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Pacientes têm melhor controle do glaucoma com diagnóstico precoce (Foto Gabriel Oliveira).
Pacientes têm melhor controle do glaucoma com diagnóstico precoce (Foto Gabriel Oliveira).

Uma visita regular ao oftalmologista garantiu diagnóstico precoce e o controle do glaucoma da dona de casa Maria Eliete Farias Santos, de 57 anos, e do aposentado Elicier Dantas, de 86 anos. Ambos fazem parte do grupo de 1.400 pacientes acompanhados mensalmente no Hospital de Olhos Ruy Cunha (DayHorc) pelo Programa Glaucoma.

O atendimento é oferecido por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e prestadores de serviços credenciados na rede Sistema Único de Saúde (SUS), que garante o acompanhamento ambulatorial e a dispensação de colírios gratuitos. Em Itabuna, o DayHorc é uma das clínicas referenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnóstico e tratamento do glaucoma.

Diagnosticada com a principal doença causadora de cegueira irreversível do mundo, esta semana a portadora de necessidades especiais, a dona de casa Maria Eliete, passava por mais uma consulta de acompanhamento oftalmológico, acompanhada pela irmã Lúcia Farias Santos. “Graças a Deus a pressão ocular dela está controlada “, comenta, aliviada, a irmã da paciente que, apesar de não apresentar nenhum sintoma da doença, faz parte do grupo de risco, já que na família possui familiares com o diagnóstico do glaucoma.

A descoberta precoce também controlou o Glaucoma do aposentado Elicier Dantas, de 86 anos, que diferente da dona de casa já percebia uma leve alteração na visão. “Ele começou a se queixar de alterações na visão, ele dizia que estava vendo tudo muito embaçado. Já ia agendar uma consulta ao oftalmologista, quando fiquei sabendo do Mutirão do Glaucoma em 2014. Sabendo da agilidade do atendimento, eu o trouxe. Aqui ele foi bem atendido e diagnosticado com a pressão ocular alterada. Ele já fez a cirurgia e há dois anos meu pai é acompanhado pelo programa, inclusive recebe gratuitamente o colírio para o tratamento”, contou Clívia da Silva Santos que esta semana agendava mais um retorno trimestral para o pai.

O diagnóstico tardio e a falta de informação sobre o glaucoma ainda são os principais desafios do Brasil para conter o avanço da cegueira causada pela doença. “Por ano, são registrados 2,4 milhões de novos casos. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) estima que um milhão de brasileiros e brasileiras sofrem com o problema e 70% deles sequer sabem que têm a doença”, alerta oftalmologista Rogério Vidal.

O glaucoma é uma doença causada pela lesão do nervo óptico relacionada à pressão ocular alta e deve ser diagnosticado e tratado com precocidade a fim de se evitar a perda irreversível da visão. Entre os grupos de risco para a doença estão pessoas acima de 40 anos; com histórico de Glaucoma confirmado na família; diabéticos e míopes com grau alto; pessoas com pressão intraocular elevada; ou pessoas com traumas oculares relevantes.

O QUE É PRECISO PARA PARTICIPAR DO MUTIRÃO

Para este público-alvo, classificado entre os grupos de risco, o DayHORC promove, neste sábado (4), o GlaucomaDay. “Além de estar entre os grupos de risco, é imprescindível que o paciente que deseje atendimento chegue à Unidade do DayHorc em Itabuna (Rua Ruffo Galvão, próximo à Catedral de São José), das 8h às 14h, além de estar de posse dos seguintes documentos de identificação: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência”, finalizou o médico oftalmologista Rogério Vidal.

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