Previsão de mais chuvas em Itabuna para as próximas horas|| Foto Pimenta
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais chuvas no sul da Bahia para as próximas horas. De acordo com o Inmet, os acumulados de chuvas podem ser superiores a 100 milímetros por dia em alguns municípios. Em Ilhéus, a estimativa é que chova até 110 milímetros até quinta-feira (26).

Nesta segunda-feira, foram registrados alagamentos no centro de Itabuna e bairros como Nelson Costa, Nossa Senhora da Vitória, Malhado e Salobrinho. Houve desabamento na comunidade do Tapera. A Defesa Civil Municipal registrou pelo menos 20 ocorrências nos bairros de Ilhéus. Por causa do mau tempo, voos tiveram que ser desviados do Aeroporto Jorge Amado nesta segunda.

Em Itabuna, houve alagamentos em bairros como Pontalzinho, Jardim Primavera, São Caetano, Lomanto, São Pedro, Califórnia e Santo Antônio, além do centro da cidade. No bairro Conceição, a parte de um muro Itabuna Esporte Clube não resistiu à enxurrada e desabou. Ninguém ficou ferido. De acordo com o Inemet, haverá mais chuvas no município nas próximas horas.

O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr, alerta que é fundamental que a população adote medidas de prevenção, como desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. “Em caso de enxurrada, coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos. Já em situação de grande perigo confirmada, procure abrigo e evite permanecer ao ar livre. É importante que a população fique atenta às informações oficiais e aos locais onde serão divulgados os alertas, além de adotar as medidas de autoproteção”.

A Defesa Civil Nacional orienta os moradores das regiões de risco a se inscreverem nos serviços de alerta, enviando um SMS com o CEP do local onde mora, ou outro local de interesse, para o número 40199. A partir da previsão de desastre, a população receberá um aviso contendo informações de risco e orientações para a autoproteção.

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A BetPix365 venceu o processo seletivo da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc) para o patrocínio exclusivo do camarote do Itapedro, que começa nesta quinta (30) e segue até domingo (3), em Itabuna, no sul da Bahia (confira programação aqui). Responsável pelo evento, a autarquia informou que a seleção rendeu R$ 26 mil ao município.

Os ingressos para o Camarote Oficial do Itapedro BetPix365 estão à venda na Seven Multimarcas (Shopping Jequitibá), Leo Umbigo, Bigodon, Barbearia Barba Chick (Califórnia) e via internet, no site da Bilheteria Digital. O passaporte para as quatro noites, em primeiro lote, sai a R$ 500,00. Já o bilhete por noite custa R$ 140,00. Também há a opção da compra na modalidade casadinha, com dois bilhetes por R$ 250.

A BetPix365 é uma plataforma de apostas esportivas que oferece aos usuários a possibilidade de saques e depósitos via Pix, com valor mínimo de R$ 1,00. Além do Itapedro, o grupo patrocina o Itabuna Esporte Clube e foi o patrocinador oficial do Maior São João do Mundo, em Campina Grande (PB).

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Daquela época aos dias de hoje, o bairro passou por várias etapas de crescimento e desenvolvimento, com boas escolas públicas e privadas; na área de lazer e esportes (…). Mais que isso, sua gente se destaca na sociedade nas mais diversas áreas – literária, artística, esportiva e profissional.

 

Walmir Rosário

De forma bastante singela, acredito que o ato de viver pode ser comparado a assumir a direção de um veículo. Ter foco no presente do caminho que lhe rodeia, olhando, sempre, pelo retrovisor o passado, e analisando as possibilidades do futuro, do que possa vir pela frente. São através das histórias do passado que poderemos entender mais sobre nós mesmos, para que possamos encarar o futuro sem qualquer receio.

Dito isso, passo a narrar, com alegria, um “achado” importante da minha infância, vivida no bairro da Conceição em Itabuna. Essa descoberta é um memorial de autoria das professoras Edith Oliveira de Santana e Jiunice Oliveira de Santana e do engenheiro agrônomo e pesquisador aposentado da Ceplac Sandoval Oliveira de Santana, que conta grande parte da história do bairro, em textos e fotos.

O trabalho, que leva o nome Bairro da Conceição e os Primórdios, foi elaborado para homenagear o cinquentenário da implantação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (8-12-1958 a 8-12-2008), com informações antecedentes ao ano de 1958. Todo o trabalho foi realizado por meio de consultas aos moradores descendentes dos desbravadores, com registros dos personagens.

E os três autores tinham motivos pra lá de especiais para elaborar o memorial, haja vista que eram filhos de Marinheiro e dona Janu (Antônio Joaquim de Santana e Joana Oliveira de Santana), casal que ostenta o título de quarto morador do bairro e o primeiro da rua Bela Vista. Os 13 filhos (uma adotiva) do casal se criaram no hoje bairro da Conceição, local que ainda residem filhos, netos e bisnetos.

Marinheiro, sergipano do distrito de Outeiro, município de Maruim, era um homem conhecedor do mundo, sempre a bordo dos navios da Marinha de Guerra Brasil e participou ativamente da “Revolta da Chibata”. Pretendendo mudar de vida, aporta em Ilhéus e vai trabalhar nas roças de cacau, tornando-se, posteriormente, administrador de fazendas e especialista no plantio e manutenção de cacaueiros.

Em 1932, Marinheiro muda-se para Itabuna em busca de escola para seus seis filhos, construindo uma casa na recém-criada Abissínia (bairro da Conceição), que se tornara promissora com a construção da ponte Góes Calmon, sobre o rio Cachoeira e a estrada para Macuco (hoje Buerarema). Conhecedor do mundo, Marinheiro participava da política local com ideias inovadoras para as campanhas políticas e a administração municipal.

Formalmente, o Conceição é o segundo bairro criado, embora em sua área, a Marimbeta, ostente a primazia de abrigar a primeira casa construída de Itabuna, na roça de Félix Severino do Amor Divino, um dos fundadores de Itabuna. E o memorial descreve que morar ali na década de 1930 era uma demonstração de coragem e trabalho, por ser um local de vegetação densa e contar com muitos animais silvestres.

Àquela época as casas eram feitas de taipas, adobes (crus ou queimados), telhados de palmeiras e poucos de telhas, que já serviam para se defender as intempéries, das onças e outros animais selvagens, muitos destes transformados em misturas na alimentação. Naqueles tempos bicudos, para matar a sede os moradores recorriam aos leitos dos ribeirões e à noite utilizavam fifós e placas, alimentados com querosene.

Para cozinhar bastava cortar a madeira na mata, tocar fogo e colocar as panelas de barro. Os mais abastados possuíam fogões a lenha, geralmente fora de casa. Nas panelas, feijão, carnes de caça, peixes do rio Cachoeira em abundância e muitas frutas na sobremesa. As vestimentas para os marmanjos eram calça curta, depois comprida, camisas com botões e cuecas samba canção; a depender da condição financeira, ternos de linho ou gabardine. As mulheres: vestido, saia, blusa, capote, combinação, anágua e calçola.

Aos poucos, o arruamento foi tomando forma urbana devido a crescente construção de casas, apareceram as primeiras vendas (mercearias) e padarias, melhorando as condições de vida da população. Mesmo assim, o “bairro” começou a ser chamado pejorativamente de Aldeia, e mais pra frente de Abissínia, devido a algumas mortes decorrentes de briga, injustamente comparada com a guerra no país africano.

No final da década de 1940, mesmo um aglomerado urbano de condições inóspitas, o bairro da Conceição possuía uma economia próspera, ganhando destaque nos anos 1950, quando começou a se consolidar. Nesse período, com as secas em Sergipe, os moradores de Itabuna convidavam os parentes para morar no “eldorado do cacau”, época em que o bairro da Conceição recebeu uma grande leva de migrantes.

Se em 1° de março de 1928 o bairro ganha a ponte Góes Calmon como primeiro vetor de crescimento, em 1955 veio o segundo com a construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em 08 de dezembro de 1958, quando a velha capela de madeira deu lugar a uma grande matriz. Neste mesmo período a fé dos moradores era atendida pelas igrejas Assembleia de Deus, Batista Teosópolis e Cristã do Brasil.

Construída pela batuta dos frades capuchinhos Isaías e Justo (italianos) e Apolônio (brasileiro/pernambucano), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição marcou, decisivamente, o desenvolvimento do bairro. Enquanto a obra ia sendo tocada, a prefeitura passou a urbanizar o bairro, com a abertura e rebaixamento de ruas, a praça em frente a igreja e a canalização de água em algumas ruas.

Daquela época aos dias de hoje, o bairro passou por várias etapas de crescimento e desenvolvimento, com boas escolas públicas e privadas; na área de lazer e esportes – clube social, times de futebol, a sede do Itabuna Esporte Clube, bares e restaurantes, supermercados, dentre outros equipamentos urbanos. Mais que isso, sua gente se destaca na sociedade nas mais diversas áreas literária, artística, esportiva e profissional.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

ACM, João Xavier e Geraldo na crônica de Walmir Rosário
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No planejamento dos visitantes, a audiência também seria uma espécie de aval para a liberação de recursos federais para Itabuna, haja vista a influência de ACM junto aos sucessivos governos federais.

 

Walmir Rosário

O ano é 1993. Os personagens, João Xavier, Geraldo Simões e o todo-poderoso governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (ACM). O palco era o prédio da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, onde os prefeitos e vereadores eram recebidos e apresentavam as reivindicações para suas cidades. Conforme o interesse, eram encaminhados com os famosos memorandos, ou recebiam o clássico “não”.

Eleito no embalo do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello e na briga travada pelos candidatos a prefeito de Itabuna José Oduque Teixeira e Ubaldo Dantas, a “zebra” Geraldo Simões resolveu ir ao governador da Bahia para reivindicar obras para Itabuna. E junto levou seu vice-prefeito João Xavier, então no Partido Socialista Brasileiro (PSB), tido como um político conciliador.

Essa atitude, pensada e repensada pelos marqueteiros da Prefeitura, daria ao então prefeito Geraldo Simões o status de estadista, ao procurar o governador – seu mais terrível adversário político – de forma institucional. Audiência marcada, chegam à governadoria o prefeito Geraldo Simões e o vice João Xavier, ainda desconfiados do que poderia acontecer, a depender do humor de ACM.

Conforme o protocolo, o encontro iniciou um pouco tenso, mas, com a devida troca de amabilidades, eis que chegam ao assunto que interessava e pelo qual solicitaram a audiência: a apresentação da lista de reivindicações para Itabuna. Não era pequena, pois Geraldo Simões pretendia mostrar serviço aos eleitores, com grandes projetos a serem realizados em toda a cidade.

O encontro com ACM, na visão de Geraldo Simões e João Xavier, valeria pelos recursos que poderiam ser investidos em obras e serviços pelo Governo do Estado, sobretudo na área de infraestrutura e serviços. Para quebrar o gelo inicial, ressaltam os laços de amizade que une ACM a Itabuna, terra em que nasceu sua esposa (dona Arlete), descendente de importante família.

No planejamento dos visitantes, a audiência também seria uma espécie de aval para a liberação de recursos federais para Itabuna, haja vista a influência de ACM junto aos sucessivos governos federais. Espertos, dariam, ao mesmo tempo, uma batida no cravo e outra na ferradura. O terreno já estava preparado com os grandes contratos celebrados entre o governo petista e o jornal Correio da Bahia, sem o conhecimento de ACM.

Conforme iam anunciando cada uma das reivindicações, faziam um detalhamento do projeto e explicavam a importância para o crescimento de Itabuna, que estaria pronta para retomar o seu desenvolvimento. Analisando as demandas, o governador tecia considerações, descartava algumas por falta de recursos, outras dizia ser competência da União e, as que aprovava, escrevia um memorando destinado aos secretários cabíveis.

Com as conversas em bom tom, Geraldo e Xavier pedem a ACM a união de forças democráticas em benefício de Itabuna, que pela primeira vez teria um governo participativo, em que as obras e serviços seriam escolhidos após ouvir a sociedade. Nesse momento pedem o apoio do governador para carrear os recursos do governo federal, no tocante às obras já mencionadas e outras futuras.

Após analisar os pedidos, ACM perguntou quais as prioridades e foi dizendo o que poderia fazer de pronto e quais encontraria dificuldades, por falta de recursos estaduais ou federais para tanto. Foi aí que o vice-prefeito João Xavier começou a nomear como urgente e urgentíssima a conclusão da construção do estádio Luiz Viana Filho, até hoje incompleto e que continuaria prejudicando o esporte itabunense.

Para completar, João Xavier falou das dificuldades por que passava o Itabuna Esporte Clube, que já alcançou o vice-campeonato baiano de profissionais e o campeonato baiano de juvenis, e que agora estaria com muitas dificuldades. Para tanto, precisaria de mais apoio ao time e o complemento do estádio Luiz Viana Filho (Luizão), também conhecido como o Gigante do Itabunão.

Foi aí que ACM não se conteve e disse, em tom de gozação:

– Ô Xavier, se nem time você tem, pra que essa urgência na construção do estádio. Vamos deixar isso de lado e construir outras coisas… – ponderou o governador.

Após o susto, ACM brincou com os dois e não se falou mais no “Luizão”.

Walmir Rosário é jornalista, radialista e advogado.

Fernando Riela era craque dentro e fora do campo
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Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Nesta quarta-feira (22) o esporte fica de luto e os desportistas perdem um ídolo: Fernando Riela, o maior ponta-esquerda do futebol de Itabuna, que há muito vinha driblando as complicações cardíacas. De repente, por uma leve distração ou pelos efeitos sobrenaturais do futebol, Fernando Riela não conseguiu chegar ao fim da linha esquerda com a bola nos pés e cruzar para o gol, como fazia no velho campo da Desportiva.

Perdeu a bola para o adversário – seu próprio coração – e tomou um gol de contra-ataque nesta madrugada. Infelizmente, perdeu o jogo, não o do seu Fluminense ou da gloriosa Seleção Amadora de Itabuna e no Itabuna Esporte Clube, mas da vida, para a tristeza de familiares, amigos, admiradores. É sempre assim, nem sempre conseguimos ganhar todas as partidas, às vezes empatamos, outras perdemos.

E Fernando Riela estava acostumado com os altos e baixos do futebol, onde muitas vezes dominava o jogo inteiro, estraçalhava o adversário, aplicava-lhe dribles infernais e não conseguia a chegar ao gol. Na vida também é assim. Passamos boa parte de nossa existência numa boa, ganhando todas, e lá pela frente nos alcança o cansaço, próprio dos anos vividos. Bem ou mal vividos, tanto faz.

O que importa é completar o ciclo por cima, amparado pelo que fizemos de bom, o que deixaremos como exemplo para a sociedade que nos cerca. É o chamado legado, no caso de Fernando Riela, bem positivo. É certo que ninguém está livre de tomar uma bola “pelas costas” num cochilo qualquer, mas logo retomada com maestria e finalizada com um gol magistral.

Mas o tempo não perdoa. A cada minuto o árbitro da partida está de olho no relógio, preocupado com os 45 minutos do segundo tempo, impedindo qualquer avanço para a linha de fundo. Às vezes, até dá pra cruzar a bola, que nem sempre chega à cabeça do centroavante e ir ao fundo da rede e partirmos para comemorar mais um tento na nossa vida, o que equivale ao “por pouco não chegamos lá”.

Você deve lembrar com saudade, Fernando, de quando recebia a bola e partia para a linha lateral cercado de zagueiros, controlando a bola coladinha no pé esquerdo e passando – de passagem – por todos eles? Claro, como poderia esquecer essa jogada, que terminava com um lançamento para a pequena área e gol. Como esquecer a galera inteira do campo da Desportiva aclamando mais um gol! Impossível esquecer!

Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

Se separados eram bons, imaginem juntos na invencível Seleção Amadora de Itabuna, que chegou ao octacampeonato. Uma emoção e tanto para os torcedores, imaginem para os outros tantos craques que atuavam juntos. Como ouvi algumas vezes de outro craque dessa época, o meu amigo Bel (Abelardo Moreira), era fácil jogar com tanta inteligência e ginga junto, tudo ficava mais fácil.

Mas Fernando Riela não foi somente um jogador de futebol, melhor, o jogador de futebol, ou como o definiu o também jogador Maurício Duarte, com passagens por grandes clubes brasileiros: Fernando Riela foi o Garrincha pela ponta-esquerda. Fora dos gramados, era um amigo leal, um pai de família exemplar, um empresário, um cidadão sempre disposto a participar dos eventos do bem.

Dos quatro, dois estão entre nós, Carlos e Lua. Leto, e agora Fernando já nos deixaram por terem sido escalados por Deus para a seleção do Céu, onde jogam ao lado de tantos colegas. Lembram de Tombinho, Santinho, Léo Briglia, Jonga Preto, Luiz Carlos, Humberto, Danielzão, Valdemir Chicão, Neném, Santinho, Humberto Cézar, Zequinha Carmo, Amilton e tantos outros, animados pela charanga de Moncorvo.

Fernando Riela jogou em Itabuna, mas pelo futebol que jogava poderia ter atuado no time que quisesse e somente não estreou no Vasco da Gama para atender a um pedido do seu pai, seu Astor, que não abria mão de não ver seu filho jogando naquele Fla-Flu grapiúna. Atendendo ao pedido paterno, deixou o Rio de Janeiro, viajou para Itabuna e jogou no clássico. Estraçalhou o Flamengo, embora tenha perdido o jogo no segundo tempo.

O tempo que não para, não perdoa quando é chegada a hora, como não parou agora.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Não sei como surgiu a homenagem aos goleiros, comemorada em todo o mundo no dia 26 de abril. Goleiro é uma das posições que não admitem falha, pois no futebol é o gol quem “manda” e quem marca mais ganha o jogo, o turno, o campeonato. Goleiros bons já tivemos à mancheia, embora os milhões de comentaristas brasileiros sempre disseram que eles não sabiam sair das quatro linhas como os europeus.

Na seleção canarinho sempre foi motivo de amor e ódio. Que o diga o goleiro da Copa de 50, Barbosa, que tomou os dois gols do “Maracanaço”, marcado para sempre e morreu com esse desgosto. Dizem até que o lugar do goleiro – embaixo dos três paus – é tão amaldiçoado que não nasce grama. As diferenças entre o goleiro e os atacantes são abissais e ninguém enfarta caso um atacante perca um gol, mas morre se o goleiro toma.

Marcadas as diferenças, alguns goleiros sabem se impor e conseguem fazer história nos times por que passam – com raríssimas exceções – e na Seleção Brasileira, outros não conseguem essa proeza. Guarda-redes, goalkeeper, arqueiro ou simplesmente goleiro é aquele que consegue fazer voos sensacionais para tirar, com a ponta dos dedos, a bola da direção do gol, se jogar nos pés do atacante, calcular o lado certo da batida da falta ou do pênalti.

Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro e perde a admiração da torcida e a confiança do treinador e dos cartolas do clube, mesmo sendo o petardo disparado pelo adversário indefensável.

Neste domingo (26), Dia do Goleiro, fiz questão de homenagear o arqueiro Manga, que sabia se colocar em frente da trave como ninguém. No Botafogo foi Campeão Carioca em 1961, 1962, 1967 e 1968, Taça Brasil de 1968, Rio-São Paulo de 1962, 1964, 1966. Já que falei de estatística, pelo Botafogo jogou 442 partidas e sofreu 394 gols. Também jogou 12 partidas pela Seleção Brasileira.

Manga em ação defendendo o Botafogo (RJ)

Pelo Botafogo passaram grandes goleiros, com os quais me identifiquei bastante, mas Manga sempre foi especial pela sua presença e firmeza na pequena área e impunha respeito ao abrir “as asas” e deixar o atacante perdido, sem saber o que fazer. Melhor, ainda, quando o próximo jogo era contra o Flamengo e ele não perdia a esportiva ao dizer que tinha recebido o “bicho” pela vitória antes mesmo do jogo.

Já Maurício Duarte, ex-jogador profissional de grandes equipes brasileiras (Botafogo, inclusive), radialista, comentarista de futebol, amigo de excelente caráter, homenageou o goleiro Laércio, do Itabuna. E a homenagem foi prestada em tempo certo a uma pessoa que não mais se encontra entre nós e fez história no Itabuna Esporte Clube e em Itabuna, chegando a ser o xodó da torcida pelas grandes atuações dentro e fora do campo.

Itabuna sempre foi pródiga em bons goleiros desde os tempos do futebol amador – Fluminense, Flamengo, Grêmio, Janízaros, Bahia, Itabuna, Corinthians e Botafogo, este com um fato inusitado: o goleiro Danielzão mais tarde trocou de posição e passou a jogar como centroavante. Esses mesmos goleiros dos clubes defenderam com mãos de ferro a Seleção de Itabuna, vencedora do Intermunicipal por oito anos seguidos: Octacampeã.

Desfilaram em baixo dos três paus da seleção itabunense os goleiros Carlito, Asclepíades, Ivanildo, Plínio, Luiz Carlos, Betinho, dentre outros, que escreveram seus nomes da história do futebol itabunense. Goleiros que defendiam bolas impossíveis e se atiravam nelas como um esfomeado em busca de um prato de comida, para não deixar de citar a rica e bela gíria futebolística, além dos altamente técnicos.

É uma justa homenagem a um profissional – antes amador – que destoa dos colegas de equipe desde pequeno, por ser raro os que têm o sonho de ser goleiro e lutam para isso nos babas e escolinhas de futebol. Não raro, os goleiros são descobertos por serem aqueles que não têm talento para jogar na zaga, meio do campo e ataque e são escalados nos babas como goleiro, posição pouco disputada nos campinhos.

Por isso e tudo isso, minhas homenagens aos goleiros do Brasil e do mundo. Vai que é sua, Tafarel!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Walmir Rosário

 

Perdemos nós as suas ideias – extravagantes, para alguns pobres de espírito – e que nos faz falta pela alegria contagiante. Hoje, em seu aniversário, será tudo diferente do que ele faria: não teremos bolo, não teremos champagne, nem cantaremos parabéns.

 

Hoje, 31 de janeiro, comemoramos o aniversário de Carlos Henrique Brito do Espírito Santo, o fenomenal Charles Henri, itabunense que conquistou o Brasil com sua irreverência e modo de viver. Na minha humilde concepção, morre o homem mas fica a fama (melhor seria conceito), daí considerar a data como dia de comemoração. Fui alertado pelo Facebook, apontando, que se vivo estivesse, completaria hoje 72 anos.

Confesso que não sou bom (péssimo, aliás) para lembrar os aniversários dos amigos e familiares, o que considero de minha parte uma falta de educação ou reciprocidade com pessoas da minha estima. Muito sabem disso e nem por isso nossa amizade fica estremecida. Em nome dessa legião cito como um bom exemplo o amigo Rui Carvalho, sempre o primeiro a me felicitar, embora a recíproca não seja verdadeira. Deixa pra lá.

Charles Henri continua merecendo todas as honras no dia do seu aniversário e fora dele pelo que representou para o jornalismo itabunense e regional. Além de mudar o vocabulário que nem todos os leitores de jornais entendiam, viveu com intensidade a vida social(?), promovendo festas monumentais com todos requintes dos grandes centros do Brasil e do mundo.

Mas falar de Charles Henri referindo-se apenas às festas que promovia é uma atitude mesquinha e que não condiz com a grandeza de suas atitudes quando o assunto era a sociedade. Não me prendo à alta sociedade comumente compreendida pelos frequentadores assíduos das colunas sociais escritas por Charles e tantos outros que se dedicaram a este segmento do jornalismo.

Destaco o Charles Henri destemido que assumiu o Itabuna Esporte Clube após ter sido abandonado pelos cartolas devido aos altos investimentos que nem sempre alcançavam os resultados pretendidos. Mostrou ser possível formar uma grande equipe investindo dedicação, unindo forças antagônicas em torno de um ideal. Com a mesma determinação que solicitava recursos aos cacauicultores, reivindicava a construção do estádio.

Quando dado como “morto” o Sindicato de Jornalistas do Sul da Bahia, Charles Henri partiu para mais uma ressurreição e se lançou candidato à presidência da entidade, vencendo mais uma peleja. Suas empreitadas não tinham limite e sempre foram vencedoras por atuar com foco e denodo, conseguindo reunir pessoas diversas num mesmo ideal.

Com a mesma dedicação que organizava um evento para uma autoridade pública, para uma pessoa de posses (financeira), com todo o requinte promovia um encontro com amigos despossuídos. Muito comum receber dele o convite para participar de um almoço, jantar, enfim, qualquer evento para homenagear uma pessoa de sua (nossa) convivência dentro dos padrões do custo 0800.

Charles Henri desfilando no carnaval do Rio de Janeiro pela Escola Beija-Flor

Charles Henri vivia, de forma macro, a sociedade 24 horas por dia. Com o mesmo destaque desfilavam por suas colunas pessoas poderosas, bem como as desconhecidas do high society. Viveu todo o luxo e riqueza da época áurea do cacau, acudiu instituições no período do debacle (vacas magras), atravessou com galhardia o período de recuperação econômica com o mesmo fôlego e galhardia em que desfilava como um dos principais destaques da Escola de Samba Beija-Flor no carnaval carioca.

Em novembro de 2018 Charles Henri muda de projeto, nos deixa neste mundo e parte para o além ou qualquer lugar neste universo. Perdemos nós as suas ideias – extravagantes, para alguns pobres de espírito – e que nos faz falta pela alegria contagiante. Hoje, em seu aniversário, será tudo diferente do que ele faria: não teremos bolo, não teremos champagne, nem cantaremos parabéns.

Nos basta a lembrança desta magnífica figura humana.

Walmir Rosário é jornalista, radialista e advogado, além de editor do Cia da Notícia.

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Wesley Moraes é contratado pelo Aston Villa e disputará Premier League || Foto Divulgação

Revelado pelo Itabuna Esporte Clube, o jogador Wesley Moraes será o novo reforço do Aston Villa, da Inglaterra, na temporada 2019-2020. Ele foi contratado pelo time inglês por 25 milhões de euros (R$ 108,5 milhões na cotação de hoje), noticiam BBC e Extra, e deverá disputar a Premier League, a primeira divisão do Campeonato Inglês. Chegará ao Aston Villa como a maior transação da equipe europeia.

Wesley Moraes deixou o país, antes de se tornar profissional, ao ser vendido ao Atlético de Madrid, da Espanha. Acabou emprestado a um time da Eslováquia e alcançou fama internacional, já em 2018, no futebol belga, atuando pelo Club Brugge. No time da Bélgica, Wesley atuou em 130 partidas e marcou 38 gols, papando dois títulos da Liga Belga.

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Morre o ex-goleiro Luiz Carlos, do Itabuna e da Seleção
Ex-goleiro do Itabuna Esporte Clube e da Seleção de Itabuna, o bancário aposentado Luiz Carlos Franco, de 77 anos, faleceu na tarde desta segunda-feira (24), vítima de problemas cardíacos. Luiz Carlos deixa esposa e três filhos, sendo o mais conhecido o advogado Roney Franco.
Além de defender a Seleção de Itabuna e o Itabuna Esporte Clube, um dos maiores goleiros da história do futebol gostaria também trabalhou no extinto Baneb. “Foi, sem dúvida, um dos melhores atletas profissionais que a terra do cacau já produziu”, rememora o jornalista e radialista Ederivaldo Benedito.
VELÓRIO
O corpo de Luiz Carlos está sendo velado no SAF, na Juca Leão, ao lado do Grapiúna Tênis Clube, em Itabuna. Segundo a família, o corpo do ex-jogador será cremado em Salvador.

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“Luxa” à frente de um combinado com Leo Moura e Val Baiano e as cores do Fla || Foto Zenilton Meira

Heribaldo Menezes Santos, Badu, fez sucesso nos gramados da Bahia defendendo o Itabuna Esporte Clube. Depois de atuar como jogador de futebol, passou a treinador das categorias de base. Por vestir ternos, ganhou o apelido de Luxemburgo do Cacau, à semelhança do outro Luxemburgo, o Vanderlei “Professô”. Saiu na mídia nacional, até.
Por estes dias, Luxa do Cacau deu entrevista para a equipe esportiva da Fox (Paulo Resende, Paulão da Galera, preparou o material e enviou para o canal de esportes).
Na entrevista, Luxa explicou porque não assinou contrato para substituir Paulo César Carpegiani no comando do Flamengo. A pedida foi alta: R$ 1,8 milhão. Ele até assume que é um treinador caro.
Não se pode rir muito. Luxa do Cacau já esteve quase lá. Em 2010, ele comandou um misto que tinha nomes do Flamengo no elenco. Foi em Jequié, no sudoeste baiano (relembre aqui).
Diante da pedida, o clube rubro-negro pulou fora. Confira trecho da entrevista à Fox.

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Itabunense Sandry Roberto é convocado pela Seleção Brasileira Sub-15.
Itabunense Sandry Roberto é convocado pela Seleção Brasileira Sub-15.
Professor Vladistone comemora convocação.
Vladistone comemora convocação.

O jogador itabunense Sandry Roberto foi convocado pela CBF para a Seleção Brasileira Sub-15, que vai disputar competições internacionais, a exemplo do Sul-Americano Sub-15 de 2017. É a primeira convocação do atleta, que é filho do ex-jogador do Itabuna Esporte Clube, também volante, Nenenzinho, e de Adriana Gonçalves, ex-atleta de futsal.

Sandry começou a dar seus primeiros passes e gols na escolinha de futsal do Colégio CISO, aos 8 anos, participando de competições escolares e da Liga Futsal de Itabuna, com o professor Vladistone Menezes.

De lá, seguiu para a Academia de Futebol da AABB, aos 9 anos, onde começou a mostrar sua habilidade, nas competições de base da cidade e copas regionais. Foi descoberto pelo Santos FC (São Paulo) aos 11 anos, para onde viajou junto, com seus pais e irmã. Aprovado, passou a integrar as categorias de base do clube e conquistou os títulos de campeão paulista Sub-11 e Sub-13 e campeão da Copa Zico Sub-15.

Sandry já fez 50 partidas pelo Santos no Campeonato Paulista desde 2014 e só tomou um cartão amarelo, mesmo jogando na frente da zaga. “É um jogador de grande potencial, com boa formação familiar e que tem um belo futuro pela frente”, comemora o professor Vladistone em entrevista ao Blog do Thame.

Confira a lista de convocados

GOLEIROS
Cristian – Atlético Mineiro
Gabriel Pereira – Grêmio
Gabriel Lima – Sport

ZAGUEIROS
Alysson – Cruzeiro
Pedro Lucas – Sport
Félix – Internacional
Henri – Palmeiras

LATERAIS
Yago – Grêmio
Gustavo – Palmeiras
Riquelme – Vasco da Gama
Eduardo – Vitória

MEIAS
Daniel – Flamengo
Sandry – Santos
Diego – Vitória
Giovanni – Santos
Reinier – Flamengo
Gabriel Vieira – Palmeiras

ATACANTES
David Henrique – Corinthians
Kaká – Fluminense
Alejandro – Cruzeiro
Mateus – Sport
Vinicius – Palmeiras
David Rodrigues – Santos

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walmirWalmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

Adervan lutou pela transformação da Fespi em Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) se empenhou na criação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Mas nada disso se compara como o carinho com que recebia jovens estudantes que frequentemente visitavam o Agora.

Em 3 de março próximo José Adervan completaria 75 anos de existência, 66 deles vividos em Itabuna – sem levar em conta o período que passou em Salvador e Alagoinhas. A intenção dos amigos e família era elaborar uma edição especial do Jornal Agora para homenageá-lo, mas como ainda não conseguiram tornar a vida perene, nos deixou antes disso.

Lutou contra a enfermidade até não poder mais. E não poderia ser diferente para quem passou toda a vida superando obstáculos, sempre com a naturalidade que lhe era peculiar. Se as coisas estavam difíceis, aí era que ele apostava num salto mais alto. Contava que aprendeu isso com sua mãe, obstinada, como toda sergipana, em tornar vencer as dificuldades.

E Adervan, o mais baiano – grapiúna – dos sergipanos, costumava lembrar do dia em que chegou a Itabuna, numa data qualquer de 1951, em cima de um “pau-de-arara”, fugindo da terrível seca. Aos nove anos, o menino se deslumbrou quando o caminhão parou no terreno baldio onde hoje é o Fórum Ruy Barbosa, e resolveu fazer um reconhecimento daquela que seria a cidade do seu coração.

Mais do que sergipano de Boquim, passou a ser itabunense e cidadão da região cacaueira, título dado e passado pela população do Sul da Bahia, como reconhecimento dos seus feitos. Era um obstinado pelo desenvolvimento regional e travou uma luta constante na defesa da nossa economia, pelo cumprimento das promessas dos políticos, e pela garantia básica de direitos assegurados em nossa Constituição, como educação, saúde e cidadania.

É bom que se diga que esse estofo não nasceu do Jornal Agora, bastião da defesa regional, criado por Adervan e Ramiro Aquino, uma instituição que teima em desafiar a história, sobrevivendo por longos 35 anos. Não pensem que foi o Jornal Agora quem fez Adervan. Foi exatamente o contrário e desde os tempos de Alagoinhas que ele já se dedicava à imprensa, editando uma revista.

Dos tempos menino, quando começou a respirar o cheiro das tintas nas gráficas, ainda com tipos frios, passou pelo chumbo quente dos linotipos até as impressoras planas e a composição digital. Durante esse período, dividiu seu tempo com a política, a começar pela estudantil, elegendo-se presidente da então toda poderosa União dos Estudantes Secundaristas de Itabuna (Uesi). Leia Mais

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Allah GóesAllah Góes | allah.goes@hotmail.com

Na Ponta da Tulha, Léo era sinônimo de alegria e descontração, fundador do Bloco As Leoninas (onde ele, para variar, saía fantasiado de biquíni).

E ele se foi! Claro que com tristeza para os que ficam, mas uma tristeza diferente, com um misto que vai além da saudade e da dor, pois, para nós que ficamos, existe também a satisfação de saber que ele cumpriu o seu dever. O dever de ter entretido, surpreendido e alegrado a vida de milhares de pessoas.

Também, depois de ter vivido uma vida intensa, ter sido o responsável por dar tanta alegria para tanta gente, ter sido o mais importante artista grapiúna do mais popular esporte brasileiro, partiu para continuar sua trajetória de alegria, boemia e diversão… Só que agora em outro plano, o grande “boleiro”, Emanoel Briglia, o “Seu Léo”.

Boêmio, namorador, amigueiro, acessível, contador de estórias e excelente jogador de bola, este foi Léo Briglia, que apesar de filho de “coronel do cacau”, não queria ser “doutor”, como o foram seus outros irmãos. Quis mesmo foi ser jogador de futebol, “peladeiro”, e com o sucesso alcançado na antiga Capital Federal, inspirou o surgimento daquela geração de Itabunenses que, nos anos 60, foi hexacampeã baiana de futebol.

Podem até me tachar de exagerado, mas, como fã incondicional, não poderia pensar de outra forma, pois acredito que se não fosse “Seu Léo”, e o destaque que teve, tanto como artilheiro do campeonato brasileiro como por conta dos diversos títulos conquistados, muito provavelmente não teríamos hoje o nosso Estádio, e o nosso querido Itabuna Esporte Clube, pois foi por conta do mito do “jogador campeão e irreverente” que surgiu a inspiração para a profissionalização de nosso futebol.

Mas a trajetória de vida de “Seu Léo”, não se resume apenas a ter inspirado o surgimento de nossos “craques”, ter sido diversas vezes campeão carioca, campeão brasileiro e ter jogado pela seleção brasileira (tendo sido cortado daquele time que foi campeão do mundo em 1958 pelo infortúnio de estar com “dentes careados”). O legado de Léo reside na forma simples, acessível e carismática com que sempre tratava a todos e a maneira leve com que encarava a vida.

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O secretário de Esporte e Recreação de Itabuna Evans Maxwel, afirmou, há pouco, ao PIMENTA que os laudos que permitem ao Estádio Luiz Viana Filho (Itabunão) receber os jogos da Série B do Baiano de Futebol já foram enviados (confira nota abaixo).

Segundo Maxwel, a carta registrada com os laudos de Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e de Engenharia foi enviada nesta tarde de quarta (11). “Conversamos ontem com o presidente Ednaldo Rodigues (da Federação Bahiana de Futebol) garantindo o envio hoje”, disse o secretário.

Os laudos estão entre as exigências para que o Itabunão sedie os jogos de Grapiúna Atlético Clube e Itabuna Esporte Clube na Segundona. A competição começa em 19 de abril.

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O Dia Internacional da Mulher em Itabuna terá várias atividades alusivas à data, a exemplo do Festival Feminino de Capoeira, a partir das 8h30min, na sede do Itabuna Esporte Clube, no Conceição. Pelo menos 150 capoeiristas femininas devem participar do evento.

O festival reunirá, segundo a organizadora e jornalista Karen Póvoas, mulheres de Ilhéus, Uruçuca, Una, Feira de Santana e Salvador, além de representantes da cidade anfitriã.

“A proposta é oferecer às mulheres capoeiristas da região e também à comunidade um dia de integração. Com capoeira, roda, festival de música, campeonato de movimento de solo e samba de roda para confraternizar”.

A entrada para assistir ao evento é gratuita. Esta é a quarta edição do encontro que reúne mulheres capoeiristas. O festival é feminino, mas homem também participa. “Afinal se lutamos tanto por inclusão social por que excluí-los?”, questiona.