Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

Lula, sem nenhum tipo de constrangimento, como nada estivesse acontecido, anda de mãos dadas com Renan Calheiros, então presidente do Senado na efervescência do golpe.

 

O comando estadual do PDT, sob a presidência do deputado Félix Júnior, tem que exigir uma explicação da cúpula do PT sobre essas alianças que a legenda vem fazendo com os “golpistas”.

É bom lembrar que foi o próprio PT que denominou como “golpistas” os parlamentares que votaram a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Essa aproximação, ou melhor, reaproximação de Lula com o senador Renan Calheiros (PMDB), protagonista-mor da defenestração de Dilma, é um acinte ao PDT.

Não só ao PDT, mas a todos os partidos que enfrentaram os “golpistas” e terminaram derrotados pelo rolo compressor do toma lá, dá cá.

Vem o PT agora e estende o tapete vermelho para os “golpistas”, transformando-os em sofisticados cabos eleitorais da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula, sem nenhum tipo de constrangimento, como nada estivesse acontecido, anda de mãos dadas com Renan Calheiros, então presidente do Senado na efervescência do golpe.

E a Dilma Rousseff, como fica? Vai dividir o palanque com os “golpistas” e engolir o insulto da banda pragmática do PT?

Ao PDT só resta um pedido de explicação ao petismo, sob pena de ser conivente com as arrumações assentadas no maquiavelismo de que “o fim justifica os meios”.

Para os mais desinformados, fica a lembrança que o PDT, do saudoso e inesquecível Leonel Brizola, expulsou seis deputados federais e, salvo engano, dois senadores porque votaram no impeachment.

A militância, pelo menos a coerente, que não se amedronta diante dos sobressaltos do processo político, espera uma atitude por parte da Executiva estadual.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: 2 minutos

domingos matosDomingos Matos | D´O Trombone

 

A Ceplac quer estar na GigaSul. “Ah, mas precisa de concurso!”. Precisa, claro. Mas para implantar a Nova Ceplac, jamais para “fortalecer” a atual. Fazer mais e melhor, com menos estrutura.

 

É batata. Toda autoridade que por aqui chega ou mesmo aquelas que daqui não saem, na falta do que dizer sobre a Ceplac, ou pedem ou prometem o seu fortalecimento.

Por favor, parem!

A Ceplac, também conhecida como a Velha Senhora da Cacauicultura, já foi muito forte, em sua mocidade.

Naquela época, não faltou quem dela tirasse pedaços, vantagens e sua seiva. Muitos até dos que hoje falam em pedir seu “fortalecimento”.

Hoje, sessentona, ela não quer essas migalhas traduzidas nas tais promessas de vitaminas e sais minerais dos políticos sem criatividade e sem informações.

Sim, sem informações. Porque, se ao menos consultassem seus assessores, se os tivessem bons e antenados, evitariam falar essa grande bobagem. Mesmo quando ‘orientados’ por alguns ceplaqueanos, a “velharia” erra. Simplemente porque pergunta sobre a Ceplac à “velharia” da Ceplac.

A Ceplac está discutindo a pós-modernidade. Trabalho em redes digitais, a partir de conceitos de tecnologia, inovação e comunicação.

A Ceplac quer estar na GigaSul. “Ah, mas precisa de concurso!”. Precisa, claro. Mas para implantar a Nova Ceplac, jamais para “fortalecer” a atual. Fazer mais e melhor, com menos estrutura.

Sair da lógica da assistência técnica de porteira em porteira. Em tempos de diárias minguadas, combustíveis escassos, pessoas obsoletas…

Discute, por exemplo, fazer ciência por demanda, não por vontade do clubinho.

O paradoxo máximo será a cara da própria Ceplac, expert em contradições: ela vai se modernizar quando o Brasil, enquanto nação, se atira num buraco negro do atraso, levado por um governo totalmente analógico, desde os conceitos até as pessoas. Mas, que seja. Até porque, esse processo não é tão novo, embora dele a Velha Ceplac nada fale. No coments. O bom é manter o status quo.

O importante é que vai se (pós)modernizar para, aí sim, se fortalecer, na medida de sua capacidade e da necessidade de sua missão.

Portanto, político, antes de prometer “lutar” pelo fortalecimento da Ceplac, que tal saber da Ceplac o que a própria está projetando? Atente, porém, para a recomendação: saber sobre o que ela está projetando não é o mesmo de saber o que alguns dela estejam querendo.

Esses, infelizmente, acham que “fortalecer” a Ceplac lhes garantirá um elixir da eternidade. Ou, um suprimento eterno de viagra.

Sinto dizer, mas a discussão da Ceplac hoje é outra, tios. Vocês, ó. Nadavê.

Domingos Matos é editor d´O Trombone

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

O ponto em comum de Sérgio e Moreira, pelo menos aqui em Itabuna, é que vão fazer suas campanhas sem pedir votos para a reeleição do governador Rui Costa (PT).

 

A disputa entre Sérgio Gomes e Rafael Moreira, ambos pré-candidatos a deputado estadual, tende a ficar mais intensa com a proximidade da eleição.

Moreira, toda vez que é questionado sobre sua legítima pretensão, sempre deixa nas entrelinhas que o prefeito Fernando Gomes vai apoiá-lo em detrimento de Sérgio Gomes.

Essa insinuação – ou impressão, se o leitor preferir – faz Sérgio ficar irritado a cada entrevista de Rafael, que precisa entender que seu concorrente é filho do alcaide.

É natural que Rafael procure mais espaços no governo e a simpatia do pessoal do primeiro e segundo escalões. Mas soa como provocação o desafio em relação ao apoio de Fernando Gomes.

Fica parecendo que Moreira sabe de alguma coisa, que Sérgio não vai ser candidato em virtude de um acerto que tem com o chefe do Executivo.

Moreira pretende se filar a um partido da base aliada do petismo, mas descartou qualquer possibilidade de ir para o PT e o PCdoB. Seu candidato a deputado federal é Josias Gomes, secretário estadual de Relações Institucionais.

O ponto em comum de Sérgio e Moreira, pelo menos aqui em Itabuna, é que vão fazer suas campanhas sem pedir votos para a reeleição do governador Rui Costa (PT).

Muitos eleitores de Rafael e Sérgio vão votar em ACM Neto (DEM) na sucessão ao Palácio de Ondina. Tem gente graúda na prefeitura condicionando o apoio a uma neutralidade diante do segundo mandato do governador.

Tem também os antipetistas radicais, que andam dizendo que não vão votar em Rafael Moreira em decorrência dessa sua dobradinha com Josias Gomes.

O que se espera é que Rafael Moreira e Sérgio Gomes percorram o caminho da paz e da civilidade. O sol nasceu para todos.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

Uma coisa é certa: a disputa Rui Costa versus ACM Neto vai ser acirrada. O segundo mandato do governador não é favas contadas como dizem os petistas mais eufóricos.

 

O comentário de hoje é sobre a composição das chapas da situação e da oposição, respectivamente encabeçadas pelo governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto.

Quem teria mais problemas para arrumar a majoritária sem causar graves dissidências, o alcaide soteropolitano (DEM) ou o chefe do Executivo estadual (PT)?

Pelo governismo, o maior entrave diz respeito ao PSB da senadora Lídice da Mata, que não teria espaço para sua reeleição. Vai ter que se contentar com uma eventual candidatura à Câmara dos Deputados.

Outro fato que pode complicar Lídice é a articulação nacional do PSB com o PSDB, mais especificamente com o governador de São Paulo e presidenciável Geraldo Alckmin.

Tem também o PR de José Carlos Araújo, que sempre deixa nas entrelinhas que pode romper com o governo se a legenda for preterida.

A chapa governista caminha para manter João Leão (PP) como vice e as duas vagas para o Senado sendo ocupadas por Jaques Wagner e um indicado pelo PSD do senador Otto Alencar.

PSB e o PR ficam de fora. Em relação ao Partido da República existe a remota possibilidade de Wagner se candidatar a deputado federal para solucionar o impasse.

Na oposição, obviamente com ACM Neto disputando o Palácio de Ondina, os postulantes são José Ronaldo (DEM), Jutahy Júnior e Antônio Imbassahy, ambos do PSDB, e Lúcio Vieira Lima (PMDB).

O que se comenta nos bastidores é que a vontade de ACM Neto é ter uma mulher na sua vice, já que a chapa adversária só terá marmanjos.

O pessoal do marketing acredita que a presença feminina na composição da majoritária pode ter um apelo significativo no processo sucessório.

José Ronaldo dificilmente seria defenestrado. O oposicionismo não pode deixar de fora o prefeito de Feira de Santana, o segundo maior colégio eleitoral.

Aí sobra apenas uma vaga para o Senado para ser disputada entre Imbassahy, Jutahy e Lúcio Vieira Lima. Dos três, o que tem menos chance é o primeiro.

Aliás, Imbassahy, que é o secretário de Governo de Temer, é uma espécie de “patinho feio”. Quer sair do PSDB, mas não encontra partido que lhe queira. As portas estão fechadas.

“Imbassahy está bem onde está”, diz Aleluia, presidente estadual do DEM. “O partido não é barriga de aluguel”, alfineta Lúcio, cacique do PMDB.

O trunfo do irmão de Geddel é o invejável tempo do PMDB no horário eleitoral destinado aos partidos políticos. O de Jutahy é tirar da chapa uma conotação 100% temista, já que votou pela continuidade da denúncia da PGR contra o presidente Temer.

Uma coisa é certa: a disputa Rui Costa versus ACM Neto vai ser acirrada. O segundo mandato do governador não é favas contadas como dizem os petistas mais eufóricos.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: 5 minutos

Walmir Rosário 3Walmir Rosário | wallaw2008@outlook.com

Para a Maçonaria, a utopia surge como uma sociedade dentro da própria sociedade, dela extraída por um processo seletivo que pode variar no tempo e no espaço. De simples ideia passa a ser uma prática de vida, na qual o homem sente que pelo exercício de uma disciplina mental, orientada por uma ação divina, pode se viver melhor.

 

Segundo os historiadores, há utopias sonhadas e utopias tentadas. Umas assumem o papel político enquanto outras o religioso. Algumas são apenas sonhos de filósofos, que jamais saem dos livros. Já a Maçonaria abrange as duas, pois é uma utopia filosófica e uma tentativa de implantá-la na prática. Por isso, tem envolvimentos com a política e ainda é confundida com a religião.

A utopia prega um modo de vida universal – como na Maçonaria – com a finalidade de redimir o homem pecador e formar uma verdadeira fraternidade, em que o profano possa conviver com o religioso. Para isso, são escolhidos no meio social indivíduos de elite moral, no sentido de prepará-los para servir de alicerce para essa sociedade, seja nos aspectos espirituais ou interesses mundanos. Mas como é possível fazer isso numa sociedade múltipla, diversa? Veremos com a história de nossa cidade:

Para Canavieiras, convergiram todos os povos, diferentes etnias. Cada um em busca de novas oportunidades. A data mais precisa desta invasão é o ano da era vulgar de 1882, quando foi noticiada mundo afora a descoberta de diamantes no Córrego do Salobro, terras da Vila Imperial de Canavieiras.

Brasileiros e estrangeiros de várias nacionalidades aqui aportaram em navios e canoas – até mesmo em lombo de burros. Entre os nativos, a grande maioria da Chapada Diamantina, com a única preocupação de “bamburrar”, ficar rico e poderoso faiscando os famosos diamantes das fraldas da Serra da Onça.

Sozinhos ou com as famílias, vieram de toda as partes do mundo para desbravar as matas, vasculharem os rios e córregos. Até mesmo uma empresa francesa investiu pesado na importação de equipamentos para esvaziar a Lagoa Dourada, onde acreditava-se ser um depósito fervilhante dessas pedras preciosas. Apesar das motobombas trabalharem dia e noite, todo o esforço foi em vão e quanto mais tiravam, mais água ajuntava.

Como gente atrai gente – por ser o homem um animal gregário –, uma leva de mascates deixou de preambular de povoamento em povoamento para se aqui se estabelecer. Comércios de todos os tipos foram abertos, desde os armazéns de secos e molhados, com produtos para a subsistência e o trabalho, quanto para o luxo e o divertimento, uma praxe para os padrões da época.

Como bem nos narra o livro Canavieiras – Terra Mater do Cacau, de autoria dos professores Durval Pereira da França Filho e Aurélio Schommer, no capítulo “Todos Diferentes, Todos Iguais”, aqui se misturaram europeus, africanos, asiáticos, indígenas e os já brasileiros, numa grande miscigenação. Aos poucos, os nomes estrangeiros foram se associando aos locais, formando a população que hoje conhecemos.

Essa mudança na cor da pele também influenciou os costumes, a maneira de agir e de falar, deixando para trás usos e costumes tradicionais. A herança cultural nem sempre era conservada, ou pouco preservada em raros momentos do recesso do lar. Agora, tudo girava sobre o fazer fortuna em Canavieiras, conforme a pretensão de cada um que para aqui se deslocou com essa finalidade.Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

dt-chargeDaniel Thame | Blog do Thame

Na antológica abertura de Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez, Aureliano Buendia, diante do pelotão de fuzilamento, lembra o fascinante e distante dia em que o pai lhe apresentou o gelo, maravilha da humanidade naquele rincão perdido nos confins da Colômbia.

A narrativa é antológica, sinalizando o que o mundo conheceria e admiraria como o realismo fantástico de Gabo.

Na já antológica noite de 23 de agosto de 2017, um colombiano menos famoso chamado Orlando Berrío nos reapresentou a algo que estava perdido nos desvãos da memória de um futebol que era jogo, mas também era poesia: a magia do improviso, do drible desconcertante que destrói um esquema mecânico, monótono e previsível.

Flamengo e Botafogo faziam um daqueles jogos modorrentos, típicos do futebol atual, em que o importante é se defender e se der, ou quando der, atacar. Meio de campo congestionado, goleiros sem serem incomodados e o indefectível cheiro de 0x0.

E eis que no ex-Templo do Futebol, hoje mais um exemplo do tributo ao deus corrupção, o Maracanã foi apresentado ao gelo.

Como se Garrincha, numa dessas molecagens do destino, resolvesse reencarnar por um átimo de segundo no estádio onde foi rei e menino travesso, e trazer um pouco de luz naquela escuridão de futebol.

O drible de Berrío!
O drible de Berrío!
E, noutra trapaça do destino, reencarnar no time errado, botafoguense que foi, e ainda por cima num colombiano com pinta de milongueiro e estampa de dançarino de tango. Ou de cumbia. Ou seria de samba? Orlando Berrío.

Berrío estava pronto para ser substituído e recebeu uma bola na lateral. Lance comum.

Ninguém no Maracanã esperava nada da jogada e o próprio Berrío poderia ter se livrado na bola e saído de um jogo do qual ninguém se lembraria daqui a uma semana.

Mas Berrío (Garrincha?) produziu o lance a ser lembrado daqui a Cem Anos (de Solidão). Um drible tão desconcertante quando indescritível, que resultou no passe perfeito para o gol da vitória.

Filho, eis o Gelo!

Maravilhem-se todos, pois esse é um daqueles raros momentos que vão para a eternidade.

O divino, o imponderável, o fantástico, o genial, a irreverência gerados num pedacinho de gramado transformando em latifúndio.

Meninos eu vi, dirão daqui pra frente os que estiveram no Maracanã. E os que não estiveram, testemunhas multiplicadas aos milhões. Macondo é o universo.

Aproveitemos o gelo.

Congela, eterniza a imagem.

O resto, o gol, a vitória, a classificação do flamengo para a decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro são meros detalhes.

Eterno é Berrío, numa obra de arte que Gabo assinaria.

Maracanã, Macondo.

Na magia de um drible esse mundo de merda ainda pode ser uma alegre Bola de Futebol.

Tempo de leitura: 2 minutos

elies haun netoEliés Haun Neto | netohaun@gmail.com

 

Qual seu papel na sociedade? Você está sendo “cidadão” ou cidadão?

 

cidadão
substantivo masculino.

1. habitante da cidade.
2. indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos por este garantidos e desempenha deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos.

Uma senhora de 80 anos entra no ônibus na Califórnia em Itabuna, equilibra-se com dificuldade em busca do seu espaço reservado, garantido por Lei e sinalizado por placas, dois jovens estão sentados nesses espaços e fingem estar dormindo.

Um homem bem arrumado e elegante em seu carrão abre o vidro em plena CINQUENTENÁRIO e joga uma embalagem de picolé pela janela, sem no mínimo se preocupar com o exemplo que esta dando ao seu filho que acabou de buscar na escola e que estava no banco de trás do carro que, fecha o vidro e prossegue como se nada tivesse acontecido.

Uma mãe para o carro em fila dupla esperando o filho sair da escola, falando ao celular, enquanto disfarça o estrago que faz no trânsito, ignora as buzinas e o olhar atravessado dos outros motoristas.

Mas nada disso é mais constrangedor e deprimente do que o atitude do “cidadão” que abre a porta de sua casa na AVENIDA ILHÉUS, em Itabuna, atravessa a rua e despeja restos de materiais de construção, resto de móveis e utensílio do lar e nada mais nada menos do que uma carcaça de geladeira. Isso tudo praticamente no CENTRO da cidade.

Entulho descartado na Avenida Ilhéus, região central de Itabuna || Fotos Elies Haun Neto
Entulho descartado na Avenida Ilhéus, região central de Itabuna || Fotos Eliés Haun Neto

Qual o compromisso deste “cidadão” com Itabuna? O que este “cidadão” pode cobrar dos nossos governantes?

Estes “cidadãos” devem pensar que se não jogarem seus dejetos no canteiro central desta tão importante avenida de Itabuna não haverá emprego para os garis, mostrando assim um retrocesso mental e cultural
nos tempos de hoje.

Qual seu papel na sociedade?

Você está sendo “CIDADÃO” ou CIDADÃO?

Elies Haun Neto é administrador e CIDADÃO itabunense.

Tempo de leitura: < 1 minuto

marco wense1Marco Wense

 

O processo que sentenciou Azeredo a 20 anos de prisão, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, diz respeito ao mensalão tucano.

 

A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) de manter a condenação do ex-governador de Minas e ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB) não foi uma boa notícia para o PT.

Parece estranho, mas é verdade. O discurso do petismo de que a Justiça só enxerga Lula, deixando os tucanos impunes, perde consistência.

Esse tipo de discurso é atraente do ponto de vista eleitoral. O eleitor brasileiro, na sua grande maioria, detesta “perseguição”. Quanto mais tucano engaiolado, pior para Lula.

O processo que sentenciou Azeredo a 20 anos de prisão, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, diz respeito ao mensalão tucano.

O PT agora torce para que não aconteça com Aécio Neves o mesmo que ocorreu com Azeredo. O PT quer Aécio livre, leve e solto.

Com efeito, cresce a parcela do eleitorado que vai votar em Lula porque ele está sendo perseguido, que os outros envolvidos no lamaçal têm tratamento diferenciado por parte da Justiça.

Se o tucano Azeredo fosse absolvido pelo TJ-MG, o discurso da perseguição voltaria com toda força e, como consequência, alguns pontinhos para Lula nas pesquisas de intenções de voto.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: < 1 minuto

marco wense1Marco Wense

 

O PT sabe com quem mexe. E logo quem, o Coronel, que pode a qualquer provocação chutar o pau da barraca.

 

Jaqueses Wagner, de maneira incisiva, descartou qualquer possibilidade de sair candidato ao Palácio de Ondina na eleição de 2018.

“Chance zero”, disse o ex-governador e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, se mostrando surpreso com o assunto e até irritado.

“Não existe nenhum movimento neste sentido na base aliada. Isso deve ter partido do lado de lá”, desabafou o não menos chateado Everaldo Anunciação, presidente do PT da Bahia.

Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que só tem uma hipótese que poderia levar Wagner para a disputa: uma acentuada impopularidade do governo Rui Costa.

O risco de uma não reeleição levaria o petismo a convencer Wagner a sair candidato. A última pesquisa aponta um empate técnico entre Rui e ACM Neto, com o prefeito de Salvador na frente.

Acontece que o “Volta Wagner” não foi parido na oposição, como insinua Anunciação. Surgiu pela voz do inquieto Ângelo Coronel, filiado ao PSD do senador Otto Alencar.

Como o Coronel é o presidente da Assembleia Legislativa, e desses que não tem papas na língua, o PT preferiu atribuir a origem do “Volta Wagner” ao oposicionismo.

O PT sabe com quem mexe. E logo quem, o Coronel, que pode a qualquer provocação chutar o pau da barraca.

Marco Wense é editor d’O Busílis.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

É no debate, no olho a olho, que Ciro Gomes vai se aproximar de Bolsonaro, sem dúvida o presidenciável mais fraco, oco, inconsistente e carente de substância.

 

Todas as pesquisas para o Palácio do Planalto apontam uma disputa no segundo turno entre o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC).

Na mais recente, do instituto DataPoder360, Lula tem 32%, Bolsonaro 25%, Ciro Gomes (PDT) 4%, empatando com Geraldo Alckmin (PSDB), e Marina Silva (Rede) 3%.

Quando sai Alckmin e entra o também tucano João Doria, prefeito de São Paulo, Lula fica com 31%, Bolsonaro 18%, Doria 12%, Ciro 6% e Marina 3%.

Sem Lula no páreo, impedido legalmente de concorrer, Bolsonaro assume a ponta com 27%, Alckmin 9%, Ciro e Marina com 8% e Haddad, reserva do PT, fica com 3%.

Em outro cenário, ainda sem Lula, com Doria no lugar de Alckmin, Bolsonaro pontua com 25%, Doria 12%, Ciro 9%, Marina 6% e Haddad 5%.

Uma eventual inelegibilidade de Lula, favorece o pré-candidato do PDT, que tende a crescer no decorrer do processo em decorrência de ser o mais preparado de todos.

É no debate, no olho a olho, que Ciro Gomes vai se aproximar de Bolsonaro, sem dúvida o presidenciável mais fraco, oco, inconsistente e carente de substância.

Não vejo nenhuma chance em Marina e nem nos tucanos Alckmin e Doria. Em relação a Haddad, o PT e Lula não vão transferir os votos.

Sem Lula, Ciro Gomes é o próximo presidente da República.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: 2 minutos

ManuManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

 

 

Quem vai chegar em 2018 com força, nós não sabemos, mas uma coisa é certa: a disputa já começa acelerada!

 

 

 

Se 2018 já começou nas capitais e cidades pequenas de todo o país, onde os políticos (e futuros políticos) já estão aquecendo as turbinas para levantar seus voos de campanha, no universo digital ele já é uma realidade – e nem precisa ser especialista em marketing político para perceber isso. Uma breve olhada e estão lá, nomes de todos os partidos, correndo contra o tempo para parecerem atuantes na vida e, claro, no universo paralelo chamado internet.

A guerra virtual silenciosa travada entre Rui Costa e ACM Neto é até interessante de se acompanhar. Conhecido (agora também na vida real) como Rui Correria, o governador da Bahia tem uma comunicação dinâmica, leve e bem humorada, capaz de aproximar os eleitores muito mais dele que do governo em si, inclusive. (A prova disso é que existem contas completamente distintas nas redes).

Os vídeos em que ele aparece com as filhas, ainda pequenas, dão um tom mais generoso a quem precisa, na prática, ter pulso firme. A velha política coronelista já morreu, mas o brasileiro ainda entende que o representante do povo precisa ser alguém, digamos, enérgico e de voz firme, mas na medida certa. Acertar essa medida é que é o grande desafio.

Neto, que carrega na vida pública o ônus e o bônus do legado do avô, o ex-governador-coronel ACM, começa a correr trecho e, claro, tenta “mostrar serviço” para a toda o estado. O grande desafio era sair da capital, e ele já está com um dos pés fora dela quando escolheu para seu vice um dos seus melhores amigos e ex-assessor, Bruno Reis, que conhece toda a sua estratégia, estrutura e linha de raciocínio político. Bruno não agregou votos a Neto, e isso é fato. Na contramão do que é usual na política, Neto fez Bruno vice, e segue tranquilo.

Além disso, a turma de comunicação, numa jogada brilhante de marketing, entendeu que para concorrer com #ruicorreria só alguém igualmente ágil, e criou a hashtag #segueopasso. Quem vai chegar em 2018 com força, nós não sabemos, mas uma coisa é certa: a disputa já começa acelerada!

Manuela Berbert é publicitária e escreve coluna no Diário Bahia e no Política&Gente às sextas-feiras.

Tempo de leitura: 2 minutos

Rosivado PinheiroRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A posição da direção do PCdoB, expressada pelo mandato de Jairo Araújo segue o modelo do passado, oposição por oposição, enquanto que Aldenes Meira destoa dessa linha e se mostra disposto a construir consensos, valorizando o que une ao invés dos pontos que os separam.

 

O momento político atual provoca muita confusão na cabeça do eleitorado. Parte da grande mídia disseminou o ódio e pauta o noticiário nas questões ligadas ao pior do mundo político. Uma dessas questões foi a radicalização de uma rivalidade entre direita e esquerda – e a alimentação do ódio a partir dessa polarização.

Em Itabuna, o alinhamento político do prefeito Fernando Gomes, eleito pelo DEM, e do governador Rui Costa, do PT – historicamente partidos políticos de campos opostos, acaba servindo de tempero para alimentar essas confusões aos olhos das alas mais radicais dos partidos envolvidos no debate, gerando desconfiança e críticas. Já aos olhos dos mais estrategistas e menos passionais, bem como dos eleitores em geral, a união é bem avaliada e gera expectativa positiva.

Esse novo olhar faz nascer outras perspectivas e demonstra claramente que, mesmo para a parcela significativa de eleitores que continuam “detestando” o PT, Rui passa a ser opção de voto. Há aí a supremacia da liderança sobre a sigla. O eleitor local está mais preocupado com os benefícios que essa união política gera para a cidade e região do que com a velha disputa motivada pela busca do voto. Parece ser esse o verdadeiro encantamento desse momento novo.

A análise desse cenário indica que Rui terá mais votos em Itabuna para a reeleição do que obteve na sua primeira eleição para governador. Os partidos que anteriormente estavam no campo ligado ao governo do estado e em oposição ao governo local terão que mudar a tática, senão a tendência será perder a oportunidade de se mostrarem em sintonia com o que pensa a maior parcela da sociedade.

Assim acontece, por exemplo, com o PCdoB, que possui dois vereadores na atual legislatura, mas que adotam caminhos diferentes na forma de atuar. Enquanto um radicaliza seguindo a orientação partidária, o outro se mantém mais cordial e buscando diálogo com a gestão, demonstrando maior independência e se posicionando de forma mais alinhada ao que defende o PT estadual.

A posição da direção do PCdoB, expressada pelo mandato de Jairo Araújo, segue o modelo do passado, oposição por oposição, enquanto que Aldenes Meira destoa dessa linha e se mostra disposto a construir consensos, valorizando o que une ao invés dos pontos que os separam.

O que se espera dos partidos políticos e das lideranças envolvidas nesse debate, independentemente de serem a favor ou contra Fernando, é a sensatez avaliativa de construírem um novo momento na história política local, sem necessariamente ficarem atrelados aos dissabores alimentados pelas últimas eleições. A cidade parece indicar que olhar para o futuro será o caminho.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

O PT vai ser solidário com Wagner ou ficar do lado de Fernando Gomes, que não quer saber de PT, PT, PT de jeito nenhum?

 

Esse Fernando Gomes não é fácil. Esperou o resultado final do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para dizer que não tem compromisso nenhum com o PT.

Cozinhou o PT em banho-maria. Usou, usou e agora descartou. E para mostrar sua independência, ainda disse, com todas as letras maiúsculas, que não vai votar em Jaques Wagner para o Senado.

“Eu apoio Rui Costa, não tenho compromisso com Wagner e nem com o PT”, verberou o prefeito de Itabuna, deixando claro que o ex-governador é adversário político.

E mais: em conversas reservadas, no chamado núcleo duro do fernandismo, já há uma decisão de não apoiar uma eventual candidatura de Lula – ou de qualquer outro petista – na eleição presidencial de 2018.

E agora? Como é que o comando estadual do PT, sob a batuta de Everaldo Anunciação, vai se comportar diante da “rebeldia” do alcaide?

O PT vai ser solidário com Wagner ou ficar do lado de Fernando Gomes, que não quer saber de PT, PT, PT de jeito nenhum?

Fernando Gomes pode até usar a expressão da ex-presidente Dilma Rousseff: Nem que a vaca tussa eu apoio Lula, Wagner e nem deputado do PT.

Que coisa, hein! Coisas da política. Do movediço e traiçoeiro mundo político.

Marco Wense é o editor d´O Busílis.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

Concluo dizendo o óbvio ululante: salvando-se poucos, são todos loucos e irresponsáveis. A minha saudosa vovó Nair diria que merecem uma boa surra de cansanção. E no bumbum.

 

Mesmo diante de um gigantesco rombo nas contas públicas, os senhores “homens públicos” só pensam em milhões de reais para bancar suas campanhas eleitorais.

Essa é a preocupação principal dos deputados e senadores em detrimento da discussão sobre o caos na saúde, na educação e o degringolar da economia.

Quando é para aprovar projetos que beneficiam diretamente a população, é um Deus nos acuda. Mas tudo é muito rápido se é para deixar os parlamentares alegres e satisfeitos.

Tem até os que acham que R$ 3,6 bilhões do fundo partidário é pouco. Mudaram até o nome do “fundão”. Agora é o pomposo Fundo Especial de Financiamento da Democracia, o FEFD.

E mais (1): enquanto discutem a dinheirada para financiar as campanhas, já arquitetam um jeito – conhecido como jeitinho brasileiro – de permanecer na Casa Legislativa via “distritão”.

E mais (2): na calada da noite, como se fossem lobisomens esperando a lua cheia, tem também os que defendem a implantação do parlamentarismo.

Ora, ora, parlamentarismo em um país com um Congresso deteriorado, enraizado pelo toma-lá-dá-cá, vai durar menos do que cheiro de carro novo.

Concluo dizendo o óbvio ululante: salvando-se poucos, são todos loucos e irresponsáveis. A minha saudosa vovó Nair diria que merecem uma boa surra de cansanção. E no bumbum.

Marco Wense é o editor d´O Busílis.