionadas a determinadas comunidades.

“As mulheres que são acusadas de tráfico com penas muito severas sobre os seus corpos, não exerciam nenhuma função de gerência no microtráfico de drogas. Muitas estavam no varejo ou exerciam um lugar de aproximação ao que se chama de tráfico. Porque elas já moram em comunidades criminalizadas como lugar de produção do tráfico”, acrescenta.

Como marco nesse processo, a pesquisadora destaca a promulgação da lei de drogas de 2006, que estabeleceu penas mais duras às pessoas acusadas de tráfico. Essa mudança, na visão de Dina, faz parte de um recrudescimento da repressão a nível global que aconteceu a partir da década de 1990.

“Desde que a lei foi promulgada, a gente vê um alarmante crescimento de mulheres encarceradas sob a justificativa que são perigosas traficantes de drogas”, diz. “De 2000 a 2016, se a gente for fazer esse recorte, foi um crescimento de 525% – encarceramento de mulheres.”, acrescenta.

O fato dessas prisões atingirem, na grande maioria, pessoas negras, é, na avaliação da pesquisadora, um reflexo do racismo que descende do regime escravocrata brasileiro, que vigorou legalmente até 1888. “Se existe uma perseguição histórica contra negros e indígenas no Brasil, a gente tem que enxergar e compreender o sistema de justiça criminal como um dos braços mais expressivos do Estado de extermínio dessa população.”

SEM CONDENAÇÃO E SEM ESTUDO

Dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Sisdepen) apontam que, em junho de 2022, estavam nas prisões brasileiras 45,5 mil mulheres. Dessas, pelo menos 29%, cerca de 13,2 mil, não tinham condenação.

As informações relativas ao perfil racial e a escolaridade só abrangem 33,3 mil das encarceradas. Nessa amostragem, o número de analfabetas, que totalizam 675, supera daquelas que tem curso superior (661). Há ainda 1,5 mil que são alfabetizadas, mas não frequentaram o ensino regular e 13,8 mil que não concluíram o ensino fundamental.

Dina alerta que é preciso ter cuidado ao fazer análises a partir das informações fornecidos pelo Poder Público, que tem sido, segundo ela, um dos principais violadores de direitos dessas populações. “A gente não pode confiar nos dados que o Estado produz sobre as suas próprias violações”, afirma.

Por isso, em seus trabalhos, ela tem optado por ouvir diretamente as pessoas afetadas. “Existem outros dados que devem também ser considerados que são as narrativas que se produzem dentro do sistema prisional, a narrativa das mulheres”, ressalta. Essas escutas embasaram o espetáculo de Dança Rés, montado pela Corpórea Companhia de Corpos em 2017.

INDULTO E DESENCARCERAMENTO

A socióloga e cofundadora da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Nathália Oliveira, defende que seja feita uma inflexão na forma como o Estado brasileiro lida com a questão das drogas.

“A gente pode ter neste ano um bom indulto de mulheres. Muitas dessas mulheres são presas por baixas quantidades, são vítimas do tráfico de drogas, não necessariamente apenas agentes de violência, como é colocado pela mídia”, diz ao defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promova uma anistia a mulheres presas por acusações de tráfico a partir do indulto presidencial. É costume que na época de Natal o presidente conceda perdão a grupos de pessoas condenadas.

Esse gesto poderia, na opinião de Nathália, ser um indicativo de mudança na atual política de drogas. “Nós precisamos desenvolver uma relação pacífica com a indústria que envolve a produção, circulação e consumo de substâncias em geral. Uma relação racional do ponto de vista da nossa sociedade. Isso é fundamental. Não faz sentido a gente ficar investindo o nosso orçamento público em uma agenda de morte em vez de investir em uma agenda de garantia de direitos”, ressalta.

A secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Martha Machado, diz que o Ministério da Justiça não deve atuar pela mudança na atual legislação sobre o tema. “Essas decisões devem ser resolvidas ou pelo STF [Supremo Tribunal Federal] ou pelo legislativo”, diz. O ministério promoveu em março um seminário sobre os impactos da política de drogas na população feminina e lançou um edital, com inscrições até 21 de abril, para apoiar grupos que trabalham com essas pessoas.

Segundo Marta, a secretaria tem feito ações para reduzir o número de mulheres presas acusadas de tráfico. “A gente já tem uma lei que não penaliza o usuário. A gente entende que tem muito o que fazer para evitar os vieses de aplicação dessa lei. Trabalhar junto às audiências de custódia. Existe uma experiência exitosa no CNJ [Conselho Nacional de Justiça] de fomentar as audiências de custódia, de melhorar a qualidade, de trabalhar na porta de entrada do sistema de justiça criminal, auxiliando o juiz”, diz.

As audiências de custódia são o momento em que as pessoas presas em flagrante são ouvidas por um juiz para averiguar a legalidade ou necessidade daquela pessoa ser mantida privada de liberdade. Nessa ocasião, o magistrado pode optar por liberar o acusado ou determinar medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, em substituição à prisão.

“Então, a gente tem como modelo de ter uma rede psicossocial de profissionais – psicólogos, assistentes sociais, pessoas ligadas ao sistema de saúde que, por exemplo, atendem essa pessoa antes do encaminhamento ao juiz e conseguem fazer um laudo que ajude o juiz. O laudo pode mostrar mais claramente se a pessoa é usuária ou traficante. Nessa separação a gente acha que isso é muito importante”, acrescenta a secretaria.

Dina Alves defende a adoção de uma agenda ampla de desencarceramento e de reconhecimento dos erros cometidos pela política instituída até aqui. “Um dos primeiros passos é reconhecer essa memória escravocrata, que é póstuma na memória e na existência das instituições. Reconhecer a formação política, com perspectiva racial para a sociedade. Mas, principalmente, eu acho que o cárcere precisa ser aberto na sociedade. A gente precisa falar sobre a desmilitarização da polícia como agenda urgente. E também políticas de desencareramento. Que as políticas de desencarceramento sejam efetivas.”

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Várias empresas de pequeno, médio e grande portes estão selecionando trabalhadores para mais de 200 vagas abertas nesta quinta-feira (6) para os municípios de Ilhéus e Itabuna, a exemplo de supermercado, lojas e empresa de ônibus, além de prestadores de serviço em áreas que vão da construção civil ao telemarketing.

O PIMENTA fez um levantamento das vagas disponíveis. Das 205, Itabuna oferta 190, das quais 50 são para jovens aprendizes e 70 para quem deseja trabalhar em um novo atacarejo, o Mix Mateus, que adquiriu parte das lojas do Maxxi Atacado no Nordeste e vai abrir filial na saída de Itabuna para Ilhéus, na BR-415, ao lado do Jardim das Hortênsias e Churrascaria Los Pampas.

Os interessados nas vagas anunciadas hoje devem procurar o SineBahia em Itabuna, que funciona no andar superior do Shopping Jequitibá, na Avenida Aziz Maron, no Jardim Vitória (Beira-Rio). As vagas ofertadas por empresas em Ilhéus, via SineBahia, são em menor número (15). Os candidatos devem se dirigir à Rua Eustáquio Bastos, em frente à Praça Cairu, no Centro.

DOCUMENTOS EXIGIDOS

O atendimento no SineBahia vai até as 15h30min desta quinta-feira (6). O cadastramento exige apresentação de carteiras de Identidade e de Trabalho – física ou digital-, CPF e comprovantes de escolaridade e de residência. Caso possua, o candidato também pode levar certificado de curso para a área desejada. Clique em Leia Mais, abaixo, e confira todas as vagas.

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