As irregularidades no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), evidenciadas a partir da divulgação de sua folha de pagamento de pessoal, vão além dos supersalários que embolsam vários de seus funcionários, como mostrou A Tarde em sua edição do último sábado.
Há também problemas com relação à distribuição de cargos de confiança entre efetivos e profissionais que não são do quadro do Judiciário. A divulgação em internet da folha de pagamento do TJ-BA foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A Resolução 88 do CNJ indica que pelo menos 50% dos cargos de confiança sejam ocupados por servidores da casa. Mas dos 617 postos de confiança, apenas 129 são ocupados por servidores efetivos (20,9%). Outros 488 (79,1%) são ocupados por profissionais sem vínculo efetivo com o TJ-BA.
Diretores, chefes, supervisores e assessores que exercem cargos de confiança no TJ-BA recebem irregularmente o benefício conhecido como “adicional de função”. Com isso, elevam seus rendimentos em até 150% da remuneração original.
6 respostas
Diante desta notícia, entendemos porque a Câmara de Vereadores de Itabuna consome mais de 700 mil reais por mês; tem 15 servidores para cada vereador; nunca fez um concurso público e tem apenas 11 funcionários efetivos.
Ah! Sim ! É bom não esquecer que o Ministério Público nunca, jamais em tempo algum, se dignou ver tal situação.
Estamos bem arrumados.
O pior na história é que juizes e desembargadores deveriam servir de exemplo a todos e FAZER JUSTIÇA, mas no Brasil o que vale mesmo é ganhar dinheiro em detrimento dos mais pobres.Confesso que tudo isso mwe deixa muito triste,ppois sempre sonhei numa sociedade igualitária, sem miseráveis etc.
Gostaria de salientar dois pontos da questão TJ:
1- O SIMPUJUD está atolado em corrupção e é conivente com as irresponsabilidades do Tribunal. Qual a remuneração da presidente do sindicato? E dos seus parentes?
2-É de bom tom salientar que essas “vantagens” atingem somente uma minoria e que a maioria dos serventuários recebe seus minguados salários.
E o SIMPOJUD?
Qual é a remuneração da Presidente Zezé?
E de seus parentes?
É preciso investigar a caixa preta do Sindicato dos serventuários. Com certeza vamos descobrir cobras e largatos, além da conivência com o TJ.
Não é à toa que a presidente do TJBA odiou a interferência do CNJ quando constatadas tantas irregularidades naquele órgão por ocasião da correição realizada no ano passado. O antigo coronelismo brasileiro há muito se abrigou no Judiciário, sob o manto cego da Justiça. Num país onde a pena para um juiz corrupto é a aposentadoria e o perdão para o político idem é dado pela sua renúncia ao cargo, o que o cidadão pode esperar?
Por causa disso não há verba para novas contratções. Meu Deus, estamos perdidos… É melhor calar…