CARLINHOS CARDOSO FILIA-SE AO PC DO B

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O bancário e ex-presidente do Iapsemi, Carlinhos Cardoso, filia-se ao PCdoB nesta manhã (15), no auditório do Sindicato dos Bancários de Itabuna. Ex-petista e ex-pedetista, Cardoso tentará, pela quarta vez, uma vaga na Câmara de Vereadores. O bancário é um dos reforços do PC do B para a disputa por vagas no legislativo.
Outro nome já confirmado é “Clovis da Mangabinha”, liderança que esteve para integrar o grupo do prefeito Capitão Azevedo (DEM). Clovis fez opção pelos cururus até como forma de retribuir o apoio maciço na disputa pela associação de moradores do bairro.

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Valéria Ettinger | lelaettinger@hotmail.com
 

O caminho ao pleno desenvolvimento humano através da educação segue caminho inverso de uma educação conteudista, voltada para os índices.

 
Estava lendo o artigo de Thomaz Wood Jr. na revista Carta Capital que relata dois casos que não encontro um adjetivo para classificá-los.
Primeiro retrata o caso de uma mãe na Indonésia que denunciou à mídia local que “seu filho, durante um exame nacional, fora forçado por seus próprios professores a passar suas respostas para colegas menos capazes”. Essa mãe fez a denúncia porque a escola não aceitou a sua reclamação. Após a divulgação da mídia os professores justificaram seu comportamento com base nas pressões que as escolas sofrem para conseguir bons resultados nos exames nacionais para obter recursos do governo.
Do outro lado do planeta, na cidade de Atlanta nos EUA, foi descoberto que professores forneciam as respostas aos estudantes e permitiam que alunos com baixo desempenho escolar copiassem dos colegas mais capazes e até preenchiam eles mesmos as folhas de respostas. Isso tudo ocorreu para a obtenção de premiações e recursos governamentais relacionados a resultados excepcionais alcançados pelos estudantes.
Esse quadro não é diferente no Brasil, pois considera-se uma boa educação aquela que mais aprova em exames nacionais e concursos públicos, resultando, a meu ver, uma educação mecanicista voltada aos resultados.
Esse modelo de educação poderá, até, promover uma seleção das melhores instituições de ensino, mas jamais poderá promover o pleno desenvolvimento da pessoa, o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, como diz a Constituição Federal de 1988 em seu art. 205.
O caminho ao pleno desenvolvimento humano através da educação segue caminho inverso de uma educação conteudista, voltada para os índices, pois nesse modelo de educação o estudante é um mero reprodutor de uma linguagem já sedimentada, de um conteúdo já construído e de uma orientação apenas aos resultados e não prepara o homem conforme suas habilidades e competências.
Como desenvolver um homem se ele não é tratado de forma singular sendo um ser diferente? Como desenvolver um homem se a educação não produz autonomia? Como desenvolver um homem se o conhecimento é apenas um meio para a obtenção de uma carreira ou de um salário?
Nesse modelo de educação o homem não é o objeto principal, mas é o meio para a obtenção de resultados. Esse modelo de educação gera uma padronização de desempenho. Nesse modelo de educação não se valoriza as habilidades. Esse modelo de educação está criando uma sociedade de estressados e depressivos. E por fim, esse modelo de educação não produz a libertação como diz o prof. Paulo Freire, mas expõe o homem a um padrão de sucesso, que longe estará de ser o caminho ao seu pleno desenvolvimento.
Valéria Ettinger é professora universitária.

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De Lílian Machado (Tribuna):
Partido opositor ao projeto de reeleição do PT nas eleições de 2010, o Partido Socialista Cristão (PSC), que desde o início do ano ensaia um namoro com o governo Wagner poderá se render à aliança. Quando os movimentos de conversação já haviam cessado, eis que novos recados começaram a surgir e agora há sinais de que essa novela poderá ter um capítulo final. Ambos estão cientes das dificuldades, mas pretendem costurar o diálogo.
Até o momento, como não renderam as articulações com direção estadual do PSC, a conversa deve acontecer com a direção nacional. Em conversa com a reportagem da Tribuna, o secretário de Relações Institucionais, Cézar Lisboa, revelou que está pra ser agendada uma reunião entre o governo e a presidência nacional do partido. Segundo Lisboa, o governo não descarta ter o PSC na base.
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Moto invadiu a pista contrária (Foto Radar Notícias).

Dois acidentes violentos registrados neste final de semana causaram sete pessoas que residiam em Itabuna. O primeiro ocorreu no quilômetro oito do Semianel Rodoviário, às 22h30min do sábado (13), quando um Fiat Siena com sete pessoas bateu na cabeceira de uma ponte em frente ao condomínio Pedro Fontes, no São Roque, em Itabuna. Cinco pessoas morreram na hora e duas delas eram crianças (clique aqui para ler matéria completa).
Outro acidente aconteceu no trecho Buerarema-São José da Vitória da BR-101. Alexsandro Gama, conhecido como Alex Negão, 27, pilotava uma moto Honda Fan, placa NTQ-6632, que colidiu contra um ônibus da Rota Transportes ao perder o controle e invadir a pista contrária na Curva do Casemiro.
Alex morreu na hora, assim como Katimile da Cruz Santos, 20, que viajava com ele. O motociclista reside no Pedro Jerônimo e a carona, no bairro São Caetano.
Os relatos do motorista do ônibus e de amigos do casal morto revelam que o motociclista entrou na curva em alta velocidade, colidindo frontalmente com o veículo que fazia a linha Itabuna-Pau Brasil, apurou o Radar Notícias. O cobrador do ônibus fraturou uma das pernas na colisão e foi encaminhado para o Hospital de Base.

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Depois de amargar uma derrota em casa na segunda rodada do Intermunicipal 2011, a Seleção de Itabuna voltou a perder e distanciou-se ainda mais da liderança do Grupo 9. E a derrota por 1 a 0 foi justamente para a seleção a líder, Ibicaraí, no estádio Euclides Rosalino, casa do adversário.
Itabuna amarga a terceira posição do grupo 9, com 3 pontos, tendo à frente Itororó, com 4. Firmino Alves somou apenas 1 ponto até agora. Com nove pontos, Ibicaraí está entre as cinco seleções com 100% de aproveitamento na competição estadual após três rodadas. Confira abaixo todos os resultados deste domingo (14), que trouxe uma invicta, mas desafinada Ilhéus:
Mascote 0x1 São José da Vitória
Ilhéus 1×1 Camacan
Ibicaraí 1×0 Itabuna
Itororó 1×1 Firmino Alves
Gongogi 1×0 Itapitanga
Ubaitaba 2×1 Coaraci
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O que seria uma festa  para comemorar o Dia do Estudante acabou em tragédia no Grapiúna Tênis Clube nesta madrugada de domingo. A festa terminou com o saldo de duas pessoas baleadas. Uma delas levou cinco tiros quando deixava o clube, na rua Juca Leão. O atirador também estava no evento. Já na parte externa do Grapiúna, ele aproximou-se do alvo e efetuou os disparos na cabeça e no peito da vítima.

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O Bahia arrancou um empate heroico diante do Internacional, há pouco, no estádio de Pituaçu, após estar perdendo por  1 a 0 e ter o jogador Fabinho expulso aos 16 minutos do segundo tempo.
O Internacional abriu o placar numa bobeira do jogador Thiego, aos 41 minutos de jogo. O zagueiro do tricolor baiano foi enganado pelo quique da bola, após cobrança de tiro de meta por parte do Inter. Leandro Damião pegou a sobra e fuzilou Marcelo Lomba. 1 a 0.
O tricolor sofria com a expulsão de Fabinho, mas não entregava o jogo.  Aos 4min do segundo tempo, o time chegou pertinho do gol com Carlos Alberto, que recebeu dentro da grande área e chutou para bela defesa de Muriel.
O gol de empate nasceu numa cobrança de escanteio de Lulinha. Thiego, que entregou “ouro” no primeiro tempo, foi derrubado por Índio. Pênalti, seguido de expulsão do jogador do Internacional. Jobson converteu em bela cobrança, no cantinho direito de Muriel.
O resultado deixou o Bahia na 13ª colocação da Série A, com 19 pontos, e o Inter, na 7ª, com 23. O tricolor baiano volta a jogar na quinta (18) contra o Palmeiras. O time gaúcho pega o Botafogo na quarta.

Confira os dois gols:

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A pesquisadora Edna Dora Luz Newman, da Ceplac, receberá o prêmio Destaque de Fitopatologia 2011. A honraria será conferida durante o 44º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, que acontece nesta semana, na cidade de Bento Gonçalves (RS).
De acordo com os organizadores do congresso, a escolha de Edna Dora como destaque em 2011 se deve a sua “grande contribuição à fitopatologia durante toda a sua vida profissional”.
Edna Dora expressou satisfação pelo reconhecimento ao seu trabalho como pesquisadora e afirmou que a homenagem “é uma demonstração da qualidade da área de pesquisas da Ceplac, que tem contribuído significativamente para o fortalecimento da lavoura cacaueira e outras culturas”.

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Gustavo Felicíssimo | gfpoeta2@hotmail.com

Ser pai é delicioso e desafiante, é acordar de madrugada preocupado com o choro do filho, mas é também lhe oferecer o conforto.

Todo pai de primeira viagem descobre rapidamente o quanto seu novo papel é delicioso e desafiante. Delicioso porque voltamos ao mundo da fantasia e sonhamos com mais intensidade, ao mesmo tempo nos tornamos menos vulneráveis às provocações externas. Desafiante porque, com nossas experiências de filho, somos impelidos a superar nossos pais. Somos chamados a transcender nossos limites. É aí, talvez, que reside o motivo maior da paternidade.
Sempre estive literalmente infenso às datas comemorativas, como o natal, dia das crianças, dia das mães, e outras. Entretanto, às portas dos meus 40 anos, algo começou a mudar. Num momento em que já não alimentava qualquer aspiração à paternidade, ela me apanhou e me virou pelo avesso. Foi então que percebi o quanto ser pai é um exercício constante de generosidade, abdicação, tolerância, paciência. É, também, viver em estado permanente de transformação interior.
Ser pai é delicioso e desafiante, é acordar de madrugada preocupado com o choro do filho, mas é também lhe oferecer o conforto necessário dos nossos braços para que volte a dormir. É saber que o filho vai requerer para si todo o tempo que sua mãe tiver, e mesmo assim seremos completamente loucos por eles. Ser pai é trocar fraldas, limpar cocô, perder noites de sono. É chegar exausto ao final do dia e mesmo assim encontrar mais um pouquinho de energia para dedicar-se ao filho. Mas também é se emocionar com um sorriso, com os primeiros passos, primeiras palavras. Ser pai é comemorar o dentinho que está nascendo e ficar parecendo um tolo quando se ouve o primeiro… papai.
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Balsa construída com 2 mil garrafas-pet está ancorada próximo à Ilha do Jegue

Quem passa neste fim de semana pelas margens do Rio  Cachoeira, trecho da Ilha do Jegue, centro de Itabuna, é desafiado a se perguntar sobre o próprio comportamento com relação ao rio. Bem ao lado da ilha, em uma pequena balsa, há uma faixa com a indagação que cada pessoa deve fazer a si mesma (a que está no título desta nota).
A balsa foi construída com 2 mil garrafas-pet, recolhidas nos bairros Mangabinha, Jardim Primavera, Manoel Leão e na escola Curumim. A iniciativa do protesto é dos integrantes do projeto Memórias do Rio Cachoeira, que está produzindo um CD com 12 poemas de autores grapiúnas sobre o rio, musicados pela banda Manzuá.
Em tempo: hoje é celebrado o Dia de Combate à Poluição.

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Faleceu neste sábado, 13, em Itabuna, José Alves da Silva, o “Pintadinho Alfaiate”. Antigo músico do Bloco Casados I…Responsáveis, Pintadinho foi também membro da Filarmônica do Montepio dos Artistas de Itabuna, jogador de futebol e de sinuca. Era bastante conhecido em Itabuna e outras cidades sul-baianas, onde se tornou famoso como exímio percussionista.
Pintadinho tinha 83 anos e foi vítima de uma insuficiência respiratória. Ele deixa a esposa, Rosa, uma dezena de filhos, além de netos e bisnetos.

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Forte impacto destruiu a dianteira do Fiat Siena (Foto Pimenta)

Evanilda está internada no Hblem (Reprodução Pimenta).

Três das cinco pessoas mortas no acidente ocorrido às 22h30min deste sábado, no Semianel Rodoviário de Itabuna, foram identificadas pela polícia. As duas crianças eram Yhuhonan Cerqueira dos Santos, de 4 anos, e Beatriz Aparecida Almeida do Vale, 6, além de Raimunda de Jesus Cerqueira, 36.
As vítimas estavam no Fiat Siena, placas JOE-2158, que seguia sentido BR-101-BR415 quando invadiu a pista contrária e bateu na cabeceira da ponte do quilômetro 28 do Semianel Rodoviário, em frente a um condomínio do Minha Casa, Minha Vida.
As primeiras pessoas identificadas ainda no local foram o motorista Joel Almeida do Vale, dono da Joelmac, e Antônio Lima dos Santos. De acordo com o repórter Costa Filho, da Rádio Jornal, as vítimas estavam em um aniversário e voltavam para casa. O Fiat Siena estava superlotado.
Duas pessoas estão internadas em estado grave no Hospital de Base de Itabuna. Apenas Evanilda da Silva Oliveira, 22, esposa de Joel, foi identificada. A outra vítima é do sexo masculino e tem aproximadamente 35 anos.
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ITABUNA: ACIDENTE MATA 5 PESSOAS NO SEMIANEL RODOVIÁRIO

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É PRECISO PACIÊNCIA COM MAUS REDATORES

Ousarme Citoaian
Falamos aqui da condenação do artigo indefinido, do qual os plumitivos (dicionário, urgente?) abusam tanto quanto os políticos da nossa paciência. Exemplos dados, não serão repetidos, por desnecessários. Mas ficamos devendo uma referência a abusos com os artigos definidos, que, igualmente àqueles, não melhoram a linguagem.  Ao contrário, conspurcam-na. E aqui estão alguns “abonos” que, para evitar que a coluna seja acusada de injuriosa, maledicente e difamatória, foram colhidos na mídia impressa regional. Antes (quem avisa, amigo é) uma advertência: se houver pronome possessivo por perto, redobre seus cuidados com os artigos definidos, porque, juntos, eles são uma mistura indigesta. Dito o que, vamos à colheita.

FRASE NÃO QUER CORREÇÃO, QUER ESPONJA

Um articulista ensina que “todo mundo tem a sua própria opinião”; numa coluna sobre política partidária descubro que “Alcides Kruschewsky reassumiu o seu posto na Câmara”; perspicaz, um analista conclui que “é necessário ter coragem de exibir a sua opinião”; outro, na mesma linha doutoral e perdulária, disserta sobre a conveniência de  “compartilhar a sua ideia”. Não entendo a razão de não se escrever (com notável economia, e sem prejuízo da clareza) ”exibir sua opinião”, “compartilhar sua ideia” e que o vereador “assumiu seu posto na Câmara”, com varrição radical dos artigos inúteis. Sobre a primeira frase, digo como aquele ministro da ditadura: “Nada a declarar”. É passar-lhe a esponja e construir outra.
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CINCO LIVROS E A REVELAÇÃO DE UMA VIDA

O crítico Hélio Pólvora foi submetido a uma prova que não me dá inveja: ditar, para Gabriel Kuak (presidente da União Brasileira de Escritores) a lista dos cinco livros que mais pesaram em sua formação. Apenas cinco, e é isto que faz espinhosa a tarefa. Creio que os leitores (para quem esta notícia seja nova) tenham curiosidade em saber a preferência do autor de O grito da perdiz, por isso antecipo os escolhidos, na ordem em que foram citados (Hélio se ateve apenas aos brasileiros): O Guarani (José de Alencar), Dom Casmurro (Machado de Assis), Angústia (Graciliano Ramos), Fogo Morto (José Lins do Rego) e O Continente (parte de O Tempo e o Vento, Érico Veríssimo). Lista inesperada, à exceção de Machado de Assis.

SEM CLARICE LISPECTOR E GUIMARÃES ROSA

Hélio parece temer que a originalidade lhe custe caro. “Corro o risco de bordoadas dos fãs de Clarice Lispector e João Guimarães Rosa”, reconhece, mas defende sua escolha de cinco livros que não vão para a ilha deserta nem ficam à cabeceira, ao alcance da mão. “Preferem o leito da memória, onde ardem ou palpitam sob cinzas”. De minha parte, tentei antecipar alguns votos e errei feio. Mas acertei com Dom Casmurro, sabendo que Hélio Pólvora é um dos especialistas no mais célebre triângulo amoroso da literatura brasileira – até escreveu um ensaio “provando” que a traição de Capitu a Bentinho, discutida há mais de um século, ocorreu de fato. Minha “previsão” incluiu Guimarães Rosa e Graciliano Ramos. Passei longe de um, raspei o outro.

EM ANGÚSTIA, O NASCIMENTO DO ESCRITOR

Imaginava que Hélio incluiria São Bernardo ou Vidas Secas, quando ele preferiu Angústia. Imagino que não me equivoquei de todo. O ensaísta explica que Angústia lhe deu “um estalo”, com a arte de escrever a roçar-lhe o rosto, “qual leve asa de pássaro”, e afirma que o livro “talvez perca, em estrutura, para São Bernardo e Vidas Secas, mas revela uma intimidade cúmplice que acentua a comoção”. Mais adiante, na hipótese de uma relação de dez livros, ele lembra Os Sertões (Euclides da Cunha), Minha Formação (Joaquim Nabuco), Capítulos de História Colonial (Capistrano de Abreu), Jubiabá (Jorge Amado, na rede) e Dora, Doralina (Rachel de Queiroz). E encerra com extrema elegância: “Perdão Pompeia, Lygia, Adonias e Autran Dourado”.

ENTRE ERRO E LICENÇA POÉTICA, O ABISMO

Dentre os truques com que tentamos justificar erros de linguagem está um, chamado licença poética. É preciso atenção do leitor para não confundir as duas categorias. Apenas tangenciando o assunto (não sou professor, nem isto aqui é aula de português), é bom lembrar que licença poética é a permissão para se fugir da chamada norma culta da língua, não um salvo-conduto para a ignorância, conforme alguns autores parecem entender. É uma forma de libertar o escritor de amarras gramaticais que o impeçam de tornar sua mensagem clara a esse animal em extinção chamado leitor. Portanto, a licença poética tem tempo e lugar adequados à sua prática.

A PRINCESA, O REVOLUCIONÁRIO E O BODE

Muito citado para identificar algo confuso, O samba do crioulo doido, de Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), me parece um atípico caso de licença poética – em que a manipulação não é da gramática, mas da história: a abertura (“Foi em Diamantina/onde nasceu JK”) guarda fidelidade histórica – o sorridente Juscelino (foto) nasceu naquela cidade mineira, em 1902 – mas em seguida o letrista parece “endoidar de vez” e não fala mais coisa com coisa: a princesa Leopoldina “arresolveu” se casar, mas Chica da Silva entra pelo meio e mistura a princesa com Tiradentes! E o refrão? “Lá iá, lá, iá, lá, iá/o bode que deu vou te contar”. Só podia dar bode.

CAOS TOTAL: “PROCLAMARAM A ESCRAVIDÃO”

 
Está implantado o caos irremediável: “Joaquim José/que também é (breque!)/da Silva Xavier/queria ser dono do mundo/e se elegeu Pedro II”.  Depois, mancomunados, Dom Pedro e Anchieta proclamam a escravidão, “Dona Leopoldina virou trem/ e Dom Pedro é uma estação também”. Fechando esse pacote tão insano quanto saboroso, um refrão anárquico: “Ô, ô, ô, ô, ô, ô/o trem tá atrasado ou já passou”. Além de nada bater com o que ouvimos na escola, a falta de lógica é absoluta: dizer que Tiradentes “se elegeu Pedro II” é de uma desordem inconcebível, um “desrespeito” com a história que deixou muita “otoridade” em pé de guerra naquele plúmbeo 1968.

BOM HUMOR CONTRA A BURRICE VERDE-OLIVA

Sucesso imediato, o samba se fez clássico. Mas Martinho da Vila o detesta, achando-o “preconceituoso”. Eu discordo. Sérgio Porto nunca deu sinais de discriminar quem quer que fosse: conhecedor de jazz, ele se referia ao gênero como “jazz tocado por negros”. E “crioulo” não tinha o ar pejorativo de hoje. A propósito, João Saldanha frequentemente  chamava Pelé de “o crioulo” – e  nunca ninguém o enquadrou na Lei Afonso Arinos. Samba…  é uma canção política: insurge-se, com bom humor, contra a ditadura, que exigia louvações a vultos históricos no Carnaval. O “crioulo” era a vítima. Aqui, a gravação original (Quarteto em Cy, com abertura do autor).

(O.C.)

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Neste fim de semana em que o calendário acha por bem festejar o Dia dos Pais, o PIMENTA presta homenagem ao ilustre José Raimundo Alves Argôlo, ou simplesmente Dudé, figura emblemática que nasceu na cidade de Esplanada, norte da Bahia, e há mais de 60 anos mora em Ilhéus, cidade na qual fincou raízes e formou uma belíssima e numerosa família, que hoje tem gente espalhada por todos os cantos do país.
Com seu jeito brincalhão e a presença de espírito de quem tem sempre a resposta “na ponta da língua” e tiradas impagáveis, Dudé se tornou um personagem folclórico do povoado de São José, zona rural de Ilhéus, onde mora há cerca de duas décadas. Nesse lugar, o homem é autoridade, com direito a batizar ruas com nomes curiosos como “Calção Furado”, “Devolução” e, naturalmente, a “Rua Argôlo”. Sobre cada nome, uma história pra contar…
Na foto, o velho Dudé com a filha Sandra Argôlo, amiga-irmã deste blog.

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Carro invadiu pista contrária e bateu frontalmente na cabeceira da ponte (Foto Pimenta).

Joel era dono da oficina Joelmac (Reprodução Pimenta).

Pelo menos cinco pessoas morreram há pouco (22h30min) em um acidente no quilômetro 28 do Semianel Rodoviário (BA-967). De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, os passageiros do Fiat Siena, cinza, placas JOE-2158, morreram no choque do veículo com uma mureta de proteção da ponte em frente a um condomínio do Minha Casa, Minha Vida, no São Roque. O semianel liga as BRs 101 e 415.
O carro transportava sete pessoas, dentre elas duas crianças. Corpo de Bombeiros, Samu 192 e Polícia Rodoviária se deslocaram para atendimento às vítimas e remoção dos corpos. O veículo do acidente está em nome de Ana Telma Gusmão Araújo, mas a polícia não confirma se a proprietária estava no veículo.
Antônio morreu no local (Foto Pimenta).

Lucas Vieira, porteiro do condomínio em frente ao local do acidente, disse ao PIMENTA que o carro ia no sentido BR-101 bairro Califórnia. “Eu só ouvi o baque”, diz. O local é conhecido pelo alto número de acidentes, segundo Lucas.
Atualização às 00h55min – Foram confirmadas as identidades de duas das cinco pessoas mortas no acidente. São elas Antônio Lima dos Santos, 41 anos; e Joel Almeida do Vale, 27 anos.
Dos ocupantes do Siena, dois sobreviveram e foram encaminhados pelo Samu 192 para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem).  Uma das vítimas foi identificada como sendo Evanilda Silva Oliveira, 22 anos.
Ainda não foi informado o estado de saúde da sobrevivente. A outra pessoa que sobreviveu é do sexo masculino e aparenta 35 anos, de acordo com Lucas Vieira, primeira pessoa a chegar ao local do acidente. Confira mais fotos do acidente no “Leia mais”.
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