Visita técnica apresenta o projeto Agroecologia em Foco a assentados || Foto Divulgação
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O Projeto Mostra Cineclubista em Assentamentos de Reforma Agrária vai estimular o debate sobre a agroecologia nos assentamentos Dois Riachões, em Ibirapitanga, e Dandara dos Palmares, em Camamu, ambos no baixo-sul da Bahia. Representantes do Ponto de Cultura Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica (OCA), responsável pela iniciativa, deram início às visitas técnicas para a execução das atividades.

Coordenado pelo produtor executivo e gestor cultural Cláudio Lyrio, o Agroecologia em Foco vai exibir filmes nacionais e promover oficinas de produção audiovisual com celulares, além de rodas de conversa. O planejamento foi apresentado às coordenações dos assentamentos, professores e outros representantes das comunidades.

Segundo Cláudio Lyrio, as reuniões discutiram a importância de  para o desenvolvimento sustentável, fortalecimento da cultura regional, da organização comunitária, da economia solidária e da agroecologia, envolvendo, principalmente, a juventude agrária. Este público terá a oportunidade de capacitar-se para produzir seus próprios materiais audiovisuais como forma de perpetuar a cultura e economia local.

A equipe responsável pela execução do projeto passou por treinamento para atender pessoas com deficiência, que serão incluídas nas atividades.

CRONOGRAMA

O Assentamento da Reforma Agrária Dandara dos Palmeras, em Camamu, onde vivem 75 famílias, receberá a programação do cineclube nos dias 20 e 21 de julho. Na semana seguinte, de 27 a 28 de julho, será a vez do Dois Riachões.

As duas comunidades já trabalham com sistemas agroecológicos, a exemplo do cacau cabruca. O Dandara dos Palmares também produz chocolate, enquanto os moradores do assentamento de Ibirapitanga é referência estadual na produção de cacau fino.

O Projeto Mostra Cineclubista em Assentamentos de Reforma Agrária Agroecologia em foco foi aprovado no Edital de Chamamento Público Lei Paulo Gustavo Nº PG08/2023 Cineclubes, Mostras, Festivais e Eventos no Audiovisual, com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), e do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (MINC) de acordo com a Lei Complementar nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo).

Brizola, morto há 20 anos, continua sendo referência na luta democrática no Brasil || Foto Arquivo Família Brizola
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Luiz Cláudio Ferreira || Agência Brasil

O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (…)”. Ele pedia resistência até o fim.  Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 – 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano.

Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli.

LEITURA DE PAÍS

De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática.

“Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto.

Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência.

Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964.

“Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor.

A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade.

Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem.

FRUSTRAÇÃO

O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente.

A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação.

“A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças. Acabou prevalecendo a conciliação e a conciliação só serviu para adiar o golpe por três anos”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares.

LEGADO

Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro.  Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho.

O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado.

“Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz

Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) como do Rio de Janeiro (1983 – 1987 e 1991 – 1994).

“Essa preocupação do Brizola com uma educação de qualidade, com uma escola de tempo integral, é algo que hoje continua no âmbito de investigadores educacionais do Brasil”, afirma o historiador Adriano de Freixo. Sobre a escola em tempo integral, defendida pelo político gaúcho, o pesquisador avalia que foi uma ideia que acabou sendo combatida por diferentes setores. “Essa é uma questão central no pensamento do Brizola”.

O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. “O pai dele foi assassinado. A mãe alfabetizou os filhos. Ele foi depois, com 14 anos, estudar sozinho numa escola técnica em Viamão, que é perto de Porto Alegre. “Conseguiu entrar na universidade como engenheiro”, afirma Leonel Brizola Neto.  No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral.

CONTRA O “ATRASO”

Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. “Entendo que essa é uma questão central para aquela esquerda trabalhista do início dos anos 60: o latifúndio tinha que ser combatido. Você não consegue combater e superar o subdesenvolvimento se não superar a questão agrária”, sublinha o historiador Adriano de Freixo. O pesquisador explica que, além da necessidade de se combater as pressões internacionais, seria necessário modernizar o capitalismo brasileiro, numa defesa de uma sociedade menos desigual. “O latifúndio seria uma das causas do atraso nacional”.

O sociólogo Yago Junho crê que Brizola “pagou um preço muito alto” pelas ideias que defendia. “O final da vida dele num ostracismo tem a ver com uma incompreensão sobre o legado político dele”. Uma das acusações dos opositores é que teria havido uma política ineficaz de segurança pública e que a criminalidade aumentou. O resultado foi, segundo avalia, um final de vida no ostracismo.

VISIBILIDADE

Na defesa do legado do avô, Leonel, além do documentário, quer dar mais visibilidade às histórias do político. “A gente está agora em um outro processo para tentar digitalizar todos eles e jogar na internet para as pessoas olharem e pesquisarem”.

Leonel lembra não só do político, mas também do homem disciplinador que cobrava pontualidade, e que se divertia contando suas histórias nas festas de família. “Lembro dele me ensinando a fazer orçamento doméstico. E também plantando bananeira (ponta-cabeça no chão) em casa. Ele era um homem muito forte”, recorda o neto.

Capa da nova obra do jornalista e escritor Walmir Rosário traz a vida de Tyrone Perrucho
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Walmir retrata a vida do amigo Tyrone Perrucho

O livro Simplesmente Tyrone Perrucho – o homem que colecionava amigos, de autoria de Walmir Rosário, já se encontra em pré-vendas na livraria Amazon e estará disponível para os leitores a partir desta quinta-feira (20). Inicialmente, o livro poderá ser adquirido em formato e-book, no link https://amzn.to/3VMxFQS, no site da Amazon, onde também o leitor pode adquirir outros livros do autor.

A nova obra, explica Walmir Rosário, não tem a pretensão de apresentar ou reconstruir a história de Tyrone Carlos de Carvalho Perrucho. Por não ter a formação em história, o autor ressalta falta de conhecimento científico para realizar um trabalho que o homenageado tenha por merecimento. Deixará esta obrigação aos competentes profissionais desta área, sabedores de como construir, palavra por palavra, fato por fato, o resultado das entrevistas e a vista de documentos.

O que Walmir Rosário apresenta, na obra, é, ressalta, fruto da convivência no tempo em que ambos militavam na Ceplac, na comunicação regional, nas visitas aos muitos botequins de Itabuna e de Canavieiras, cidade em que fincou moradia a partir de 2013. São histórias, muitas que podem ser entendidas como estórias, mas que, na verdade, são fatos bem vividos e que podem ser provados facilmente com os amigos.

E o título, Simplesmente Tyrone Perrucho – o homem que colecionava amigos, foi o que o Walmir considerou o mais condizente com o homenageado, pelo seu modo singular de vida. Pouco se importava com os desafetos construídos pelas matérias no Tabu, jornal que criou com amigos e manteve por longos 50 anos, fato impensável para um jornal do interior.

Jornalista de grande saber e escrita memorável, assim que alcança a maioridade civil ingressa na Ceplac e é transferido para Itabuna, passando a residir numa pensão na rua Ruy Barbosa. E o endereço, junto ao Beco do Fuxico, o auxiliou bastante a conhecer a cidade e seus personagens, a partir do encontro em dezenas de botecos.

Aposentado, retorna a Canavieiras com a missão de continuar a dirigir o jornal Tabu, tomar sua dose diária de cerveja com os amigos e viver com toda a tranquilidade permitida. Era mestre em criar situações inusitadas, a exemplo de criar instituições etílicas e culturais, como o Clube dos Rolas Cansadas, já que a Confraria D’O Berimbau não bastava.

Viveu intensamente por longos 70 e tantos anos anos, sobreviveu a um câncer, mas esbarrou no vírus da Covid-19, durante a pandemia. Foi o homem, ficaram as histórias.

Vila Junina aquece a cidade para o Viva Ilhéus 2024 || Foto Rodrigo Macedo/PMI
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Hoje (19), a partir das 18h, o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), apresenta a Vila Junina de Ilhéus em cerimônia na Praça Dom Eduardo, em frente à Catedral de São Sebastião. Na sequência, o forró da banda Zabumbahia vai esquentar a noite no Centro Histórico.

O tema da Vila Junina deste ano faz menção ao remake da novela Renascer, da TV Globo. A ornamentação também convida os moradores e visitantes do município a entrar no clima de contagem regressiva para o Viva Ilhéus 2024, que terá shows de 27 a 30 de junho, marcando os 490 anos da antiga Vila de São Jorge dos Ilhéus, no próximo dia 28.

A grade da quarta edição da festa tem mais de 30 atrações, a exemplo de Solange Almeida e Manu Bahtidão na quinta-feira (27), Canários do Reino e Xanddy Harmonia na sexta (28) e Dorgival Dantas e Simone Mendes no sábado (29), além de encontro de paredões no domingo (30).

Xanddy, Simone, Dorgival e Manu são atrações confirmadas no Viva Ilhéus
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A Prefeitura confirmou o retorno do Viva Ilhéus neste ano, de 27 a 29 deste mês. No ano passado, a festa foi cancelada devido à situação de emergência causada por fortes chuvas. O evento vai marcar os 490 anos da antiga Vila da Capitania de São Jorge dos Ilhéus, a ser comemorado no próximo dia 28.

As atrações já anunciadas são Xanddy Harmonia, Dorgival Dantas, Simone Mendes, Solange Almeida, Devinho Novaes e Manu Bahtidão. “Muitas outras surpresas ainda serão reveladas”, antecipou a gestão municipal. O palco do Viva Ilhéus será montado na área verde da Avenida Soares Lopes, como nas edições anteriores.

Cabeça Isidoro: "foi preciso enlouquecer para ter clareza" || Foto Ana Lee
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Dos mais inventivos e profícuos expoentes do cancioneiro popular, Cabeça Isidoro acabou de tirar do forno seu novo álbum, Panfletários, que lançará nesta sexta-feira (7), às 19h, em show aberto ao público na Praça Rui Barbosa, em frente à livraria Badauê, no Centro Histórico de Ilhéus.

No mesmo evento, ele vai estrear o monólogo A semiótica da antropofagia de um palhaço marginal, resultado da incursão do multiartista na linguagem do teatro. Experiente compositor de trilhas dramaturgas, Cabeça assume a persona de ator para dar corpo a um texto que, além de autoral, traz fortes elementos autobiográficos. “Foi preciso enlouquecer para trazer a clareza”, resume Cabeça.

chegando o dia! Nos encontramos dia 7/6 pra celebrar um modo panfletário de viver! Às 19h, na Praça Rui Barbosa, em Ilhéus, sob as asas do Badauê! É uma realização coletiva, a muitas mãos! Seguimos em frente! E, na abertura, tem teatro! Cheguem cedo”, escreveu Cabeça ao anunciar a noite de estreias em uma rede social.

Confira, abaixo, uma palinha de Frequência Certa, uma das faixas de Planfletários.

Evento será na próxima semana, nos dias 5 e 6 de junho
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O colóquio As Humanidades e a Casa Comum vai reunir pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento nos dias 5 e 6 de junho, no auditório Professor Altamirando Marques, na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus. Organizado pelo Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Uesc, o evento marcará o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho.

O diretor do Departamento, professor Antônio Balbino Maçal Lima, informa que o colóquio ultrapassa o interesse acadêmico e é voltado para todas as pessoas motivadas a compreender a crise ambiental e agir face às exigências que ela impõe. “A ideia é possibilitar a partilha de experiências e saberes relacionados com as mais urgentes interrogações do nosso tempo”, acrescentou.

PROGRAMAÇÃO

O auditório fica no Pavilhão Waldir Pires. A abertura do colóquio será às 8h30min do dia 5 de junho. Às 9h, a professora Christiana Cabicieri Profice vai proferir a palestra Os Nós do Antropoceno. Já a professora Anna Fridha Ott abordará, às 11h, o ecofeminismo e a agroecologização de territórios.

O colóquio recomeça às 14h, com a apresentação de Maria Medrado, Territórios, identidades e movimentos: reflexões socioambientais na contemporaneidade. A última atividade do dia será uma discussão sobre natureza e deidades, ministrada por Luís Marcelo Rusmando, em diálogo com a obra de Espinosa (1632-1677). A programação continua na quinta-feira, 6 de junho, das 8h30min às 17h. Confira na imagem.

Programação do colóquio no dia 6 de junho

As inscrições são limitadas e podem ser feitas até 4 de junho, por meio do formulário eletrônico disponível aqui.

CASA COMUM

O nome do colóquio faz referência à Encíclica Louvado Seja: Sobre o Cuidado com a Casa Comum (2015), do Papa Francisco. “Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos. Nada deste mundo nos é indiferente”, escreveu Francisco. Leia na íntegra.

Evento será na Avenida Princesa Isabel, a partir das 17h
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No próximo sábado (25), das 17h às 21h, a Avenida Princesa Isabel, em Itabuna, recebe a primeira Lavagem Cultural Monumento de Zumbi, organizada pelo Movimento Beleza Negra em parceria com a ONG Grapiúna. Com programação cultural extensa, o destaque vai para o Grupo das Baianas de Pai Gildo e a roda de capoeira, que farão a abertura do evento. A data escolhida é o Dia Mundial da África

Diversos artistas confirmaram presença, a exemplo de Rafael Gama, Larissa Profeta, Adilson Nascimento, Lúcia Helena, Non Moreira, Aldo Bastos, Naldo Poeta, Sílvia Smith, Ulisses Prudente, Lucas Oliveira e Carlos Santal.

Os visitantes também vão poder conferir a feira da Associação de Artesanato Praça das Artes, com produtos artesanais ligados à tradição afro-brasileira.

A entrada é gratuita, mas os organizadores sugerem a doação de um quilo de alimento não perecível. Mais informações podem ser obtivas pelos telefones 98819-6934 e 99115-7285, ambos com prefixo 73.

Leilão de imóvel é adiado para 19 de junho || Foto PIMENTA
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O leilão do casarão onde funcionou a Marinha Mercante, no Centro de Ilhéus, foi adiado para 19 de junho. Estava marcado para hoje (21), às 10h, mas a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) acolheu impugnação do Coletivo Preserva Ilhéus, que alertou o órgão federal sobre as particularidades do imóvel por fazer parte do Centro Histórico do município, delimitado e protegido pela Lei Municipal 2.312/1989.

‘’Portanto, é um bem que goza de proteção em âmbito municipal e, deste modo, merece a proteção e o zelo por parte do poder público’’, afirma a advogada Marta Serafim, uma das autoras da impugnação ao lado de colegas da advocacia, arquitetos e representantes da sociedade civil organizada. Dirigindo-se à Comissão Permanente de Licitação da SPU, eles observaram que o edital do leilão omitia a existência da lei citada.

Como resultado da impugnação, o edital passará a ter um anexo onde será informado aos interessados de que o imóvel é protegido por lei e, portanto, não poderá ter sua arquitetura modificada em virtude de reforma total ou parcial. Além disso, deve constar que o Conselho Municipal de Cultura terá a prerrogativa de dar ou negar anuência a qualquer intervenção no imóvel.

“A decisão da Comissão foi acertada e orientada pela transparência, essencial no trato com a coisa pública”, comemorou Marta Serafim.

Não houve alteração no lance mínimo do certame, fixado em R$ 670 mil. Segundo o Preserva Ilhéus, o prédio foi erguido no final do século 19, pelo Coronel Aureliano Brandão Pinto (Tico Pinto), e, por muitos anos, abrigou a Marinha Mercante e o Ministério dos Transportes.

Originais, Paulo Alves e Orlando Neto são as atrações do Cola na Manu neste sábado
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Sábado de arrasta-pé em Itabuna. É a sétima edição do Arraiá Cola na Manu, com Originais do Forró, Paulo Neto e Orlando Alves, a partir das 21h, no Bairro São Judas, em Itabuna. A festa vem com o seu formato inicial, com comidas típicas e a estrutura junina tradicional.

– Estou muito animada com o retorno do Arraiá Cola Na Manu, que não acontece desde 2019. Essa foi a festa que deu início à marca e é a que mais está no coração das pessoas – afirma a produtora do Arraia, Manu Berbert.

Ela lembra que o público do Arraiá Cola na Manu amadureceu junto com a festa, que volta a abrir a temporada do melhor do forró. “Hoje nós queremos um evento confortável, para reencontrar amigos e nos divertirmos. E essa é a proposta do Arraiá”, comenta Manu. A festa tem ingressos limitados, que podem ser adquiridos no site da Bilheteria Digital (clique aqui).

SERVIÇO
🎶 Arraiá Cola Na Manu
QUANDO: Hoje, 18 de maio, a partir das 21h
LOCAL: Rua Itália, 198, Bairro São Judas
INGRESSOS: https://www.bilheteriadigital.com/arraia-cola-na-manu-18-de-maio

Maíra faz show de celebração de 1 ano de EP || Divulgação
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A cantora e compositora MAÍRA comemora 1 ano de lançamento do seu 1° álbum Trovejei, nesta sexta-feira (17), às 22h, no PUB CASA N° 1, no Barbalho. Na apresentação, que promete ser uma grande festa, a artista será acompanhada pelo violonista Jad Venttura e pela percussionista Nanny Santos.

Com influência da MPB e do samba, MAÍRA apresenta um show com músicas autorais e releituras, tendo amor e espiritualidade como temas. A entrada será vendida no local do evento. Mais informações no Instagram da artista (@artedemaira).

SERVIÇO
MAÍRA no show “Trovejei”
Quando: Hoje (17), às 22h
Local: Pub Casa N° 1, Rua Aristides Áttico, 38, Barbalho, Salvador
Entrada: R$ 15

Leandro Karnal vai proferir palestra na Semana de Inovação de Ilhéus
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Problemas de saúde forçaram a Monja Coen, referência do zen-budismo no Brasil, a cancelar a palestra que faria na abertura da Semana de Inovação de Ilhéus, na próxima segunda-feira (20). A informação foi divulgada pela Prefeitura de Ilhéus, responsável pelo evento em parceria com o Sebrae.

Para compensar a baixa na programação, os organizadores da Semana anunciaram conferência do historiador, escritor e professor Leandro Karnal, marcada para o último dia do evento, sexta-feira (24), às 18h, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, localizado na Avenida Soares Lopes.

Apesar da ausência de Coen, está mantida a mesa de abertura da Semana de Inovação, na segunda-feira, às 18h, no Centro de Convenções, com a presença de Leandro Freitas (Borracharia Leandro) e Ruben Delgado, especialista em inovação e transformação organizacional.

INSCRIÇÃO

A Semana de Inovação de Ilhéus promete promover diálogos e conexões entre os principais segmentos econômicos da cidade, como indústria, comércio e serviços, turismo e economia criativa, agronegócios, micro, pequenas e médias empresas, produtores rurais e potenciais empreendedores. Faça a sua inscrição aqui.

Atividades do Hip Hop Renasce ocupam espaço cultural da Uesc
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O palco Ramon Vane, no bosque da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), vai receber, na próxima terça (14), a partir das 14h, o projeto Hip Hop Renasce, com palestras, oficinas, exposição literária e apresentações musicais. Também haverá batalha de conhecimento para rimadores do sul da Bahia. Aberta ao público, a atividade contará com tradução em Libras, em tempo real.

Já confirmaram presença os rappers Billy Fat, Jhonny Z, Moa Vênus, Patrick WP e Us Bantú’s. O microfone também será franqueado ao público.

Jornalista, historiador e um dos organizadores do evento, Pedro Albuquerque afirma que o objetivo é estimular sonhos em meio aos desafios que a maior parte da população sul-baiana enfrenta para sobreviver. “O Hip Hop Renasce Visa promover esperança diante das dificuldades sociais e, especialmente, fortalecer os jovens para que sigam seu caminho de aperfeiçoamento socioeconômico, longe das opções criminosas”, acrescentou.

As ações do Hip Hop Renasce começaram no Centro Educacional Álvaro Melo Vieira e no Colégio Estadual de Tempo Integral Jorge Amado, ambos em Ilhéus, no final de abril.

HIP HOP E CIDADANIA

O Hip Hop Renasce aposta na força do movimento que surgiu nas ruas nova-iorquinas na década de 1970 e ganhou o mundo. Em Ilhéus, recorte territorial da primeira edição do projeto, artistas da música e das artes visuais despontam com rimas e grafites e ganham cada vez mais o público que se conecta com essas linguagens.

É o caso do rapper Billy Fat, facilitador da oficina de Hip Hop do projeto. “Esse processo começa com rappers fazendo o que gostam, do jeito que podem, com uma caixa de som e um microfone na porta das escolas públicas, nas ruas. Um dia, na batalha de rap da Urbis, zona sul de Ilhéus, éramos apenas oito pessoas. Na semana seguinte, quando fizemos novamente, tinham 80 pessoas”, relembra o artista.

O projeto ainda prevê atividades no Presídio Ariston Cardoso, com oficinas profissionalizantes e artísticas, além de apresentações musicais. Este foi o único projeto aprovado no edital da Lei Paulo Gustavo, na Bahia, a contemplar ações culturais no sistema prisional. “Acreditamos que as atividades irão favorecer um caminho para a ressocialização de pessoas em regime de reclusão penitenciária e, também, uma prevenção em espaços de ensino, para coibir o aumento do índice de violência e outros crimes”, explica Pedro Albuquerque.

A iniciativa foi contemplada nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.

Obra de Glicéria Tupinambá é destaque na Bienal de Veneza || Foto Rafa Jacinto, da Fundação Bienal de São Paulo
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Um projeto que reúne obras de artistas indígenas do sul da Bahia é um dos destaques na Bienal de Veneza, na Itália.  A 60ª Exposição Internacional de Arte fica em cartaz até 24 de novembro. É a Foreigners Everywhere, a Estrangeiros em Todos os Lugares numa tradução livre. O evento conta com obras de 332 artistas de vários países.

Composto por obras como Okará Assojaba e Dobra do tempo infinito, de Glicéria Tupinambá, também conhecida como Célia Tupinambá; e Equilíbrio, de Olinda Tupinambá, o projeto baiano é destaque no Pavilhão Hãhãwpuá, destinado aos artistas brasileiros. O Pavilhão tem a curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana.

Os indígenas do sul da Bahia estão na Bienal de Veneza com o Projeto Ka’a Pûera, que significa “Nós Somos Pássaros Que Andam”.  Ka’a Pûera também que dizer: um lugar, uma floresta desmatada, mas que se regenera depois de um tempo, segundo afirmam indígenas.

Com as obras Okará Assojaba e Dobra do tempo infinito, Glicéria Tupinambá compartilha suas visões sobre a relação entre humanidade, natureza e memória. A Dobra do tempo infinito é uma videoinstalação onde são transmitidos saberes por meio de processo de produção de redes de arrasto e outras atividades cotidianas indígenas. “A obra inclui a produção de seis vídeos, um trabalho desenvolvido pelos próprios indígenas”, conta o itabunense Augusto Santos, que se denomina artista de Imagem Digital.

A outra obra  é composta por um manto tupinambá e redes de arrasto. O manto (foto abaixo) é considerado símbolo sagrado. Ele é utilizado em rituais por pajés, majés e caciques. A vestimenta disponibilizada na exposição na Itália é a terceira confeccionada por Glicéria.  A primeira foi produzida em 2006 e doada para o Museu Nacional. A segunda foi confeccionada em 2021 para Funarte, em São Paulo.

 

Glicéria Tupinambá tem obra exposta na Bienal de Veneza || Foto Fundação Bienal de São Paulo

Augusto Santos participou do processo de uma das obras exibidas da Bienal de Veneza, promovendo oficinas para que os indígenas fizessem as filmagens das atividades de transmissão de saberes e das entrevistas com personagens da comunidade. O itabunense relata ainda que fez a produção e edição dos vídeos que estão sendo exibidos na amostra.

Outra obra indígena que está impactando quem visita o Pavilhão Hãhãwpuá, na Itália, é a Kaapora- o chamado das matas, entidade que também é mobilizada na videoinstalação “Equilíbrio”. De autoria de Olinda Tupinambá, a obra apresenta um retrato da condição humana na terra e uma discussão crítica da relação destrutiva da civilização com o planeta do qual depende.

Olinda Tupinambá ajuda a contar a história do povo indígena brasileiro || Foto Maurício Requião

Entre os visitantes da amostra está o ex-vice-prefeito de Itabuna e Superintendente de Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Wenceslau Junior, que está de férias com a família na Itália.  “Estamos aqui nesta sexta-feira, 3 maio, na Bienal de Veneza, eu e Márcia (Márcia Rosely Oliveira, esposa), visitando o Pavilhão do Brasil. É muito importante esse resgate da história tupinambá, do povo da Serra do Padeiro e de Olivença. Parabenizar Célia Tupinambá por resgatar essa cultura ancestral. Essa arte de construir esse manto sagrado”.

De acordo com Wenceslau Junior,  é muito importante resgatar a dívida histórica que o Brasil tem com o povo indígena tupinambá. “Sobretudo no que diz respeito a demarcação imediata das terras das comunidades de Olivença e Serra do Padeiro.  A luta continua. Demarcação já”,  defende em vídeo enviado ao PIMENTA. Ele também destacou o trabalho feito por Augusto Santos, que promoveu as oficinas e editou os vídeos.

 

Casal Wencelau Júnior e MárciaRoseli visita exposição com obras de indígenas na Itália || Foto Divulgação

QUEM SÃO AS ARTISTAS

Glicéria Tupinambá nasceu em 1982, na Serra do Padeiro. Ela está fazendo mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto Nós Somos Pássaros Que Andam, que está na Bienal de Veneza, garantiu à artista a 10ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS. Ela também foi vencedora do Prêmio Pipa 2023.

Olinda Tupinambá é artista, jornalista, documentarista, cineasta e ativista ambiental. Ela é da terra indígena Tupinambá de Olivença, em Ilhéus, mas atua na comunidade Pataxó Hã-hã-hãe, na aldeia Caramuru-Paraguaçu, em Pau Brasil, onde mora. Em 2020, Olinda participou, na Pinacoteca de São Paulo, da exposição Véxoa: nós sabemos.

Arautos do Rei fazem show em frente à Catedral de São Sebastião
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O grupo Arautos do Rei, referência da música gospel brasileira, será a principal atração das celebrações dos 25 anos da Associação Bahia Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia, hoje (4), a partir das 17h, em frente à Catedral de São Sebastião, no Centro Histórico de Ilhéus. A apresentação será aberta ao público.

Com 62 anos de história, os Arautos do Rei são expoentes da música à capela, que usa somente a voz nas composições. Consagrado na formação de quarteto, hoje o grupo é um quinteto, Fernando Santos, Fernando Menezes, Denis Versiani, Robson Rocha e Jader Santos.

Abaixo, assista ao show de comemoração de 60 anos dos Arautos do Rei, Entre Nós, com produção da gravadora Novo Tempo.