Marco Wense
É razoável dizer que a eleição do democrata cutucou o adormecido eleitorado que ainda é fiel ao ex-chefe.
Cada agremiação partidária analisa os resultados da eleição de 2012 como lhe convém. Nenhuma legenda admite o enfraquecimento pós-processo eleitoral.
As respectivas lideranças lançam mão de diferentes argumentos – alguns consistentes, outros sem qualquer solidez – para mostrar que seu partido saiu fortalecido do pleito.
Nacionalmente, podemos apontar o PSB de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, e o recém-criado PSD, do prefeito Gilberto Kassab (SP), como os dois principais destaques.
O PSB foi a sigla que mais cresceu desde 2008. Ganhou mais 40% de prefeituras. Derrotou o PT em cidades importantes, como Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.
E mais: além de protagonizar grandes vitórias sobre o PT da presidenta Dilma Rousseff e do ex-Lula, o PSB foi o principal vencedor nos 100 municípios mais pobres.
O novato PSD, uma mistura heterogênea de políticos de qualquer espécie, depois de eleger quase 500 prefeitos, se transformou em uma força política relevante.