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JuvenalMaynart CeplacO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou, por meio da portaria 891, de 17 de setembro de 2013, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura (CDSA), no âmbito da Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa. A Ceplac foi o órgão escolhido para liderar a comissão, que tem ainda a participação do Inmet, Embrapa e Conab.

A nova comissão vai acompanhar e elaborar posicionamento institucional (do ministério) sobre atividades relacionadas ao desenvolvimento sustentável da agricultura e do agronegócio brasileiros. Outra função será a de assessorar tecnicamente o parlamento em questões que tramitem no Congresso com essa temática.

Após a Rio+20, a Ceplac ganhou novo status nas questões referentes à sustentabilidade no meio rural, especialmente após a apresentação de seu projeto de Conservação Produtiva do cacau no sistema cabruca, defendido pelo superintendente baiano Juvenal Maynart.

Aliás, gol de Maynart.

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walmirWalmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

Nem passava pela cabeça deles perder tudo o que fizeram ao longo dos anos para bandidos travestidos de índios, com o beneplácito governamental. Mas é a vida!

A guerra civil está perto de nós que nem notamos. Ou fazemos questão de não notar. O sentimento de sofrimento e a apreensão por que passa a população dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema não tem chegado aos conterrâneos vizinhos, que assistem, de camarote, a maior ação de banditismo já praticada no Sul da Bahia. Essas invasões e agressões praticadas por pseudos índios aos produtores rurais fariam corar os coronéis do cacau e seus jagunços, transformando-os em anjos de candura e bondade.

A crescente desmoralização do Estado nos traz a necessidade iminente de uma reflexão sobre tão importante tema na vida da sociedade moderna. Gerido por pessoas, o Estado, como uma instituição, deve estar acima do interesse de grupos ou partidos políticos, sob pena de ingressamos no poço sem fundo da anarquia. Mas, infelizmente, esse cuidado não tem sido objeto de preocupação do governo atual, ao contrário, é instado a servir como ferramenta para a consecução dos seus interesses.

Por uma questão de economicidade e de “não chover no molhado”, como diz o ditado popular, não entraremos no mérito de questões várias da apropriação de valores e materiais do patrimônio do Estado, como sobejamente vêm sendo divulgado na mídia. Isto porque já se encontram sob a tutela policial (investigação), Ministério Público (denúncia) e do judiciário (julgamento), como é o caso do Mensalão e de outros casos.

Aqui trataremos, apenas da atrocidade que vem sendo cometida pelos que estão à frente das instituições basilares responsáveis pela sustentação de qualquer país democrático: Executivo, Legislativo e Judiciário. No caso em questão, os agentes do Executivo cometem erros históricos, mascarando situações, elaboram relatórios mentirosos, transformando regiões produtivas em reservas indígenas, para quem não possui referência Tupinambá. Um simples exame de DNA comprovaria. E o Legislativo não está nem aí, sob os olhares complacentes do Judiciário. Uma farsa!

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A cabruca desperta o interesse do mundo

Coluna Tempo Presente (A Tarde)

Duas décadas depois que o flagelo da vassoura-de-bruxa dizimou a economia cacaueira, provocando um êxodo rural sem precedentes, mortes e uma dívida bilionária, algo de novo surge no cacau. O superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, apresenta um projeto que, no atacado, pretende recuperar a expectativa positiva de plantar e colher, valorizar as terras e, de lambuja, resgatar a autoestima dos produtores, fazendo com que seus próprios bens sejam suficientes para quitar as dívidas antigas e tocar a vida.

O Projeto de Conservação Produtiva, já em fase de testes em cinco propriedades de Barro Preto, ancora-se num elemento simples e de forte apelo: o compromisso do produtor de preservar a mata atlântica priorizando o plantio no modelo cabruca, conquistando o reconhecimento certificado pelos órgãos do setor sobre a sustentabilidade ambiental e, também,estimulando pequenas indústrias de beneficiamento, outra reviravolta histórica.

A pretensão é fazer dinheiro também com madeira, aproveitando as mortas e retirando as exóticas (especialmente a jaqueira), com a obrigatoriedade de o produtor plantar três nativas para cada exótica suprimida.

Com a preservação da fauna, flora e recursos hídricos, a terra por si só vai valer muito mais. É algo auspicioso numa área em que a descrença geral dá o tom da reza. Mas só falta o governador Jaques Wagner assinar o decreto para o sonho virar realidade.

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Agricultores e técnicos em dia de campo em Barro Preto (Foto Divulgação).
Agricultores e técnicos em dia de campo em Barro Preto (Foto Divulgação).

O projeto de conservação produtiva desenvolvido pela Ceplac já conta com um braço financeiro. Apresentado a produtores rurais e técnicos, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) disponibilizará até R$ 205 milhões para culturas sustentáveis na Bahia, a exemplo do cacau, financiado pelo BNDES.

Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, tanto o cacau cabruca como o cultivado em sistema agroflorestal com seringa se encaixam nos requisitos do ABC. Isso, afirma, permite dizer que o projeto Conservação Produtiva “já conta com seu braço financeiro”.

Além de cacau, o programa financiará, no estado, ações de recuperação de pastagens degradadas, de plantio direto na palha (aproveitando palha da cultura anterior-grãos), tratamento de dejetos animais, incentivo a florestas plantadas e sistemas agroflorestais. Confira reportagem da TV Santa Cruz sobre o programa.

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Cacau cabruca e outros sistemas agroflorestais têm destaque no debate
Cacau cabruca e outros sistemas agroflorestais têm destaque no debate

A operacionalização do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) na Bahia será objeto de debate que acontece de amanhã (27), a partir das 9 horas, até o dia 29, no auditório do Centro de Pesquisas do Cacau, na sede regional da Ceplac.

O ABC-Bahia é parte de um plano setorial, de âmbito federal, que tem o propósito de adaptar a atividade agrícola às mudanças climáticas, com o uso de tecnologias de produção sustentáveis. Representantes de várias entidades estão envolvidos no debate.

No sul da Bahia, a discussão em torno do plano observa peculiaridades como o cacau cabruca e outros sistemas agroflorestais, além de enfocar demandas como a recuperação de pastagens degradadas, integração entre lavoura e pecuária e a preservação de florestas.

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A Ceplac firmará convênio de cooperação técnica com a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), objetivando a implantação de cursos nas áreas ambiental e da agricultura. Um dos cursos, o de Ciências Ambientais, funcionará em uma área de 100 hectares em Porto  Seguro, que será oferecida pela Ceplac.

Nessa área na cidade do extremo-sul baiano, existe um remanescente de Mata Atlântica, o que, de acordo com o reitor da Ufesba, Naomar Almeida, será fundamental para o desenvolvimento de projetos ambientais. Segundo Almeida, no campus de Porto Seguro “não se utilizará veículos automotores e haverá auto suficiência de energia eólica e solar, além da reciclagem de resíduos e reuso de água”. A ideia é que o projeto seja um modelo de sustentabilidade.

Outros cursos que serão viabilizados por meio desse convênio serão os superiores tecnológicos. Os programas terão como meta formar os “agricultores do século XXI”, instruídos em língua inglesa, empreendedorismo, letramento digital, economia e administração.

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JuvenalMaynart CeplacA proposta de conservação produtiva nas fazendas de cacau sul-baianas é uma das bandeiras da gestão do superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart. Na última quarta (3), o dirigente comemorou os avanços na Bahia com a decisão do governador Jaques Wagner de assinar decreto que valida o projeto da Ceplac.

“A proposta é retomar o crescimento da produção e, ao mesmo tempo, incentivar a conservação ambiental”, diz. O dirigente explica como funcionaria a proposta. A defesa de Wagner da conservação produtiva nas áreas de mata atlântica e do manejo se deu na abertura do V Festival Internacional do Chocolate e Cacau, no Centro de Convenções de Ilhéus.

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BLOG PIMENTA – Como o senhor recebeu a notícia, do próprio governador, de que o decreto, finalmente, sai em agosto?

JUVENAL MAYNART – A sinalização do governador Jaques Wagner valida, na prática, o projeto Conservação Produtiva, proposto pela Ceplac e já em teste em cinco propriedades em Barro Preto. A proposta é retomar o crescimento da produção e, ao mesmo tempo, incentivar a conservação ambiental.

PIMENTA – De forma prática, como funcionaria esta proposta?

JUVENAL – A cada árvore exótica retirada, três a cinco espécies nativas da mata atlântica devem ser plantadas, com preferência para as que estejam em risco de extinção, como pau-brasil, jequitibá. O governador também prometeu um estudo para o manejo de árvores nativas, trabalhando controle rigoroso dessas espécies nas fazendas. Apenas em último caso uma árvore nativa poderá ser suprimida.

PIMENTA – O fator ambiental é preponderante, claro, mas como o produtor pode ser compensado?

JUVENAL – O projeto Conservação Produtiva prevê um valor agregado para quem conservar essas espécies. Além disso, o projeto reza que, no futuro, o conjunto florestal de sua propriedade sirva de garantia para operações de créditos – embora dela ninguém poderá dispor, uma vez que é patrimônio da humanidade. A propriedade será valorada pelo que conserva de fauna, flora e recursos hídricos, que entrarão nessa conta como ativos ambientais.

JuvenalMaynart Ceplac______________

SUSTENTABILIDADE – A região pode vir a ter um ganho incalculável em árvores nativas a partir das compensações e na valorização das propriedades, que passam agora a não serem tratadas apenas como fazendas, mas como ambientes produtivos sustentáveis.

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PIMENTA – Este seria o atrativo para o produtor?

JUVENAL – Na prática, o produtor será um fiel depositário das espécies nativas e mesmo das exóticas ao mesmo tempo que essa conservação também vai lhe garantir dinheiro extra, por meio do pagamento dos chamados serviços ambientais, aí incluídos preservação de nascentes e outros serviços, crédito de carbono etc.

PIMENTA – Quais as garantias de que toda essa proposta funcionará seguindo o conceito de conservação produtiva pregado pela Ceplac?

JUVENAL – O projeto define que o controle das árvores que compõem a cabruca deva ser feito por meio do monitoramento dos órgãos ambientais, estaduais e federais, por meio do sistema de rastreamento global (GPS), o georreferenciamento. Esse controle permite acompanhamento, árvore por árvore, em tempo real. Todos esses aspectos estão em teste nas fazendas que fazem parte do projeto.

PIMENTA- Propõe-se aí uma mudança de mentalidade, cultura, o que, à primeira vista, não parece fácil. Como “tocar” o produtor de que esta é uma iniciativa interessante – e viável – do posto de vista financeiro e ambiental?

JUVENAL – Os resultados dependem da adequação das propriedades rurais a partir do manejo para aumentar a produção do cacau. Com o rastreamento das localidades, as punições para eventuais descumprimentos da lei serão imediatas. A região pode vir a ter um ganho incalculável em árvores nativas a partir das compensações e na valorização das propriedades, que passam agora a não serem tratadas apenas como fazendas, mas como ambientes produtivos sustentáveis.

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Expectativa é de concurso na Ceplac até o próximo ano.
Expectativa é de concurso na Ceplac até o próximo ano.

Tornou-se possível a realização de concurso público na Ceplac com a publicação, nesta semana, da Lei 12.823, que cria, pelo menos, 3.594 cargos no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Esta lei assegura a carreira dos novos servidores da Ceplac integrada ao MCT, conforme o artigo 8º, que alterou a lei 8.691/93. Com a garantia de uma carreira estruturada no MCT – antes, apenas os servidores na área de fiscalização estavam garantidos no Ministério da Agricultura – a expectativa agora é pela autorização do concurso para os demais cargos.
Outra sinalização é a disposição do governo de fortalecer a Ceplac, pois é pouco provável que se organize um órgão que pretenda extinguir. É, também, um recado à pretensão de transformá-la numa Embrapa-Cacau.

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Reunião na segunda, 20: Cacau volta à pauta nas esferas estadual e regional.
Reunião na segunda, 20: Cacau volta à pauta nas esferas estadual e regional.

De repente, o cacau voltou à pauta dos governos estadual e federal. Há duas semanas, o governo anunciou a inclusão do produto na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), faltando apenas o “ok” da presidente Dilma Rousseff.
Nesta semana, o governo baiano sinalizou avanços que contemplam a visão de conservação produtiva, defendida pela Ceplac, e que fomenta a cultura do cacau-cabruca, sistema agroflorestal imprescindível para a preservação da Mata Atlântica. O secretário Eugênio Spengler (Meio Ambiente) antecipou que o governo publicará decreto que visa disciplinar a retirada de árvores exóticas e madeira caída em áreas de cabruca, o manejo sustentável.
Aliado a essas discussões – seja no preço mínimo ou na conservação produtiva -, a Ceplac voltou a mostrar a sua importância para a lavoura cacaueira. Quando assumiu a superintendência baiana do órgão federal, Juvenal Maynart dizia que o primeiro passo era colocar as discussões relacionadas ao cacau em outro patamar.
Aos poucos, o cenario vai mudando de forma positiva e – mais importante – com a participação dos produtores e da própria Ceplac.

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Felix defende fusão Ceplac-Embrapa.
Felix defende fusão Ceplac-Embrapa.

O deputado federal Félix Mendonça Jr (PDT) rebateu o colega Geraldo Simões (PT) e disse que a Embrapa trabalha com culturas como o café. Geraldo discorda da proposta de Félix de fundir a Ceplac com a Embrapa, criando a Embrapa-Cacau.
Hoje, o pedetista festejou resultados de pesquisa que com variedade de café mais resistente à seca. “A transformação da Ceplac em Embrapa Cacau é urgente”, disse Félix.
O parlamentar, que preside a Frente em Defesa da Lavoura Cacaueira, destacou notícia de que a Embrapa conseguiu aplicar o gene CAHB12, encontrado no café, em culturas como cana-de-açúcar, soja e algodão, fazendo-os resistir por até 45 dias sem água.

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geraldo15O deputado federal Geraldo Simões disse ao Política Livre ser contra a proposta do colega Félix Júnior, que vê na transformação da Ceplac em Embrapa-Cacau uma solução para parte dos problemas da lavoura.
Repetindo argumentos aqui expostos pelo PIMENTA nas primeiras horas desta sexta, Geraldo disse que a Embrapa não possui experiência com culturas permanentes, a exemplo do cacau, e poderia, no máximo, oferecer pesquisa.
– Ao contrário da Ceplac, que trabalha com culturas permanentes relacionadas ao cacau, pesquisa e expansão rural. Temos expertise no assunto. A Embrapa trabalha com cultura temporária e não conseguiu ir além de Cruz das Alma – disse.
Geraldo diz reconhecer em Félix autoridade para discutir o assunto cacau, mas a fusão Ceplac-Embrapa é um equívoco. Para ele, deve-se pensar em mais orçamento e concurso público para fortalecer a Ceplac.

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eduardo thadeuEduardo Thadeu | ethadeu@gmail.com

O corporativismo da velha senhora (Ceplac) não permitia que ventos novos entrassem por suas janelas.

Em agosto de 2011, morando em Salvador, passando por Itabuna, em viagem ao Rio de Janeiro, minha cidade natal, tive o prazer de me encontrar com os senhores Juvenal Maynart e Wallace Setenta, que, naquela oportunidade, estavam envolvidos em um grupo dedicado a restabelecer o conhecimento empírico, estudar e entender o significado do Sistema Agroflorestal focado na produção de cacau e localmente conhecido como Cabruca.
Fui por eles convidado à esta conversa por conta de minha anterior experiência em Planejamento e Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável- PDRIS na Amazônia e por minha militância de mais de 30 anos junto à causa ambientalista.
Neste dia me convidaram para participar de uma visita à Fazenda Almirante, de propriedade da multinacional Mars, no então vindouro mês de setembro/2011.
Convite aceito e com a curiosidade a flor da pele voltamos em Setembro para conhecer “in loco” a tal da Cabruca. No mesmo dia da visita três fatores afetaram profundamente minha percepção das possibilidades do Sistema Cabruca.
O primeiro foi o contato físico, quase indescritível fora da poesia – parafraseando o produtor Pedro Mello – das lembranças dos tempos dos “empates” na Amazônia Ocidental que significou adentrar uma cultura de cacau cabruca, uma determinação econômica, sob o manto acolhedor da Mata Atlântica, preservada e viva, o que não vi na Amazônia na década de 70 e 80 do século passado, onde a realidade era restrita pela necessidade da preservação pela preservação sem alternativas econômica e de sobrevivência para aquele povo .
O segundo fator determinante foi a observação de que havia dedicação e competência técnica, social e política para que a Região pudesse se beneficiar de tal tradição ao ter o prazer de conhecer naquele mesmo dia os senhores Durval Libânio, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau do Ministério da Agricultura e do Instituto Cabruca, e Joelson Ferreira, liderança inconteste dos pequenos produtores locais e presidente do Assentamento Terra Vista, experiência exemplar do MST no Brasil.
O terceiro fator, que se consubstanciou em mais uma certeza, foi a clara necessidade de que o mundo tinha que conhecer esta realidade e que, no limiar da Conferência Rio + 20, esta seria a grande oportunidade de mostrarmos ao mundo uma agricultura sustentável preconizada mundo afora e que aqui já era executada há mais de 2 séculos e meio.
Em parceria com os atores envolvidos e reconhecidos imediatamente, procuramos as instituições envolvidas com a organização da Conferência das Nações Unidas para a Sustentabilidade – Rio + 20 – tentado mostrar-lhes a oportunidade, adequação e necessidade de que o Sistema Cabruca fosse divulgado, avalizado, priorizado e apoiado não só pelo governo brasileiro, como também pelo mundo atento à essas questões tão atuais e atrativas. Ações, viagens, e dedicação foram desenvolvidas com recursos próprios e em nome das décadas de militância em função da causa do desenvolvimento sustentável pelo grupo então envolvido.
Quiseram as démarches políticas locais que o senhor Juvenal Maynart fosse nomeado, em novembro de 2011, superintendente regional da Ceplac na Bahia, e a seu convite eu viesse a participar de sua equipe como colaborador eventual, uma vez que o corporativismo da velha senhora (CEPLAC) não permitia que ventos novos entrassem por suas janelas.
As tratativas para que levássemos a CABRUCA à Rio + 20 tiveram excelentes resultados. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais apresentamos a Cabruca no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, dentro da programação oficial do governo brasileiro, tendo como ápice a exibição em duas sessões do documentário “The Cabruca Cocoa – The Cocoa from Brazilian Atlantic Rainforest”.
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eduardo thadeuEduardo Thadeu | ethadeu@gmail.com

Fatores por nós já bastante conhecidos e identificados, fizeram com que a produção da tradicional região cacaueira baiana perdesse importância e começasse a derrapar em um mar revolto de enganos e interesses, por vezes escusos, travestidos de ciência de ponta, mas a serviço do oligopólio já instalado.

Não é nenhuma novidade que a commodity cacau e seu mais refinado produto final, o chocolate, sofrem influências de um mercado oligopolizado e de tal forma concentrado que não se vislumbra precedente ou comparação em nenhuma outra cadeia produtiva iniciada no setor primário.
É por demais conhecida a situação de que cinco ou seis grandes compradores e processadores da matéria-prima cacau, a amêndoa, detêm quase 100% do mercado mundial, mercado este que, sem muito alarde, envolve algumas dezenas de bilhões de dólares.
Apesar dessas cifras, esse mesmo mercado deixa somente 7% dos ganhos em sua ponta inicial e, em contrapartida, tem 74% dos ganhos auferidos pela indústria alimentícia que utiliza os sabores e o nome do chocolate.
A novidade oligopólica aqui é que os processadores finais, aqueles que colocam as cáries nos dentes de nossos filhos ao açucararem o cacau, são os mesmos que detêm o poder de compra da matéria-prima original, o nosso bom e saudável fruto, o Cacau.
O Brasil, representado pela Bahia, já foi um importante fornecedor deste mercado internacional. Fatores por nós já bastante conhecidos e identificados, fizeram com que a produção da tradicional região cacaueira baiana perdesse importância e começasse a derrapar em um mar revolto de enganos e interesses, por vezes escusos, travestidos de ciência de ponta, mas a serviço do oligopólio já instalado.
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Domingos Matos2Domingos Matos | matos.domingos@gmail.com

Os produtores queimam cacau hoje, em protesto contra a importação do produto da África, porque os nossos armazéns estão abarrotados. O que temos de amêndoas aqui dá – de sobra – para atender a planta moageira instalada no país. Isso é autossuficiência.

No dia em que o presidente da Venezuela Hugo Chavez fez a viagem, e o mundo viu a população em peso nas ruas chorando sua morte, poucas horas antes, em Ilhéus, um protesto contra a importação de cacau pelas indústrias moageiras instaladas no Brasil também chamou a atenção do país.
O leitor deve estar se perguntando o que teria a ver El Comandante com o protesto em Ilhéus. Muita coisa, diria. Uma, importantíssima: os dois fatos – o luto dos venezuelanos e o luxo de se queimar cacau na rua – derivam de uma ação política.
Da parte de Chavez, sabemos que sua popularidade veio da execução de um projeto (social) que fez com que o país auferisse ganhos econômicos e sociais bastante expressivos.  No sul da Bahia, o fato – repito – luxuoso de se queimar cacau em praça pública também só é possível porque houve, antes disso, um projeto, gestado, implantado e gerido a partir de uma ação política, visando um resultado que beneficiasse toda a sociedade.
Esse projeto foi parido dentro da Ceplac, divulgado com antecedência, e hoje permite que a região possa dizer que já não precisa de cacau importado. Falo aqui do projeto “Autossuficiência com Sustentabilidade”, oficializado no Dia Internacional do Cacau, no auditório da Ceplac, mas que foi apresentado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima em janeiro de 2012 pelo superintendente da Ceplac/Bahia, Juvenal Maynart, em conjunto com o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau, Adonias de Castro.
Lembremos que dias antes da oficialização, a Ceplac voltava, vitoriosa, de sua participação na conferência da ONU para a sustentabilidade, a Rio+20, onde o cacau da Bahia foi inserido no documento oficial do governo brasileiro para as Nações Unidas como uma das premissas para a sustentabilidade, capaz de contribuir para a diminuição da fome e das desigualdades no país (o cacau cabruca foi consignado como a nona das 10 premissas do MAPA para uma agricultura sustentável).
Pois bem. A safra de 2012 na Bahia bateu 154 mil toneladas – segundo consultoria independente – e a desse ano tem previsão de ultrapassar as 160 mil toneladas. Ora, os produtores queimam cacau hoje, em protesto contra a importação do produto da África, porque os nossos armazéns estão abarrotados. O que temos de amêndoas aqui dá – de sobra – para atender a planta moageira instalada no país. Isso é autossuficiência. E essa autossuficiência foi prevista como uma ação política, direcionada para a sociedade regional.
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WENCESLAU1Wenceslau Júnior | wenceslauvereador@gmail.com

A Comissão está trabalhando incessantemente para encontrar a solução mais adequada para garantir a imediata instalação da universidade na cidade.

Na condição de membro da Comissão criada pelo prefeito para acompanhar o processo de implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba), vale a pena esclarecer:
A) Que o município não dispõe de área própria que atenda às exigências elencadas pela Comissão de Implantação;
B) Que a área oferecida pela gestão anterior é particular, não existindo qualquer contrato que assegure ao município alguma garantia;
C) Que em conjunto com a comissão de implantação da UFSBA, estamos avaliando tecnicamente a melhor opção de área para em seguida efetuarmos a compra ou desapropriação;
D) essas medidas estão sendo mantidas em sigilo para evitar especulação imobiliária no entorno da área escolhida.
Na verdade, o que mais tem nos angustiado é a definição de um espaço adequado para abrigar imediatamente o funcionamento do Colégio Universitário de Itabuna e a Instalação do Instituto e da sede da Reitoria, pois esses espaços é que são fundamentais, juntamente com a celeridade na aprovação do Projeto de Lei que Cria a UFSBA assegurando o seu pleno funcionamento já em 2014.
Quanto às decisões de prédios para instalação do Colégio Universitário, do Instituto e da Sede da Reitoria, bem como em relação à definição da área para construção do Campus, a comissão de implantação, juntamente com o prefeito da nossa cidade, definiram o mês de março como prazo razoável para tal definição.
A Comissão está trabalhando incessantemente para encontrar a solução mais adequada para garantir a imediata instalação da universidade na cidade. Não poderia ser diferente tal empenho, até porque, eu e o prefeito Vane, na condição de vereadores, juntamente com nossos pares e outros atores, participamos intensamente da luta em defesa da Universidade Federal do Sul da Bahia.
Entendo que a decisão de instalar a Universidade aqui é a maior conquista do centenário de Itabuna, pois esse equipamento, juntamente com a Uesc, Ifba, Ceplac e outros órgãos aqui instalados, possibilitará a formação da massa crítica necessária para formular políticas de desenvolvimento econômico com inclusão social, respeito ao meio ambiente, focado no desenvolvimento tecnológico e na inovação necessários à consolidação de uma mudança de paradigma que supere de uma vez o modelo econômico de exportação de commodities, aproveitando a instalação dos equipamentos de infraestrutura e logística em curso na região dando um salto na diversificação econômica com foco em tecnologia.
Daí a determinação do prefeito Vane para que a equipe não poupe esforços e no prazo combinado com a comissão, nosso município possa cumprir com a parte que lhe cabe.
Wenceslau Júnior é vice-prefeito de Itabuna, advogado e professor da Uesb.