Henrique Dantas retoma produção de "Silêncio", seu primeiro longa de ficção || Foto João Paulo Barreto/Screamyell
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Thiago Dias

O cineasta Henrique Dantas voltou a trabalhar na produção de seu primeiro longa-metragem de ficção, chamado provisoriamente de Silêncio. Ele ainda está em busca de apoio da iniciativa pública ou privada, como reportado pelo PIMENTA anteriormente (relembre).

Nascido em Salvador, Henrique viveu dos 7 aos 16 anos em Ilhéus. A ligação com a cidade foi decisiva para a escolha de rodar o filme no sul da Bahia. A história revisita os impactos do terrorismo de estado, promovido pela ditadura empresarial-militar, sobre famílias sul-baianas. O elenco reúne grandes nomes da dramaturgia nacional, a exemplo Helena Ignez, Fabrício Boliveira e Luiz Pepeu, que formam o núcleo familiar da trama.

Com 27 anos de carreira, Henrique levou os prêmios de melhor filme e do júri do Festival de Brasília, com o documentário Filhos de João – Admirável Mundo Novo Baiano (2009). Também venceu o Festival Internacional de Cinema Político na Argentina e o Festival de Cinema de Vitória, onde apresentou A noite escura da alma (2015), também sobre a ditadura. Em Dorivando Saravá – o preto que virou mar, o cineasta retratou vida e obra de Dorival Caymmi, com o auxílio luxuoso de artistas como Gilberto Gil e Tom Zé.

As credenciais do artista ainda não foram o bastante para despertar o interesse do governo ilheense. Apesar de inúmeras tentativas, até o momento, ele não obteve resposta da Prefeitura de Ilhéus sobre a possibilidade de o município auxiliar a equipe com hospedagem e o acesso a locações, por exemplo. A cidade teria contrapartidas asseguradas pelos realizadores, como a exibição de imagens de cartões-postais (Catedral São Sebastião, Lagoa Encantada e Ponte Jorge Amado) e da marca da Prefeitura no filme.

A peleja de Henrique para obter ao menos uma resposta do governo tem uma camada pessoal, revelada ao site pelo cineasta. Durante nove anos, ele estudou na mesma turma do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), no Instituto Nossa Senhora da Piedade, em Ilhéus. Nem a amizade dos tempos de escola facilitou o acesso do cineasta ao mandatário.

Com uma ponta de frustração na voz, Henrique compara o tratamento que recebe em Ilhéus à receptividade de outros municípios. “Ontem, passamos por Nilo Peçanha e a Prefeitura, entendendo a importância da cultura para o turismo da cidade, precisou de 30 minutos para conceder o apoio pretendido”, disse ele ao PIMENTA, neste sábado (21). A Prefeitura disponibilizou ônibus para transportar a equipe de filmagem e o elenco até o município, no baixo-sul do estado. A manifestação cultural do Zambiapunga, herdeira da cultura quilombola presente em Nilo Peçanha, será retratada em Silêncio.

Nos quatro anos do Governo Bolsonaro, a Agência Nacional de Cinema (Ancine) foi quase morta por inanição. Sem o amparo de sua principal fomentadora, o cinema brasileiro sofreu um baque forte. Silêncio foi uma das tantas produções prejudicadas. Daí o périplo de realizadores, passando a cuia à porta dos gabinetes da vida. “Às vezes, fazer um filme é mais um processo de luta do que de arte”, resumiu Henrique.

O PIMENTA tentou contato com o secretário especial de Cultura de Ilhéus, Geraldo Magela, para ouvir o gestor sobre a possibilidade de apoio ao filme. O gestor explicou ao site que fez uma cirurgia há pouco e, nesta semana, sofreu complicações decorrentes do procedimento cirúrgico. Ele tomou conhecimento da produção do filme na última segunda-feira (16) e afirmou que o Governo Marão tem interesse em apoiar a iniciativa.

“Acredito que agora ande [a conversa entre realizadores e Prefeitura], pois temos muito interesse. Ano passado foram 2 [filmes] e ajudamos bastante. Temos muito interesse em montar um centro de cinema aqui, conversamos com a Uesc, Secretaria de Cultura e Turismo do Estado, esperamos que esse ano a coisa rode tudo. Mas, a Prefeitura pode ajudar, espero sentar com ele [Henrique] na próxima semana, se Deus quiser”, assegurou o secretário. Atualizado às 12h29min para acrescentar a resposta do Governo.

Tony Salles vai comandar Banda Parangolé na Lavagem do Beco do Fuxico
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A Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) anunciou a Banda Parangolé como primeira atração confirmada da 42ª edição da Lavagem do Beco do Fuxico. O evento terá o apoio da Prefeitura de Itabuna e da Secretaria de Turismo da Bahia.

O presidente da FICC, Aldo Rebouças, disse que o tema deste ano será Maior Lavagem de todos os tempos. Segundo ele, neste ano o evento tradicional da cultura grapiúna vai se estender por três dias, de 9 a 11 de fevereiro, e mais atrações serão divulgadas em breve. A festa foi reconhecida como patrimônio histórico e cultural itabunense, em outubro de 2022.

Lavagem é patrimônio histórico e cultural de Itabuna || Foto Pedro Augusto

A Lavagem do Beco é realizada anualmente, antes do Carnaval, no reduto da boemia grapiúna, a Travessa Adolfo Leite, via habitada pelos frequentadores do ABC da Noite, boteco do lendário Caboclo Alencar.

Programação especial é voltada para o público infanto-juvenil
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Os finais de semana do verão têm atrações para o público infanto-juvenil no Shopping Jequitibá, em Itabuna. De hoje (13) a domingo (15), a Escola Kumon oferece oficinas de Matemática, Inglês, Linguagem e Coordenação Motora, além de promover brincadeiras. Às sextas e aos sábados, as atividades vão das 15h às 19h e, aos domingos, das 13h às 16h30.

Para fechar a programação desta semana, a turma do Teatro e Fantasia encenará a peça Espelho, espelho meu, no domingo (15), às 17h. Todas as atividades são gratuitas.

Peça “Espelho, espelho meu” será encenada neste domingo (15)

A programação da campanha Verão Jequitibá 2023 ocupa o piso superior do Shopping e seguirá até o final deste mês. A Casa do Japonês e o Sesi apoiam a iniciativa.

Veto abrange todo tipo de comercialização, segundo Prefeitura de Ilhéus
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A Prefeitura de Ilhéus informa que a coordenação do projeto Pôr do Sol da Sapetinga vetou a comercialização de produtos, inclusive bebidas alcoólicas, durante o evento marcado para as 17h deste sábado (14). Também será proibida a instalação de barracas e estruturas similares no espaço público.

De acordo com a Prefeitura, a proibição visa garantir o bom andamento do projeto e o bem-estar da coletividade. Fiscais de posturas do município atuarão para coibir a instalação das barracas.

A medida também segue recomendações da Polícia Militar para manter a segurança no local e entorno do evento, segundo a Prefeitura. Apesar da proibição da comercialização, o público poderá levar bebida e comida para consumir durante o show da banda ilheense Carbono 14.

Gabi Maja, Gogombira, DJ Múcio e Eddy serão as atrações musicais da noite
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O primeiro Otambí de Verão deste ano será nesta sexta-feira (13), a partir das 20h, no Espaço Cultural Dilazenze, no bairro da Conquista, em Ilhéus. Os shows da noite ficarão por conta de Gabi Maja, Orquestra Gogombira de Percussão, Eddy (Via de Acesso) e DJ Múcio. O ingresso colaborativo custa R$ 10,00 e será vendido na bilheteria da casa de eventos.

Otambí é a abreviação de Orquestra de Tambores Mãe Ilza, mameto-de-inquice do terreiro de candomblé Matamba Tombeci Neto, ao qual o Espaço Dilazenze é vinculado.

Puxada do Mastro de São Sebastião é promovida todos os anos e atrai multidão
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A tradicional festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, que atrai milhares de turistas e visitantes à Praça Cláudio Magalhães, em Olivença, promete agitar o final de semana em Ilhéus. Os festejos em homenagem ao santo começam hoje (6) e se estendem até o próximo domingo (8). A programação completa pode ser conferida ao final da matéria.

Integrada ao calendário turístico da cidade, a programação inclui desfile e apresentações culturais, missas, rituais e shows com bandas locais. O município mantém viva a tradição, fomentando a cultura local. “Uma festa secular, que renova a memória própria da nossa cidade, faz parte da história de Ilhéus, une cultura, religião e fortalece o turismo”, afirma o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD).

A tradição da Puxada do Mastro começa com a escolha da árvore, ritual que é misto de fé, devoção e sacralidade. Os indígenas tupinambá de Olivença reafirmam seus troncos familiares, refletem sobre a comunidade e repassam a tradição para os mais novos por meio do mastaréu. O evento também desperta um importante olhar, o da sustentabilidade.

MÁRTIR E PADROEIRO

Do local onde é retirado o tronco, que fica exposto até o próximo ano na entrada da Igreja de Nossa Senhora das Escadas, mudas são plantadas na mata para garantir a preservação da natureza e a própria tradição do povo Tupinambá. A cada árvore retirada uma vez por ano, são plantadas mudas no entorno da cepa (local do corte), conforme explica a Associação dos Machadeiros de Olivença (AMAO), que realiza a puxada com o suporte da Prefeitura.

As comemorações em homenagem ao mártir, padroeiro da catedral diocesana e defensor dos tupinambá começam às 16h desta sexta-feira (6), com o Luar das Criativas, seguido de desfile de abertura com a participação das organizações e instituições locais. A Guarda Civil Municipal, Sutram, secretarias de Saúde, Cultura e Turismo atuarão nos três dias de evento, com o apoio das Companhias Independentes de Polícia Militar da Bahia.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

SEXTA-FEIRA (06/01)
16h – Luar das Criativas
17h30min – Desfile de abertura
20h- Shows com bandas locais
00h- Cortejo dos Mascarados (Grupo de Capoeira Nação Zumbi)

SÁBADO (07/01)
16h – Luar das Criativas
18h – Procissão
19h- Missa
20h – Apresentações Culturais (Boi Estrela e Terno das Camponesas)
21h30min – Shows com bandas locais

DOMINGO (08/01)
5h às 8h30 – Alvorada/Rituais na porta da Igreja Nossa Senhora das Escadas/Bênçãos e Feijoada dos Machadeiros
9h às 13h – Rezas e Agradecimentos / Derrubada do Mastro/ Saída da Mata para a praia
15h às 17h30min – Parada para descanso/ Arrastão do Mastro/ Chegada à Praça Cláudio Magalhães
18h às 23h – Show com bandas locais

Fábio Lago interpreta o Coronel Tibúrcio em "O cangaceiro do futuro" || Foto Divulgação
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O ator ilheense Fábio Lago interpreta o antagonista Coronel Tibúrcio na série O cangaceiro do futuro, que estreou nesta semana na Netflix. A história se passa no sertão nordestino e conta a saga do motoboy Virguley (Edmilson Filho), que viaja no tempo após bater a cabeça e volta ao ano de 1927.

No humorístico, Virguley é confundido com o Capitão Virgulino, Lampião. Ele resolve se passar pelo Rei do Cangaço e é acolhido pela jovem Mariá (Chandelly Braz), filha de um cangaceiro morto pela volante, como era chamada a guarnição militar que perseguia os cangaceiros. Tudo vai bem até o Coronel desconfiar da farsa.

O elenco da série conta ainda com Evaldo Macarrão (Frei Menino), Valéria Vitoriano (Zulmira), Dudu Azevedo (Rufino), Haroldo Guimarães (Loquedau) e outros atores e atrizes que despontaram na cena nacional após os filmes Cine Holliúdy 1 e 2. Todos os sete capítulos da primeira temporada já estão disponíveis na plataforma de streaming.

Pele chega ao Estádio Mário Pessoa em Ilhéus, em 1967 || Foto Acervo Santista
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Bicampeão mundial de clubes, o Santos da década de 1960 era o queridinho da criançada da época, segundo o ex-vice-prefeito de Ilhéus, fotógrafo e memorialista José Nazal (Rede). Foi naquela década que ele viu Pelé, falecido hoje (29), jogar no Estádio Mário Pessoa contra a Seleção de Ilhéus.

O memorialista relembra a atmosfera da cidade naquele 7 de maio de 1967. “Euforia geral, era o que se falava, era o assunto da cidade. Eu tenho um amigo, um vizinho, que o pai levou no Ilhéus Hotel pra tirar foto com Pelé. Eu não consegui ir”, disse Nazal em conversa com o PIMENTA.

O time paulista venceu o duelo por 3 a 1. Adilson, Pele e Toninho marcaram para os visitantes. Americano descontou para o time da casa. Apesar da derrota da Seleção de Ilhéus, Nazal, então com 11 anos, gostou do resultado e, hoje, confessa: “torci pelo Santos”.

Serra Grande terá três noites de festa || Foto Órbita Turismo
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A Prefeitura de Uruçuca confirmou as atrações das três noites do Réveillon de Serra Grande. A festa começará nesta sexta-feira (30) e seguirá até domingo (1º), sob o comando de Kaio Oliveira, O Tubarão, Pagodart, Benner Show, Neto LX, Swing Light, Kauã Araújo e outras atrações.

O prefeito Moacyr Leite Júnior (UB) tratou o evento como uma compensação, já que o município não promoveu a festa na virada de 2021 para 2022 devido à situação de emergência causada pelas fortes chuvas do final do ano passado.

– Nosso povo sofreu muito com as chuvas, com a enchente, momento difícil para muitos. Mas, neste ano, pensamos em compensar e proporcionar o melhor, com grandes atrações. Acolher e fazer o uruçuquense feliz é a proposta da nossa gestão – disse.

Outro aspecto importante da festa, segundo o prefeito, é o movimento da economia local. “Um evento como este, além da alegria para a população e para os turistas que nos visitam, gera emprego e renda”. A programação completa, com a noite da apresentação de cada artista, ainda será divulgada. O palco será montado na praça central de Serra.

Festa será na Praia de São José || Foto Divulgação
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O São José Beach Club divulgou nota em que assegura a realização do Réveillon São José – a natureza em festa, em Itacaré, após o cancelamento de outros eventos que estavam marcados para a virada do ano na cidade do sul da Bahia.

A festa será na praia do São José, com início na noite do próximo sábado (31) e programação também nos dias 1º e 2 de janeiro, sob o comando dos DJs Rafa Gouveia e Oliver.

“Será a melhor e mais exclusiva festa voltada para famílias e casais do litoral baiano e para todos aqueles que desejam natureza, boa música e excelente gastronomia”, prometeu a diretora do São José Beach Club, Karen Ferraz.

O lote de ingressos para o Réveillon São José vira nesta terça-feira (27). As vendas são feitas na plataforma Sympla. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (73) 9 9192-0094.

Praça São Miguel será palco da Festa da Virada em Itacaré
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A Praça São Miguel Arcanjo foi o palco escolhido para a Festa da Virada de Itacaré. Na noite de 31 de dezembro (sábado), a música ficará por conta de Marcos Abaga, Banda Amassa, Duda Freitas e Patrulha do Samba, que comandará o esperado momento da contagem regressiva para o Ano Novo.

Já a segunda noite de festa, no domingo (1º), terá os shows de Dan Valente, Rafael Zalela e Marcelinho do Samba. A realização é da Mais Ações Integradas e da Prefeitura de Itacaré, com patrocínio da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA).

Pedro Paulo tinha 74 anos e teve saúde debilitada por enfisema pulmonar || Imagem TV Brasil
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O ator Pedro Paulo Rangel morreu hoje (21), às 5h40, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado desde o fim de outubro para tratar de uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar. Ainda não há informação sobre horário e local de velório e enterro do artista.

Por causa da evolução da doença, o ator de 74 anos precisou ser entubado na madrugada do último dia 10. Naquele dia a equipe médica que o atendia, considerou que o quadro clínico do artista era delicado e inspirava cuidados.

No dia 14, embora ainda estivesse com um quadro grave, a boa resposta ao antibiótico e melhora dos resultados de exames de sangue levaram à suspensão da sedação “na tentativa de retirada da ventilação mecânica”, informou um boletim médico.

Depois de 48 horas da interrupção da sedação, Pedro Paulo Rangel começou a despertar e a equipe médica começou a avaliar a retirada do respirador. “A resposta à infecção é positiva e sustentada nos últimos dias, porém houve alteração da função renal. O quadro permanece grave”, completou a equipe em novo boletim divulgado pela Casa de Saúde São José, no dia 16.

CARREIRA

A trajetória de Pedro Paulo Rangel nas artes começou cedo. Ainda adolescente o filho dos funcionários públicos Alzira Marques Rangel e Lélio Rangel, escreveu a peça Quando os Pais Entram de Férias. Como ator foi convidado a participar do elenco da peça infantil O Bruxo e a Rainha, de Pedro Reis, na Igreja de Santa Terezinha, em Copacabana, na zona sul. Lá ele conheceu o ator Marco Nanini, com quem frequentou o curso de Formação de Atores no Conservatório Nacional de Teatro, atual escola de teatro da UNIRIO.

A primeira experiência em teatro profissional foi em 1968, na peça Roda Viva, de Chico Buarque e com direção de José Celso Martinez Corrêa, em São Paulo. O artista integrou ainda o Grupo Oficina e em 1969, atuou na peça Galileo Galilei, de Bertolt Brecht, também com direção de José Celso.

O primeiro papel protagonista foi em 1970, em Jorginho, o Machão, de Leilah Assumpção, dirigido por Clóvis Bueno. Dois anos depois fez a peça Castro Alves Pede Passagem, de Gianfrancesco Guarnieri, e voltou para o Rio de Janeiro.

A atuação na peça A Aurora da Minha Vida, de Naum Alves de Sousa, lhe rendeu seu primeiro Prêmio Moliére de melhor ator, em 1982. Depois disso recebeu mais dois: em 1989, por sua interpretação em Machado em Cena – Um Sarau Carioca, de Luís de Lima; e em 1994, no monólogo O Sermão da Quarta-feira de Cinzas, de Moacir Chaves, como o Padre Antônio Vieira.

Na televisão, o ator fez personagens memoráveis. A estreia foi em 1969 na Rede Tupi de São Paulo, no elenco da telenovela Super Plá de Bráulio Pedroso. Na mesma emissora atuou em outras duas novelas: Toninho on The Rocks, de Teixeira Filho, em 1970; e Dinheiro Vivo, de Mário Prata, em 1979.

Em 1972 começou na TV Globo e logo se destacou na novela Bicho do Mato, de Chico de Assis e Renato Corrêa e Castro. Em 1979 voltou à Rede Tupi de São Paulo e dois anos depois retornou à Rede Globo para uma infinidade de personagens com grandes destaques em novelas como Gabriela, A Indomada e Pecado Capital, além de minisséries como Um Só Coração e Quinto dos Infernos.

Ainda na emissora, a carreira do ator passou pelos humorísticos TV Pirata e Viva o Gordo.

REPERCUSSÃO

A morte do ator causou comoção entre amigos. O autor de novelas e escritor Walcyr Carrasco, que escreveu a novela O Cravo e a Rosa, lamentou a perda. “Cumpriu sua missão aqui na terra o querido e talentoso ator Pedro Paulo Rangel, aos 74 anos. Uma grande perda! Sentiremos muitas saudades! Meus sentimentos aos amigos e familiares. Vá em paz, seu Calixto!”, disse no seu perfil no Twitter, lembrando o nome do personagem que é um dos maiores sucessos de Pedro Paulo.

O ator, humorista e escritor Gregório Duvivier, disse que está triste com a partida do amigo. “Era um ator delicioso de assistir. Coloria, com carisma infinito, qualquer cena. Emprestava humanidade a personagens coadjuvantes, sempre tridimensional. Inventou um jeito próprio de falar, meio afrancesado, mas muito carioca, hilário”, postou no Twitter.

Em entrevista à Globonews, a atriz Lília Cabral disse que para ela, PP, como chamava o amigo, é um dos maiores atores do Brasil. “PP, você vai fazer muita falta para muita gente”, disse emocionada. Também ao canal, o ator Diogo Vilela contou que o amigo era um gênio. “É muito difícil falar sobre o PP, para mim um gênio, um ator genial. Eu estou muito emocionado”.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também postou uma mensagem em seu perfil no Twitter. “Soube agora da morte do ator Pedro Paulo Rangel. Uma triste perda para a dramaturgia brasileira. Pedro Paulo fez história nas novelas, no humor e nos teatros do país com seu talento e dedicação. Meu abraço fraterno aos familiares, fãs e amigos”. Agência Brasil.

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Com várias apresentações artísticas, o Centro Cultural Teosópolis (CCT) promove nesta terça-feira (20), às 18h30min, o Sarau Cultural de Natal. Aberto ao público, o evento será aberto com a recepção e apresentação de violino.

Na sequência, apresentação de poesia e leitura de textos sobre o Natal. Um novo momento musical se dá com o Grupo de Violões, seguido por um monólogo sobre o Natal.

Uma apresentação cênica sobre o natal será seguida por apresentação do Coral Infantil e do Coral Esperança. Haverá apresentação de piano e órgão e recitação de poesias com a participação da Academia de Letras de Itabuna

“Queremos levar arte e boa música para nossa população. Vamos promover outros eventos ao longo do próximo ano e pretendemos que o Sarau Cultural de Natal entre para o calendário cultural do município”, diz a Professora Janete Ruiz de Macedo, curadora do espaço.

Paralelamente ao Sarau Cultural, haverá Feira de Artesanato. Peças produzidas na Casa do Vovô e pela Associação dos Artesãos do Sul da Bahia (Aasba) serão expostas e também comercializadas.

O Centro Cultural Teosópolis, fica localizado na Rua C, 298, Jardim dos Eucaliptos, próximo à sede do Itabuna Esporte Clube, no bairro Conceição, em Itabuna.

Mario Ulloa vai interpretar músicas de Dorival Caymmi e Chico Buarque
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O violonista Mario Ulloa fará apresentação na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, às 14h30 desta terça-feira (20). Aberto ao público, o show será no Auditório Paulo Souto. No repertório, composições de Dorival Caymmi e de Chico Buarque de Holanda. O evento é promovido pelo Núcleo de Ares do Departamento de Letras e Artes.

Natural da Costa Rica e radicado na Bahia há vinte anos, Mario Enrique Ulloa Peñaranda é professor da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. Confira a interpretação da música Todo o sentimento, de Cristovão Bastos e Chico Buarque, no Concerto da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM), em 2019.

Ricô faz show de pré-lançamento do disco, hoje, em Ilhéus
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Logo mais, o músico Ricardo Santana fará o pré-lançamento de C’est la vida, primeiro álbum solo do baixista d’OQuadro. A apresentação será a partir das 22h, no Flow Burger Bar, na Avenida Soares Lopes, em Ilhéus. Ao PIMENTA, Ricô antecipou um pouco do que será apresentado hoje (16).

Tidê e Amérikkka estão no repertório desta noite. O nome da primeira música brinca com a flexão do verbo dar, comum em frases do léxico religioso. Segundo Ricô, em uma conversa com o amigo e historiador Wilfredo Lessa, ouviu que suas composições são atravessadas pelo tema da espiritualidade, mas sem cair na armadilha dos clichês.

A afirmação de Wilfredo, a quem Ricô chama de guru, pode ser demonstrada em músicas como Fogos de artifício para o precipício à vista, de OQuadro, disco homônimo da banda. “Foi a primeira composição que tive coragem de cantar”, disse Ricô.

O diálogo com a espiritualidade também é um elemento marcante da parceria de Ricô com Rafa Dias (Àttoxxá) no álbum Ziminino, lançado nos Estados Unidos, em 2019, pelo selo International Black (INTL BLK), a exemplo da música Intermitência (confira o videoclipe).

Já em Amérikkka, uma das nove faixas de C’est la vida, a reflexão é sobre o tipo de relações que consagraremos no grande continente americano. “Que tipo de América a gente deseja pra gente, com C ou três K?”, pergunta Ricô, opondo a perspectiva da integração continental à visão supremacista da Ku Klux Klan.

Morando há um ano e meio na França, o músico ilheense disse ao PIMENTA que o álbum solo começou a ganhar forma nos primeiros anos da pandemia, quando intensificou o trabalho de composição. “Fui encontrando um mote, uma história que precisava ser contada, uma estética de som, [como se dissesse]: isso aí sou eu mesmo. Tem muita coisa de misturar idiomas, ritmos, frequências e estéticas, tentar fazer esse cruzamento de nacionalidades, etnias”.

Jonas Amorim, filho de brasileiros nascido na França, é primo do músico ilheense e coproduziu C’est la vida. O disco ainda não tem data de lançamento, mas está pronto. “Já tem clipe. Tudo no esquema. Só falta definir as estratégias [de distribuição]”, assegura Ricô.

Quem quiser vislumbrar o que está por vir tem que correr para comprar os ingressos da apresentação desta noite. São limitados e estão à venda na livraria Badauê (Praça Rui Barbosa) e pelo perfil do Flow no Instagram. No palco, além de Ricô, Victor Santana, DJ Mangaio e Zezo Maltez. A abertura da noite ficará por conta dos DJs Nah Araújo e Múcio Caló.