Rodrigo Silva dos Santos (destaque) foi assassinado em 2021
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O Tribunal do Júri da Comarca de Itabuna condenou Roberto José da Silva a 53 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, três tentativas de assassinato duplamente qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

Os jurados acataram os argumentos apresentados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O Tribunal do Júri reconheceu tanto a brutalidade quanto o caráter premeditado das ações do réu. A pena total de mais de 53 anos resulta da soma das condenações: 17 anos, 10 meses e 15 dias pelo homicídio consumado, e 11 anos e 11 meses para cada uma das três tentativas de homicídio.

Os crimes ocorreram na madrugada de 24 de julho de 2021, em um terreno no bairro São Lourenço, perto da BR-101. Roberto José da Silva aproximou-se das vítimas Rodrigo Silva dos Santos, A.B.F; C.A.A.J e M.S.R, efetuando diversos disparos de arma de fogo, conforme a denúncia do MP-BA.

ATAQUE A PONTO DE PROSTITUIÇÃO

Segundo o Ministério Público da Bahia, Rodrigo foi morto no local. As outras três vítimas ficaram gravemente feridas, mas sobreviveram ao ataque. As investigações indicaram que o grupo se encontrava no local, que era conhecido como um “ponto de prostituição”, o que teria “provocado a fúria do réu”, que trabalhava como segurança na região.

Conforme a denúncia, as vítimas chegaram ao local em uma caminhonete branca e estacionaram próximo a caminhões. Poucos minutos depois, Roberto se aproximou, questionando suas intenções. Sem aviso, iniciou os disparos. Rodrigo foi fatalmente atingido na testa enquanto tentava socorrer os amigos. Uma das vítimas foi baleada no rosto e no braço, sofrendo múltiplas fraturas, enquanto outra foi atingida nas costas e no tórax.

FINGIU-SE DE MORTO PARA ESCAPAR

Já a terceira vítima foi ferida nos braços e fingiu-se de morta para sobreviver. “A ação rápida e violenta de Roberto não ofereceu às vítimas qualquer chance de defesa”, afirmou a promotora de Justiça Caroline Longhi, que atuou no julgamento.

Durante a sustentação da acusação, a promotora destacou que o réu demonstrou irritação ao perceber a presença das vítimas nas proximidades do posto, local onde atuava como segurança. “Ao constatar que o espaço estava sendo usado para um encontro sexual, Roberto tomou a decisão de abrir fogo contra as quatro pessoas”, ressaltou.

A promotora frisou ainda que o réu se aproximou “de maneira furtiva”, o que impossibilitou qualquer chance de reação por parte das vítimas. “A condenação de mais de 53 anos reflete a gravidade e a brutalidade dos crimes, assegurando que a violência praticada não fique impune”, concluiu Caroline Longhi.

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