A maior de todas as edições da Festa Literária de Ilhéus (FLI) começará dia 13 de novembro. A programação já divulgada promete atrair nomes de peso da literatura ao Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, na Avenida Soares Lopes, cartão-postal da Terra da Gabriela. A edição deste ano tem participações confirmadas de Mia Couto, Ailton Krenak e Emília Nuñez e vai até 15 de novembro.
O filósofo e escritor Ailton Krenak, membro da Academia Brasileira de Letras, participará de dois dos três espaços da Festa. O escritor moçambicano Mia Couto e a escritora Emília Nuñez, vencedora do Prêmio Jabuti 2023, também confirmaram presença.
ESPAÇO JORGE AMADO
A edição deste ano terá suas atividades distribuídas em três espaços: o Jorge Amado, com as mesas principais; o Flizinha, para as crianças; e o Juventudes FLI, voltado para a faixa etária dos 14 a 24 anos, além da programação artística que promete grandes nomes ainda. A coordenação geral é assinada pela jornalista, especialista em Gestão da Comunicação e Gerenciamento de Projetos, Vanessa Dantas.
Já o lançamento coletivo de livros, que vai selecionar 20 autores(as) residentes no Brasil, está com inscrições abertas até o próximo sábado (2). (inscreva-se: https://forms.gle/pRW4AsMJ74uuQyFa6).
A LDM é a Editora Oficial do evento e a FLI recebe também como convidadas as editoras Editus, Via Litterarum, Tertúlias, Teatro Popular de Ilhéus, Editora Mondrongo, Academia de Letras de Ilhéus, Academia de Letras de Itabuna (Alita), Casa da Cultura Popular, Coletivo Raiz, Coletivo Vixi Bahia e Autores(as) Independentes.
A 7ª Edição da Festa Literária de Ilhéus (FLI) é uma produção da Sarça Comunicação, tem a LDM como Editora Oficinal do evento e conta com o apoio da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), do Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.
A organização da 7ª Festa Literária de Ilhéus (FLI) publicou edital para a seleção de autores(as) interessados(as) em participar do lançamento coletivo de livros e da sessão de autógrafos durante o evento, que vai movimentar o Centro de Convenções da cidade de 13 a 15 de novembro. O prazo de inscrições vai até o próximo sábado (2), pela internet.
Podem participar do chamamento escritores(as), quadrinistas, cordelistas e ilustradores(as) residentes em qualquer parte do Brasil. Das 20 vagas, duas são reservadas para pessoas com deficiência, uma para negro(a) e outra para indígena. A inscrição é gratuita.
Para se inscrever, é necessário acessar o Edital de Chamamento (https://forms.gle/pRW4AsMJ74uuQyFa6) e preencher a ficha de inscrição disponível nele. Depois, a ficha preenchida deverá ser encaminhada para o e-mail [email protected], acompanhada de portfólio-biografia, capa do livro em alta definição, foto do(a) autor(a), além dos anexos 2 a 8 (no que couber).
Além das 20 obras selecionadas, outras cinco formarão cadastro reserva. O resultado da seleção será divulgado até o dia 6 de novembro.
LANÇAMENTO E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS
A professora e gestora cultural Dinalva Melo, uma das curadoras da 7ª FLI, informa que o lançamento coletivo e a sessão de autógrafos estão marcados para o dia 15 de novembro, das 10h às 12h, no Centro de Convenções de Ilhéus.
“Cada autor terá um banner, com sua foto, a descrição da sua obra e uma síntese da sua biografia. Também terá cinco minutos para uma breve exposição sobre o trabalho, se desejar”, acrescentou Dinalva.
O chamamento público, segundo a curadora, democratiza um espaço de visibilidade para os artistas, fora da lógica de mercado. “Os autores locais, em geral, se não se filiam a uma academia de letras, têm dificuldade, porque ficam à mercê da indústria cultural. A FLI abre um espaço extremamente democrático, com um público ávido por novas informações. É uma oportunidade de troca, um ato de democratização do acesso e da produção da literatura”, concluiu.
A organização do evento recomenda a leitura atenta do Edital, que não prevê pagamento de cachê, hospedagem e deslocamento. O banner será ofertado pela FLI.
A 7ª Edição da Festa Literária de Ilhéus é promovida pela Sarça Comunicação e conta com o apoio da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), do Governo do Estado da Bahia, por meio da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.
O Teatro Candinha Doria, em Itabuna, será o cenário do 3º Encontro de Corais Sul Baianos, neste sábado (26), a partir das 19h. O evento é promovido pela Juventude Interligados e o Ministério da Ação Social da Igreja Batista Teosópolis de Itabuna (Teo), sob a coordenação da musicista Deyse Góes.
A entrada para o evento é um quilo de alimento não perecível, que será destinado ao Mercado Solidário. São 12 corais unidos em uma causa nobre: arrecadar recursos para os projetos sociais da Teosópolis, incluindo o Mercado Solidário, que fornece alimentos e produtos de limpeza para famílias carentes, e a Ceia Solidária, programada para dezembro.
Do encontro participarão grupos de Itabuna, Ilhéus e Coaraci, como o Coral Teosópolis, Coral Juvenil, Coral Amor em Canto, Coral Masculino, Coral Olga Ribeiro e Coral Interligados, da Igreja Batista Teosópolis de Itabuna. Também se apresentarão o Coral Manancial (Igreja Manancial de Itabuna), o Coral Lindinópolis (Igreja Batista Lindinópolis de Ilhéus), o Coral da Primeira Igreja Batista de Itabuna, o Coral PIB de Coaraci, o Coro Jovem da PIB de Coaraci e o Coral Esperança (Igreja Esperança de Itabuna).
Três desses grupos, o Coral Teosópolis, o Esperança e o da Primeira Igreja Batista de Itabuna, são reconhecidos por meio de decreto municipal como patrimônio imaterial e artístico da Cultura de Itabuna.
“Esta será uma excelente oportunidade para apreciar a boa música”, pontua Deyse Góes, maestrina e organizadora do encontro. Coordenador do Ministério da Ação Social da Igreja Teosópolis, Gilson Pinheiro diz que os encontros têm obtido grande sucesso: “Tem sido um momento em que pessoas se reúnem para ouvir música e praticar a solidariedade”, disse.
“Todos estão convidados a participar. A cada ano, o encontro se supera. Será uma grande celebração de louvor a Deus, através de gestos práticos de amor ao próximo e solidariedade, porque o amor que transforma é o amor que faz”, enfatiza Geraldo Meireles, pastor da Igreja Batista Teosópolis.
A edição deste mês da Praça das Artes será a primeira com horário ampliado, neste domingo (27), das 15h às 20h30min, na Praça Rio Cachoeira, no Góes Calmon (Beira-Rio). Promovido mensalmente pela Associação Praça das Artes, o evento cultural trará um mix de artesanato, cultura e gastronomia.
Também haverá espaço para o Outubro Rosa, a campanha nacional de prevenção ao câncer de mama. Durante a exposição, membros do Grupo se Toque vão dar orientações sobre as medidas que devem ser adotadas para prevenir, identificar e tratar a doença. “Nosso objetivo é sempre trazer atividades que despertem o interesse da comunidade”, afirma Cíntia Vieira, artesã da associação.
Os visitantes vão curtir o som do cantor Fran Matos e poderão conhecer os produtos dos 32 expositores do Praça das Artes. Já consolidado no calendário da cidade, o evento tem atraído muitos moradores de Itabuna e de municípios vizinhos.
De acordo com a presidente da Associação, Flávia Oliveira, a feira cultural se tornou um espaço para as famílias e uma opção para quem aprecia bons produtos de artesanato e culinária. O evento tem o apoio da Prefeitura de Itabuna e do vereador eleito Paulinho do Banco (PCdoB).
O ator e diretor Jackson Costa, itabunense da gema – melhor definido como “papa-jaca” -, participou, na manhã de sexta-feira (11), de uma Roda de Conversa com reeducandos participantes do projeto de Remição pela Leitura e práticas educativas Relere. O artista foi às lágrimas por diversas vezes, principalmente quando lembrava de suas origens e do poder da educação e da leitura em sua vida, mesmo em condições adversas.
Os reeducandos tiveram oportunidade de interagir com o artista, que se mostrou fascinado pelo processo ressocializador em curso na unidade prisional, especialmente por meio da educação e da leitura. O Relere é promovido pelo Ministério Público, por meio do Programa MP Educa, e foi idealizado pela promotora Cleide Ramos, da 13ª Promotoria. Uma de suas características é a discussão crítica da política, das relações sociais e de poder que são travadas atualmente no Brasil e no mundo, e da realidade do encarceramento.
O artista se mostrou um entusiasta da forma como se dão os processos e as práticas ressocializadoras, especialmente porque não se limitam às atividades laborativas do trabalho em si, mas também porque avançam na (re)construção do ser a partir do seu autoconhecimento, da leitura, das práticas terapêuticas e da arte.
PADRE LÍVIO
Jackson Costa já participou de diversas novelas globais, inúmeras peças teatrais, além de realizar trabalhos em TV, voltados à juventude e estudantes. O artista contou de suas experiências na Globo, citou o preconceito contra o nordestino que identificou na empresa à época, falou de sua participação na primeira exibição da novela Renascer, em que interpretou o Padre Lívio. Ao ser questionado, defendeu seu trabalho: prefere a primeira versão ao remake exibido até há um mês.
O artista se mostrou muito impactado com o processo ressocializador em curso na unidade. No evento, ele pôde ouvir relatos e testemunhos de pessoas que se autodeclaram “ressocializados”, especialmente de estudantes universitários, que cursam na própria unidade prisional diversos cursos da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
“Isso é transformador, e estou muito feliz de poder participar desse momento. Quero retornar o mais breve possível, quero contribuir de alguma forma, que possamos fazer uma oficina de teatro”, declarou o artista.
Jackson Costa teve a oportunidade de conhecer alguns reeducandos com quem teve uma convivência indireta, já que, segundo relataram, eles moraram próximos a alguns artistas, nos anos 80 e 90, e viam o ator nas casas desses vizinhos e também o acompanhavam em apresentações pela cidade. “Sempre fui seu fã”, declarou o reeducando.
O bate-papo foi recheado por diversos poemas declamados pelo artista, que até realizou minioficina de pandeiro e, atendendo a pedido, fechou sua participação interpretando o poema Navio Negreiro (Castro Alves) de maneira emocionante, levando muitos ouvintes às lágrimas. Aplausos de pé.
COGESTÃO
Participaram do evento, além dos reeducandos, colaboradores da empresa Socializa, que administra o presídio em regime de cogestão com o Governo do Estado, servidores e estagiários do Ministério Público, professoras facilitadoras do projeto Relere e a própria promotora Cleide Ramos.
O diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Bernardo Cerqueira Dutra, finalizou o evento agradecendo pela presença do ator e reforçando a pretensão de seguir fortalecendo todos os projetos e ações de ressocialização, especialmente projetos voltados à educação, a exemplo do ENCCEJA, que será realizado ainda esta semana na unidade.
A 5ª edição da Feira Literária Internacional de Canudos, a Flican, vai prestar homenagem ao escritor baiano João Ubaldo Ribeiro. O evento, que terá como tema O Sertão Vai Virar Arte: Viva o Povo Brasileiro, Literatura e Tradições Populares – Viva Canudos!, começará no dia 23 de outubro.
Além das mesas de debates com autores, a programação da Flican oferecerá oficinas de arte, apresentações de atrações musicais, mostra de filmes, exposições e encenações de peças teatrais. “Mais uma vez, esse grande encontro literário reafirma o papel de Canudos como berço cultural, oferecendo uma oportunidade para que o sertão continue a se expressar por meio da arte e da palavra”, afirma o curador da Flican, professor Luiz Paulo Neiva.
A V Flican é promovida pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Pedro Calmon, do Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC) e da Prefeitura de Canudos. A programação acontece no Campus Avançado de Canudos e em pontos históricos da cidade, como o Parque Estadual de Canudos, o Memorial Antônio Conselheiro, o Museu João de Régis, o Museu Manoel Travessa, o Mirante do Conselheiro e o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC).
A BIOGRAFIA DE JOÃO UBALDO
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu no município de Itaparica, em 23 de janeiro de 1941. Dos primeiros meses de idade até cerca de onze anos, viveu com sua família em Sergipe, onde o pai era professor e político. Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), jamais chegou a advogar. Como jornalista, foi repórter, redator, chefe de reportagem e colunista de jornais na Bahia, no Brasil e no exterior.
Seus primeiros trabalhos literários foram publicados em diversas coletâneas (Reunião, Panorama do Conto Baiano). Aos 21 anos, escreveu seu primeiro livro, Setembro não Tem Sentido. O segundo foi Sargento Getúlio, de 1971.
Consagrado como um marco do moderno romance brasileiro, Sargento Getúlio deu destaque a sua obra. Ao longo de sua carreira conquistou, os prêmios Jabuti (1972 e 1984), a mais celebrado da literatura brasileira, e Camões (2008), maior honraria para escritores de Língua Portuguesa. João Ubaldo faleceu em 18 de julho de 2014, no Rio de Janeiro, aos 73 anos.
A edição deste domingo (29) da feira cultural Praça das Artes, que reúne o melhor do artesanato regional, terá apresentação da escola de dança Passo a Passo, música ao vivo e recreação infantil com contação de histórias com animação da professora Sintia Gorete. A feira começa às 16h, na Praça Rio Cachoeira, em frente ao Hospital Beira Rio.
O evento contará com música ao vivo com o cantor Fran Matos e 30 expositores de artesanato e produtos da gastronomia. Em suas edições a Praça das Artes tem atraído dezenas de visitantes. “A nossa feira tornou-se um espaço para as famílias e opção de quem aprecia o bom artesanato e produtos culinários”, afirma Flávia Oliveira, da Praça das Artes.
A Praça das Artes está aberta a participação de artesãos convidados, segundo Flávia. Para participar, o contato pode ser feito pelo telefone/WhatsApp (73) 99178-0000. O evento tem apoio da Prefeitura de Itabuna, por meio da FICC, e de Paulinho do Banco.
A escritora Sandra Teschner lançará Felicidade se aprende, no Shopping Jequitibá, no próximo domingo (29), às 16h. Fundadora do Instituto Happiness do Brasil, a escritora retorna a sua cidade natal para o evento. A itabunense é empreendedora social, palestrante e pós-graduada em neuropsicologia.
O lançamento em Itabuna será um talk show no qual Sandra Teschner compartilhará seus conhecimentos e experiências sobre como transformar a felicidade em um estilo de vida, em vez de enxergá-la como um estado momentâneo e passageiro.
O livro Felicidade se Aprende, segundo a autora, é o primeiro no mundo escrito por Chiefs Happiness Officers certificados. Com uma abordagem prática e científica, a obra oferece ferramentas para aplicar os princípios da felicidade em qualquer área profissional. Desde advogados e médicos até educadores e artistas, os coautores compartilham estratégias baseadas em estudos e vivências reais que demonstram como o bem-estar pode ser promovido no ambiente de trabalho.
CERTIFICAÇÃO
O livro, reforça, está alinhado com a Lei 14.831/2024, que criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Ele é uma fonte valiosa de inspiração para empresas que desejam implementar políticas de saúde mental e bem-estar, contribuindo para ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
A obra tem como coautores Ana Carolina Rangel, Viviane Brammer, Silvia Roth, Gabriel Sales, Patrícia Valente, Teresa Cristina, Thynay Costa, Paula Leite, Carla Oldemburg, Juliana Aragon, Letícia Tufvesson, Natalie Acera, Simone Moreira, Nádia Merli, Taisa Pelosi, Priscila Alves, Ana Carolina Silva, Sandra Bayer, Maria Teles, Antônio Soares, Jessica Oliveira e Marcello Jaguarível.
Felicidade se Aprende pode ser adquirido nas principais livrarias do país, nas plataformas online, como Amazon, ou diretamente no site da editora Estação das Letras.
Cerca de 3 mil baianos e turistas participaram do XV Festival da Queima dos Homens de Barro, na Fazenda Cores da Terra, em Ibirataia, no sul da Bahia, em quatro dias de evento encerrado no último sábado (21). A programação incluiu manifestações culturais, gastronomia e música.
O Festival celebra o trabalho da artista plástica Selma Calheira, que cria esculturas gigantes, de até oito metros de altura, por meio da transformação de argila em cerâmica.
CIDADE DOS HOMENS DE BARRO
Neste ano, a grande novidade foi o lançamento da maquete conceitual da Cidade dos Homens de Barro. O projeto idealizado pela artista prevê a implantação de um museu a céu aberto na região, utilizando as esculturas que retratam a conexão entre o povo e a terra, com anfiteatro e infraestrutura para receber visitantes. A ideia é criar um novo atrativo na região sul do Estado, por meio de parceria público-privada, incluindo a participação da Setur-BA.
– É um projeto de desenvolvimento, de melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram aqui, unindo arte e turismo. Quando faço as esculturas gigantes, retrato o meu povo, que é resiliente às dificuldades. O museu será uma forma de dar mais visibilidade ao município e movimentar a economia – explica Selma Calheira.
Juliana Araújo, diretora de Qualificação da Setur-BA, anunciou a participação do governo baiano com a capacitação de mão de obra e atração de investimentos para esse novo equipamento turístico e cultural. “Com isso, pretendemos aumentar o tempo de permanência do visitante na Costa do Cacau”, disse a diretora.
RIQUEZA CULTURAL
Pela primeira vez em Ibirataia, a mineira Etelvernea Rodrigues ficou encantada com o Festival. “ Fiquei apaixonada pelo evento, que mostra a riqueza cultural da Bahia e incentiva os artistas. Estou aproveitando cada minuto dessa viagem de 15 dias pela Bahia, que é o melhor lugar que existe”, elogiou. “É a minha segunda vez nessa festa contagiante. Eu acho fantástico esse resgate da cultura local. A Bahia é maravilhosa. Aproveitei para passear também em Itacaré e voltarei sempre”, completou a paulista Flávia Pircher.
Ainda em Ibirataia, no domingo (22), Selma Calheira se reuniu com representantes da Setur-BA, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ( Sebrae), Banco do Nordeste, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), TV Band e das empresas VAR Chocolates, Avatim e Eixo 4 Soluções Inteligentes. Eles discutiram a elaboração de um plano de trabalho e a prospecção de investidores, para a execução do projeto da Cidade dos Homens de Barro.
Liderada em Itabuna pelo Centro Cultural Teosópolis (CCT), a Campanha A Ponte, de arrecadação de livros para a reconstrução das bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul, enviou milhares de obras destinadas ao acervo literário dos gaúchos.
A campanha atendeu a um apelo do escritor gaúcho Eliandro Rocha, que, apoiado pela Câmara Rio Grandense do Livro, pediu o apoio dos brasileiros para a recuperação do acervo literário do Rio Grande do Sul, atingido pelas chuvas.
Em Itabuna a campanha contou com o apoio de várias instituições, como o Colégio Batista de Itabuna (CBI), Igreja Batista Teosópolis, Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (CIOMF), Setorial de Literatura do Conselho de Cultura de Itabuna, Projeto Alvorecer e Editora Via Literarum.
Na quarta-feira da última semana, foram enviadas 80 caixas de livros doados pela comunidade itabunense, que demostraram solidariedade com os irmãos gaúchos.
SOLIDÁRIOS
Pessoas anônimas e outros ligados a literatura participaram da campanha. Dos exemplos o escritor e jornalista Daniel Thame, que doou cerca de 200 livros. E um gaúcho radicado há 30 anos em Itabuna, o sociólogo Agenor Gasparetto, escritor e professor aposentado da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Ele doou mil livros do seu catálogo, por meio da sua editora, a Via Litterarum, para ajudar a reconstrução das bibliotecas gaúchas destruídas pelas chuvas. “Estamos cumprindo nossa função social e cultural”, afirmou Gasparetto sobre a doação.
A professora Janete Macedo, coordenadora do Centro Cultural Teosópolis e articuladora da campanha em Itabuna, expressou sua satisfação com o sucesso da iniciativa.
“Os itabunenses mais uma vez mostraram sua solidariedade. Recebemos muitos livros e estamos prestando contas do que foi arrecadado. Agradecemos profundamente pela contribuição e pelo apoio”, declarou Janete, conhecida pelo seu engajamento na vida cultural da região sul da Bahia, ao acompanhar pessoalmente o embarque dos livros.
O espetáculo Malva Rosa, do Grupo Vozes, estará em cartaz, neste sábado (17), no Teatro Municipal de Ilhéus, a partir das 19h30min. A produção do grupo itabunense traz texto de Newton Moreno e reúne em seu elenco Jorge Batista, Lucas Oliveira, Sílvia Smith e Danilo Ornelas.
A obra é a celebração do mais antigo grupo teatral itabunense em atividade. A produção entrelaça tradição e modernidade ao explorar temas como amor, perda e redenção. Com encenação impecável e trilha sonora impactante, o espetáculo oferece uma experiência teatral única.
Os ingressos estão disponíveis para compra por meio do Sympla (clique aqui para aquisição) ou na bilheteria do Teatro Municipal de Ilhéus. Para mais informações e para garantir seu ingresso, acesse o Sympla ou entre em contato com Silvia Smith pelo telefone (73) 98852-7612.
Como no juízo final, os personagens ganham o lugar que merecem na história, sem atropelos, de acordo com seus procedimentos.
Walmir Rosário
Em apenas duas sentadas – com muito fôlego – li o novíssimo romance Pedra Branca, sangue e poder, lançado no último sábado (10-08-24), no restaurante Porto dos Milagres, em Canavieiras, por Ramon Fernandes. O livro marca a estreia do autor na literatura, com uma obra bem engendrada e que contribui para o enriquecimento da intelectualidade regional.
A história é ambientada na fictícia Pedra Branca, pequena cidade interiorana fincada nas barrancas do rio Jequitinhonha, bem na divisa dos estados da Bahia e Minas Gerais. Como todo o romance que busca prender o leitor, já no início nos apresenta um personagem que morre cedo, mas deixa um imenso legado.
A história é bem fiel ao estilo de vida interiorano, com fortes raízes fincadas na família campestre e na pachorra das pequenas cidades, com a predominância dos seus personagens marcantes. E todos estão bem situados, cada um com seus destaques: o padre, os coronéis, os comerciantes, os políticos, o delegado, a dona do bordel, ou casa de conveniência, como queiram.
Ramon Fernandes é formado em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), professor na rede particular de ensino, servidor público municipal da Prefeitura de Canavieiras e ex-secretário de Cultura. Embora com vida fincada em Canavieiras, conhece e viveu em outras cidades regionais, algumas bastante parecidas como a descrita no romance.
Daí é que após a leitura de Pedra Branca, sangue e poder tomei a liberdade e indiscrição ao perguntar ao autor se o livro era oriundo de uma história verdadeira e por ele romanceada. Respondeu que era apenas fruto de sua imaginação – criativa, digo eu, diante do bom argumento, desenvolvimento e ambientação.
Os personagens com vida breve na história saem com dignidade e os longevos sempre aparecem em bons momentos. Não sei se é redundante observar que nas cidades pequenas – no estilo Pedra Branca – as ocorrências são sempre monótonas, contrastando com os fuxicos e brigas normalmente resolvidas entre as partes, no estilo mais agressivo.
As diferenças menores são resolvidas por meio dos conselhos do delegado, que a todos conhece e há muito se tornou amigo. Mas só que mora ou morou em pequenas cidades interioranas, notadamente nas divisas de estados, conhecem de perto as rusgas entre as pessoas influentes e seus apaniguados, que vão desde as questões de terras e as políticas.
E em Pedra Branca as guerras não acontecem somente entre as diversas famílias, mas também dentre um mesmo clã, geralmente derivadas por ciúmes, posição social e riqueza. E essa questão está presente no romance com briga fraticida entre coronéis, sem faltar motivação para a expropriação de terras com o apoio dos revólveres e rifles dos jagunços.
A personalidade feminina aparece com muita distinção e força, desde a coronela, senhora de si e que comanda com mão-de-ferro suas propriedades e família. Com a ajuda de bons jagunços, defende seus bens contra pessoas da própria família; resolve sua vida conjugal de uma hora pra outra após a viuvez; ajuda seus protegidos. Uma mulher resolvida.
Também aparece com altivez e se torna personagem marcante a figura meiga da senhora do delegado, com ares de professorinha, que assume o protagonismo de uma hora pra outra, sem que alguém esperasse. Outra personagem, esposa de um coronel, vítima de maus-tratos, resolve se libertar do jugo do marido, toma uma atitude inesperada e vai viver nova relação. Esta proibida pelas leis dos homens e de Deus.
Não poderia faltar na trama os forasteiros que chegam, encontram oportunidades e as aproveitam. Alguns metem os pés pelas mãos, mas conseguem se segurar devido às habilidades no relacionamento social e político. Mas como sempre nessa vida terrena, a avareza, a inveja e soberba promovem a própria destruição.
Como no juízo final, os personagens ganham o lugar que merecem na história, sem atropelos, de acordo com seus procedimentos. Os maus geralmente acabam na cadeia ou cemitério, os bons continuam distribuindo felicidade, os menos atrevidos sem destaque. Cada qual no seu quadrado, como determina Ramon Fernandes, com minha posterior aprovação. Recomendo.
Com a A Morte da Finada, romance do gênero realismo mágico, o escritor Astério Moreira de Santana Neto, de Tucano (BA), levou o primeiro lugar do 1º Prêmio Alta Literatura, promovido pelo Grupo Editorial Alta Books. De quebra, faturou R$ 60 mil e terá coberta a despesa com a publicação da obra.
“O prêmio confirma o momento plural e vivaz da literatura contemporânea e abre espaço para novas vozes no mercado brasileiro”, observa a jurada, crítica literária e psiquiatra Natalia Timerman. Ao lado de Socorro Acioli e Jeferson Tenório, ela avaliou os originais dos autores não-estreantes, enquanto Eliane Robert Moraes, Luiz Antonio de Assis Brasil e Luiz Ruffato julgaram a categoria estreante, vencida pelo mineiro Marcelo Henrique Silva, com o romance histórico Sangue Neon.
Rodrigo de Faria e Silva, idealizador do projeto ao lado do CEO da Alta Books Gorki Starlin, ficou entusiasmado com a qualidade literária dos manuscritos. Segundo o editor, os vencedores apresentaram textos fortes e contundentes, escritos com segurança, estrutura narrativa contemporânea e construção de personagens atuais e provocantes. “O concurso foi um sucesso tanto pelo número de inscritos quanto pela qualidade das obras submetidas, mostrando que a produção literária contemporânea brasileira está a todo vapor”, avalia o editor.
Já Gorki ressaltou que o prêmio está alinhado com o movimento de bibliodiversidade da editora, que descobre novos talentos fora dos eixos convencionais. “Promover a literatura nacional através deste prêmio é um privilégio. Fico muito satisfeito com o resultado e com as obras vencedoras”, conclui o CEO.
Geraldo Domingos Barreto, Bibi do Pandeiro, 60 anos, um dos maiores percussionistas da música baiana, faleceu na madrugada deste domingo (11), em Itabuna. Segundo familiares informaram ao PIMENTA, o musicista sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Bibi lutava há meses contra a Doença de Crohn, síndrome inflamatória do trato gastrointestinal. Nas últimas semanas, o estado de saúde agravou e Bibi ficou internado no Hospital Calixto Midlej Filho, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, onde faleceu.
MÚSICO RESPEITADO
Bibi deixa a esposa, Ednalva, e cinco filhos, dentre eles Elizom, conhecido no mundo artístico como “Chiquinho”, que seguiu os passos do pai como percussionista. Os dois trabalharam juntos na Banda Lordão por cerca de 10 anos. “Deixará muitas saudades”, disse ao PIMENTA o servidor público Raimundo Leal, um dos genros do musicista.
Foi na Banda Lordão que Bibi viveu seus últimos 32 anos como musicista, ao lado do também inesquecível Clóvis Leite, Kocó, músico e líder da banda, falecido em fevereiro deste ano. Ele também fez carreira na Tapajós e também com os Novos Baianos, ao lado de figuras como Moraes Moreira, Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor.
Bibi deixou a banda Lordão há cerca de cinco anos, quando tornou-se funcionário da empresa Socializa e atuava na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária da Bahia (Seap-BA). Deixa legião de fãs e amigos.
VELÓRIO
O corpo de Bibi será velado no SAF, na Juca Leão, em Itabuna, a partir das 14h. De acordo com familiares, o velório seguirá até as 22h. O corpo será sepultado em Berimbau (BA), terra natal do musicista.
A Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania recebe inscrições para o 10º Festival Multiarte Firmino Rocha até o próximo domingo (11), no site da Ficc. Com programação nos dias 17 e 18 deste mês, no Teatro Municipal Candinha Doria, o evento vai distribuir mais de R$ 35 mil em prêmios, segundo a Fundação. O tema deste ano é Linguagem: Artes Urbanas.
De acordo com o edital, podem participar artistas nascidos ou residentes na Bahia, com idade a partir de 10 anos, sendo necessária autorização de responsável para os menores. O Festival terá quatro categorias em cada uma das duas áreas, Danças Urbanas e Hip Hop, além das subcategorias por idade: juvenil (10 a 13 anos), adulto (14 a 16 anos), avançado (17 a 20 anos) e sênior (acima de 20).
Nas Danças Urbanas e no Hip Hop, os artistas se apresentarão sozinhos, em duplas e em grupos com cinco ou mais componentes. O Festival também promoverá batalhas de dança e de rima. Confira mais informações no edital e, abaixo, os prêmios de cada categoria.