Um grave acidente na BR-415, no início da tarde desse domingo, próximo a Floresta Azul, deixou oito vítimas. Dois veículos colidiram frontalmente (supostamente dois GM Corsa Sedan), e oito pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade.
Nos automóveis estavam, pelo menos, oito pessoas, entre adultos e crianças. Todos ocupantes de seus respectivos veículos eram parentes. As duas famílias eram de Vitória da Conquista e de Goiás. Algumas vítimas foram levadas para o Hospital de Base, outras para o Calixto Midlej Filho.
Profissionais de saúde ouvidos pelo Pimenta não confirmam a existência de mortes nem comentam sobre a gravidade dos socorridos, assim como também omitiram seus nomes, alegando que alguns dos familiares pediram reserva quanto a essas informações.
O Pimenta apurou que a atitude partiu de alguns familiares de vítimas, que já chegaram a Itabuna, visando preservar outros parentes que ainda não estariam em condições de receber tais informações.
Por enquanto, nos absteremos de transmitir esses detalhes e pedimos a compreensão dos leitores. Ainda hoje, teremos mais informações, inclusive sobre a participação do Samu de Itabuna no socorro às vítimas.
Um leitor do Pimenta – e cidadão, antes de tudo –, nos enviou a seguinte mensagem, acompanhada da foto que ilustra a nota:
“Senhor redator:
Em tempos de sérias ameaças de mais uma temível epidemia de dengue, vemos o descaso do proprietário desta obra, que ao longo de todo o ano manteve este tanque descoberto para armazenar água de chuva acumulada na laje da construção.
Com as recentes chuvas, o tanque está cheio e descoberto, ameaçando a saúde de todos os vizinhos. Clamo por providências das autoridades.
Em tempo: essa construção fica no fundo do Shopping Jequitibá, em frente a uma antiga pista de kart, no Jardim Vitória.
Grato.”
Eis um bom exemplo de exercício da cidadania.
Itabuna detém o maior índice de infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti no país (10,7% das residências). Mesmo assim, em matéria da Agência Brasil, não figura entre os municípios brasileiros que estão sendo louvados por estarem capacitando agentes para combater a epidemia que se avizinha.
Até Ilhéus tem algo a mostrar. Segundo o governo federal, o município, que tem infestação de 4,7% está treinando médicos, enfermeiros e técnicos, assim como profissionais de saúde com nível médio.
O destaque, diz o texto, está na mobilização de agentes do Programa Saúde da Família, que se juntam aos demais para um trabalho de conscientização da população.
Itabuna nem é citada, embora todos os outros municípios da lista apresentem índices bem menores (quase três vezes menores, diga-se), o que não os impede de se esforçarem para evitar o pior. Itabuna, aliás, deu férias a um grupo de agentes. É pedir pra ser alvo.
Como explicar o fato de que apenas duas prefeituras, num universo de 417, tiveram suas contas do exercício de 2008 aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios? A resposta é do próprio coordenador de assistência aos municípios do TCM, Antônio Dourado: “Mesmo com as recomendações do TCM, as prefeituras apostaram na impunidade”.
Matéria de Rita Conrado, publicada no A Tarde online, descreve o caos: “Das 417 prefeituras baianas, 195 tiveram as contas rejeitadas. Outras 185 obtiveram a aprovação com ressalvas, dentre essas o município de Salvador. Apenas Feira de Santana e Ipirá tiveram as contas integralmente aprovadas.”
O levantamento aponta ainda que 28 prefeituras e 17 câmaras municipais deixaram de prestar contas, e outras sete enviaram seus balaços financeiros com atraso – e terão suas vidas checadas em 2010.
Alguém ainda fica surpreso com essa situação? Deveríamos, mas não. Aliás, nem o presidente da União dos Municípios da Bahia, Roberto Maia. Mas a explicação dele é diferente da do técnico do TCM. O presidente atrela a falta de controle dos colegas prefeitos à falta de planejamento e de regularidade nos repasses de recursos estaduais e federais.
Já o coordenador do TCM atribui o desleixo dos prefeitos ao desleixo do Judiciário: “Desde 2001 há ações contra prefeitos tramitando na Justiça. Nenhum processo foi concluído. Se isso já houvesse ocorrido serviria como exemplo para os demais”.
Leia a versão online aqui. Se você é assinante, confira o texto completo clicando aqui. A matéria será publicada na edição deste domingo de A Tarde.
O quem têm em comum o semáforo do Jequitibá e o posto de saúde do Califórnia (e vários outros) nesse início de 2010? Essa é fácil: todos estão órfãos, não tem ninguém que olhe por eles desde o último dia de 2009.
O pedestre que atravessou a avenida Aziz Maron em direção ao shopping e o hipertenso que procurou socorro na unidade de saúde hoje também correram risco semelhante de perder a vida logo após terem vencido 2009.
Pelo jeito a polêmica folga concedida aos agentes de endemias se estendeu também a enfermeiros, médicos, técnicos da Settran e outros. O argumento, já conhecemos, é de que esses profissionais também “são gente”. Só que também o são todos os cidadãos que necessitam de seus serviços…
Bastaria uma justa escala de serviço.
O sempre bem informado Samuel Celestino, do Bahia Notícias, revelou uma infestação de funcionários fantasmas na prefeitura de Ilhéus. Um dos casos mais rumorosos é o do comodoro do Ilhéus Iate Clube, Luiz Dória, ocupante de cargo comissionado na Secretaria de Meio Ambiente. O comodoro não aparece no serviço, de acordo com a denúncia, mas é dono de sinecura de R$ 3 mil, por mês.
Luiz Dória seria indicação do presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jailson Nascimento (PMN). O prefeito Newton Lima resiste a atender a memorandos do secretário de Meio Ambiente, Antônio Olímpio, que pede a exoneração imediata do “fantasma”. Os três pedidos “morreram” numa gaveta qualquer de Newton Lima.
Newtão é cinéfilo e adora Gasparzinho, daí a sua resistência em exterminar eventuais fantasmas.
O apresentador Boris Casoy jogou baixo contra os garis, no último dia de 2009 (confira aqui). Ontem, ocupou 13 segundos do Jornal da Band para pedir desculpas aos trabalhadores.
– Eu disse uma frase infeliz, que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do Jornal da Band.
Milagres acontecem? Bom, pelo menos em Itabuna, sim. O filme Lula, o filho do Brasil já está rodando no Starplex Cinemas (Jequitibá Plaza Shopping, às 18h40min e 21h). E por que o milagre? Dificilmente o Starplex participa das estreias nacionais.
Muitas vezes, a empresa mineira responsável pelas salas de cinema roda filme com atraso de uma a duas semanas em relação às grandes salas. Alguns dizem que essa estratégia é utilizada geralmente por empresas em dificuldades, pois as películas adquiridas fora do período de estreia nacional ficam, digamos, mais em conta. Abaixo, trailer do filme-endeusamento do presidente brasileiro de maior popularidade que se tem notícia.
Depois de um 2009 de ameaças e tropeços, o polo de informática de Ilhéus pode ganhar um bom refresco caso tornem-se reais as projeções do mercado. As vendas em 2010 devem chegar a 14 milhões de computadores, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que projeta aumento de 30% nas vendas neste novo ano.
Caso a estimativa se confirme, o país passaria a terceiro maior fabricante mundial de computadores, superando até Japão e Alemanha. Como o polo de Ilhéus responde por até 15% do mercado formal brasileiro de PCs, agora é só melhorar questões de infraestrutura (pior é que aeroporto com alfândega tá longe de acontecer antes de 2020…).
Os prefeitos Newton Lima (Ilhéus) e José Nilton Azevedo (Itabuna) entram o ano de 2010 sem qualquer alteração quando se compara as equipes com as quais iniciaram 2009. Será que, realmente, eles estão satisfeitos com os seus colaboradores?
Em Itabuna, Azevedo havia prometido reforma para dezembro. Um dos alvos seria o secretário de Saúde, Antônio Vieira. Outro nome que rolava na bolsa de apostas era o do todo-poderoso Carlos Burgos (Fazenda). Nada mudou. Já o colega de Ilhéus, Newton Lima, atribui à crise econômica a paralisia da sua equipe. E preservou todo mundo.
Por aqui, uma nova máxima: “em time que está perdendo, não se mexe”.
AO REI DO ROCK TUDO É PERMITIDO
Quem nunca cantarolou Unchained melody, nem que fosse sob o chuveiro frio (em dia de apagão da Coelba), atire a primeira pedra. É a canção do filme Ghost, de Jerry Zucker/1990 (com Patrick Swayze e Demi Moore), que emocionou multidões. A canção (de Alex North, com letra de Hy Zaret), no entanto, é bem anterior ao filme, gravada pela primeira vez em 1955, por um cara chamado Al Hibbler. Você o conhece? Nem eu. E você sabe qual a última música cantada por Elvis Presley? Acertou: Unchained melody.
MACHADO DE ASSIS ESTAVA “POR FORA”
Na semana passada, esta coluna empregou a expressão “risco de vida”. Foi o suficiente para um leitor nos interpelar, sugerindo que queríamos dizer “risco de morte”. Agradecemos pela colaboração, mas desejávamos dizer o que foi dito: “risco de vida” (até mesmo para chamar a polêmica a este palco). A expressão é perfeitamente defensável à luz da gramática portuguesa e não será difícil mostrar que a coluna estava em boa companhia – com Machado de Assis, Eça de Queirós e muitos outros.
Dizem os gramáticos que a construção “risco de vida” (usada aqui na semana passada, e que gerou protesto) é boa e bem feita: trata-se de uma elipse, situação em que uma palavra ou expressão é omitida. Exemplos? João foi ao cinema; Maria, ao teatro. Eu bebo vinho; ela, cerveja. Nos dois casos há um verbo “encoberto” (“foi”, na primeira frase e “bebe”, na segunda). A construção fica econômica e elegante. E em “risco de vida”, o que tem a ver com isso? Simples: é risco de (perder a) vida. Há outras explicações, mas esta me satisfaz. A elipse, já se vê, está subjugada pela lei do menor esforço, a nos evitar gasto desnecessário de energia e palavras.A INFINITA AMPLITUDE DAS ESCOLHAS
Nesta época do ano, mesmo a turma da cerveja costuma fazer esta pergunta de múltiplas respostas: Qual é o melhor vinho? Abstraindo-se o suave, que não é vinho, mas agressão ao paladar, qual seria a escolha? Champagne? Tinto seco, branco, rosé, espumante? Nacional, importado? Chileno, europeu, aqueles baratinhos (e ordinários) que a Argentina coloca nos supermercados? Os “clássicos” da região Sul, os emergentes do Nordeste? A decisão depende de gosto e bolso.
Final infeliz: a garrafa foi colocada em demonstração, na posição errada (vertical), e sob um forte foco de luz. O calor fez secar a rolha, esta caiu dentro da garrafa e o vinho se perdeu. Dá para acreditar? Acredite: é o fantástico mundo dos muito ricos. É de Forbes, que gostava de fazer frases (além de dinheiro), esta: “A diferença entre homens e meninos é o preço dos seus brinquedos” (Mr. Forbes, se verdadeira a estória do leilão, era chegado a brinquedinhos nada baratos).
De minha parte, fico com esta definição do poeta:
MELHOR VINHO
JOTAÉ FICARÁ DE BUZU EM FEVEREIRO
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O empresário e médico reumatologista Carlos Auad, 59, será sepultado às 16h, no cemitério Campo Santo, em Itabuna. Auad lutava contra um câncer e estava internado há mais de mês no hospital Aliança, em Salvador, falecendo nesta sexta, 1º.
O corpo do médico, ex-presidente da Unicred Itabuna e da Unimed, está sendo velado no Santa Fé, ao lado do Campo Santo. O reumatologista deixa quatro filhos. Ele também foi diretor do Plansul, plano de saúde da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.
Reinaldo Andrade de Ramos, residente na rua A, Monte Cristo, e Bruno Lima Bezerra, morador da rua São João, Fátima, foram presos pela polícia militar na manhã de ontem, após arrombar a loja da Cesta do Povo do Fátima. A dupla havia acabado de fazer uma feira de mês – veja a lista, que o Pimenta teve o cuidado de separar por setores.
No de alimentação eles surrupiaram 30 latas de leite Ninho, quatro quilos de feijão, dois litros de óleo, um pacote de 500 gramas de charque, um pacote de fermento, uma pimenta em garrafa (são pimenteiros?), cinco quilos de arroz, dois quilos de açúcar, dois pacotes de queijo ralado, oito latas de sardinha, sete caixas de tempero Knor, quatro latas de óleo. Claro, não esqueceram da ‘loira’ – levaram cinco caixas de cerveja em lata.
Nos setores de limpeza e higiene pessoal a dupla do carrinho não esqueceu de levar 23 desodorantes, seis xampus, 20 sabonetes, dois pacotes de sabão em pedra, nove inseticidas SBP (esses foram por medo da dengue!), quatro escovas de dente, seis pacotes de lenços umedecidos e uma caixa de sabonete perfumado, além de duas embalagens de fio dental e dois pacotes de Bombril.
Não teve apelação. Apesar de a grande maioria dos produtos ser gêneros alimentícios e de primeira necessidade, depois de parar no xilindró devem responder por furto qualificado.