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robenilson torresRobenilson Torres | robenilson.sena@gmail.com

 

A realização de licitação do tipo menor preço é o padrão mais recomendado pelos especialistas e deve ser adotado pelos gestores que querem um processo licitatório sério e transparente, por ser este o mais objetivo, comparando-se aos outros dois tipos, melhor técnica e técnica e preço.

 

Desde o dia 22 de dezembro está publicado para consulta pública, no site da prefeitura, o edital referente ao processo de licitação do transporte público de passageiros em Itabuna. Pauta de tamanho interesse público, portanto, imprescindível que a população tome conhecimento do conteúdo e faça as devidas contribuições, sugestões e críticas até o dia 22 de janeiro. A concessão é por um período de 20 anos, podendo ser 40. Então, fiquemos atentos ao que parece óbvio, mas carregado de alto teor de subjetividade que pode ensejar em favorecimentos para alguns e prejuízos à população.

Dentre os vários pontos do Edital que demandam atenção, eis que, de início, chamo atenção para o tipo de licitação previsto. A modalidade de concorrência apresentada terá como critério de julgamento a combinação de dois tipos: Melhor proposta técnica e menor tarifa de remuneração. As análises que os estudiosos do tema fazem hoje é que a junção de ambos os critérios pode ser ardiloso, pois dará margem a critérios subjetivos e/ou irrelevantes, que não resultarão na escolha da proposta mais vantajosa para a Administração Pública e para o usuário do sistema de transporte coletivo.

O tipo “melhor técnica”, um dos dois tipos de escolha, apresenta critérios subjetivos e leva ao personalismo (pessoalidade), pondo a perder o caráter igualitário do certame, o princípio da isonomia. As especificações técnicas que a licitante com todos os seus veículos deverão atender estão (ou deverão estar) contidas no anexo II do edital disponível, baseadas em mais de 30 leis, resoluções, normas e portarias, além das próprias especificações da realidade local já descritas no edital.

Assim, qualquer empresa que vier a participar do certame já deverá ter tais exigências na sua proposta, inclusive os prazos para execução e instalação das novas tecnologias devem ser pré-estabelecidos no edital. Atender a estes requisitos e apresentar a documentação em sua totalidade é condição sine qua nom para as empresas interessadas participarem do processo licitatório, portanto, não é razoável que o tipo ‘melhor técnica’ seja também um dos fatores de escolha.

No entendimento do Procurador do Ministério Público de Contas Glaydson Santo Soprani Massaria “Dentre os critérios de julgamento previstos no art. 15 da Lei de Concessões, o único que atende ao princípio da modicidade tarifária é o tipo licitatório menor tarifa. Por esse critério o julgamento é realizado de forma eminentemente objetiva, vencendo a licitação aquele que oferecer o serviço nos padrões da especificação técnica com o menor custo possível”.

A realização de licitação do tipo menor preço é o padrão mais recomendado pelos especialistas e deve ser adotado pelos gestores que querem um processo licitatório sério e transparente, por ser este o mais objetivo, comparando-se aos outros dois tipos, melhor técnica e técnica e preço. Sobre estes outros o artigo 46 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) versa que: “Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual”, o que não é o caso em questão.

Então, basta que se exija de todos proponentes os requisitos mínimos desejáveis e adote-se a licitação por menor preço. E, sendo possível esse procedimento, não há motivos para a menor tarifa não ser adotada como único critério de julgamento, uma vez que, quando utilizado desnecessariamente, o tipo “técnica e preço” poderá ser obstáculo ao princípio da modicidade tarifária (preço acessível e justo), da economicidade e da seleção da proposta mais vantajosa.

A população de Itabuna deve acompanhar este processo licitatório com tenacidade. Recomendo que, dentre outros pontos no edital, o tipo de licitação seja objeto de uma atenção especial. À gestão municipal, para não sair da linha da transparência e seriedade, é prudente e recomendável evitar esses terrenos arenosos e ardilosos das entrelinhas, típicos dos processos licitatórios da área de transporte público.

Robenilson Torres é vice-presidente do Conselho Municipal de Transportes de Itabuna.

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WENCESLAU1Wenceslau Junior | wenceslauviceprefeito@gmail.com

 

Ao final desses 36 meses à frente da Seplantec me sinto na obrigação de prestar contas da minha passagem pela secretaria. Temos a consciência tranquila de que plantamos uma semente para edificar uma cidade melhor para se viver.

 

Ao longo desses 36 meses, procurei honrar a minha permanência no comando da Secretaria Municipal de Planejamento e Tecnologia. Graças a muito esforço e uma equipe coesa, dedicada, leal e competente, conseguimos garantir avanços importantes na Pasta. Muitos irão refletir imediatamente, outros somente com o tempo.

No que se refere ao macro planejamento (longo prazo) nossa meta é concluir, no atual mandato, a elaboração dos Planos de Saneamento Básico e de Mobilidade Urbana, bem como a revisão do Plano de Habitação de Interesse Social e do PDDU.

O Plano de Habitação já foi concluído, o de Saneamento está em fase final e o PDDU e o Plano de Mobilidade estão previstos para iniciar em março de 2016.

No plano da captação, execução e prestação de contas de recursos oriundo de convênios, participamos da movimentação de mais de R$ 80 milhões de reais nas áreas de esporte, infraestrutura urbana, saúde, defesa civil e educação. Isso sem levar em conta a participação da Seplantec para consolidar o Minha Casa Minha Vida, que movimentou mais de R$ 207 milhões ao longo da nossa gestão e beneficiará 5.000 famílias com residência adequada.

Encontramos a prefeitura com o nome sujo com mais de 13 itens no Cauc e hoje não existe um projeto sequer sem a prestação de contas atualizada. Estamos limpando o nome de Itabuna.

Implementamos com sucesso o PPA Participativo e o Orçamento Participativo, democratizando as informações sobre o orçamento público e trazendo os cidadãos para opinarem nas tomadas de decisão de onde serão aplicados os poucos recursos.

Participamos diretamente da viabilização de obras importantes com o Centro de Esporte e Arte Unificado (Céu) na Urbis IV. Também contribuímos para que a obra do PAC, que acontece hoje nos Bairros Nova Itabuna, Jorge Amado, Rua de Palha, Campo Formoso e Sinval Palmeira, pudesse ser retomada.

Participamos ativamente da elaboração do projeto que viabilizou R$ 3.100.000,00 para obras de contenção na via de acesso a Ilhéus. Participamos dos processos que viabilizou a construção de duas UPAS (Fonseca e Monte Cristo) em fase de conclusão, do Capes e da CER-oficina ortopédica. Também atuamos na captação para o Centro de Iniciação ao Esporte que está em execução no Bairro Fonseca, bem como da reforma de 10 quadras poliesportiva em vários bairros da cidade. Recentemente, mais um Centro de Iniciação ao Esporte, que será compartilhado pela UFSB e pelas comunidades da Nova Califórnia, Jardim América e Califórnia.

Participamos da Comissão criada para viabilizar a instalação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) em Itabuna, o que foi feito em tempo recorde.  Viabilizamos o Cidade Digital, que não se restringe a 3 praças de acesso gratuito à internet, pois quase todos os órgãos municipais estão interligados por fibra ótica e acesso à banda larga. Contribuímos para viabilizar o projeto Adote uma Praça, que hoje é uma realidade.

Tenho muito que agradecer por ter vivido essa experiência até agora. Agradecer a Deus, em primeiro lugar, à minha família, pela compreensão e apoio, ao Prefeito Vane pelo convite, aos colegas Secretários, à equipe dos Departamentos Econômico, de Tecnologia, de Projetos e outros setores, pela lealdade e dedicação, aos vereadores pelo apoio e aos Deputados do meu partido que sempre abriram as portas em Brasília e Salvador, Alice Portugal, Daniel Almeida e mais recentemente Davidson Magalhães que em menos de um ano fez muito pelo município de Itabuna. Sem o apoio de Davidson não teria “Pacão”, CIE, UPA e muitas outras conquistas.

Agradecer também à equipe da Caixa Econômica Federal que fez além da sua obrigação para ver as coisas acontecerem na nossa cidade. Sabemos que não fizemos tudo que era preciso e necessário, mas  fizemos o que foi possível dentro das condições oferecidas para o enfrentamento da batalha.

Ao final desses 36 meses à frente da Seplantec me sinto na obrigação de prestar contas da minha passagem pela secretaria. Temos a consciência tranquila de que plantamos uma semente para edificar uma cidade melhor para se viver.

Wenceslau Junior é vice-prefeito e secretário de Planejamento e Tecnologia de Itabuna.

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Andirlei Nascimento OABAndirlei Nascimento

 

Podemos afirmar, com pureza de alma, que durante a nossa gestão a Diretoria da OAB-Itabuna buscou contribuir para reverter o quadro de desrespeito que imperava com as prerrogativas da advocacia.

 

Em 2009, ao lado da Drª Jurema Cintra, Dr. Ariovaldo Barboza, Drª Raymunda Oliveira, Dr Ruy Santana e, posteriormente, Drª Sirlene Freitas (2012), fui eleito para representar a nossa classe à frente de nossa querida subseção. A missão não foi fácil, mas cumprimos com maestria realizando todos os compromissos assumidos em campanha e por conta disso, fomos reeleitos para o triênio 2012/2015, quando também cumprimos com todos os compromissos assumidos. No dia 31 de dezembro, deste ano, encerra-se o nosso ciclo e outra Diretoria, a qual desejo sucesso, assumirá a OAB-Itabuna.

Saímos de cena, na condição de diretores, com a cabeça erguida e com a certeza de que contribuímos dentro do que foi possível para com a nossa classe. Sempre fomos em defesa das nossas prerrogativas, buscamos melhorias para o nosso judiciário e inserimos a nossa instituição na sociedade de Itabuna, nos envolvendo em discussões importantes que impactaram diretamente de forma positiva na vida da comunidade, a exemplo da reativação do Conselho Municipal da Mulher, que há muito tempo estava inativo prejudicando a cidade, que deixava de receber políticas públicas, de proteção à mulher, dos governos Estadual e Federal.

Na questão estrutural de nossa subseção também conseguimos grandes avanços. Abrimos duas salas de advogados: uma em Camacan e outra no Novo Fórum de Itabuna. Ambas estão todas mobiliadas e preparadas para atender as necessidades profissionais de nossos inscritos. Negociamos junto a Comarca de Buerarema a liberação de uma sala no Fórum daquela cidade, que já nos foi ofertada. Esta ainda não foi posta à disposição da classe por que estava sendo usada pelo cartório eleitoral, mas em 2016 já estará disponível.

Outra importante conquista foi à reforma de nossa Sede. Essa ideia nasceu em nossa gestão e lutamos para que fosse aprovada pela seccional, o que aconteceu em 2014. O valor da reforma entrou no orçamento de 2015, com custo estimado em R$ 450 mil. Nossa diretoria lutou contra a burocracia municipal e conseguiu a expedição do Alvará da reforma e obra será iniciada ainda no primeiro semestre de 2016. Um fato que fez a aprovação do projeto de reforma foi à demora da OAB-BA em pagar os serviços da arquiteta que elaborou o esquete arquitetônico da reforma.

Além de lutarmos por melhores estruturas internas, buscamos melhorar a estrutura do poder judiciário de nossa cidade, para assim o advogado ter conforto e melhores condições econômicas e de trabalho. Por conta disso, fomos ao Tribunal de Justiça da Bahia por diversas vezes, utilizando recursos pessoais, para cobrar a construção do Novo Fórum, obra essa que era reivindicada pela sociedade há quase 30 anos e hoje é uma realidade. Por último, a pedido da nossa diretoria, o TJ-BA irá reformar o Fórum Antigo. Este projeto já foi licitado e será iniciado no primeiro semestre de 2016. Isso tudo, proporcionou ao advogado tranquilidade para exercer a profissão e colaborou para reverter à falta de perspectiva que existia em nossa profissão.

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marco wense1Marco Wense

 

Mais de 60% do eleitorado não pretende votar em candidatos que já administraram Itabuna, o que não deixa de ser uma preocupação para o trio Fernando Gomes, José Nilton Azevedo e Geraldo Simões.

 

 

Deve ter mais. Mas os que aparecem na mídia são 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB), que desistiu da reeleição, portanto da disputa do segundo mandato.

Fernando Gomes (DEM) – Já foi prefeito de Itabuna por quatro vezes. Vai atrás do quinto mandato. Conhece as entranhas do jogo político. Tem um eleitorado cativo. Enfrenta dois problemas: uma possível inelegibilidade em decorrência da Lei da Ficha Limpa e um altíssimo índice de rejeição.

Augusto Castro (PSDB) – Deputado estadual pelo tucanato. Só sai candidato se Fernando Gomes abrir mão de sua pretensão ou se for impedido pela justiça. É tido como político habilidoso, que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Sonha mais com o Parlamento Federal do que com a prefeitura de Itabuna.

Capitão Azevedo (DEM) – Derrotado na última sucessão, quando tentou se reeleger, o militar sabe que a preferência do demismo municipal, sob a batuta de Maria Alice Pereira, é por Fernando Gomes. Tem vontade de sair da legenda, mas falta coragem. A política não costuma perdoar os desprovidos de determinação, audácia e ousadia.

Geraldo Simões (PT) – Duas vezes chefe do Executivo. Não tem a simpatia da alta cúpula do petismo. Ou seja, do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, do secretário de Relações Institucionais Josias Gomes e, obviamente, do governador Rui Costa. Outro obstáculo é ser de um partido que vive o seu pior momento. Recente pesquisa do Datafolha mostra que a associação entre o PT e a corrupção cresceu na percepção do eleitorado.

Antônio Mangabeira (PDT) – Pré-candidato pela primeira vez. É médico, bacharel em direito, administrador de empresas e estudante de engenharia civil e ambiental. É o novo da sucessão de 2016. O fato de ser mais administrador do que político agrada uma considerável fatia do eleitorado já saturada com a política e a politicagem. A existência de um vácuo político, ávido por mudanças e por um candidato sem vícios, pode eleger o pedetista. É a campanha que mais surpreende.

Roberto José (PSD) – Deve ter consciência de que dificilmente será o candidato do prefeito Vane. Vai terminar sendo o vice mais cortejado, seja por Davidson Magalhães ou por Geraldo Simões. O comandante-mor do seu partido, senador Otto Alencar, é defensor da estratégia de que o governismo só deve ter um candidato em Itabuna.

Davidson Magalhães (PCdoB) – Disputa com Geraldo Simões a condição de candidato do governador Rui Costa. O problema maior, o grande entrave da sua pré-candidatura é a ligação e a co-responsabilidade com um governo que tem 85% de desaprovação. Não pontuou bem na última pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Babesp.

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Claudio2Cláudio Meirelles

 

A Sefaz continua a fiscalizar como se fora em meados do século passado, segmentando a fiscalização sobre o ICMS em Trânsito de Mercadorias ou a de Estabelecimentos, e com pouca interação entre essas.

 

Em abril deste, o Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com o compartilhamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) referente às operações por meio eletrônico — a chamada PEC do Comércio Eletrônico ou e-commerce, que beneficia Estados compradores, como é a situação da Bahia.

Hoje todo o ICMS das compras pela Internet fica com os estados produtores. A Bahia e outros estados consumidores nada veem dessa receita. A PEC aprovada dispõe que a diferença entre a alíquota interna (18% e a interestadual (7%), ou seja, 11% será aos poucos repassada ao Estado de destino do bem ou serviço, que após cinco anos ficará com 100%. Para o senador Pinheiro, o estado da Bahia obteria um acréscimo de 100 milhões de reais na arrecadação, ainda em 2015, se o projeto fosse aprovado como originalmente previsto.

Entretanto, para incrementar essa arrecadação a Sefaz necessita planejar melhor suas ações, e vencer a visível obsolescência das unidades fazendárias, seja em equipamentos e sistemas de informática (a Sefaz não conta ainda com rotinas automatizadas para a cobrança do ICMS na entrada de mercadorias no estado nem o registro dessa movimentação; computadores defasados, frota de veículos com longo tempo de uso, etc. ), seja em estrutura física (pistas de rolamento inadequada nos Postos Fiscais, precariedade na rede elétrica e hidráulica, etc.).

Ainda hoje, mesmo com todas as mudanças trazidas pela globalização, a Sefaz continua a fiscalizar como se fora em meados do século passado, segmentando a fiscalização sobre o ICMS em Trânsito de Mercadorias ou a de Estabelecimentos, e com pouca interação entre essas. Isso por conta de uma visão interna turvada pelo corporativismo, e que por isso não mais se sustenta.

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marco wense1Marco Wense

Maria Alice Pereira, presidente do DEM de Itabuna, é daquelas dirigentes que todo partido quer: é militante, fiel, coerente e ardorosa defensora da legenda.

Na entrevista concedida ao Diário Bahia, no dia 11, a democrata mostrou que continua como a dama de ferro do fernandismo, mostrando, sem subterfúgios e arrodeios, que Fernando Gomes é o pré-candidato de sua preferência.

O Democratas, segundo Alice, tem um quadro com quatro prefeituráveis: Fernando Gomes, Capitão Azevedo, Antônio Vieira e o vereador Ronaldão. Uma pesquisa de intenção de votos vai definir o nome que vai disputar a sucessão de 2016.

Maria Alice erra quando menospreza a importância da união da oposição no processo sucessório: “… com ou sem unidade, o DEM terá candidatura própria”.
É o mesmo que dizer que o DEM terá candidato em Itabuna independente do apoio do PSDB do deputado estadual Augusto Castro e do PMDB do médico Renato Costa.

Maria Alice, com sua peculiar firmeza, descarta qualquer possibilidade de o DEM apoiar um candidato que não seja do partido. Ou seja, pesquisas para definir o nome da oposição só com os prefeituráveis do demismo.

Em relação ao parlamentar Augusto Castro, Maria Alice tem até razão em estar ressabiada. O pré-candidato do tucanato anda dizendo que Fernando Gomes é inelegível, é ficha suja.

Na opinião da dirigente-mor do demismo municipal, “o DEM não está envolvido em nada dessa corrupção toda no país”, como se o partido fosse, digamos, lençol de freira.

Ora, o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, está sendo investigado pelo STF por suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Como não bastasse, é suspeito de ter recebido propina da empreiteira OAS nas obras da Arena das Dunas e de ter cobrado o valor de R$ 1 milhão no esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

Muitos fernandistas, incluindo aí Raimundo Vieira, talvez o “Fernandista dos Fernandistas”, concordam com a opinião de que a péssima pontuação do ex-alcaide nas pesquisas se deve às maldades de Augusto Castro.

Por cima, Augusto Castro, com o aval do deputado Jutahy Júnior, trabalha para condicionar o apoio do PSDB à reeleição do prefeito ACM Neto ao do DEM de Itabuna a sua candidatura. Uma espécie de contrapartida.

Se no governismo tem o pega-pega entre Davidson Magalhães e Roberto José, respectivamente PCdoB e PSD, na oposição o Alice versus Castro tende a pegar fogo.

Satisfeito com o andamento de sua campanha, que cresce dia a dia, o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT do saudoso Leonel Brizola, assiste de camarote o bafafá entre seus prováveis adversários.
Concluo, também sem subterfúgios e arrodeios, dizendo que é cada vez mais complicado o relacionamento político entre a dirigente Maria Alice e o deputado Augusto Castro.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Acreditemos num ano melhor. Desejo um 2016 de quebra de paradigmas, de quebra de barreiras que nos afastam da realização pessoal e profissional.

 

O ano está findando. Com ele, muitas promessas não cumpridas, muitos planejamentos frustrados.

Mas a alegria que nos move é saber que as oportunidades se renovam e que podemos traçar novas metas e novos desafios. Como é bom saber que podemos reiniciar!

Para um recomeço faz-se necessário planejar, colocar no papel, visualizar o estado desejado.

É preciso se perguntar aonde “queremos chegar”. E acreditar que é possível chegar tão longe quanto se imagina.

Uma maneira interessante para visualizar tudo isso é fazer um cartaz de metas. Nesse cartaz, desenhar ou escrever os objetivos para o ano que se inicia. E isso tudo, detalhadamente.

Escrever, por exemplo, sobre aquela viagem sonhada ou a compra daquela bolsa tão desejada… Vale também o curso de inglês que deseja começar…

Quando visualizamos com frequência os nossos projetos, os nossos sonhos e temos a convicção de que podem ser efetivados, galga-se um grande passo, pois a melhor maneira de conseguir ter foco no estado desejado é enxergar-se no objetivo conquistado.

Aqui vão algumas dicas para esse planejamento:

– Visualize suas aspirações;
– Escreva-as e exponha num local de fácil visão;
– Pense nas estratégias de como alcançá-las;
– Aviste você usufruindo ao final de 2016 os tópicos planejados.

Nada é impossível, quando “destravamos” as crenças limitantes de nossa mente.

Quando me refiro a crenças limitantes, quero me referir a imagens mentais negativas de nós mesmos ou das situações que estamos inseridos, por isso que no processo de coaching trabalhamos com a ressignificação de crenças limitantes.

Comecemos a olhar a vida de maneira mais positiva. Problemas existem, situações ruins existem, mas paremos de focar no problema. Acreditemos num ano melhor. Desejo um 2016 de quebra de paradigmas, de quebra de barreiras que nos afastam da realização pessoal e profissional.

Feliz ano feliz!

Jaciara Santos é master coach.

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uadsonUadson Araújo de Jesus

 

Apesar do avanço tecnológico, o câncer de cabeça e pescoço ainda mata muito. Somente 20% dos pacientes conseguem a cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

 

 

A cirurgia de cabeça e pescoço é uma especialidade oncológica, cirúrgica, mas que também trata de moléstias benignas do território da face e do pescoço. O campo de atuação dessa especialidade inclui tumores de pele da face, pescoço e couro cabeludo, tireoide e paratireoide, glândulas salivares, lábios, cavidade oral, língua e garganta (laringe e faringe) e os cânceres de boca e garganta – de trato aéreo-digestivo alto.

Os fatores de risco ligados aos tumores de cabeça e pescoço, quando se excluem as lesões de pele e tumores de glândulas, tipo o tumor de tireoide, são múltiplos. Os mais importantes fatores são genéticos e hábitos de vida, tais como tabagismo e etilismo, contato com cimentos e fumaça de maneira constante, além dos hábitos alimentares – pacientes que ingerem pouca fibra e carotenoides e grandes quantidades de gordura saturada possuem maior risco de desenvolver doenças malignas.

As lesões de pele, em particular, são acentuadas quando há exposição solar em demasia e sem proteção, sendo esse fator decisivo para originar essas lesões.

A escolha do tratamento baseia-se em avaliações clínicas, radiológicas e histopatológica, afim de determinar a extensão do comprometimento pelo tumor, bem como tentar prever a evolução. Dentre os itens do arsenal terapêutico, temos a cirurgia como primeira escolha para a maioria das lesões, radioterapia e quimioterapia.

Apesar do avanço tecnológico, o câncer de cabeça e pescoço ainda mata muito. Somente 20% dos pacientes conseguem a cura. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para o sucesso do tratamento.

Se você perceber qualquer mancha branca ou vermelha na boca, ferimentos que não cicatrizam no rosto, no pescoço ou na boca (aftas) há mais de três semanas, procure imediatamente um cirurgião de cabeça e pescoço. Deve-se fazer o mesmo em caso de rouquidão recente e progressiva acompanhada de dificuldade para engolir e respirar.

Uadson Araújo de Jesus é cirurgião de cabeça e pescoço da Otoclin.

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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Busquemos a qualificação profissional, estudemos, mas, acima de tudo, aprendamos a desenvolver as nossas habilidades de relacionamento.

 

“Sou o melhor da minha equipe, o maior resultado sempre é o meu”. Algumas pessoas confundem produção com produtividade. Não cabe mais no mercado profissionais que “apenas” entregam o resultado. Isso é produção.

Produtividade é produzir com qualidade. E isso consiste na forma como o resultado é apresentado, o relacionamento com a equipe, com os colegas de trabalho, com os gestores, que compõe o resultado do profissional.

Certa ocasião em um processo seletivo para uma vaga de gerente comercial, estávamos numa busca implacável por um profissional que atendesse às expectativas de determinada empresa. Tratava-se de uma vaga para uma multinacional.

Encontramos alguns profissionais e começamos o processo: aplicamos algumas dinâmicas de grupo, testes e entrevistas. Ao final comunicamos o eleito. Um candidato que não foi selecionado para a vaga me procurou e argumentou ironicamente: “Qual o motivo de eu não ter sido contratado? Tenho as melhores qualificações, os melhores resultados… Sou o melhor candidato para essa vaga”.

Realmente, ele tinha muitas qualificações, mas não demonstrou muita habilidade no relacionamento interpessoal.

Alta performance segundo o dicionário é “atingir todo seu potencial, e poder desfrutar de tudo o que suas habilidades possam proporcionar.” Isso envolve dar o melhor de sua capacidade, com resultados, com o relacionamento com o outro, com a utilização do máximo suas potencialidades.

Busquemos a qualificação profissional, estudemos, mas, acima de tudo, aprendamos a desenvolver as nossas habilidades de relacionamento.

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung.

Jaciara Santos é master coach.

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marco wense1Marco Wense

 

E mais: o danadinho do Nestor Cerveró era gerente de Delcídio e homem de confiança do presidente da República de plantão. É bom lembrar que foi o “Príncipe da Sociologia” que editou a lei que permitiu à Petrobras contratar sem licitação.

 

Não vejo outra saída para o Brasil que não seja pelo Poder Judiciário, através de sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF). Diria até que é a única tábua de salvação.

O Legislativo, com suas duas Casas – o Senado da República e a Câmara Federal –, é comandado, respectivamente, por Renan Calheiros e Eduardo Cunha, ambos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.

É incrível. Um Eduardo Cunha da vida, malandro que só ele, de um cinismo inigualável, debochando de tudo e de todos, na frente de importantes decisões, como se fosse um exemplo de homem público.

O desfecho do processo de cassação do mandato de Cunha, no Conselho de Ética da Câmara, foi empurrado para 2016. Pelo andar da carruagem, com o toma-lá-dá-cá, vai terminar em uma gigantesca pizza.

Dos 61 deputados que integram a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), um terço responde a acusações criminais no STF.

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os atos do vice Michel Temer. Quando no exercício da presidência, o peemedebista-mor liberou R$ 67 bilhões em créditos suplementares. Assinou decretos totalizando R$ 10,8 bilhões em liberação de gastos.

A enfraquecida e cada vez mais isolada Dilma Vana Rousseff, autoridade maior do Poder Executivo, vive sob a constante ameaça de ser afastada pela deflagração do pedido de impeachment.

Os partidos políticos e os políticos, com algumas raríssimas exceções, cada vez mais desacreditados. A imprensa, que para muitos é o quarto Poder, defende os seus próprios interesses.

Uma oposição com rabo de palha. O senador Delcídio Amaral, antes de ser petista, recebeu propina de US$ 10 milhões no governo FHC, entre 1999 e 2001. Delcídio ocupava uma diretoria no setor de Óleo e Gás da Petrobras.

E mais: o danadinho do Nestor Cerveró era gerente de Delcídio e homem de confiança do presidente da República de plantão. É bom lembrar que foi o “Príncipe da Sociologia” que editou a lei que permitiu à Petrobras contratar sem licitação.

Pois é. Qualquer semelhança entre o ex-FHC e Dilma é apenas uma mera coincidência. Eles nunca sabem de nada. Só descobrem a roubalheira depois que o cofre é arrombado.

Enfim, resta só o Poder Judiciário. E a única saída é acabar de vez com a impunidade, fortalecendo o princípio constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”.

Ou se muda através de uma profunda e corajosa revolução na Justiça, dando um basta na já enraizada opinião de que cadeia é só para pobre, ou, então, o caos.

“Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”, diria Sérgio Marcus Rangel Porto, mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

 

O crescimento de Mangabeira é uma realidade. “Tem tudo para ser o próximo prefeito de Itabuna”, diz o inteligentíssimo, polêmico e inquieto Juvenal Maynart, figura-mor do diretório municipal do PMDB.

 

Assim que o médico Antônio Mangabeira lançou sua pré-candidatura a prefeito de Itabuna, com o aval do deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual do PDT, eu fiz um comentário dizendo que o prefeiturável seria a grande surpresa da sucessão de Claudevane Leite.

Essa surpresa pode ser interpretada como uma boa votação ou, então, uma vitória nas urnas, dando início a um novo ciclo político e uma nova maneira de administrar.

Outro ponto é que a eleição de Mangabeira é o primeiro passo para acabar com o enraizado populismo demagógico, protagonizado pelo ainda forte fernandismo, o decadente geraldismo e o trôpego azevedismo.

As pessoas começaram a dizer que a minha opinião era suspeita porque o PDT era o meu partido, que a candidatura de Mangabeira não passava de fantasia e de um grande pesadelo, devaneios da Coluna Wense.

Trinta dias depois – ou mais, não me lembro o tempo certo –, tive acesso a uma pesquisa de intenção de votos em que Mangabeira já pontuava. Mas o que chamou mais atenção foi 65% do eleitorado dizendo que não votariam em quem já foi prefeito, se referindo, obviamente, a Fernando Gomes, Geraldo Simões e o Capitão Azevedo.

Analisando esse desejo de mudança, do chega pra lá nos políticos ditos profissionais, nas chamadas velhas raposas do processo eleitoral, concluí que o nome de Mangabeira poderia ocupar o espaço deixado pelos que estavam descrentes com a política.

Não deu outra. A pré-candidatura do também administrador de empresas, bacharel em Direito e estudante de Engenharia Civil e Ambiental, começou a crescer.

Recente consulta sobre a sucessão já coloca o pedetista na terceira posição. E mais: a tendência é de crescimento. Mangabeiristas já apostam em um rápido empate técnico com o segundo colocado.

A ascensão de Mangabeira já chegou ao conhecimento do governador Rui Costa (PT), do presidente estadual do PMDB, ex-ministro Geddel Vieira Lima, e do prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM).

O crescimento de Mangabeira é uma realidade. “Tem tudo para ser o próximo prefeito de Itabuna”, diz o inteligentíssimo, polêmico e inquieto Juvenal Maynart, figura-mor do diretório municipal do PMDB.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Felipe-de-PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

Algumas perguntas passaram pela minha cabeça, mas mesmo encontrando todas as respostas nenhuma poderia se comparar com a minha descoberta: – Meu professor comia acarajé!

 

Não sei se alguém já escreveu uma crônica sobre seu professor. Aliás, nem sei se isso é uma crônica. Apenas me senti tentado a escrever sobre essa figura de incrível unicidade que era o meu professor, ainda mais depois da incrível descoberta que tive na época da graduação: – Meu professor comia acarajé!

Não que o fato de comer acarajé seja algo fora do comum, mas dificilmente se imagina alguém como meu professor sentado em uma praça se deliciando com essa apimentada iguaria baiana. Aquela figura com um pequeno déficit de tecido adiposo, com os cabelos levemente escassos na testa, porém com volume na parte de trás da cabeça. Meu professor, sempre com seus óculos contornando seus olhos arregalados, sempre com camisas e calças que realçam seu “fino” porte físico. Ah! E sempre também com sua voz pausada, de fala elaborada, que em uma aula mais longa sempre provocaram sono em alguns (para não dizer todos) alunos.

Meu professor, que figura aquela! Esse homem que tinha no seu vocabulário algumas palavras do “informatiquês”. Sempre dizendo que as pessoas necessitam se “formatar”, as pessoas são “editadas”, ou até mesmo “deletadas”. Talvez, se dependesse da vontade do meu professor, uma comunidade vizinha à Universidade seria toda ela “deletada”.

Aquele meu professor que tinha mania de prever inovações do futuro, meu professor, que cheguei a imaginar que seria um androide que dava aula e em seguida era guardado no depósito da Universidade sendo acionado sempre que se fizesse necessária nova aula. Esse sujeito esfíngico que jamais imaginei ver realizando o ato de comer acarajé. Você pode achar estranha minha surpresa, mas, se você pudesse conhecer meu professor, também se espantaria com essa revelação: – Meu professor comia acarajé!

Após presenciar essa maravilhosa cena juntamente com minha então namorada, hoje esposa, ficamos os dois imaginando um pouco da vida do meu professor. Onde moraria? Com quem moraria? O que fazia para se divertir? Gostava de música? Que tipo? Essas foram algumas das perguntas que passaram pela minha cabeça, mas mesmo encontrando todas essas respostas nenhuma poderia se comparar com a minha descoberta: – Meu professor comia acarajé!

Ver aquela figura degustar seu acarajé acompanhado de uma Coca-Cola (obs.: Ele até arrotou quando bebeu!!!!) foi um momento que eu sabia que ficaria – e ficou – em minha memória por um longo tempo.

Mas não faça uma imagem ruim do meu professor. Ele pode ser diferente, mas é boa pessoa. Porém, sei que ainda chegará o dia em que revelarei uma grande história à minha filha: – O meu professor comia acarajé.

Felipe de Paula é professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

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Durval Filho - diretor da Biblioteca Afrânio Peixoto - Foto Walmir Rosário (1)Durval Pereira da França Filho

 

Fugiu para São Paulo e lá conquistou a liberdade, aos 17 anos. Em 1848, assentou praça no Exército, depois se tornou tipógrafo e escrivão da Secretaria de Polícia, de onde foi demitido por integrar o Partido Libertador.

 

No momento em que se comemora o dia da consciência negra, 22 de novembro, vale uma justa homenagem a um dos maiores mensageiros do abolicionismo do Brasil, Luiz Gama, um Negro baiano que, segundo as palavras de Rui Barbosa, foi “um coração de anjo,… um espírito genial, uma torrente de eloquência, um coração adamantino, personagem de granito, aureolado de luz”.

Nasceu em Salvador, no dia 21 de junho de 1830, filho da africana liberta Luiza Mahim e de um português que, por motivos óbvios, o filho não quis identificar. Nasceu de ventre livre, mas o pai, um fidalgo empobrecido pelo jogo, de péssimo caráter, o vendeu como escravo, quando ele tinha apenas dez anos de idade.

Luiza Mahim era uma pagã de formação islâmica, que nunca aceitou a doutrina cristã. Vivia como quitandeira, e foi presa várias vezes suspeita de envolvimento em movimentos insurrecionais, como a Revolta dos Malês de 1835. Em 1837 foi para o Rio de Janeiro e nunca mais voltou à Bahia, embora o filho a tivesse procurado, sem resultado.

Luiz Gama foi levado para o Rio de Janeiro, onde foi escravo de um português de sobrenome Vieira, comerciante, por cuja família foi bem tratado. Contudo, apesar do carinho e dos cuidados que recebia, foi entregue a Antônio Pereira Cardoso, um negociante e contrabandista que, posteriormente, foi preso por haver deixado alguns escravos morrerem de fome em cárcere privado, e suicidou-se. Depois disso, ninguém queria comprar Luiz Gama, porque era baiano e os escravos baianos não tinham boa fama. Mesmo assim, aprendeu a ler e escrever, a trabalhar como copeiro, sapateiro e a costurar roupas.

Fugiu para São Paulo e lá conquistou a liberdade, aos 17 anos. Em 1848, assentou praça no Exército, depois se tornou tipógrafo e escrivão da Secretaria de Polícia, de onde foi demitido por integrar o Partido Libertador. Dedicou-se ao jornalismo e, impedido de matricular-se na Faculdade de Direito, provisionou-se como advogado, tornando-se defensor da causa dos escravos e conseguindo a libertação de mais de 500 deles.

Ganhou fama e notoriedade. Foi um dos fundadores do Centro Abolicionista e do Partido Republicano de São Paulo e filiou-se também à maçonaria. Era um dos oradores do Clube Radical Paulistano. Através de sua produção poética, satirizou de forma violenta as pessoas da Corte. Recebeu o apelido de Bode, por causa de sua cor e do cavanhaque que usava. Mas na memória do povo brasileiro e, em especial do baiano, um nome se coloca em realce nessa galeria de guerreiros em favor da liberdade, da integração e da reabilitação do negro e contra a opressão – Luiz Gonzaga Pinto da Gama.

Faleceu em São Paulo, de diabetes, no dia 24 de agosto de 1882.

Durval Pereira da França Filho tem formação em História e é membro da Academia de Letras e Artes de Canavieiras (ALAC).

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marco wense1Marco Wense

 

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

 

Já estou ficando repetitivo quando digo que o PT de Geraldo Simões e o PCdoB de Davidson Magalhães vão caminhar juntos na sucessão do prefeito Claudevane Leite.

A união entre petistas e comunistas é uma questão de pura sobrevivência política. O cenário aponta uma dependência que tende a ficar cada vez mais escancarada.

Se a junção é considerada como favas contadas, então podemos dizer que o candidato do governismo será Geraldo Simões, com o PCdoB indicando o companheiro da chapa majoritária.

E Roberto José, que é do PSD do senador Otto Alencar, que é aliado do governador Rui Costa, como fica? Vai aceitar passivamente a fritura em torno da sua pré-candidatura?

Ora, até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o governador Rui Costa não medirá esforços para que a base aliada tenha um só candidato a prefeito.

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual – Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José e Carlos Leahy, respectivamente PT, PCdoB, PSD e PSB –, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

É bom lembrar que a senadora Lídice da Mata, dirigente-mor do PSB, além de ter um bom relacionamento com o governador Rui Costa, comunga com a opinião de que qualquer cisão na base só faz ajudar a oposição.

Robertistas, obviamente os mais lúcidos e politizados, já defendem uma aproximação de Roberto José com o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.

Muita coisa ainda vai acontecer na movediça areia da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

GEDDEL EM ITABUNA

JuvenalMaynart CeplacAmanhã, sábado (28), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o mano Lúcio Vieira Lima, cotadíssimo para substituir Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, estarão em Itabuna para discutirem a sucessão do prefeito Claudevane Leite.

Serão recebidos pelo presidente do diretório do PMDB, Pedro Arnaldo, pelo médico Renato Borges da Costa, o pré-candidato Fernando Vita, o vereador Antônio Cavalcante e, principalmente, por Juvenal Maynart.

Digo principalmente, porque Geddel tem a oportunidade de parabenizar pessoalmente Maynart não só pelo bom trabalho realizado na Ceplac, quando superintendente do órgão, como na valorosa contribuição para a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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dr gustavo2Gustavo Leal Tavares

 

Quando a rinoplastia é executada por um cirurgião experimentado e qualificado, complicações são raras e normalmente menores.

 

A rinoplastia, que é a modificação da forma do nariz, é um dos procedimentos mais comuns em cirurgia plástica. Ela pode diminuir ou aumentar o tamanho do nariz, pode mudar a forma da ponta e mudar abaulamentos no dorso do nariz. Quando o paciente também tem alterações da respiração por um problema interno, estas podem ser corrigidas ao mesmo tempo.

Existe um equilíbrio estético entre o nariz e a face, equilíbrio este que o cirurgião deve observar, a fim de preservar a naturalidade e autenticidade dessa face. Cada caso é estudado minuciosamente, a fim de que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face. Se a sua escolha coincidir com aquele tipo de nariz planejado, sem dúvida seu desejo será atendido. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter.

A rinoplastia, além de melhorar a aparência, aumenta a autoconfiança e autoestima do paciente. Você continua sendo “você”, porém “você” melhor! Antes de decidir pela cirurgia, pense sobre suas expectativas e as discuta com seu cirurgião.

Quando a rinoplastia é executada por um cirurgião experimentado e qualificado, complicações são raras e normalmente menores. Porém, como com qualquer operação, há riscos associados com a cirurgia e complicações específicas associadas com este procedimento.

Boa comunicação entre você e seu médico é essencial. Em sua consulta inicial, o cirurgião perguntará sobre a forma que você gostaria que tivesse seu nariz e vai avaliar a estrutura do seu nariz e rosto, e discute as possibilidades com você, dentro do que a medicina pode oferecer, esperando que a sua expectativa se adapte a realidade do possível.

O médico também explicará os fatores que podem influenciar o procedimento e os resultados. Estes fatores incluem a estrutura de seus ossos nasais e cartilagem, a forma de seu rosto, a espessura da sua pele, sua idade, e suas expectativas. Ele também lhe dará instruções específicas em como se preparar para cirurgia, que incluem orientações em relação à alimentação, bebidas, fumo, e evitar certas vitaminas e medicamentos e manter o uso de outras. Siga cuidadosamente as instruções que ajudarão sua cirurgia a correr perfeitamente.

Gustavo Leal de Lucena Tavares é otorrinolaringologista, cirurgião plástico facial e diretor técnico da Otoclin  – Centro Avançado de Otorrinolaringologia e Instituto do Sono.