Tempo de leitura: < 1 minuto
Mardes ficou com agentes da PF no cangote por 8 horas.
Mardes ficou com agentes da PF no cangote por 8 horas.

Um dos alvos da Operação Águia de Haia, ontem (13), o ex-prefeito de Buerarema Mardes Monteiro foi acordado por agentes da Polícia Federal às 5 horas da manhã. Na residência dele, os policiais ficaram por mais tempo que em imóveis de outros investigados. Os agentes somente deixaram a mansão do médico, no São Roque, em Itabuna, por volta das 13 horas.

Mardes é investigado por suspeita de fraude em licitações e de receber propina do esquema que desviou, pelo menos, R$ 57 milhões do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A operação envolveu cerca de 450 policiais federais na Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo. Somente na Bahia, a operação ocorreu em 25 cidades.

O chefe de gabinete de Mardes à época, Frederico Vésper, hoje secretário de Relações Institucionais de Ilhéus, também é investigado. Ele foi conduzido à sede da PF em Ilhéus e saiu por volta do meio-dia.

Tempo de leitura: 2 minutos

marivalguedesMarival Guedes | [email protected]

Garrincha joga, o Brasil detona os tchecos e é bicampeão. Um mês depois Esteban, é convidado pela CBD, antecessora da CBF, para passar um mês de férias no Brasil, com familiares.

Sempre desconfiei que as grandes decisões do futebol não saem dos pés dos jogadores. Os maiores dribles são dos cartolas que divertem o povo e enchem os bolsos de dinheiro. Sem conhecimento suficiente sobre o assunto, conversei com quem entende: o jornalista Daniel Thame que, além de passar informações pelo celular, me enviou um texto.

Daniel lembra da Copa do Mundo de 1962 no Chile. O Brasil vence a seleção da casa por 4×2 na semifinal e está na decisão contra a Tchecoslováquia. Garrincha é expulso e não poderá jogar. O Brasil, que já não tinha Pelé, ficaria sem o craque que estava carregando o time nas costas. Era o cara do Mundial.

Mas, em plena Guerra Fria, a FIFA não iria permitir que um país comunista ganhasse a Copa. E acontece a mágica: o bandeirinha uruguaio Esteban Marinho, que viu a agressão que gerou a expulsão de Garrincha, volta repentinamente para casa. Na verdade, foge sem dar o testemunho para o juiz escrever a súmula com a expulsão.

Garricha joga, o Brasil detona os tchecos e é bicampeão. Um mês depois Esteban, é convidado pela CBD, antecessora da CBF, para passar um mês de férias no Brasil, com familiares.

Copa do Mundo de 1994, Estados Unidos. Entressafra no futebol e sem craques para chamar a atenção, num país onde o futebol nunca foi preferência nacional, Maradona, semiaposentado, mergulhado no drama da dependência de cocaína, mas ainda um nome estelar, entra em cena blindado pela FIFA.

Era pra ser apenas uma estrela, mas resolveu jogar seu futebol genial e transformou a limitada Argentina em favorito. Isso não estava no script, como também não estava no script o fato de Maradona ter dito, bem ao seu estilo, que a FIFA era dirigida por um bando de ladrões.

O método para alijar Maradona da Copa foi digno da Máfia: um nebuloso caso de doping que tirou El Dies da Copa e destroçou a Argentina. Brasil campeão numa insossa disputa de pênaltis com a Itália.

Final da Copa do Mundo de 1998, França, ou o dia em que o Brasil chorou. Horas antes do jogo, contra a seleção francesa, Ronaldo Fenômeno, tem uma convulsão e vai parar no hospital. Os alto-falantes do Stade de France anunciam a escalação do Brasil com Edmundo substituindo a estrela.

Meia hora antes do jogo, Ronaldo aparece e diz que vai jogar. Zagalo cede. Em campo, Ronaldo é um fantasma dele mesmo e o time não sabe o que fazer: joga ou se preocupa com seu atacante? Não joga. A França passeia, vence por 3×0 e é campeã do Mundo. O que de fato aconteceu com Ronaldo, porque ele insistiu em jogar e porque Zagalo cedeu? Mistério que a ´omertá` ainda não permitiu vir à luz.

Daniel Thame recomenda as seguintes leituras: Como eles roubaram o jogo, de David Yallop; O jogo sujo da FIFA e O Jogo cada vez mais sujo da FIFA, de Andrew Jennings.

Marival Guedes escreve crônicas às sextas, no Pimenta.

Tempo de leitura: 2 minutos
José Maria Marin é um dos presos em operação do FBI na Suíça.
José Maria Marin é um dos presos em operação do FBI na Suíça.

Do Site da ESPN

A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.

Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um “esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol”. Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.

O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da Fifa Jack Warner.

Veja a lista com os 14 acusados na investigação:

ALEJANDRO BURZACO, 50, argentino
AARON DAVIDSON, 44, norte-americano
RAFAEL ESQUIVEL, 68, venezuelano
EUGENIO FIGUEREDO, 83, uruguaio
HUGO JINKIS, 70, argentino
MARIANO JINKIS, 40, argentino
NICOLÁS LEOZ, 86, paraguaio
EDUARDO LI, 56, costarriquenho
JOSÉ MARGULIES, conhecido como José Lazaro, 75, brasileiro
JOSÉ MARIA MARIN, 83, brasileiro
JULIO ROCHA, 64, nicaraguense
COSTAS TAKKAS, 58, britânico
JACK WARNER, 72, trinitino
JEFFREY WEBB, 50, caimanês

Tempo de leitura: < 1 minuto

CORRUPÇÃO NÃOUma campanha internacional de combate à corrupção unirá 21 países. “#CORRUPÇÃONÃO” será realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (AIAMP). Além do combate à corrupção, a campanha busca ampliar o debate sobre o combate à corrupção, além de conscientizar as pessoas sobre o papel do Ministério Público no enfrentamento a este tipo de crime.

#CORRUPÇÃONÃO tem foco na internet e visa atingir, principalmente, jovens de 16 a 33 anos. A ideia é explorar as redes sociais com o uso das hashtags #CORRUPÇÃONÃO e #CORRUPCIÓNNO. A escolha do público-alvo levou em conta o potencial mobilizador da rede e da indignação dos jovens em torno do assunto.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pesquisas recentes da Transparência Internacional apontam que os jovens são os mais incomodados com a corrupção. “Eles também são os mais dispostos a encarar as mudanças culturais necessárias ao enfrentamento da corrupção”, explicou. A campanha contará com um hotsite, uma fanpage no Facebook, conta no Twitter e banners web, além das mídias tradicionais.

DESVIO DE VERBAS

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirma que a corrupção é o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico e social no mundo. A entidade estima que, a cada ano, pelo menos US$1 trilhão são gastos em subornos, enquanto cerca de US$ 2,6 trilhões são desviados. A soma é equivalente a mais de 5% do PIB mundial.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Polícia Federal deflagra nova fase de operação contra corrupção (Foto Arquivo).
Polícia Federal deflagra nova fase de operação contra corrupção (Foto Arquivo).

Da Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu hoje (21), na capital paulista, o empresário Milton Pascowitch, acusado de envolvimento na Lava Jato, operação que investiga superfaturamento em contratos da Petrobras, pagamento de propina a agentes e partidos políticos, além de fraudes em contratos de publicidades de órgãos públicos.

Na 13ª fase da operação, a polícia cumpre mandados para investigar dois operadores financeiros que atuavam em conjunto com contratos firmados por empreiteiras com a Petrobras. Na casa do empresário Milton Pascowitch, os policiais apreenderam obras de arte, informou a assessoria de imprensa da PF. Pascowitch foi preso preventivamente e será levado à Superintendência da PF em Curitiba, onde estão concentradas as investigações sobre o caso.

Em São Paulo, a PF também cumpre hoje mandado de condução coercitiva contra mais um acusado, que ainda não teve o nome revelado. Quatro mandados de busca e apreensão estão sendo realizados em Itanhandu (MG), no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mais informações sobre a operação de hoje serão fornecidas em entrevista na Polícia Federal, marcada para hoje, em Curitiba, às 10h.

Tempo de leitura: 2 minutos
Bendine pede desculpas por "malfeitos" ocorridos na empresa (Foto Divulgação).
Bendine pede desculpas por “malfeitos” ocorridos na empresa (Foto Divulgação).

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, pediu desculpas, em nome dos empregados da estatal, pelas irregularidades ocorridas na companhia. O balanço auditado de 2014, divulgado ontem (22), mostrou que a estatal teve um prejuízo total de R$ 21,6 bilhões, sendo R$ 6,2 bilhões com perdas referentes à corrupção. Bendine falou durante entrevista à imprensa na sede da empresa, no centro do Rio.

“Eu hoje represento a companhia. A Petrobras foi vítima de tudo isso pelo que ela passou. Somando-me aos 86 mil empregados do sistema Petrobras, sim, a gente está com o sentimento até de vergonha disso que a gente vivenciou, desses malfeitos que ocorreram”, disse. Bendine destacou que a sociedade deve continuar acreditando na Petrobras e pediu desculpas pelo o que aconteceu com a empresa. “Sim, eu faço um pedido de desculpa, em nome dos empregados da Petrobras, porque hoje eu sou um deles.”

Ele falou também sobre a situação das centenas de empresas que fazem parte da cadeia produtiva encabeçada pela estatal, que gera renda e negócios dos quais dependem milhares de trabalhadores. Muitos desempregados ou sem receber salários, por conta dos impedimentos legais de repasse de dinheiro, principalmente a partir das grandes empreiteiras. O presidente da Petrobras destacou que o plano de investimento da companhia ainda é robusto para 2015, com R$ 50 bilhões sob responsabilidade da holding e totalizando R$ 90 bilhões considerando todo o sistema.

“Primeiro eu gostaria de destacar que a Petrobras não tem hoje nenhum compromisso atrasado. O que nós estamos vivenciando é um momento econômico mais restritivo e está sendo amplificado pela situação dessa investigação. Lógico que o ideal para a companhia é que esses processos de investigação e julgamento aconteçam o mais rápido possível. Mas a gente se vê em uma situação que essas pequenas e médias empresas estão ligadas na cadeia produtiva a uma dessas empresas que também estão passando por dificuldade neste momento, dado o processo de investigação. E a Petrobras não pode avançar em relação a esse processo, enquanto essas investigações e acordos não estiverem definitivamente realizados”, disse. Agência Brasil.

Tempo de leitura: < 1 minuto
corrupção-14.05
(Imagem ilustrativa).

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu em flagrante, ontem (23), dois auxiliares de fiscalização da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Roberto Almeida Nascimento e José Miguel Alencar da Silva são acusados de receber propina de um motorista para liberar caminhão irregular no posto de Fiscalização Agropecuária de Itabuna. O posto funciona ao lado da PRF, na BR-101.

A Adab informou, por meio de nota, que “está acompanhando a ação policial e adotará as medidas administrativas cabíveis com a agilidade que o caso requer”. A agência, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), informou que Roberto e José Miguel são servidores contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

A dupla de servidores contratados responderá pelo crime de concussão (praticado por funcionário público em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente). A Adab ressalta ainda em nota que “repudia quaisquer ilegalidades e combate de forma veemente posturas desta natureza, realizando sindicâncias para investigar administrativamente tais condutas“.

 

Tempo de leitura: < 1 minuto

Empresários e representantes de instituições como Rotary Clube e sindicatos promovem neste domingo (15), às 9 horas, a Marcha contra a Corrupção. O ato se descola do movimento de pedido de impeachment presidencial, marcado para as 15h em todo o país.

A marcha ilheense se concentrará na Praça Dom Eduardo (Catedral de São Sebastião) e sairá em caminhada até o Ministério Público Federal, na Cidade Nova, onde os participantes pretendem entregar documento de apoio às investigações contra a corrupção no país. O documento também apoia as ações da Polícia Federal e da Justiça.

– Estaremos marchando não para pedir impeachment, mas para apoiar quem realmente quer investigar a punir os culpados de desvios de verbas públicas – diz Clóvis Junior, empresário do setor de material de construção e ex-dirigente da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL) de Ilhéus.

Além da CDL, Rotary Clube, sindicatos, empresários e associações estão envolvidos na organização do movimento, que é aberto. Ciro Zatele, apresentador do programa Cidade Informe e editor de site homônimo, considera importante “que todos participem; independente de partido religião ou classe social, pois a corrupção atinge a todos, em um país que tanto precisa de saúde, educação e segurança pública”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O jornal britânico Financial Times publicou reportagem hoje (16) em que diz que a Rolls-Royce pagou suborno a funcionários da Petrobras para conseguir um contrato de US$ 100 milhões com a estatal brasileira. A empresa, famosa pelos carros de luxo, também fabrica turbinas de gás para plataformas de petróleo.

Na reportagem, publicada com destaque, na capa, o Financial Times cita depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que teria dito à polícia que recebeu pelo menos US$ 200 mil da Rolls-Royce. O depoimento faz parte da investigação divulgada pela Justiça Federal brasileira.

Na resposta ao jornal, de acordo com a reportagem, a Rolls-Royce disse que “não tolera conduta empresarial indevida de qualquer tipo”, e tomará “as medidas necessárias para garantir o cumprimento das leis”.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Dilma propõe pacto nacional contra corrupção (Foto Antonio Cruz/Ag. Brasil).
Dilma propõe pacto nacional contra corrupção (Foto Antonio Cruz/Ag. Brasil).

A presidente Dilma Rousseff disse que vai democratizar o poder, lutando pela reforma política e buscando opiniões do povo. Em seu discurso após tomar posse para o segundo mandato na Presidência da República, ela disse que democratizar o poder também significa combater a corrupção.

Dilma propôs um pacto nacional contra a corrupção. Segundo ela, seu governo foi o que mais apoiou o combate aos malfeitos, criando leis mais severas e garantindo autonomia à Polícia Federal. Dilma disse que submeterá um pacote de medidas anticorrupção ao Congresso Nacional.

Entre as medidas, destacou a presidente, estão a modificação da legislação eleitoral para tornar crime a prática de caixa 2 e a alteração da legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo desvios de recursos públicos. Dilma falou ainda sobre a Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.  Segundo Dilma Rousseff, é preciso investigar a corrupção na estatal sem enfraquecê-la.

“Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos. Vamos apurar tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Devemos saber apurar sem enfraquecer a Petrobras”, declarou a presidente. Informações da Agência Brasil.

Tempo de leitura: 2 minutos

Rui Falcão, presidente do PT nacional.
Rui Falcão, presidente do PT nacional.

O Diretório Nacional do PT aprovou hoje (29) resolução objetivando o combate à corrupção. No documento, o partido mostra-se favorável ao prosseguimento da investigação de denúncias de corrupção na Petrobras, dentro dos marcos legais e sem partidarismo. Em entrevista, o presidente do PT, Rui Falcão, reafirmou o compromisso do partido na luta contra corrupção. “Temos o compromisso histórico de combater implacavelmente a corrupção”, salientou.
Rui Falcão ressaltou que petistas comprovadamente envolvidos em ilícitos da Petrobras serão expulsos da legenda. “Concluídas as investigações, queremos que os corruptos sejam punidos. Se houver alguém do PT implicado com provas, ele será expulso”, adiantou.
Na resolução aprovada hoje pelo diretório, os petistas afirmam que o partido tem o desafio de reafirmar liderança no combate à corrupção sistêmica no Brasil. “Foi durante os governos Lula e Dilma que se estabeleceram, como políticas de Estado, as principais políticas de combate à corrupção”, diz trecho da resolução.
Em outra parte, a resolução aprovada pelos petistas revela a “disposição firme e inabalável” do partido de apoiar o combate à corrupção. “Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção deve ser imediatamente expulso, como já afirmou publicamente o presidente do partido. Ao mesmo tempo, aprofundaremos a luta pela reforma política, em particular pela proibição do financiamento de candidaturas eleitorais por empresas”.
Na entrevista, Rui Falcão acrescentou que a abertura do diálogo por parte da presidenta Dilma Rousseff foi concretizada no discurso de ontem (28), no encerramento do primeiro dia de reuniões do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza. “A disposição da presidenta foi materializada de forma muito direta e correspondeu às expectativas que a direção do partido tinha sobre o comportamento dela em relação à sociedade e aos partidos”, assinalou o presidente do PT. Informações da Agência Brasil.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A defesa do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca, preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), entregou à polícia comprovantes do pagamento R$ 8,8 milhões de propina a uma pessoa que se apresentou como emissário da Diretoria de Serviços da Petrobras.
O advogado José Luis Oliveira Lima, representante do diretor, disse que a empresa foi obrigada a pagar propina por meio da LSFN Consultoria Engenharia, entre 2010 e 2014. Segundo ele, os pagamentos foram ordenados por Shinki Nakandari, com conhecimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
O advogado disse que havia ameaça de retaliação nos contratos que a Galvão Engenharia tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de “maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal”. A defesa garantiu que Erton Fonseca aceita fazer acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, principais articuladores do esquema.
De acordo com a planilha apresentada, foram feitos 23 pagamentos entre 2010 e 2014 a Luís Fernando Sendai Nakandakari  e a Juliana Sendai Nakandakari.
A confissão de pagamento de propina é uma das estratégias das defesas dos executivos de empreiteiras. Na semana passada, Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empreiteira Mendes Júnior, confirmou em depoimento à Polícia Federal o pagamento de propina ao doleiro Alberto Youssef.
Segundo Marcelo Leonardo, advogado do diretor, Sérgio Mendes relatou aos delegados que foi obrigado a pagar propina de R$ 8 milhões. Na confissão, ele disse que Youssef exigiu o pagamento para que a empreiteira Mendes Júnior recebesse o dinheiro a que tinha direito em contratos de serviços prestados, e para continuar participando das licitações da Petrobras. Da Agência Brasil.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

A diferença do lamaçal petista para o tucano é na impunidade.  Os larápios petistas foram julgados e condenados. Os gatunos tucanos sequer foram a julgamento. Continuam livres e soltos.

“Como brasileiro, sinto vergonha”, diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o escândalo da Petrobras. Que coisa, hein! O FHC indignado com a corrupção. Vai terminar virando uma figura folclórica.
O cartel das empreiteiras assalta os cofres da Petrobras há pelo menos 15 anos, desde que a empresa era comandada por Henri Philippe Reichstul, nomeado pelo então presidente FHC para o cobiçado cargo.
Esse Henri causou prejuízos bilionários trocando ativos da estatal com a espanhola Repsol. Ficou conhecido por tentar privatizar a Petrobras. Chegou até a propor a mudança do nome Petrobras para Petrobrax.
Durante o reinado de FHC, Paulo Roberto Costa, réu no processo que investiga o desvio de bilhões de reais na estatal, foi gerente de Produção e Exploração (1995), diretor da Gaspetro (1997) e diretor geral.
Na era FHC, os réus viravam vítimas com o bolso cheio, os delegados eram afastados e os juízes removidos. Alguém se lembra de um mangangão preso no governo FHC ou de alguma devolução de dinheiro?
E os mensalões? O Ministério Público Federal considerou o mensalão do PSDB como o embrião do mensalão do PT. Tem algum mangangão tucano preso? Nem manganguinho.
A diferença do lamaçal petista para o tucano é na impunidade.  Os larápios petistas foram julgados e condenados. Os gatunos tucanos sequer foram a julgamento. Continuam livres e soltos.
O combate à corrupção no governo Dilma Rousseff alcançou as esferas dos corruptores. A Lava Jato vai terminar fortalecendo a presidente, que quer tudo apurado, doa a quem doer.
Alguns jornalistas, defensores do “terceiro turno”, escrevem que a prisão de gente graúda se deve a instituições que funcionam com independência, citando o Ministério Público, Polícia Federal, Congresso Nacional e o STF.
Ora, ora, por que essas instituições não tiveram o mesmo procedimento no governo FHC? Não eram independentes? Agiam de acordo com os interesses do Executivo, do mandatário-mor de plantão?
A reeleita presidente Dilma Vana Rousseff tem razão quando diz que a Operação Lava Jato vai “mudar para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado e as empresas privadas”.
O lado cômico do escândalo da Petrobras é FHC se dizendo envergonhado com a corrupção. Das duas, uma: ou tomou alguma pancada na cabeça ou sofre de “memorinite”.
Ao admirar exageradamente a sua própria imagem, sua paixão por si mesmo, o príncipe da privataria tucana esquece que tem telhado de vidro e bico quebradiço.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

A Polícia Federal cumpre neste momento 85 mandados judiciais, sendo 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão na sétima fase da Operação Lava Jato. A ação decorre da análise de material aprendido e de depoimentos colhidos em fases anteriores. Deflagrada no dia 17 de março, a operação desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal.
As ordens estão sendo cumpridas nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Pernambuco e no DF. Foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Segundo a PF, entre os mandados de busca e apreensão, 11 estão sendo cumpridos em grandes empresas.
À Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que as empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia participavam do esquema de superfaturamento de contratos firmados com a Petrobras e repasse de propina aos partidos.
A Receita Federal também participa das ações de desta sexta-feira. As atividades envolvem ainda uma força-tarefa do Ministério Público Federal. As buscas da Receita servirão para verificar pagamentos por serviços contratados que possam não ter sido prestados, especialmente de assessoria ou consultoria, cujos valores, contabilizados como custos operacionais, reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos. Participam da operação 60 servidores da Receita Federal, além de 300 policiais federais.
Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro. Da Agência Brasil.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Dalva parece ter perdido o interesse, após eleições na Bahia (Reprodução).
Dalva parece ter perdido o interesse, após eleições na Bahia (Reprodução).

Dalva Sele Paiva, personagem que sacudiu a política baiana na reta final do primeiro turno das eleições estaduais, sumiu. O Ministério Público da Bahia cogita conduzi-la de forma coercitiva (acionando a polícia, pois) para que ela apresente as provas que, antes do abrir das urnas, disse possuir e atingiria, dentre outros, Rui Costa, governador eleito.
Antes falante, Dalva não mais liga para o Ministério Público nem dá entrevistas para veículos de comunicação, como o Correio da Bahia, da família do prefeito ACM Neto (Salvador).
A promotora de Justiça Rita Tourinho disse ter recebido um último contato de Dalva faz algum tempo. A dirigente da ONG informou que constituiria advogado e que o profissional procuraria o MP. Até agora, mais de um mês depois das denúncias da ex-presidente do Instituto Brasil, nada de advogado.
Estarrece o fato de Dalva citar tantas pessoas e, por enquanto, ter apresentado documentos que – nem de longe, segundo entrevista de Tourinho ao Bahia Notícias – confirmam a versão da dirigente, conforme a promotora. A denúncia de desvios para ajudar petistas foi amplamente explorada pela Revista Veja, veículos da Família de ACM Neto e pela campanha do candidato derrotado do DEM ao governo baiano, Paulo Souto.